Aula 7_Processos obstrutivos e facilitadores nos

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DINÂMICA DOS GRUPOS E RELAÇÕES HUMANAS
Profª Josiane C. Cintra
Aula 7 - Processos obstrutivos e facilitadores nos grupos
MAPA CONCEITUAL
Processos facilitadores
Processos obstrutivos
Influência e poder
Estágio de desenvolvimento
Tamanho
Normas do grupo
Coesão
Comunicação
Reforçando o poder e influências dos grupos sobre os indivíduos, Moscovici afirma que:
“a maioria dos objetos sociais são ambíguos e isto é o que os
distingue dos objetos físicos. Carecemos de critérios claros e precisos
para julga-los. Assim, não temos critérios para avaliar a verdade ou o
erro em matéria de opiniões políticas ou religiosas, valores e normas
culturais, e símbolos em geral. Ante tais objetos, os indivíduos são
presa da incerteza e não sabem que juízo preciso fazer sobre eles. No
entanto, necessitam de um. A fim de reduzir essa incerteza, uns se
apoiam sobre o julgamento dos outros e formam uma norma comum
que decide, de maneira arbitrária, o que é verdadeiro ou falso. Se
supõe que esta norma representa a realidade. Como resultado disto,
a norma estabelecida em comum adquire força de lei para cada
indivíduo. Os indivíduos se conformam a ela e já não vêem as coisas
através dos seus próprios olhos, e sim através dos olhos do grupo”
(MOSCOVICI, 1985, p. 29).
Vamos lembrar que um grupo implica na união de pessoas com características, personalidade,
valores, crenças, experiências diferentes.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE GRUPOS
Curso: Psicologia
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Pré-estágio I - quando o grupo ainda não está formado, apenas existem contatos
iniciais para sua organização.
Formação – quando os membros do grupo iniciam os contatos com vistas à realização
do trabalho, um processo de descobrimento do “outro”, mesmo que este já seja um
colega.
Tormenta ou Conflito um processo de ajuste, no sentido de estabelecer o que será
realizado, por quem e de que maneira. Também envolve negociação, porque os
membros do grupo podem não concordar com as decisões que os atingem.
Normalização ou Normatização –a coesão e a identificação são as características dessa
fase, onde as relações ficam mais próximas e o grupo compartilha sentimentos e
percepções. Essa fase é concluída quando há aceitação das normas de
comportamento, bem como os procedimentos que irão pautar as tarefas a serem
cumpridas.
Desempenho – inclui a realização das atividades, toda a energia está voltada para a
realização das tarefas.
Interrupção ou desintegração – essa fase ocorre quando os objetivos do grupo foram
atingidos e não há mais razão para ela continuar a existir.
Essas fases não ocorrem necessariamente nessa ordem em todos os grupos, podem inclusive
haver fases concomitantes (diferentes membros) ou retrocesso (voltar a etapa anterior).
De qualquer forma, compreender o estágio de desenvolvimento em que determinado grupo se
encontra é importante para que a proposta de intervenção seja efetiva e coerente.
TAMANHO DO GRUPO
O tamanho de grupo mais adequado é determinado pela capacidade dos membros interagirem
e influenciarem uns aos outros com eficiência.
Vadiagem social – é a tendência de alguns membros do grupo a não se esforçarem tanto em
uma situação coletiva quanto se esforçariam se estivessem sozinhos.
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Elementos que afetam a estrutura das equipes de trabalho
Normas - são padrões de comportamentos e desempenhos tolerados, aceitos e esperados,
sustentados pelos membros das equipes, criados com o objetivo geral de regulamentar e
estabelecer o que pode, ou não, ser feito.
Papéis e posição dos membros - são definidos pelo grupo durante o processo de
desenvolvimento. Cada papel carrega a expectativa do grupo quanto a seu comportamento.
Status - Compreendido como o reconhecimento social dado a um membro ou à equipe como
um todo. A importância deste elemento na estrutura da equipe, é a influência que o indivíduo
ou indivíduos com prestigio podem ter no comportamento e no desempenho da equipe.
COESÃO – é o modo como o grupo se compromete a se manter unido. Resulta das forças que
agem sobre seus membros
Fatores que aumentam a coesão:
composição homogênea, maturidade
do grupo, tamanho (pequeno),
interações frequentes, metas definidas,
sucesso
Consequências da alta coesão Cumprimento dos
objetivos, satisfação pessoal dos membros,
aumento da quantidade e qualidade das
interações, pensamento de grupo
Fatores que diminuem a coesão:
Composição heterogênea, formação
recente do grupo, tamanho (grande),
dispersão física, metas ambíguas,
fracassos.
Consequências da baixa coesão: dificuldade de
atingir objetivos, aumento da possibilidade de
dispersão (ruptura), interações menos
frequentes, orientação individual (x pensamento
grupal), baixo comprometimento com os
objetivos do grupo.
Pensamento grupal
É o modo de raciocínio que ocorre quando os membros do grupo estão profundamente
envolvidos em um grupo coeso e o desejo de unanimidade invalida a motivação para analisar o
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COMUNICAÇÃO
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Os ruídos são interferências no processo de comunicação que podem distorcer o seu resultado
e podem ter origem em:
Emissor – filtragem, censura, tabus.
Código – mau entendidos diferenças culturais.
Receptor – percepção seletiva, alienação, falta de sensibilidade para comunicação não-verbal.
Bibliografia:
GRIFFIN, R. W.; Moorhead, G.. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo:
Ática, 2015.
MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de grupo: manual de técnicas. São Paulo: Atlas, 1977.
ROBBINS, S.; JUDGE, T. A. Fundamentos do comportamento organizacional. -12 ed.- São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2014.
ZANELLI, J. C.; Borges-Andrade, J. E.; Bastos, A.V.B. (org). Psicologia, organizações e trabalho no
Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
ZIMERMAN, D.E. Fundamentos básicos das grupoterapias, 2. Ed. Porto Alegre, 2000.
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