UM PROBLEMA NO CORAÇÃO NÃO FOI CAPAZ DE

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UM PROBLEMA NO CORAÇÃO NÃO FOI CAPAZ DE ATRAPALHAR SEU
AMOR PELO ESPORTE
No dia 2 de abril de 2014, o atleta Willian Ferreira completava 41 anos de idade e
conquistava a segunda colocação no Campeonato Brasileiro de Patinação de
Velocidade, nas categorias 300m, 500m, 5000m e 10000m, além do título por equipes.
Como prêmio pelo conquista, William foi convidado a representar a nação no Mundial
Master de patinação. Porém, o atleta mal sabia que sua verdadeira conquista apareceria
horas depois, quando ele recebeu o convite para montar uma equipe de hóquei, em
Brasília.
Mas, nem tudo são flores. Com o intuito de intensificar os treinamentos, foi fazer um
check-up do coração e viu todos os seus sonhos como atleta caírem por terra, com o
diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica, doença que causa morte súbita, caso o
coração seja submetido a um esforço intenso.
“O médico foi bem claro. Eu não poderia nunca mais disputar uma competição ou
treinar em alto rendimento. No primeiro momento, até a conclusão dos exames, fui
proibido de praticar qualquer atividade física para que fosse possível averiguar a
gravidade da doença", ressaltou o atleta.
O mundo de William acabou por um instante. Entrou em depressão e, devido à
profissão de policial federal, foi afastado do trabalho, o que só piorou ainda mais sua
autoestima. O atleta fazia parte da organização da Copa do Mundo de futebol e, poucos
dias antes do seu início, não pode participar do projeto no qual trabalhou por mais de
dois anos.
“A família teve uma importância enorme nesse momento. Contei com a ajuda da minha
esposa e dos meus filhos de um e dois anos, respectivamente”, completou.
A VOLTA POR CIMA
William reencontrou seu caminho e resolveu se dedicar ao projeto do time de hóquei em
Brasília. Mesmo afastado do stick e do puck, desde 2010, ele foi um dos precursores do
esporte no Brasil. Participou de diversos campeonatos regionais e nacionais e ainda
jogou por clubes brasileiros e canadenses.
Com a ajuda da Associação dos Servidores da Polícia Federal, no DF, conseguiu uma
quadra e, por meio da Equipe Capital Speed, adquiriu estrutura e material para os
primeiros alunos.
Recentemente, a equipe Capital Hockey se candidatou para fazer parte do projeto de
profissionalização do esporte, o Programa + Time, idealizado por nós, da BRHockey.
Esperamos que seja mais um ponto no sucesso do trabalho desenvolvido em Brasília até
hoje.
Parabéns William, você é mais um guerreiro brasileiro do nosso esporte!
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