Neuro 16 3.indd - Academia Brasileira de Neurocirurgia

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WORLD FEDERATION OF NEUROSURGICAL SOCIETIES POST GRADUATE COURSE
XI CONGRESSO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA
2005 – CAMPOS DO JORDÃO
desenvolvimento de edema peritumoral, fato também observado nos
casos dos pacientes masculinos. O MIB-1 não tem tendência à associação positiva com volume tumoral, volume de edema e invasão da
base, mas pode estar relacionado à recidiva tumoral, principalmente
em pacientes submetidos a ressecções subtotais. A expressão do fator
de crescimento endotelial vascular parece ser fator determinante na
presença de edema, assim como crescimento destes tumores.
Laminoplastia cervical – o uso de fragmentos
de processo espinhoso cervical e torácico como
enxerto autólogo
Pena M, Taricco M, Pimenta M, Nakagawa G, Poetcher A
Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (SP)
Objetivos: A laminoplastia cervical como tratamento cirúrgico para
mielopatia degenerativa cervical multinível é consagrada, principalmente pelos autores japoneses, entre eles Hyrabayashi (1977) e Kurokawa (1982). Propomos, sem modificar os princípios básicos preestabelecidos, mudança técnica na interposição dos enxertos entre lâminas e
massa lateral (Hyrabayashi) e processos espinhosos (Kurokawa), com
retirada dos processos espinhosos de C7, T1 e T2. Métodos: Durante
três anos, foram estudados 28 pacientes, com quadro de mielopatia
degenerativa cervical multinível (três ou mais níveis), com idade entre
45 e 82 anos, sendo 18 do sexo masculino e dez do feminino. Para
todos os pacientes solicitaram-se exames de radiografias dinâmicas e
ressonância magnética da coluna cervical, tanto no pré quanto no póscirúrgico. A técnica de Hyrabayashi (“porta aberta”) foi utilizada em
12 casos e a Kurokawa (“janela francesa”) em 16 casos. Os enxertos
ósseos, interpostos, foram retirados dos processos espinhosos de C7 e
T1, e quando necessário, de T2, medindo aproximadamente 15 mm.
A seguir foi praticada perfuração e confecção do encaixe nas extremidades dos enxertos, utilizando broca de alta rotação (drill).
drill). Foi feita
drill
perfuração da massa lateral ou dos processos espinhosos, dependendo
da técnica cirúrgica praticada, e sua fixação através de fios de nylon
zero. Resultados: A evolução pós-cirúrgica dos pacientes submetidos
à laminoplastia cervical com esta mudança técnica foi semelhante ao
tratamento convencional (enxerto retirado da crista ilíaca). Conclusões:
A alteração técnica descrita tem como pontos positivos: (1) possibilidade de em uma única incisão cirúrgica retirar enxerto autólogo, o
que diminuiu a agressão e o tempo cirúrgico; (2) evitar a dor do sítio
doador de enxerto; (3) no acompanhamento clínico e radiológico póscirúrgico, durante estes três anos, não foram detectadas alterações
biomecânicas importantes.
Abscessos cerebrais múltiplos – considerações
sobre seis casos
Pereira CU, Queiroz MAM, Gomes PA, Silva EAS, Oliveira Jr CL
Serviço de Neurocirurgia do Hospital João Alves Filho, Aracaju (SE)
Objetivos: Demonstrar nossa experiência em seis casos de abscessos
cerebrais múltiplos. Métodos: Foram estudados, retrospectivamente, seis
pacientes portadores de abscessos cerebrais múltiplos, durante o período
132
de janeiro de 1994 e dezembro de 2004. Resultados: Durante o período
de dez anos, a ocorrência de abscessos cerebrais múltiplos correpondeu
a 9,2% dos casos. O gênero masculino foi o mais acometido com quatro
casos e feminino dois. As idades variaram entre 6 meses e 33 anos de
idade, com uma média de 16 anos. As fontes de infecções primária foram
cardiopatias congênita cianótica, dois casos, sinusite dois e otite média
dois. O escore na ECG na admissão variou entre 9 e 14. A localização
intracraniana foram parietal dois, frontal dois, parieto-occipital dois.
Microorganismos foram isolados em dois pacientes. Febre, cefaléia,
vômitos e crises convulsivas foram os principais achados clínicos e fontanela tensa em um caso. A TC de crânio foi realizada em todos os casos
e RM em um. O tratamento cirúrgico foi instituído em todos os pacientes,
sendo a punção seguida de drenagem, repetida em quatro casos, punção
e drenagem única em dois casos nos abscessos maiores de fácil acesso
cirúrgico, em um caso houve necessidade de excisão total. Óbito ocorreu
com um paciente. Dois pacientes apresentaram crises convulsivas, dois
hemiparesia e alterações cognitivas em um. Conclusões: Os abscessos
cerebrais múltiplos têm sido cada vez mais freqüente, seu diagnóstico
precoce e tratamento adequado tem proporcionado bons resultados.
Carcinomatose meningéia por cancer de mama
– relato de caso
Pereira CU, Silva EAS, Oliveira Jr CL
Serviço de Neurocirurgia do Hospital João Alves Filho, Aracaju (SE)
Objetivo: Apresentar um caso de carcinomatose meníngea decorrente
de câncer primário de mama. E chamar atenção para seu tratamento e
prognóstico. Métodos: Relatam um caso de carcinoma ductal infiltrante
de mama, que desenvolveu metástase múltiplas nas meninges. Resultados: A paciente foi submetida a tratamento químio e radioterápicos
com evolução para óbito em um mês. Conclusão: Pacientes portadoras
de câncer de mama geralmente desenvolvem metástase cerebral e tem
associado carcinomatose meníngea, tornando-se um prognóstico grave,
apesar do tratamento instituído.
Complicações intracranianas decorrentes de
infecções otorrinolaringológicas
Pereira CU, Góis CRT, Camelo RM
Serviço de Neurocirurgia do Hospital João Alves Filho, Aracaju (SE)
Objetivos: Identificar e quantificar as complicações intracranianas
decorrentes de infecções nasossinusais e otológicas, no serviço de
Neurocirurgia do Hospital João Alves Filho (Aracaju - SE). Métodos:
Estudo retrospectivo com 30 pacientes portadores de complicações
intracranianas associadas a infecções ORL. Resultados: Foram estudados 30 pacientes, sendo 57% do gênero masculino e 43% do feminino.
Quanto à idade, houve um predomínio na primeira e segunda décadas
da vida. Quanto ao foco infeccioso primário, 70% dos pacientes apresentaram infecções nasossinusais e 30% afecções da orelha média.
A complicação intracraniana mais freqüente foi o abscesso intracraniano, com 53% dos casos, seguido de empiema subdural com 40%
e abscesso extradural com 7%. O sintoma mais comum foi cefaléia,
que ocorreu em 86,7% dos pacientes, seguida de alterações em nível
J Bras Neurocirurg 16(3)93-143, 2005
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