DNM DISTROFIA MUSCULAR PROGRESSIVA HISTÓRICO A descrição mais completa e acurada da Distrofia Muscular foi feita por Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne (1806-1875). Em 1858, Duchenne documentou o caso de um menino de 9 anos que perdeu a capacidade de andar devido à uma doença muscular. Em 1868 publicou 13 casos e fez inúmeras observações importantes em relação a sinais e sintomas e ao fato de que a deterioração intelectual pode fazer parte da clínica da doença. Também através de suas observações concluiu-se que a patologia era transmitida por herança, afetando principalmente meninos. De forma errada, Duchenne sempre acreditou que a doença decorria de alterações no Sistema Nervoso. Distrofia de Duchenne é uma doença genética de caráter recessivo, ligada ao cromossomo X, degenerativa e incapacitante Forma mais comum e severa das Distrofias 1 / 3500 nascimentos de meninos PREVENÇÃO Aconselhamento genético Doença hereditária ligada ao cromossomo x ENGLOBA UM GRUPO DE DOENÇAS GENÉTICAS QUE SE CARACTERIZAM POR UMA DEGENERAÇÃO PROGRESSIVA DO TECIDO MUSCULAR FRAQUEZA E ATROFIA MUSCULARES DEFORMIDADES A DISTROFIA> DESTROI AS FIBRAS DOS MÚSCULOS E EM SEU LUGAR SURGEM FIBRAS DE TECIDO ADIPOSO > GORDURA “Distrofia Muscular de DUCHENNE” “Distrofia Muscular de BECKER” Primeiros sintomas> entre 3 e 6 anos de idade Quedas frequentes e leve atraso no desenvolvimento Fraqueza muscular –dificuldades pular/subir/descer escadas Começa a andar nas pontas dos pés > retração dos tendões Ao andar move o tronco para os lados (equilíbrio) Aumento do volume da “barriga da perna” Dificuldade para se levantar do chão Em pé> quadril para frente e ombros para trás (equilíbrio) Progressão lenta e contínua Coordenação motora prejudicada Perda de funções já desenvolvidas Dependência Cadeira de rodas > entre 8 / 9 anos Aproximadamente 30% dos casos apresentam déficit cognitivo e dificuldade de aprendizado > atenção, memória Déficit não se acentua com o tempo Sinal de Gowers ou “levantar Miopático” IMPORTANTE ! Muitas vezes, os pais perdem tempo procurando ortopedistas ou oftalmologistas por acharem que, se a criança começou a cair, deve ser por um problema ortopédico ou visual. O diagnóstico precoce, feito por um neurologista, contribui para o início o tratamento adequado o mais breve possível Complicações: Coluna >escoliose - cifoescoliose Pulmonares > Insuficiência respiratória Hipoventilação (respiração superficial) e ineficiência da tosse Os principais sintomas da hipoventilação são: sono alterado, fadiga, dificuldade de despertar do sono, dispnéia (falta de ar), cefaleia matutina, dificuldade de concentração nas tarefas mentais, declínio do desempenho escolar e depressão Morte precoce > entre 15 e 17 anos por complicações pulmonares Sobrevida rara após 25 anos de idade Incidência cerca de 10 vezes menor que a da Distrofia Muscular de Duchenne 1/30.000 nascimentos masculinos Os sintomas e sinais são semelhantes aos da distrofia de Duchenne, mas consideravelmente mais leves Início de manifestação é mais tardio e a evolução clínica da doença mais lenta O quadro clínico deste tipo de distrofia apresenta uma variabilidade muito grande, podendo haver, em uma mesma família, indivíduos com diferentes graus de comprometimento muscular. Importante! Aproximação professor X família para conhecer as condições físicas do aluno Compreensão > aluno terá perdas ao longo do percurso escolar > Comportamento : cinismo, desafiador ( Psicoterapia necessária) Paciência > Respeitar o cansaço e lentidão do aluno, evitando cobranças desnecessárias Não exigir força do músculo > piora a condição da distrofia Estar atento as posturas do aluno > adequação postural favorecendo a função, respiração e retardando as deformidades Verificar a melhor posição do aluno em sala Substituir cadernos (pesados) por folhas sulfite , presas com fita crepe na carteira Uso do lápis 6B (mais leve ao traçar) Evitar a realização de longas cópias > entregar o material digitado ou xerocar de um colega ou ainda utilizar papel carbono no caderno do colega que fará a cópia Talheres leves ( plástico ) e adaptados; mesa na altura do peito para facilitar a atividade de alimentação, diminuindo a distância entre o alimento e a boca > desgaste físico Quedas = Fraturas Verificar a acessibilidade, eliminando barreiras e fatores que podem desencadear quedas. Algumas estratégias de ensino podem ser úteis para minimizar o déficit de memória de curta duração nesses pacientes, tais como: uso de frases diretas e curtas, fracionamento de comandos, repetição da informação e uso de recursos visuais no processo pedagógico. SALA DE RECURSOS > AGRAVAMENTO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS Será necessário o uso da Tecnologia Assistiva cada vez mais complexa para auxiliar na função ( Cadeira de rodas motorizada, computador com teclado e mouse adaptados, suportes para os braços para facilitar movimentos contra a gravidade e outros....) > Recusa do aluno na utilização das adaptações> Conscientizar a família, colegas, comunidade escolar e o aluno Eliane Degutis de Freitas Terapeuta Ocupacional do CEEEU [email protected]