olho clínico Peito escavado Crescimento exagerado dos tecidos (cartilagens) que ligam as costelas ao osso do peito é a causa provável do arqueamento do peito para dentro. Trata-se de uma deformação congénita, mais comum nos homens do que nas mulheres, que se agrava sobretudo na adolescência. Na maioria das situações, esta deformação não está associada Esterno a problemas físicos de saúde, embora alguns estudos apontem para Coração uma ligeira diminuição da Pulmão capacidade respiratória destes pacientes. Ao nível psicológico, a questão geralmente é mais complicada: muitos revelam falta de autoestima, têm uma perceção negativa da própria imagem e autoconfiança reduzida. Compressão Em casos raros, quando a deformação é muito pulmonar pronunciada, pode haver compressão do coração Apenas em casos e dos pulmões, problemas respiratórios, dor no muito graves de peito, cansaço e, por conseguinte, dificuldade em peito escavado, o praticar exercício físico. Estes sintomas exigem esterno comprime uma consulta ao médico de família, que poderá o coração encaminhar para um cirurgião cardiotorácico. e os pulmões Se o paciente não apresenta sintomas, o tratamento é desnecessário. A prática de exercício físico, como natação, durante a infância e a juventude, nalguns casos, atenua a deformação ou limita o seu desenvolvimento. Caso o funcionamento do coração e dos pulmões esteja comprometido ou o problema afete psicologicamente o paciente, a cirurgia é a solução. Pode ser feita em qualquer idade, mas a maioria dos especialistas defende a sua realização na puberdade, quando ocorre o maior desenvolvimento físico e surgem grandes alterações psicológicas. Técnica de Nuss Desenvolvida na década de 90 por Donald Nuss, nos Estados Unidos, esta é a técnica mais usada. Consiste na introdução, guiada por vídeo, de uma barra em aço ou titânio por baixo das costelas e do esterno, sob anestesia geral. A operação exige duas pequenas incisões laterais no tronco. Rotação DE 1800 No peito, a barra é rodada e as suas extremidades fixadas às costelas, de modo a manter a posição durante os 2 a 3 anos que permanecerá no corpo. O paciente fica hospitalizado 4 ou 5 dias, precisa de reeducação respiratória e só poderá retomar as atividades normais 15 dias depois. Para praticar exercício físico, terá de esperar 2 a 3 meses. Correção imediata A rotação da barra força os ossos do peito a curvar para fora. Após a remoção, o osso retrai ligeiramente. Os estudos indicam uma taxa de sucesso da cirurgia de 95%, ao fim de 15 anos. teste saúde 107 fevereiro/março 2014 tratamento cirúrgico 39