1 INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA MARIA SALETE LIMA DE LIRA SILVA ATUAÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM PACIENTES CRÍTICOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) TERESINA- PI 2017 2 MARIA SALETE LIMA DE LIRA SILVA ATUAÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM PACIENTES CRÍTICOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Dissertação apresentada ao programa de Pós- Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, servindo como um dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva. Orientador: Prof. Dr. Marttem Costa de Santana TERESINA- PI 3 2017 SUMÁRIO 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 06 2 REVISÃO DE LITERATURA 07 3 CORPUS METODOLOGICO DA INVESTIGAÇÃO 10 3.1 Tipo da Pesquisa 10 3.2 Levantamento de Dados 10 3.3 População e Amostra 10 3.4 Análise de Dados 11 3.5 Aspectos Éticos e Legais 11 4 ANÁLISE E DISCUSSÕES 11 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 REFERÊNCIAS 20 4 ATUAÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM PACIENTES CRÍTICOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Maria Salete Lima de Lira Silva1 Marttem Costa de Santana2 RESUMO A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) surgiu da necessidade de prestar assistência a pacientes em estado crítico, porém, recuperáveis ou não. Este estudo teve como objetivo conhecer a atuação da equipe interdisciplinar em pacientes críticos em unidade de terapia intensiva (UTI). A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão integrativa, na qual utilizou-se o levantamento bibliográfico nas bases de dados do LILACS e MEDLINE, selecionou-se 10 artigos disponíveis entre 2010 e 2016, considerando-se os critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Com os resultados do estudo, pode-se inferir que a UTI caracteriza-se por ser uma área do setor hospitalar destinada ao cuidado contínuo aos pacientes em situações graves, os quais, além de necessitarem de recursos tecnológicos avançados, necessitam de uma equipe multiprofissional qualificada e especializada. Portanto, a equipe interdisciplinar tem papel fundamental na recuperação desses doentes. Cada um na sua área de atuação, onde essa equipe cuida do indivíduo nas diferentes situações críticas dentro da UTI, de forma integrada e contínua. Palavras-chave:. Trauma. Unidade de Terapia Intensiva . Interdisciplinar. 1 Enfermeira, bacharelada pela FSA. Pós-graduação em urgência e emergência UNINOVAFAPI. 2 Professor Orientador. Mestre em educação pela UFPI. Doutor em terapia intensiva pela IBRATI/SOBRATI. Doutorando em tecnologia e sociedade pela UTFPR. 5 THE INTERDISCIPLINARY TEAM'S OPERATION IN POLYTENSUMATED PATIENTS IN INTENSIVE THERAPY UNIT (ICU) Maria Salete Lima de Lira Silva3 Marttem Costa de Santana4 ABSTRACT The Intensive Care Unit (ICU) arose from the need to provide assistance to critically ill patients, however, recoverable or not. This study aimed to know the performance of the interdisciplinary team in critic patients in intensive care unit (ICU). The research was carried out through an integrative review, in which the bibliographic survey was used in the databases of LILACS and MEDLINE, 10 articles were selected between 2010 and 2016, considering the inclusion and exclusion criteria pre- settled down. With the results of the study, it can be inferred that the ICU is characterized by being an area of the hospital sector aimed at the continuous care of patients in severe situations, who, in addition to needing advanced technological resources, need a qualified multiprofessional team And specialized. Therefore, the interdisciplinary team plays a key role in the recovery of these patients. Each one in its area of activity, where this team takes care of the individual in the different critical situations within the ICU, in an integrated and continuous way. Key words:. Trauma. Intensive Care Unit. Interdisciplinary. 3 Enfermeira, bacharelada pela FSA. Pós-graduação em urgência e emergência UNINOVAFAPI. 4 Professor Orientador. Mestre em educação pela UFPI. Doutor em terapia intensiva pela IBRATI/SOBRATI. Doutorando em tecnologia e sociedade pela UTFPR. 6 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) surgiu da necessidade de prestar assistência a pacientes em estado crítico, porém, recuperáveis ou não. É composta de recursos humanos e tecnológicos, altamente especializados, que geralmente não são encontrados em outras áreas hospitalares, sendo assim considerada como das mais complexas e sofisticadas do sistema de saúde. Os profissionais que nela atuam necessitam de um conhecimento técnico-científico específico e atualizado (GOMES 1988), tendo sido necessário a identificação de um espaço, para a instalação de equipamentos específicos, que são usados em situação de crise aguda, bem como reunir no mesmo ambiente seres humanos com habilidade para cuidar de pacientes com graves alterações, retirando-os de unidades gerais, cirúrgicas ou clínicas, enquanto estão nessas condições de saúde. Nas últimas décadas, estudos epidemiológicos brasileiros indicam a progressão das taxas de mortalidade, morbidade e invalidez causadas por trauma, o que o configura como grave problema social no país. Graves também são suas repercussões econômicas, uma vez que pode não só prejudicar a capacidade de trabalho das vítimas, como demandar alto custo com a reabilitação, em virtude das incapacidades temporárias ou permanentes, dele decorrentes. Além disso, entre as possibilidades de prejuízos ocasionados pelo trauma estão expressivos déficits físicos, mentais e cognitivos, com comprometimento da qualidade de vida das vítimas e de seus familiares (MELIONE; JORGE, 2008). Segundo Cyrillo (2005) uma vitima politraumatizado pode ser definido como um paciente emergente e prioritário, pois dispõe de risco potencialmente grave das suas funções vitais se inutilizarem em um pequeno espaço de tempo, por causa das lesões em vários lugares e órgãos que foi atingido, dependendo do mecanismo do acidente e da energia transpassada entre eles. O politraumatismo acontece de um episódio traumático em que há amplo desprendimento de energia, como quedas, acidentes de trânsito, atropelamentos e ferimentos por armas de fogo, entre outros motivos que levem as estas graves lesões. Assim pode ser considerada a primeira causa de mortalidade em sujeitos na faixa etária de 20 a 40 anos de idade, ou seja, na época em que o essa população é mais produtivo, sendo as vítimas, na grande maioria, do gênero masculino. Uns dos motivos pelo qual os homens dominam essa situação tem relação por dirigir em alta velocidade, ter menos 7 cuidado no trânsito, não fazem uso de cinto de segurança dentre outros fatos (MATTOS; SILVÉRIO, 2012). Sande (2010) afirma que a Enfermagem é uma ciência humana com amplo campo de conhecimento, fundamentação e prática de cuidar de seres humanos, que abrange do estado de saúde ao estado de doença, dotada pela criatividade, sensibilidade, observação aguçada e improvisação. A equipe interprofissional, seja o médico, enfermeiro, fisioterapeuta, técnico de enfermagem, nutricionista que trabalha em UTI tem a necessidade de fomento para o aperfeiçoamento profissional e ter atuação efetiva na gestão, sendo valorizado e apoiado pela instituição. Neste aspecto, a assistência à saúde demanda a participação de uma equipe interprofissional, ou seja, de um trabalho coletivo que se configure na relação recíproca entre as múltiplas intervenções técnicas e a interação dos agentes de diferentes áreas profissionais, pois nenhuma categoria profissional consegue contemplar por si só, a totalidade humana na vivência do processo saúde-doença (EVANGELISTA, 2013). A motivação para a realização deste estudo justifica-se pela atuação da equipe interdisciplinar em pacientes críticos em uma unidade de terapia intensiva (UTI), visto que são pacientes que necessitam de cuidados ininterruptos, garantindo assim uma prática segura e eficaz. Percebe-se a importância de um estudo desta natureza como subsídio para a melhoria na qualidade da assistência a estes pacientes. Este estudo mostra-se relevante também frente à evidente lacuna na produção do conhecimento com enfoque na atuação da equipe interdisciplinar em pacientes críticos em UTI, evidenciada durante a busca de estudos para construção desta temática identificando, assim, um reduzido número de publicações. Diante desta realidade e refletindo sobre essa temática, surgiu a motivação para a realização deste estudo, a qual objetiva conhecer a atuação da equipe interdisciplinar em pacientes críticos em unidade de terapia intensiva (UTI). 2 REVISÃO DE LITERATURA Segundo Martins (2000) a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) caracteriza-se como uma unidade dotada de monitoração contínua que visa o tratamento de pacientes potencialmente graves que necessitam de acompanhamento contínuo com equipamentos específicos de alta tecnologia. 8 A unidade de terapia intensiva (UTI) é um local em que a tecnologia é utilizada para salvar a vida ou melhorar o estado funcional do paciente, consequentemente aumentando o controle sobre a morte e prolongando a existência do enfermo. Entretanto, quando se trata de pacientes terminais, há a imperiosa necessidade de se estabelecer limites entre a melhor qualidade possível de vida e o alongamento desta (FORTES, 2011). A UTI desempenha, atualmente, um papel decisivo na chance de sobrevida de pacientes gravemente enfermos, sejam eles vítimas de trauma ou de qualquer outro tipo de ameaça vital. Tal papel tem crescido muito em decorrência da maior quantidade de casos que têm surgido, decorrentes da maior violência civil, e a qualidade de suporte de vida tem acompanhado a evolução da tecnologia de ponta (MEYER; BARBAS; LORENZI FILHO, 1999). A própria melhoria das condições de vida, mesmo em países do terceiro mundo, tem aumentado à longevidade da população e, conseqüentemente, aumentado à quantidade de comorbidades que atingem tais pacientes, expondo-os a um risco maior de serem vítimas de emergências traumáticas ou não traumáticas, aumentando a chance de internação em Unidade de Terapia Intensiva (RIBAS; FERES JÚNIOR, 1999). A UTI possui características físicas que proporcionam uma maior vigilância dos pacientes, centraliza recursos materiais e humanos, que permitem um atendimento mais eficaz, onde a atuação da equipe multiprofissional deve estar voltada para um objetivo comum – a recuperação do doente grave (CARGNIN et al., 2001). Rodrigues e Costenaro (2001) descrevem a UTI como um local em que os profissionais da equipe multiprofissional de saúde possuem objetivos comuns, ou seja, a equipe trabalha pelo mesmo fim. Esta ideia favorece uma maior interação bem como um relacionamento mais recíproco entre as pessoas, nos aspectos ligados ao paciente, á família, á equipe e ao ambiente. Segundo Bassetto et al., (1998), a essência do conceito de equipe é que todos os membros trabalhem em cooperação, sendo que um dos aspectos mais importantes é a comunicação interpessoal. Tal comunicação deve ser simples e objetiva, visando à troca de informações entre os profissionais a respeito dos pacientes, para que o plano de ação seja constantemente avaliado na sua eficácia. Entende-se relacionamento interpessoal como um vínculo, uma ligação, um contato existente entre dois ou mais seres humanos. Esse vínculo ou ligação pode se dar através de palavras escritas ou verbalizadas pode ocorrer através de gestos, do toque, das mãos, do olhar e até mesmo da expressão corporal. O relacionamento pode expressar uma 9 ligação de amizade, afetividade com o outro ou uma relação profissional. O relacionamento interpessoal, em qualquer situação, pode também estar condicionado por uma serie de atitudes reciprocas. No relacionamento interpessoal, sempre uma mensagem é passada ou recebida (COSTENARO, 2001). Uma continua troca de informações como: reuniões periódicas, discussão de casos, reciclagens, entre outros, favorece a comunicação interdisciplinar, fortalecendo a equipe como um todo. A avaliação das dificuldades encontradas pela equipe frequentemente possibilita um acrescimento ás habilidades concernentes a cada disciplina, assim sendo, a qualidade da assistência estará em contínuo crescimento (BASSETTO et al., 1998). O mesmo autor ainda afirma que a equipe interdisciplinar possibilita uma plena recuperação em um trabalho colaborativo, cujo alvo é a saúde física e mental do paciente politraumatizado. O entrosamento interdisciplinar dessa equipe é extremamente importante para que se possa desenvolver um trabalho, cujo objetivo principal é assistir o politraumatizado globalmente, possibilitando assim a melhoria das condições de saúde e diminuindo a sua permanência na unidade de internação. A própria equipe multidisciplinar da Unidade de Terapia Intensiva é bastante exposta, emocionalmente, pelo vínculo criado com pacientes e familiares, gerando ansiedade e desajustes individuais. Deve haver reuniões periódicas, de preferência sob a supervisão profissional de um psicólogo ou psiquiatra, para a discussão desses fatos e melhor resolução dos conflitos (MEYER; BARBAS; LORENZI FILHO, 1999). Para o gerenciamento da Unidade de Terapia Intensiva, o ideal é que se tenha um grupo de trabalho representativo, composto por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares de enfermagem, que procure identificar os problemas de toda ordem e apontar as possíveis soluções. O grupo deve estar empenhado na busca de uma melhor eficiência do trabalho, racionalizando e sistematizando toda a rotina da unidade. Outra função importante é a educação continuada dos diversos profissionais envolvidos na assistência, bem como a discussão de quais as tecnologias que devem ser incorporadas à rotina, através de uma análise da facilitação do trabalho e redução dos custos totais com a aquisição de novos equipamentos (RIBAS; FERES JÚNIOR, 1999). 3 CORPUS METODOLÓGICO DA INVESTIGAÇÃO 3.1 Tipo da pesquisa 10 O estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa. Este método possibilita sumarizar as pesquisas publicadas e obter conclusões a partir da pergunta norteadora. Uma revisão integrativa bem realizada exige os mesmos padrões de rigor, clareza e replicação utilizada nos estudos primários (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). A Revisão Integrativa da Literatura (RIL) é a mais ampla abordagem metodológica dentre as revisões, visto que permite a utilização de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão mais completa do fenômeno analisado (TEIXEIRA et al., 2013). Este estudo foi operacionalizado por meio de seis etapas as quais estão estreitamente interligadas: elaboração da pergunta norteadora, busca na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). A questão norteadora foi elaborada através da estratégia PICO (P: Paciente, I: Intervenção, C: Comparação, O: Outcomes ou desfecho) conforme segue: Qual o papel da atuação da equipe interdisciplinar em pacientes críticos em unidade de terapia intensiva (uti)¿ Definido o objeto de estudo foi aplicado o teste de relevância, em que abordavam o ano, periódico, estado, metodologia e o titulo do artigo. 3.2 Levantamento de Dados A base de dados: LILACS (Literatura latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine) serviram como instrumento para coleta de dados, a partir dos seguintes descritores: interdisciplinar; trauma; Unidade de Terapia Intensiva. 3.3 População e Amostra A população do estudo foi composta por toda a literatura relacionada ao tema de estudo, indexada nos bancos de dados LILACS (Literatura latino Americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine). Quanto à amostra, os artigos foram selecionados a partir de variável de interesse, totalizando 10 artigos. Estabeleceu-se como critérios de inclusão: apenas estudos primários que tivessem ligação direta a temática equipe interdisciplinar e a UTI; estar disponível na íntegra e 11 compreender a faixa temporal proposta para o estudo de 2010 a 2016. Como critério de exclusão artigos que se repetissem nas bases de dados, artigos de opinião, de reflexão e editoriais. 3.4 Análise dos Dados A análise e síntese dos estudos primários foram realizadas na forma descritiva, possibilitando ao leitor uma síntese de cada estudo incluído na revisão integrativa e comparações enfatizando as diferenças e similaridades entre os estudos. 3.5 Aspectos Éticos e Legais A presente revisão integrativa assegura os aspectos éticos, garantindo a autoria dos artigos pesquisados, utilizando para citações e referências dos autores as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 4 ANÁLISE E DISCUSSÕES Dos artigos que atenderam aos critérios de inclusão previamente instituídos obteve-se uma amostra composta por 10 artigos publicados de 2010 a 2016, tendo o ano de 2016 um maior número de publicações com quatro, seguido de 2012 com três, 2014 com duas e 2010 com uma publicação, sendo todas as publicações na língua portuguesa, conforme apresentado no Quadro 1. No Quadro 1 apresenta-se a distribuição das produções localizadas, quanto ao autor (ano), periódico, estado, metodologia e título dos artigos. Quadro 1 – Caracterização dos artigos, segundo autor (ano), periódico, Estado, metodologia e título dos artigos. Teresina (PI), 2017. Autor(ano) Fonte: Bireme Periódic o Estado Metodologia Título dos Artigos 12 Toloi et al. (2014) Rev Bras Nutr Clin São Paulo Quantitativo Atuação do nutricionista em unidade de terapia intensiva Barros et al. (2016) Temas em Psicologi a Rev Neurocie nc Sergipe Qualitativo Síndrome de Burnout em médicos intensivistas: estudo em UTIs de Sergipe São Paulo Qualitativo Atuação Fisioterapêutica na Lesão Medular em Unidade de Terapia Intensiva: Atualização de Literatura Ferreira; Marino; Cavenaghi (2012) Mondadori et al. (2016) Fisioter Pesqui Paraná Quantitativo Humanização da fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva Adulto: estudo transversal Pontes et al. (2014) Rev Min Enferm Minas Gerais Qualitativo Comunicação não verbal na unidade de terapia intensiva pediátrica: percepção da equipe multidisciplinar Rabelo; Queiroz; Santos (2010) Santos; Almeida; Rocha Júnior (2012) Santos et al. (2011) Arq Med Hosp Cienc Med Ciências Biológic as e da Saúde Fits Rev. SBPH São Paulo Qualitativo Atendimento odontológico ao paciente em unidade de terapia intensiva Maceió Qualitativo A atuação do psicólogo em unidade de terapia intensiva (UTI) Rio de Janeiro Qualitativo Intervenção psicológica numa Unidade de Terapia Intensiva de Cardiologia Monteiro et Psicologi a em Estudo Rio de Janeiro Qualitativo Terminalidade em uti: dimensões emocionais e éticas do cuidado do médico intensivista Rev Bras Enferm [Internet ]. São Paulo Qualitativo Equipe multiprofissional de terapia intensiva: humanização e fragmentação do processo de trabalho al. (2016) Evangelista et al. ( 2016) A equipe interdisciplinar não se constitui apenas em função da objetividade dos diversos saberes científicos, mas também a partir do encontro das várias subjetividades das pessoas que a compõem. Portanto, ao falar de uma equipe interdisciplinar, estamos nos referindo ao encontro de diferenças, tanto objetivas quanto subjetivas. É a partir desses encontros que o trabalho coletivo se desenvolve (SOUZA, 1999). Entre os profissionais da área da saúde, é inegável a apreensão do homem como um organismo unificado, onde mente e corpo, comportamento e emoção são entendidos como aspectos absolutamente interligados do ser humano. Diversos estudos científicos 13 têm comprovado que fatores biológicos, psicológicos e sociais interagem de diferentes modos e proporções na gênese e na manifestação de qualquer enfermidade. É a constatação dessa diversidade que está na raiz do trabalho interdisciplinar, implicando necessariamente numa atividade em grupo, baseada numa integração entre as múltiplas áreas do saber (RAMOS-CERQUEIRA, 1994). A UTI caracteriza-se por ser uma área do setor hospitalar destinada ao cuidado contínuo aos pacientes em situações graves, os quais, além de necessitarem de recursos tecnológicos avançados, necessitam de uma equipe multiprofissional qualificada e especializada (GOULART et al., 2014). Ao nos reportarmos aos pacientes das UTIs, precisamos compreender que este indivíduo precisa ser respeitado e assistido em suas necessidades e seus direitos humanos, como por exemplo, no controle da dor, na privacidade, individualidade, no direito à informação, ser ouvido nas suas queixas e angústias, ter ambiente adequado para o sono e repouso, atenção especial ao seu pudor, nas suas crenças e valores, presença da família e direito aos cuidados paliativos, quando não houver mais a possibilidade terapêutica (EVANGELISTA, 2013). Embora cada disciplina tenha uma contribuição única a oferecer dentro de sua particular habilidade e especialidade, é necessário manter-se a ótica de que possuem uma função interligada. A equipe de enfermagem, em seu trabalho cotidiano, está em contato direto com todos os membros do grupo interdisciplinar. Sendo assim, requer estar ciente não só de seu papel na assistência, mas também, do papel desempenhado pela outras disciplinas envolvidas, visto que ela estará a maior parte do tempo em contato permanente com o enfermo, possibilitando a continuidade do plano de ação global (BASSETTO et al., 1998). Em relação à atuação de equipe interdisciplinar nestas unidades pode-se dizer que a enfermagem é a maior aliada do cuidado direto ao cliente, permanece vinte e quatro horas na assistência do doente grave, cria, muitas vezes, vinculo afetivo e adquire confiança daquele que necessita de cuidado. Por isso, considera-se que o enfermeiro, enquanto líder deve estar atento às mudanças que ocorrem, diariamente, no ambiente de trabalho, equipe interdisciplinar e ao cuidado prestado ao cliente (PEREIRA, 2005). Em UTIs, o enfermeiro tem a função de organizar e planejar o labor a ser desenvolvido, durante o seu turno e, muitas vezes, do turno do colega. Dessa forma, compete ao enfermeiro de UTIs, dentre outras atividades, avaliar o paciente, planejar a assistência, supervisionar os cuidados, bem como ser o responsável por tarefas 14 burocráticas e administrativas. Ao prestar o cuidado de enfermagem a pacientes de alta complexidade, o enfermeiro se envolve, se realiza, aprende a exercitar seu compromisso, favorecendo estreita relação com o paciente e, consequentemente, contribuindo para assistência de qualidade. Espera-se que os profissionais tenham competência para identificar e intervir nas alterações fisiológicas dos pacientes, amenizar a ansiedade desses e de seus familiares, utilizar os recursos tecnológicos que compõem esse ambiente e facilitar a interdisciplinaridade (CAMELO, 2012). Para Wehbe e Galvão (2005) ao acolher uma vítima na unidade de terapia intensiva cabe ao enfermeiro obter sua história, abordar vias aéreas, imobilizar coluna cervical, fazer aspiração orotraqueal para manter oxigenação adequada, em caso de lesões faciais, não aspirar narinas, oferecer ventilação adequada utilizando cânula de guedel, se mordedura ou queda da língua retirar o mais rápido possível, alinhar cabeça e elevar a 30°, monitorar sinais vitais, manter acesso venoso de maior calibre para quantificar volemia através de balanço hídrico e avaliação neurológica. Além dos cuidados mencionados acima, o enfermeiro deve ainda averiguar presença de secreções no nariz e ouvido, inspecionar integridade da pele, manejo mínimo da vítima, promover um ambiente calmo e oferecer apoio aos familiares. Ferreira, Marino e Cavenaghi (2012) afirmam que a presença do fisioterapeuta tem sido cada vez mais frequente nas UTI, onde suas técnicas de atendimento são de grande importância para uma recuperação eficaz e a preservação da funcionalidade. O trabalho da fisioterapia não depende somente da qualidade técnica, mas também de qualidade relacional, pois nas condições que os pacientes se apresentam durante o tratamento intenso, as questões psicológicas estão adjuntas a patologias físicas. Em vista disso, para minimizar os danos e efeitos prejudiciais ocasionados pela hospitalização, deve-se dar valor ao atendimento humanizado, oferecendo ao paciente um tratamento benemerente durante o tempo de internação. O fisioterapeuta atua de maneira complexa no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória. É fundamental que as vias aéreas estejam sem secreção e os músculos respiratórios funcionem adequadamente. A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. Ela também atua na melhora do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases que entram e saem dos 15 pulmões e dos aparelhos que são utilizados para que os pacientes respirem melhor. Também possui o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão (JOHNSTON et al., 2012). No estudo de Mondadori et al., (2016), apresenta a importância do fisioterapeuta como membro da equipe interdisciplinar, tendo um papel fundamental no processo de recuperação dos pacientes internados em UTI, onde o profissional trabalha com o objetivo de reabilitar indivíduos hospitalizados, auxiliando em seu processo de cura e que os benefícios são vários, como prevenir e reduzir os efeitos deletérios ocasionados pelo leito, propiciar bem-estar psíquico aos pacientes, melhorar a capacidade respiratória e cardiovascular, promover independência funcional, proporcionar e acelerar uma recuperação de qualidade, além de diminuir o tempo de hospitalização desses indivíduos. Desse modo a fisioterapia é considerada como um componente importante na gestão dos pacientes em terapia intensiva e tem sido demonstrada para fornecer benefícios a curto e médio prazo. A terapia nutricional em pacientes graves é de fundamental importância, visto que esses sofrem grande perda de nutrientes devido ao estado catabólico no qual se encontram, causados principalmente pelas situações de estresse desencadeadas por doenças, trauma, entre outros (TOLOI et al., 2014). De acordo com os Guidelines, a terapia nutricional enteral (TNE) precoce, de 24 a 48 horas após a admissão, deve ser iniciada após a estabilidade hemodinâmica, desde que o trato gastrointestinal esteja funcionante. Estudos demonstram que o início precoce da terapia nutricional está associado à melhor integridade da barreira gastrointestinal, menor ativação e liberação de citocinas inflamatórias, redução de infecções, da mortalidade e do tempo de internação hospitalar. Sabe-se que o início tardio da terapia nutricional expõe o paciente a um déficit calórico-proteico que dificilmente será compensado durante sua permanência na UTI (FERREIRA, 2007). O estudo de Toloi et al., (2014), relata a importância do nutricionista dentro da equipe interdisciplinar em razão da gravidade dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva, algumas intercorrências relacionadas à nutrição enteral podem ser observadas, tais como diarreia, vômitos, distensão abdominal e volume residual gástrico aumentado, além de complicações mecânicas (deslocamento e obstrução da sonda). Estas são algumas justificativas que evidenciam a diferença entre o volume de dieta prescrito e o infundido, gerando um déficit calórico e proteico. Nesse sentido o monitoramento do 16 nutricionista é de extrema importância na manutenção e correção do estado nutricional, o profissional de nutrição deve estar atento aos sinais e sintomas clínicos que o paciente apresenta podendo indicar déficit e/ou nutricional. Os pacientes portadores de afecções sistêmicas, hospitalizados, muitas vezes se encontram totalmente dependentes de cuidados, portanto, impossibilitados de manter uma higienização bucal adequada, necessitando do suporte de profissionais da saúde para esta e outros tipos de tarefas (RABELO; QUEIROZ; SANTOS, 2010). A presença da placa bacteriana na boca pode influenciar as terapêuticas médicas, devido aos fatores de virulência dos microrganismos que nela se encontram, os quais podem ser agravados pela presença de outras alterações bucais como a doença periodontal, cáries, necrose pulpar, lesões em mucosas, dentes fraturados ou infectados, traumas provocados por próteses fixas ou móveis que podem trazer para o paciente repercussões na sua condição sistêmica. Para estas condições serem adequadamente tratadas, faz-se necessária a presença de um cirurgião dentista como suporte no diagnóstico das alterações bucais e como coadjuvante na terapêutica médica (MORAIS et al., 2006). Observou-se na análise do artigo de Rabelo, Queiroz e Santos (2010), que para a realização dos procedimentos odontológicos em ambiente de UTI é necessária à interação das equipes médica-enfermagem-odontologia e outras áreas afins, para que os diagnósticos e tratamentos sejam adequadamente executados. Demostrou que os cuidados bucais, quando realizados adequadamente, reduzem muito o aparecimento de pneumonia associada ao uso de ventilação artificial, nos pacientes em UTI. Fica evidente que com a presença desse profissional reduz o aparecimento de possível infecção hospitalar e/ou agravamento à saúde dos pacientes hospitalizados. A higiene oral em UTI é considerada um procedimento básico, indispensável de enfermagem, cujo objetivo é manter a cavidade bucal dos pacientes saudável. Tais procedimentos são necessários para obter e manter a limpeza, prevenir infecções e estomatites, manter a mucosa oral úmida e promover conforto ao paciente. Para uma boa efetividade da higiene oral é muito importante que esta prática seja realizada corretamente, buscando uma limpeza completa da cavidade oral, com o intuito de remover os restos alimentares e a placa bacteriana, e a prevenção de doenças e infecções causadas por essas bactérias (SCHLESENER; ROSA; RAUPP, 2012). Estudos do mesmo autor comprovam que o uso de gel de clorexidina 0,2% três vezes ao dia, em pacientes internados em UTI, é eficaz na diminuição da colonização 17 bacteriana na placa dental e reduz a incidência de infecções hospitalares em pacientes submetidos à ventilação mecânica, diminuindo o tempo desta e como conseqüência as taxas de mortalidade. O profissional de psicologia, por fazer parte da equipe de saúde que atua em diversos setores de um hospital, tem como uma de suas funções a atuação na UTI que dar-se em uma tríade constituída de: paciente, sua família e a própria equipe de saúde, todos envolvidos na mesma luta, mas cada um compondo um dos ângulos desse processo (SANTOS et al., 2011). De acordo com Santos, Almeida e Rocha Júnior 2012, o sofrimento físico e emocional do paciente é uma situação em que a dor aumenta a tensão e o medo que, por sua vez, exacerbam a atenção do paciente à própria dor que, aumentada, gera mais tensão e medo. Além disso, há a angústia e o sofrimento da família que se sente impotente para ajudar seu familiar e que também se assusta com o espectro da morte que muitas vezes ronda seus pensamentos. O profissional de saúde também é afetado por sentimentos ambivalentes de onipotência e impotência, onde a própria finitude que é denunciada a cada momento faz o mesmo se refugiar em suas defesas. Tudo isso compõe o foco da atuação do psicólogo na UTI, local onde merece atenção e respeito, pois é ao mesmo tempo agente e paciente de tudo que se foi mencionado. No que concerne à assistência oferecida pelo profissional psicólogo na UTI, Santos et al., (2011), informa que este deve promover a adaptação do paciente à hospitalização e ao processo de adoecimento, atentando “para as” às possíveis variáveis que influenciem estes aspectos. Devem-se criar estratégias, junto ao paciente e sua família, para lidar com os agentes causadores e/ou decorrentes das reações emocionais disruptivas, facilitando a compreensão da equipe, pacientes e familiares em relação às manifestações psicológicas envolvidas no processo de adoecimento e hospitalização. É importante promover a integração de ações, voltadas para o paciente e sua família, provenientes das diferentes áreas de saúde, dentro de uma visão interdisciplinar, além de propiciar um atendimento individualizado e um ambiente físico e social mais acolhedor aos pacientes e familiares e por fim, facilitar a comunicação do paciente e família junto à equipe e vice-versa, desenvolvendo pesquisas no âmbito da Psicologia e participando de pesquisas multiprofissionais. Os avanços biotecnológicos da medicina, o processo de medicalização da morte e do morrer, o aumento da expectativa de vida e das doenças crônico-degenerativas têm contribuído para a mudança de perfil deste setor. Apesar de a prática nesse setor 18 pressupor a existência de uma equipe multiprofissional, o médico assume a responsabilidade pela vida do doente, sendo o ator central no cenário da terapia intensiva. O poder do médico intensivista advém de seu domínio sobre o processo do morrer referido à possível regulação e controle da morte, vinculado ao saber técnico e à experiência prática no manejo dos recursos tecnológico (MONTEIRO et al., 2016). O exercício da medicina intensiva é permeado por diversas dificuldades, por vezes envolvendo tarefas árduas e desgastantes, inerentes à profissão. Essas dificuldades são características, sobretudo, de um ambiente profissional caracterizado por demandas relacionadas a estímulos emocionais intensos que acompanham o adoecer, o contato com a dor e o sofrimento, queixas e pacientes muitas vezes hostis e intolerantes, entre outras questões ligadas à figura profissional do médico, ao paciente e seus parentes, ou mesmo à instituição (BARROS et al., 2016). Humanizar é falar para o paciente e ouvir o que ele tem a dizer, ou seja, a comunicação é uma das bases para que haja a humanização do cuidado. A comunicação se dá de duas formas específicas: verbal e não verbal. A comunicação verbal ocorre por meio de mensagens faladas ou escritas e se constitui na forma de comunicação mais utilizada no dia-a-dia. Ela pode ser entendida como aquela que é transmitida pela linguagem escrita ou falada, por meio dos sons e palavras. Já a comunicação não verbal reflete qualquer manifestação comportamental por gestos, expressões faciais, postura corporal, distâncias mantidas entre as pessoas, etc. Esse tipo de comunicação não pode ser emitido por palavras e, na maior parte das vezes, é emitido pelo corpo sem que se esteja consciente do que se está emitindo. A forma de comunicação não verbal ganha importância, uma vez que confirma ou nega a mensagem transmitida verbalmente (PONTES et al., 2014). Nesse sentindo Evangelista et al., (2016) afirma que as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são o local de referência para prestar cuidados críticos, especializados e ininterruptos, contando com uma equipe multiprofissional, destinada a atender pacientes graves e recuperáveis ou não. Para tanto, a densidade tecnológica atinge seu grau máximo e, consequentemente, passa a exercer um processo de redução da assistência, o que repercute nas características dos cuidados prestados aos usuários e seus familiares, assim como no relacionamento interpessoal. Portanto, a atuação da equipe interdisciplinar em pacientes críticos em uti é de suma relevância, os cuidados apresentados favoreceram a compreensão de que se trata de ações necessárias para possibilitar a recuperação dos pacientes, buscando assim, evitar o 19 surgimento das seqüelas e até mesmo, buscar reduzir as chances de óbito, por meio da atenção dispensada e realização dos procedimentos adequados, os quais necessitam ser eficientes e precisos, já que se trata de vidas humanas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este estudo observa-se que a atuação da equipe interdisciplinar junto aos pacientes críticos é fundamental, além da equipe de enfermagem ser a equipe profissional que prestará cuidados a este paciente de forma mais contínua. Quando fazemos referência a uma ciência sabemos que a mesma está em constante evolução. Portanto, na enfermagem como nas demais ciências é de fundamental importância que reforcemos a necessidade de formação continuada dos profissionais de saúde que lidam com pacientes no contexto da unidade de tratamento intensiva. Ao enfermeiro de terapia intensiva compete cuidar do indivíduo nas diferentes situações críticas dentro da UTI, de forma integrada e contínua com os membros da equipe de saúde, para isso o enfermeiro de UTI precisa pensar criticamente analisando os problemas e encontrando soluções para os mesmos, assegurando sempre sua prática dentro dos princípios éticos e bioéticos da profissão. Compete ainda a este profissional avaliar, sistematizar e decidir sobre o uso apropriado de recursos humanos, físicos, materiais e de informação no cuidado ao paciente de terapia intensiva, visando o trabalho em equipe, a eficácia e custo-efetividade. Outro profissional importante na equipe é o fisioterapeuta capaz de utiliza técnicas, recursos e exercícios terapêuticos em diferentes fases do tratamento, sendo necessária para alcançar uma melhor efetividade à aplicação do conhecimento e das condições clínicas do paciente. Aos médicos competem conhecimentos clínicos e cirúrgicos amplo, capaz de diagnosticar, medicar e realizar procedimentos complexos emergenciais. A presença do profissional psicólogo também é essencial, visto que todos os aspectos emocionais, seja do paciente, da família ou da equipe, são constantemente avaliados e observados através da psicologia intensiva. Com presença fundamental das visitas familiares, objetivando estabelecer além da humanização a aproximação e apoio terapêutico necessário. Numa UTI o objetivo comum é a recuperação do paciente em tempo hábil, em um ambiente físico e psicológico adequados, onde a atitude particular de cada membro da 20 equipe que ali trabalha esta orientada para o aproveitamento das facilidades técnicas existentes, aliadas a um bom relacionamento humano. Para um trabalho em equipe deve existir além do espírito de equipe o respeito mútuo entre os membros da mesma, para que cada um desempenhe harmonicamente o seu papel em área de sua responsabilidade, através da união de conhecimentos, experiências e habilidades. Como proposta final, fica a sugestão de que se ampliem pesquisas que possam avaliar a qualidade da atenção em saúde, considerando a avaliação dos artigos utilizados para essa pesquisa, uma vez que a atuação da equipe interdisciplinar precisa ser compreendida como um processo dinâmico a ser reavaliado e reconstruído de maneira contínua. Além disso, espera-se poder levar aos profissionais de saúde da UTI a reflexão sobre suas condutas e os aspectos que permeiam a sua atuação. Finalmente, cabe enfatizar o ser e o fazer profissional, ressaltando a ética, o respeito e a dignidade da pessoa humana. Todas as iniciativas são válidas quando se fala em cuidado, desde que haja sensibilização e problematização da realidade concreta, a partir de um espaço interdisciplinar. REFERÊNCIAS BARROS, M.M.S. et al. Síndrome de Burnout em Médicos Intensivistas: Estudo em UTIs de Sergipe. Temas em Psicologia, Sergipe, v. 24, n.1, p. 377-389, 2016. BASSETTO, M.C.A. et al. Neonatologia: um convite à atuação Fonoaudiológica. São Paulo: Editora Louvise, 1998. CAMELO, S.H.H. Competência profissional do enfermeiro para atuar em Unidades de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão preto, v.20, n.1, jan./fev.,2012. CARGNIN, M. T. et al. 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