51º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005 Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4 [email protected] Palavras chave: alimentos transgênicos, biotecnologia, segurança alimentar Rodrigues, JDC; Sobreira, M. Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata – Universidade de Pernambuco. Alimentos transgênicos: conceitos e preconceitos A biotecnologia moderna desenvolveu ferramentas de grande potencial para a reprogramação dos seres vivos, possibilitando o desenvolvimento dos organismos geneticamente modificados. Com o desenvolvimento das plantas transgênicas espera-se encontrar soluções para alguns problemas da humanidade, como a fome e a escassez de áreas agricultáveis, garantindo assim, o abastecimento de alimentos no mercado e com preço acessível. Entretanto, o plantio e consumo dos alimentos transgênicos têm gerando bastante polêmica devido à dificuldade na realização de uma avaliação de risco, e também na desinformação da comunidade em geral sobre o tema. Visando investigar os conceitos, bem com a opinião pública sobre os alimentos transgênicos, realizamos um estudo com 121 pessoas de oito municípios do estado de Pernambuco com diferentes graus de instrução com relação ao conhecimento acadêmico, a saber: alunos do ensino fundamental; do ensino médio; do ensino superior; professores do ensino fundamental e médio, e feirantes, utilizando como ferramenta um questionário na forma de teste, contendo perguntas para identificação do pesquisado e perguntas sobre o conhecimento e opinião sobre tema. Dentre os entrevistados 57% acreditam que a qualidade dos alimentos tem melhorado, nos últimos anos, e a falar em Alimentos transgênicos (93%). Com relação à aceitação desses alimentos, 55% afirmaram que comeriam contra 44% que indicaram que não comeriam alimentos transgênicos, dentre os que comeriam 46% foram de alunos do ensino superior, 20% de alunos do ensino médio, 20% de alunos do ensino fundamental, 8% dos professores e 6% dos feirantes. Contraditoriamente, 62% dos entrevistados afirmaram considerar que os alimentos transgênicos oferecem riscos à saúde e dentre estes o maior percentual foi entre os alunos do ensino superior (29%) que também afirmaram que comeria tais alimentos. A pesquisa mostrou que com relação à liberação dos alimentos transgênicos 52% são contra e quando foi perguntado em quem eles confiariam para obter informações sobre os alimentos transgênicos, entre as entidades relacionadas, 53% mostrou confiar nas sociedades científicas, 17% nas escolas, 13% nas ONG’s, 11% na mídia e apenas 6% no governo. Os resultados mostram que a percepção pública sobre esta tecnologia é bastante confusa e conflitante indicando haver necessidade de uma maior informação sobre o tema nos diferentes segmentos da sociedade. E, destaca ainda, o importante papel e responsabilidade das sociedades científicas não só desenvolvimento de novas tecnologias, mas também na correta avaliação de risco e principalmente na informação e envolvimento da população em geral. 604