METODOLOGIA DE ENSINO A DISTÂNCIA

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SINSESC
2014–27 anos
POR QUE APOSTAR NUM CURSO TÉCNICO
O curso Técnico é hoje, mais aceito no mercado do que
os cursos de Graduação.
.
Os cursos técnicos duram menos, são mais acessíveis, regularizam a
profissão de secretariado (exigência da Lei de Regulamentação da profissão –
7377/85), aumentam as chances de contratação e o salário do profissional em mais
de 25%.
Estas informações estão contempladas em artigos de especialistas em
mercado de trabalho, principalmente aqueles que fazem a seleção e a contratação
de profissionais qualificados.
Pesquise em “Educação a Distância – Cursos EAD” as razões para fazer
um curso técnico. Ou aproveite aquele que você já conhece e que pode estar bem
perto de você.
Se você acha que passar no vestibular e freqüentar a Universidade é o único
caminho para quem completou o ensino médio está enganado. Existem várias
opções para continuar os estudos e gastar muito menos.
São os cursos técnicos. Além de mais específicos, eles dão uma boa garantia
de emprego. ''Hoje há mais de 200 mil vagas na área técnica que não são
preenchidas por falta de candidatos'', explica Eliezer Pacheco, secretário de
Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Identifique uma profissão que tenha boa empregabilidade, ou seja, uma
profissão que existe em qualquer organização, pública ou privada, encontre um
curso técnico de confiança e tenha uma profissão técnica.
Quase todos os cursos técnicos forma profissões regulamentadas. E as
profissões têm, normalmente, Entidades Representativas e de Fiscalização
(Sindicatos e Conselhos) as melhores condições de trabalho para essas
profissões.
Essas Organizações fontes de pesquisa de muita confiabilidade.
Fonte: Revista VOCÊ S/A e Sites sobre o assunto.
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Rua Felipe Schmidt, 315 – Sala 101 – Centro – Edifício Alliança – CEP 80010 000 – Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
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23/Abril/2014 – DIA INTERNACIONAL DO SECRETÁRIO
SINSESC
2014–27 anos
Educação a Distância
Desafios Pedagógicos
Cláudia Magnavita
A revolução das comunicações tem alterado profundamente o sentido das
distâncias, modificando, sobremaneira, a vida dos seres humanos. Nas antigas
sociedades, os homens sempre viveram confinados ao espaço da coletividade e
suas relações não iam além das “sociedades limítrofes” (Rodrigues, 1990). Tanto a
tradição como o saber e a técnica ficavam restritos a quem partilhava o mesmo
território comum. Hoje, diante da “planetarização” do sistema, vivemos numa
“sociedade em rede”.
Para Castells (1999) esta sociedade apresenta um novo paradigma das
tecnologias da informação.
As redes interativas de computadores estão crescendo
exponencialmente, criando novas formas e canais de
comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo
moldadas por ela (1999:22).
A partir dessas transformações, as relações sociais são redimensionadas, pois
vão se estabelecendo também através de um sistema de informação, extrapolando
as relações imediatas e concretas. Podemos dizer que a sociedade atual
caracteriza-se, sobretudo, pela mutabilidade e pelo movimento acelerado de
produção e divulgação de conhecimentos e das técnicas (Lévy, 1993). Essas
mudanças envolvem maneiras de pensar, interpretar o mundo, conviver, estabelecer
objetivos e padrões de vida, uma vez que há uma estreita relação entre a história
das tecnologias e a sua inserção na cultura contemporânea.
Na contemporaneidade, essas condições dizem respeito ao surgimento de um
novo espaço/tempo, de uma nova geografia, conseqüência do grande
desenvolvimento dos meios de transporte e de comunicação e da relação entre eles,
conforme destaca Nelson Pretto a partir das considerações de René Berger e Paul
Virllio1.
aceleração do desenvolvimento dessas novas tecnologias
está se dando pelo movimento de aproximação entre as
diversas
indústrias
(equipamentos, eletrônica
informática, telefone, cabos, satélites, entretenimento
e comunicação). Esse movimento é a condição objetiva
para aperfeiçoamento dessas tecnologias fazendo com
que, potencialmente, aumentem as possibilidades de
comunicação entre as pessoas (Pretto, 1996:19).
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A contribuição dos sistemas de comunicação com tecnologias avançadas fez
surgir uma infra–estrutura com características bastante inovadoras, tornando
possível à troca de conhecimentos, não apenas como produto, mas como processo,
possibilitando a existência de uma grande coletividade produtiva, que ultrapasse
fronteiras geográficas, de idade, nacionalidade, formação acadêmica ou delimitação.
de área científica.
A realidade aponta para uma sociedade “planetária”, tendo na circulação de
informações sua marca fundamental. A idéia do ambiente eletrônico como um
campo de relações totais e simultâneas está na base da conhecida idéia de Aldeia
Global, com a qual McLuhan e Powers (1996) anteciparam debates mais atuais
sobre as peculiaridades do tempo e do espaço. A ubiqüidade de cada pessoa estar
em sua casa e ao mesmo tempo em outro lugar é a essência da possibilidade de ser
local e não local, particular e universal ao mesmo tempo (Pretto, 1996:41).
Assim, a discussão sobre EAD ganha um destaque maior, justamente pela
possibilidade de contribuir com o debate sobre redução tanto das desigualdades
educacionais, como das distâncias entre as diversas esferas e sistemas de
educação. Mas, ela tem essa potencialidade? Quais as limitações e desafios
encontrados?
Uma das primeiras limitações encontradas começa com sua própria
conceituação. Podemos encontrar definições em que a EAD é vista Como:
“modalidade alternativa de ensino”, “sistema tecnológico de comunicação massiva e
bidirecional”, “modalidade pedagógica”, “prática educativa mediatizada”.
Segundo Neder (2000) através dessas definições percebe-se que a EAD é
compreendida como “um meio”, “uma forma” de se possibilitar o ensino. Essas
definições apontam para o aspecto instrumental, denunciam uma visão de educação
não como processo, ou prática social, mas sim como um sistema – coisa –
descolado da realidade socioeconômica - cultural. Definir a EAD a partir da sua
adjetivação tem catalisado nossas reflexões em detrimento de sua essência.
Questiona-se o termo “a distância”, uma vez que ele não pode ser mais
compreendido como distância puramente física ou geográfica. Somos convidados a
pensar em processos educativos que ultrapassem as instituições de ensino mais
tradicionais, ou em propostas que apresentem como possibilidade a criação de
novos ambientes de aprendizagem, onde a relação presencial professor/aluno seja
transcendida. O desafio nesse sentido será o de pensar modelos pedagógicos que
sejam realmente transgressores e não reaplicáveis a qualquer situação de
aprendizagem.
A crítica relativa ao EAD surge quando muitas vezes se pensa modelos
pedagógicos que sejam aplicáveis a tudo e a todos. O desafio é pensar a EAD como
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um processo que pode ocorrer em tempos e espaços distintos, porém vinculados a
contextos e situações específicas.
Um aspecto que comprova a crítica levantada é a inserção da EAD nas
políticas públicas educacionais 58 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: TRILHANDO
CAMINHOS vigentes, na qual ocupa uma posição estratégica, embora as
concretizações dos projetos ainda sejam extremamente tímidas. A criação da
Secretaria de Educação a Distância (SEED) no MEC, a presença de um capítulo
destinado à Educação a Distância e tecnologias educacionais no Plano Nacional de
Educação são indicadores que permitem afirmar que o EAD encontra-se em
ebulição, quer em nível nacional – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), - quer em nível estadual através Secretaria de Educação do Estado da Bahia,
em especial para a formação e atualização de professores.
O problema é que programas e projetos vêm sendo criados e recriados com
soluções fragmentadas, dissociadas da realidade, sem considerar o público para o
qual se destinam, suas necessidades, suas expectativas, suas potencialidades, bem
como a produção de programas de forma dissociada das reais condições de
aprendizagem. A EAD tem sido posta nas políticas públicas educacionais como
solução para os problemas educacionais do país. Em contraponto, Barreto citando o
texto do PNE, Proposta da sociedade Brasileira, sinaliza que,
“a Era os Pacotes Educacionais” pensados por quem
sabe, a serem executados e gerenciados por quem não
sabe está de volta: nos “kits modernidade” (TV, vídeo e
parabólica) que, para alguns endereços deveriam ser
enriquecidos com um gerador de energia elétrica; na
exagerada e ainda pouco fundamentada ênfase à
educação a distância (TV Escola), nos “kits PCN”. [...]
Novamente o discurso da urgência, da solução mágica e,
no bojo de ambos, a desqualificação do saber
profissional dos educadores e a desvalorização de seu
fazer, já que às exigências decorrentes das propostas de
mudança não corresponde retribuição salarial, formativa
e trabalhista adequada. [...].
Autoritarismo e arrogância camuflados nos argumentos
de orientação e capacitação técnica” 2.
Uma outra questão relevante é a relação EAD e as Tecnologias da Informação
e da Comunicação. Criou-se uma espécie de encantamento com as tecnologias. Um
encantamento positivo de um lado, quando se visualiza as novas possibilidades que
oferecem no campo educativo, nas capacidades que têm de modificar conceitos de
tempo e distância, propiciando uma interação muito mais intensa. E de outro,
corremos o risco da alienação, da crença ilimitada. Como educadores, não podemos
fechar os olhos aos progressos e avanços das tecnologias ou permanecer
extasiados com o que podem oferecer. Por isso é fundamental verificarmos até que
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ponto os cursos ou programas propostos, propiciam o diálogo, a interatividade. E se
estão ao alcance do público a quem foi proposto, se não cometeremos um equívoco.
Como já foi colocado, na EAD o processo de ensino/ aprendizagem ocorre em
situação em que seus sujeitos não ocupam os mesmos espaços e tempos
curriculares. E a simples utilização de recursos tecnológicos não garantem a
interatividade. Na perspectiva de Alves, Nova e Lago:
para se realizar experiências de ensino à distância que
aproveitem as possibilidades trazidas pelas redes
digitais, com maior interatividade, atingindo amplamente
os nossos sentidos, sendo tão dialógicas a ponto de
permitir uma efetiva troca entre os pares é preciso muito
mais que o suporte, a estrutura, a conexão, a preparação
dos professores. È necessária à articulação de todos
esses elementos.3
E o papel do professor passa a ser ainda mais importante indo além do
facilitador ou do transmissor. O professor necessita trabalhar num contexto criativo,
aberto, dinâmico, complexo. Em lugar da adoção de programas fechados,
estabelecidos a priori, passa a trabalhar com estratégias, ou seja, com cenários de
ação que podem modificar-se em função das informações, dos acontecimentos, dos
imprevistos que sobrevenham no curso dessa ação (Morin, 1996). Isso implica
trabalhar com incertezas, com complexidades.
Na relação professor/aluno/conhecimento deve estar presente à
interatividade, não como conseqüência da presença das novas tecnologias, mas
como foco, como uma característica, um requisito, para a construção do
conhecimento.
Ainda existem muitos desafios a serem superados pela EAD. Faz-se
necessário, a criação de tempos e espaços para reflexões e prática da EAD, levando
sempre em consideração os diálogos que precisam ser estabelecidos e uma
concepção de educação comprometida com a produção
de saberes e a transformação social.
Notas:
1
2
3
Esses autores remetem aos conceitos de telêmica (deslocamento do corpo) e de telemática
(deslocamento das mensagens) e estabelecem uma importante relação entre o aumento da
velocidade do deslocamento das pessoas pelo aperfeiçoamento dos meios de transportes, e o
aumento da velocidade de transmissão de mensagens, através dos novos meios de
comunicação.
Citado por BARRETO, Raquel Goulart. As políticas de Formação de professores: Novas
Tecnologias e Educação a Distância. In: BARRETO, Raquel Goulart (org) Tecnologias
educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet,
2001, p. 20.
Alves, Lynn, Nova, Cristiane e Lago, Andrea. (neste livro).
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Referências Bibliográficas
BARRETO, Raquel Goulart. As políticas de Formação de professores: Novas
Tecnologias e Educação a Distância.
In: BARRETO, Raquel Goulart (org) Tecnologias educacionais e educação a
distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001, p. 10-28.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra,1999.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência - o futuro do pensamento na era da
informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
___________. A Inteligência Coletiva. São Paulo: Edições Loyola, 1998.
___________. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1999.
MCLUHAN Marshall e POWERS, B. R. La aldea Global – Transformaciones e la
vida y los medios de comunicación mundiales en el siglo XXI. Barcelona:
Editora Gedisa, 1996.
MORIN, Edgar. Epistemologia da complexidade.
In: SCHNITMAN, Dora Fried (org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
NEDER, Maria Lúcia Cavalli. A orientação Acadêmica na Educação a Distância: a
perspectiva de (re)significação do processo educacional.
In: PRETI, Orestes (org). Educação a Distância: Construindo significados.
Cuiabá: NEAD/IE – UFMT; Brasília: Plano, 2000.
PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola com / sem futuro. Educação e Multimídia.
Campinas: Papirus,1996.
RODRIGUES, Adriano Duarte. Estratégias da comunicação. Questão
Comunicacional e Formas de sociabilidade. Lisboa: Editorial Presença, 1990.
VIRILLIO, Paul. Guerra Pura. Tradução de Elza Miné e Laymert Garcia. São Paulo:
Brasiliense, 1984.
___________________________________________________________________
Cláudia Magnavita - ([email protected] - é professora da Universidade do Estado da Bahia,
UNEB, Mestranda em Educação e Contemporaneidade (UNEB).
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