Produção de rainhas sem ferrão A multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão ganha novo impulso com as inovações obtidas por um grupo de pesquisadores. Larvas que dariam origem a operárias são retiradas da colônia e superalimentadas em laboratório até se desenvolverem em rainhas. Dessa forma, é possível produzir milhares de rainhas a partir de uma única colônia matriz. O trabalho consta em artigo dos pesquisadores Cristiano Menezes (Embrapa Amazônia Oriental), Ayrton Vollet-Neto (Universidade de São Paulo) e Vera Imperatriz Fonseca (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) que ganhará as páginas da revista Apidologie, uma referência na área de abelhas. Embora a técnica tenha sido desenvolvida pela pesquisadora Conceição Camargo há cerca de 40 anos, os resultados ainda eram muito baixos. “A meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) é uma atividade que tem crescido e as colônias disponíveis ainda são insuficientes para atender à demanda”, avalia o pesquisador Cristiano Menezes. Com as inovações da pesquisa ora publicada, colônias poderão ser reproduzidas em larga escala. O trabalho foi realizado com a espécie Scaptotrigona depilis, conhecida popularmente como mandaguari. Essas abelhas formam colônias populosas (cerca de 10 mil), produzem grande quantidade de mel e são importantes polinizadoras de culturas agrícolas, como morango e café. Essa técnica de produção de rainhas in vitro também pode ser usada para a maioria das outras abelhas sem ferrão, entre elas a "abelha mosquito" (Plebeia minima), potencial polinizadora de cupuaçu; a “canudo” (Scaptotrigona postica), potencial polinizadora de rambutã, taperebá, açaí, além de grande produtora de mel; e a “marmelada” (Frieseomelitta varia), espécie ótima para produção de própolis na região amazônica. O artigo An advance in the in vitro rearing of stingless bee queens já está disponível (online first) no site da revista Apidologie:http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs13592-013-0197-6. Pesquisador salva espécie de peixe ameaçada de extinção Um pesquisador conseguiu evitar que uma espécie de peixe, o Acanthobrama telavivensis, se extinguisse em Israel. Uma combinação de poluição industrial e secas havia feito com que a população dessa espécie ficasse reduzida a 150 peixes em 1999. O cientista Menachem Goren conseguiu autorização das autoridades para hospedar os peixes remanescentes em seu laboratório por alguns anos, até que as condições naturais melhorassem e eles pudessem ser devolvidos à natureza. Os 150 peixes recolhidos se reproduziram e chegaram a 14 mil e, no mesmo período, o governo conseguiu despoluir o rio Yarkon, habitat natural da espécie. “Isso prova que temos condições de salvar várias espécies ameaçadas de extinção”, disse Goren. 24_Animal Business-Brasil