FACULDADE EDUCACIONAL DE CORNÉLIO PROCÓPIO

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Alimentos transgênicos: A Solução Ou Mais Um Problema?
¹ Liciane P. L. Meira
Tatiane A. Vilar
Tatiane I. dos Santos
Resumo:
Este artigo propõe-se a esclarecer algumas dúvidas obtidas até hoje sobre os alimentos
transgênicos. Ao longo desse trabalho explicaremos se esses alimentos são vantajosos ou não
para a nossa saúde e se causam mal ao meio ambiente. Seu principal ponto positivo é a maior
produção de alimentos usando isso como arma contra a fome. Mas o que deixa a desejar é o
risco que a ingestão continua pode trazer a nós e os danos que eles podem causar ao meio
ambiente.
Palavras chave: alimentos transgênicos, engenharia genética de alimentos, biotecnologia,
alimentos modificados geneticamente.
Abstract:
The article’s propose, is clear up people doubts about transgenic food. During this survey, we
will explain if this kind of food is advantageous or not for our health and if they really injuries
the environment. The main debate about transgenic food has two different opinions: on the
one hand, transgenic food can be the most important strategy against world hunger. On the
other hand, there are dangerous risks involving environmental problems and their continuous
meddle.
Key – words: transgenic foods, genetic food engineering, biotechnology, food genetically
modified
Este artigo tem por objetivo discutir a viabilidade da produção de alimentos
transgênicos e assim esclarecer dúvidas relacionadas a essa tecnologia que causa a maior
polemica, para tanto se optou pela pesquisa bibliográfica.
Segundo os autores Jeffrey Smith, Sezifredo Paulo Alves Paz, Franco Lajolo e
Marília Nutti, A qualidade dos alimentos é uma das maiores preocupações dos consumidores
em todo o mundo, além da qualidade a quantidade também é preocupante já que são mais de
826 milhões de pessoas subnutridas. Além de problemas como os altos níveis de
contaminação química e microbiológica, de fraudes, e de informação deficiente na rotulagem
dos produtos, agora temos que nos preocupar com os alimentos geneticamente modificados
que se apresentam como o futuro do sistema agroalimentar. Primeiramente deve-se
¹ Liciane P. L. Meira, Tatiane A. Vilar e Tatiane I. dos Santos, são alunas do 4º Período do curso de Administração com
ênfase em Marketing da Faculdade Educacional de Cornélio Procópio.
reconhecer que muitos avanços na qualidade e oferta de alimentos seriam possíveis com o uso
da engenharia genética sem colocar em risco à saúde dos consumidores e ameaçar o meio
ambiente. No entanto essa tecnologia envolve em potencial de criar riscos únicos que exigem
um processo regulatório eficaz junto de um controle governamental eficiente, tanto na
produção, industrialização e comercialização. Essas medidas são imprescindíveis, pois
existem perigos á saúde humana e ao meio ambiente que não podem ser negligenciados,
podendo haver conseqüências irreversíveis já que uma vez liberados no meio ambiente, os
organismos transgênicos não podem mais ser recolhidos. Por isso tudo e especialmente por
causa da rejeição dos consumidores pairam muitas dúvidas sobre a viabilidade econômica
dessa tecnologia.
Escolhemos autores Roberta Stella (nutricionista), Samuel T.Juliana O. S. e
Sezifredo Paulo Alves Paz.
Segundo a nutricionista Roberta Stella
As plantas que não sofreram modificações genéticas podem ser eliminadas pelo
processo de seleção natural, pois os transgênicos possuem maior resistência às
pragas e pesticidas; apesar de eliminar pragas prejudiciais a plantação, o cultivo de
planta transgênicas pode também matar populações benéficas como às abelhas e
outros tipos de animais e espécie de plantas (STELLA)
Os alimentos transgênicos podem ser um a possibilidade de solução, por exemplo,
sobre a fome, mas ninguém pensa como ela pode afetar o meio ambiente afetando alguns
animais e plantas por isso não podemos citar alimentos transgênicos como uma solução ao
analisar segundo Roberta Stella.
Para Samuel T. e Juliana O. S.:
O problema da fome no mundo certamente não ocorre por falta de produção de
alimentos, mas sim devido a causas sócio-econômicas. Acontece que a maior parte da
riqueza, especialmente nos países pouco desenvolvidos (onde ocorre a maior parte do
problema), está concentrada nas mãos de uma minoria, assim os que podem comprar
comida o fazem, mas os que não têm condições para isso passam fome. Isso mostra
que as grandes empresas, na verdade, não querem alimentar os famintos, mas sim
vender sementes transgênicas usando a fome no mundo como desculpa. (Samuel T.
Juliana O. S.)
Ou seja, os alimentos transgênicos na verdade não seria a salvação para acabar
com a fome, pois segundo Samuel T. e Juliana O. S. o problema da fome não acorre por falta
de produção e sim devido a causas sócio - econômicas, os alimentos transgênicos poderiam
ajudar no aumento de produção, mas não acabaria com a fome no mundo.
Para o Consultor Técnico do Instituto Brasileiro de Defesa Sezifredo Paulo
Alves Paz:
Um aspecto relevante nessa questão é o impacto que essa tecnologia poderá ter
sobre os agricultores, sobretudo, os que praticam a denominada agricultura familiar
ou de subsistência. O propósito das empresas multinacionais do setor, que antes
atuavam somente na área de agrotóxicos, de dominar o mercado de sementes é uma
ameaça à produção de alimentos nos países menos desenvolvidos, como o Brasil.
Elas vêm buscando impor uma dependência total dos agricultores aos seus pacotes
tecnológicos, através de contratos com normas para o uso das suas sementes e
insumos, assim como a venda de sementes com o gene "Terminator" ou
"Verminator" que impedem a germinação dos grãos produzidos e eliminam o
aproveitamento dos mesmos para plantio. O impacto desse oligopólio global sobre
os pequenos produtores e que são a metade dos agricultores do planeta, será
enorme, podendo afetar gravemente a segurança alimentar de muitos países (PAZ).
A produção de alimentos geneticamente modificados acarretará um grande
impacto na economia e no crescimento do nosso país, pois grande parte do PIB no Brasil é
gerado através da agricultura familiar, a mesma que sofrerá perdas relevantes por causa da
produção desses alimentos.
Estamos testemunhando um experimento global com a natureza e a evolução,
cujos resultados são impossíveis de se prever. Testes inadequados e meios de controle
regulatórios superficiais, que potencializam os efeitos danosos dos cultivos e alimentos
transgênicos, talvez só sejam descobertos quando for tarde demais. No meio de todas as
discussões, uma certeza: é preciso investir em pesquisa e aprimorar os estudos, aprofundandose em cima das grandes dúvidas, para que a produção dos transgênicos tenha uma base
sustentável aos olhos do comerciante.
REFERÊNCIAS:
STELLA, Roberta. Alimentos Transgênicos. Saiba um pouco mais sobre eles.
Disponível
em:
<
http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/010202_nut_alimentotransgenico.htm
>
Acesso em 15, nov. 2007.
GREENPEACE. In: Aumenta a pressão global contra os transgênicos. Disponível em: <
http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos > Acesso em 23, out. 2007.
PERRIÈRE, R. A.; SEURET, F. Transgênicos: uma ameaça aos agricultores. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2001.
OLIVEIRA, C. R. C. Transgênicos, mídia impressa e divulgação científica: conflitos
entre a incerteza e o fato. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em
Comunicação e Cultura, Escola de Comunicação - Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.159p.
MACÊDO, M. M. C. Geração de tecnologia agropecuária: uma abordagem social. In:
Revista Múltipla, Brasília, v.3, n.4 jul. 1998, p. 85-91.
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