ARTERITE PANSISTÊMICA EM EQUINO – RELATO DE CASO Luiz Romulo Alberton1; Tatiane Camacho Mendes2; Rita de Cássia Lima Ribeiro3; Daniela Dib Gonçalves4 1 Médico Veterinário, Professor Titular do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Paranaense ([email protected]) 2 Médica Veterinária, Professora do Centro Universitário Filadélfia – Unifil 3 Médica Veterinária – Professora do Curso de Graduação em Medicina Veterinária – Unipar 4 Médica Veterinária – Professora Titular do Curso de Medicina Veterinária - Unipar Rod. BR 480 km 14, CEP 87.502-970 Recebido em: 30/09/2013 – Aprovado em: 08/11/2013 – Publicado em: 01/12/2013 RESUMO O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo de caso de arterite pansistêmica em uma égua. O animal apresentava edema periorbital, febre, descarga nasal purulenta, pneumonia, depressão, edema e endurecimento das jugulares. O paciente foi medicado com antimicrobiano à base de ceftiofur, antinflamatório (flunixim meglumine), mucolítico (bromexina) e fluidoterapia. O animal não apresentou melhora, indo a óbito após sete dias de tratamento. Achados de necropsia e histopatológicos indicaram que o animal apresentava arterite, bronquiopneumonia, traqueíte e miocardite, com predomínio perivascular, acentuado e crônico, com mineralização do tecido necrótico. Pela distribuição pansistêmica, e achados clínicos compatíveis das lesões, é possível que haja envolvimento viral, com suspeita principal de Arterite Viral Equina, dessa forma um estudo epidemiológico e sorológico se justificaria na região Noroeste do Paraná, já que a doença tem um impacto econômico importante sobre a reprodução dos equinos. PALAVRAS-CHAVE: arterite, eqüino, pneumonia, viral. PANSYSTEMIC ARTERITIS IN HORSES - CASE REPORT ABSTRACT The aim of this paper is to present a case report of pansystemic arteritis in a mare. The animal presented periorbital edema, fever, purulent nasal discharge, pneumonia, depression, edema and jugular hardening. The patient was medicated with ceftiofurbased antimicrobial drug, anti-inflammatory (flunixim meglumine), mucolytic (bromexine) and fluid therapy. The animal did not present any improvement, and died after seven days of treatment. Necropsy and histopathological findings indicated that the animal presented arteritis, bronchipneumonia, tracheitis, miocarditis, with severe and chronic perivascular predominance, with mineralization of nechrotic tissue. Due to the pansystemic distribution and compatible clinical findings on the injuries, it is possible to suspect that there was viral involvement, with a strong suspicion of ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 263 2013 Equine Viral Arteritis. Thus, an epidemiological and serological study would be justified in the Northwest Paraná region, since the disease has an important impact on horse reproduction. KEYWORDS: arteritis, equine, pneumonia, viral. INTRODUÇÃO A arterite é caracterizada por uma reação inflamatória na parede arterial, sendo que a natureza da inflamação varia com a causa específica (JONES & HUNT, 1997). Secundariamente, a arterite pode ocorrer como parte de diversas doenças inflamatórias dos tecidos, mas é também vista como manifestação primária em várias condições. Estas alterações, quando extensas e envolvem todos os órgãos e sistemas são classificadas como pansistêmicas. Arterite é frequentemente representada por dano endotelial ou trombose. Estas lesões podem afetar todos os tipos de vasos, além das artérias, podendo ser chamadas também de vasculites (VLEET & FERRANS, 1995). O processo inflamatório nos vasos desencadeia infiltrados neutrofílicos que liberam enzimas lisossômicas e outras citoplasmáticas, como elastase e colagenase, que acarretam lesão direta das paredes vasculares. O efeito resultante é extravasamento pela parede vascular e comprometimento do lúmen do vaso, que resulta na formação de edema, hemorragia, trombose e alterações isquêmicas nos tecidos supridos (MORRIS, 2000). As lesões nas paredes vasculares também resultam em disfunção vascular que se caracteriza por aumento na vasoconstrição e na agregação plaquetária, o que contribui para a isquemia tecidual. O endotélio doente libera endotelina, polipeptídeo que causa contração do músculo liso subadjacente e produz menos substâncias dilatadoras como o fator de relaxamento derivado do endotélio (VANHOUTTE,1998). A lesão da parede vascular também resulta em menor produção de prostaciclina, que em geral serve para manter a vasodilatação e a nãoreatividade das plaquetas. Portanto a disfunção endotelial contribui para determinar a falência do vaso (MORRIS, 2000). Os sinais clínicos mais comuns em equinos com arterite pansistêmica são: edema cutâneo, ventral e nos membros, depressão, hemorragias petequiais, claudicação, cólica, laminite, diarreia e dispneia. Os achados hematológicos e bioquímicos são determinados pela doença subjacente, mas em geral são observados: anemia, neutrofilia, hipergamaglobulinemia e hiperfibrinogenemia (MORRIS, 2000). Entre as doenças que causam edema, arterite e vasculite nos equinos pode-se citar a Arterite Viral Equina (AVE) e a púrpura hemorrágica (CAMPOS et al., 2008). Embora outros agentes possam causar tal sintomatologia como a Anemia Infecciosa Equina, e a Erliquiose equina (Erlichia equi). A Púrpura Hemorrágica se desenvolve ocasionalmente como sequela de infecção do Streptococcus equi, e as lesões clínicas de edema subcutâneo, petéquias e equimoses na pele e mucosas aparecem em decorrência da vasculite por imunocomplexos (MORIELLO et al., 2000). O diagnóstico de arterite ou vasculite baseia-se na demonstração de alterações histológicas típicas nos vasos atingidos (CACIOLO, 1984). O tratamento consiste em remover o estímulo antigênico, reduzir a inflamação na parede vascular, normalizar a resposta imune e proporcionar cuidados de ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 264 2013 suporte. Qualquer que seja a causa, geralmente exige tratamento rigoroso. Fenilbutazona, flunixina-meglumina são indicadas para reduzir a inflamação vascular. Assim como a terapia antimicrobiana pode reduzir a gravidade da celulite ou de outras sequelas sépticas. O uso de corticóides ainda é controverso e deve ser utilizado naqueles animais com suspeita de reação imune (MORRIS, 2000). Quanto ao prognóstico, depende da doença desencadeante, com terapia rigorosa e os cuidados de suporte iniciais, a maioria dos cavalos recuperam-se em até quatro semanas (MORRIS, 2000). De acordo com o que foi exposto, o objetivo deste trabalho foi descrever o caso clínico atendido, bem como levantar dados na literatura com o objetivo de confrontar e corroborar com os achados de arterite pansistêmica em um equino, ainda não 1descrito na região Noroeste do Paraná. RELATO DE CASO Foi atendida no Hospital Veterinário uma égua da raça quarto de milha, com idade aproximada de oito anos. Segundo o proprietário o animal vinha apresentando há uma semana o corrimento nasal purulento e que, já havia tratado com antibióticos à base de penicilina e dipirona sódica. O animal foi submetido ao exame físico e apresentava corrimento nasal purulento bilateral, estertores úmidos na ausculta pulmonar, edema e endurecimento das jugulares, conjuntivite e edema periorbital bilateral, tosse, depressão, febre, taquicardia e taquipnéia. O animal foi medicado com ceftiofur1 por via intramuscular na dose de 2 mg/kg de peso vivo uma vez ao dia durante sete dias, bromexina2 como mucolítico na dose de 0,2 mg/ Kg de peso vivo por via endovenosa uma vez ao dia durante sete dias; flunixina meglumina3 na dose de 1,1 mg/kg de peso vivo duas vezes ao dia durante cinco dias; e a fluidoterapia foi feita com solução injetável de Ringer com lactato de sódio4 e de solução glicofisiológica a 5%5. Para a aplicação dos fluidos foi utilizada a via intravenosa com posologia e dosagem adequada ao estado de hidratação do animal no decorrer do tratamento. Amostra de cinco mL de sangue com EDTA com anticoagulante foi colhida da veia jugular para hemograma completo. A partir do hemograma foi constatado apenas leve leucopenia. Durante o tratamento o animal apresentou melhora clínica a partir do terceiro dia de medicação, o corrimento purulento diminuiu sensivelmente, assim como na ausculta pulmonar houve diminuição nos estertores, já a febre cedeu logo no início do tratamento e se manteve estável. No entanto, o animal continuou em prostração e hiporexia. A partir do sexto dia de tratamento, o animal apresentou piora no quadro hemodinâmico, com taquicardia, dispneia e edema nos membros. O animal entrou em choque no sétimo dia, e após o óbito foi submetido à necropsia. O exame histopatológico foi realizado em amostras de traquéia, tecido pulmonar, miocárdio e artérias pulmonar e aórtica que foram colhidas e fixadas em formol a 10% para posterior análise histopatológica pela 1 Topcef® 4g Pearson – Eurofarma Laboratórios S/A 2 Alivi-v® Agener- União 3 Desflan® Laboratório Ouro Fino 4 JP – Indústria Farmacêutica 5 JP – Indústria Farmacêutica ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 265 2013 coloração de hematoxilina e eosina, com a qual se obteve o resultado em duas semanas. RESULTADOS A partir do exame necroscópico, pode ser observado: mucosas com congestão moderada, na traqueia edema de mucosa acentuada com congestão. Já os pulmões estavam úmidos, pesados, brilhantes e marcadamente congestos, principalmente nos lobos apicais. O pericárdio continha cerca de 300 mL de líquido sero-hemorrágico, e o músculo cardíaco apresentava áreas multifocais claras. Entre as artérias aorta e pulmonar havia área de proliferação de tecido firme, edematoso, com coloração que variava de brancacenta com áreas acinzentadas multifocais que se estendia desde a base do coração, entre as duas artérias. As lesões microscópicas da artéria aorta foram observadas com maior intensidade na túnica média e íntima onde se observou necrose fibrinóide, acompanhada de infiltrado inflamatório linfocítico e poucas células granulocíticas, a camada íntima foi toda infiltrada por células inflamatórias e com extensas áreas de necrose. A circulação colateral das artérias apresentava-se com moderado edema perivascular e discreta hipertrofia das células endoteliais. Nas lâminas do tecido pulmonar visualizou-se acentuado edema alveolar, além de extensas áreas de hemorragia do parênquima e infiltrado inflamatório de células mononucleares principalmente macrófagos ao redor de alguns vasos. Nas camadas adventícia e submucosa da traquéia, foram observadas extensas áreas de necrose de coagulação, com infiltrado acentuado de células inflamatórias mononucleares, principalmente macrófagos e linfócitos. Este infiltrado inflamatório também foi encontrado ao redor dos vasos. Os achados levaram ao diagnóstico patológico de arterite com distribuição pansistêmica, traqueíte; bronquiopneumonia, pneumonia intersticial; miocardite com possível etiologia viral. DISCUSSÃO O aspecto clínico de conjuntivite, descarga nasal, pneumonia, edema periorbital e leucopenia, bem como as lesões microscópicas de arterite e vasculite sistêmicas são sugestivas de AVE, que corroboram com achados clínicos e histopatológicos relatados por outros autores (VAALA et al, 1992; HOLYOAK, et al.1993; TIMONEY & MCCOLLUM, 1993; DEL PIERO et al., 1997; AINSWORTH & BILLER, 2000). Mas, no entanto, neste caso não foram observadas alterações gastrointestinais conforme citado por AINSWORTH & BILLER (2000). A arterite viral equina considerada como doença infecto-contagiosa, é causada por vírus da família Arterioviridae, denominado vírus da arterite equina, caracterizada por lesões no endotélio dos vasos sanguíneos. A doença se manifesta sob a forma de abortamentos e sinais respiratórios (pneumonia intersticial). Os machos infectados podem permanecer portadores do vírus e são considerados responsáveis pela manutenção da infecção nos criatórios (BALASURIYA & MAcLACHLAN, 2007; LARSKA & ROLA, 2008; METZ, et al., 2008). No Brasil, estudo recente conduzido por BRAGA et al. (2012), no período entre 2007 e 2008, revelou 5,71% de soropositividade, pela técnica de soroneutralização no estado de São Paulo. Casos típicos de AVE podem apresentar os seguintes sinais clínicos: febre, anorexia, depressão, leucopenia, corrimento nasal e ocular, edema periorbital, ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 266 2013 reação da pele local ou generalizada, subfertilidade temporária em garanhões, natimorto e aborto e, raramente pneumonia fulminante, enterite ou pneumoenterite em potros jovens. Independente da gravidade dos sinais clínicos, cavalos afetados quase na maioria das vezes se recuperam plenamente (AINSWORTH & BILLER, 2000). Com relação à manifestação de sinais respiratórios neste caso, sabe-se que pode ocorrer em outras doenças além da AVE como a Influenza equina (AGUIAR et al, 2008; DALY et al, 2008), Herpesvírus equino 1 e 4 (EHV), Rinovírus equino, Adenovírus (AINSWORTH & BILLER, 2000) Adenite equina (Staphylococcus equi) (MORAES et al, 2009) e Pneumonia por Rhodococcus equi (REUSS et al., 2009; RIZZONI & MIYAUCHI, 2012). E que também, outros agentes são capazes de causar vasculite com edema e alterações respiratórias no equino. Mas, como principal diagnóstico diferencial da AVE pode-se incluir a púrpura hemorrágica. Esta geralmente ocorre secundária à infecção por Streptococcus equi, com edema de cabeça, membros com exsudação serossanguinolenta (MORIELLO et al., 2000; CAMPOS et al., 2008). Tais condições e sinais não foram observados neste caso. Também o achado importante que permite diferenciar das doenças supracitadas é que o vírus da AVE é patogênico para as células endoteliais e causa a inflamação das veias, vasos linfáticos, e artérias. Após inicial replicação do vírus em macrófagos, as células endoteliais são invadidas onde apresentam sucessivas alterações progredindo para inflamação onde os leucócitos causam danos nas paredes elásticas da túnica média e íntima dos vasos (DEL PIERO et al., 1997). Vasos sanguíneos podem apresentar, lesões leves como edema perivascular, infiltração linfocítica ocasional e hipertrofia das células endoteliais. Os pulmões podem ser afetados por leve a grave pneumonia intersticial caracterizada por alvéolos repletos de conteúdo fluídico de coloração eosinofílica, infiltração de leucócitos, há formação da membrana hialina, como apresentado neste caso em que o animal teve pneumonia intersticial, com infiltrado inflamatório mononuclear ao redor de alguns vasos (MEXIE & ROBINSON, 2006). As lesões encontradas nas artérias com proliferação de tecido firme, edematoso, edema perivascular e hipertrofia das células endoteliais mostra o envolvimento arterial no processo inflamatório. Este achado é importante porque permite diferenciar de outras causas de vasculite onde não há comprometimento das artérias como na AVE (MORRIS, 2000). Também, as lesões mais intensas incluem vasculite com necrose fibrinóide de túnica média, abundante e perivasculares infiltração linfocítica e menor granulocítica com cariorrexe, perda frequente de endotélio, assim como as observadas neste animal, porém, não foram vistas formações de trombos como o descrito na literatura (DEL PIERO et al., 2000). A vasculite foi caracterizada pela marcante necrose fibrinóide de pequenas artérias musculares com extravasamento de hemácias e material proteico para os tecidos. No entanto, em muitos casos as constatações patológicas mais comuns podem estar limitadas ao trato respiratório, com pneumonia intersticial, arterite linfocítica e periarterite com necrose fibrinóide da túnica média (DEL PIERO et al., 1997). Corroborando com os dados encontrados neste estudo, HOLYOAK et al. (1993) verificaram que, em potros desafiados por inoculação intranasal, todos desenvolveram sinais clínicos de AVE com febre, hiperemia escleral com conjuntivite mucopurulenta e corrimento nasal, edema dos membros, tosse, andar relutante, letargia, falta de apetite e depressão. Na necropsia, as lesões macroscópicas mais importantes foram o acúmulo excessivo de líquido dentro das cavidades torácica e ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 267 2013 abdominal. Quanto à manifestação clínica e a patogenicidade da AVE, a maioria dos casos de infecção são subclínicas, mas certas estirpes do vírus podem causar a doença de gravidade variável (TIMONEY & MCCOLLUM, 1993). A taxa de letalidade em surtos de AVE é muito baixa e a mortalidade é vista particularmente em potros muito jovens, infectados com vírus congenitamente (VAALA et al, 1992; TIMONEY & MCCOLLUM, 1993), mas ocasionalmente pode causar surtos da doença nos equídeos (PRONOST et al., 2010). Apesar dos relatos encontrados na literatura afirmarem que a taxa de letalidade em surtos de AVE seja muito baixa, neste estudo, mesmo com tratamento de suporte com antibióticos, antinflamatórios e fluidoterapia, conforme proposto por MORRIS (2000) e AINSWORTH & BILLER (2000), não houve recuperação. Porém, estes últimos autores também relatam que a sintomatologia clínica e a severidade da infecção podem estar relacionadas com predisposição individual, virulência da cepa e a quantidade de vírus infectivos, além da via de infecção. Recentemente, tem havido um interesse crescente na AVE entre os veterinários e donos de cavalos. Surtos da doença foram identificados no Novo México, EUA, em 2006, e na região da Normandia, na França, no verão de 2007 (PRONOST et al, 2010). Ambas as ocorrências foram associadas à inseminação artifical com sêmen fresco e causaram grandes perdas econômicas. Nestes dois surtos houve relatos de doença respiratória, morte neonatal e aborto (HOLYOAK et. al, 2008; ZHANG et al., 2010). Destaca-se também que existe variabilidade nas cepas e em diferentes regiões e de indivíduo para indivíduo (TIMONEY & MCCOLLUM, 1993; ZHANG et al., 2008; MISZCZAK et al., 2012). Apesar de não ter sido feito o isolamento viral, este caso apresentou características clínicas, de necropsia e histopatológicas que permitem inferir que a suspeita clínica de arterite viral equina ganha sustentação com o respaldo da literatura cientifica. CONCLUSÃO Pela distribuição pansistêmica das lesões é possível que haja envolvimento viral, dessa forma um estudo epidemiológico e sorológico para arterite viral equina se justificaria na região Noroeste do Paraná, que dependendo dos resultados, implicaria na aplicação de estratégias de biossegurança para controle e prevenção, pois a doença, na grande maioria das infecções é de caráter brando e pouco perceptível clinicamente. Além disto, o caráter transmissível via sêmen por garanhões portadores inaparentes pode ter um impacto importante sobre a reprodução dos eqüinos. AGRADECIMENTOS Ao Hospital Veterinário Universitário da Unipar, e ao IPEAC – Instituto de Pesquisa e Ambiência Científica da Unipar pelo apoio para execução deste estudo. REFERÊNCIAS AGUIAR, P.M.; CAVALCANTE, G.T.; LARA, M.C.S.H.; VILLALOBOS, E.M.C.; CUNHA, E.M.S.; OKUDA, L.H.; STÉFANO, E.; NASSAR, A.F.C.; SOUZA, G.O.; VASCONCELLOS, S.A.; LABRUNA, M.B.; CAMARGO, L.M.A.; GENNARI, S.M. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p. 268 2013 Prevalência de anticorpos contra agentes virais e bacterianos em eqüídeos do Município de Monte Negro, Rondônia, Amazônia Ocidental Brasileira. Brazilian Journal of Veterinary Reseach Animal Science. v. 45, n. 4, p. 269-276, 2008. AINSWORTH, D.M.; BILLER, D.S. Sistema respiratório In: REED, S. M. Medicina Interna Equina. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000, p. 217-243. 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