Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (1-10), 2014 ISSN 18088597 CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO DE COMPRIMIDOS DE DIPIRONA SÓDICA ADQUIRIDOS EM DROGARIAS DE SÃO LUIS DE MONTES BELOS (GO)1 Marcos Douglas do Carmo Mariano1; Raphael Henrique Borges Naves 1, Thiago Assunção de Freitas1; Mariana Viana Pinto1*Cristiane Karla Caetano Fernandes¹, Antonio de Freitas Gonçalves Júnior¹, Sueza Abadia Oliveira de Souza¹ RESUMO O controle de qualidade consiste em um conjunto de práticas que tem como objetivo garantir a qualidade e a eficácia terapêutica dos medicamentos antes de serem liberado no mercado. A dipirona é da classe dos AINEs, apresentando propriedades analgésicas, antitérmicas e antiinflamatórias relacionadas à inibição do sistema enzimático da cicloxigenase. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de analisar a qualidade físico-química de comprimidos de dipirona sódica 500 mg (similar), produzidos por três indústrias farmacêuticas distintas, obtidos em drogarias de São Luis de Montes Belos (GO) . Para tal, foram realizados, alguns testes preconizados na Farmacopeia Brasileira V edição (2010). Antes da realização dos testes as amostras foram renomeadas, sendo, X, Y e Z. Para os testes de peso médio e identificação todas as amostras apresentaram conformidade. No teste de doseamento, somente as amostras Y e Z apresentaram conformidade e a amostra X ficou abaixo dos valores preconizados, que permite a variação de 95,0 a 105,0% da concentração indicada do fármaco. As amostras Y e Z cumpriram todos os requisitos dos testes realizados e a amostra X foi reprovada no teste de doseamento. Deste modo, apenas as amostras Y e Z foram aprovadas no controle de qualidade. Palavras chave: Medicamentos. AENS. Boas Pratica de Fabricação. Doseamento. Identificação. Mediadores da Inflamação. PHYSICAL AND CHEMICAL QUALITY CONTROL OF SODIUM DIPYRONE TABLETS IN SÃO LUÍS DE MONTES BELOS DRUGSTORES (GO) ABSTRACT Quality control consists of a set of practices that has the objective ensure the quality and the therapeutic efficacy of products before they are released on the market. Dipyrone is the class of NSAIDs, with analgesic, antipyretic and anti-inflammatory related in inhibition of the system enzyme of the cicloxigenase . This study was developed in order to analyze the physical and chemical quality of dipyrone tablets (similar), produced by three different pharmaceutical factories, obtained in California's drugstores For such, were done, some recommended tests in Brazilian Pharmacopoeia, V edition (2010). Before performing tests, the samples were was below the prescribed values, which allows variation 95,0 to 105,0% of the indicated concentration of drug. Samples Y and Z complied with all the requirements of the tests performed and the sample X has been disapproved in the dosing test. Thus, only the samples Y and Z were approved on quality control. 1 Trabalho realizado na Faculdade Montes Belos (FMB) como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Farmácia. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (2-10), 2014 ISSN 18088597 Keywords: AENS. Good Manufacturing Practices. Dosing. Identification. Inflammation Mediators. 1. (BPF), INTRODUÇÃO armazenamento e manuseio inadequado. Além dos fatores citados, O controle de qualidade faz parte exposição excessiva à luz, calor e umidade das Boas Práticas de Fabricação (BPF), são fatores ambientais que influenciam a consiste em um conjunto de operações com qualidade dos medicamentos podendo o objetivo de verificar se o produto está em resultar em alterações da cor, propriedades conformidade organolépticas, com as especificações na formação de farmacopeicas, sendo fundamental para precipitados, dentre outros (ANSEL et al., garantir a qualidade dos medicamentos 2000; MANFIO et al ., 2007; SERAFIM et produzidos antes de serem liberados para al., 2007). venda ou fornecimento. não As apresentações farmacêuticas na conformidade representa um somatório de forma de comprimidos devem atender a atribulações para a empresa e pode resultar vários parâmetros visando à obtenção de em perda de credibilidade e até na cassação produtos da licença de funcionamento e do registro apresentações são obtidas por meio da do produto. Neste sentido, o controle de compressão direta do princípio ativo e qualidade torna-se indispensável para evitar excipientes e exibem uma série de transtornos com o comprometimento da vantagens quando comparados às outras saúde do paciente, tendo em vista que, formas medicamentos com baixa qualidade podem estabilidade físico-química, baixo custo, não uniformidade de desintegração no tempo apresentar eficácia A terapêutica (BRASIL, 2010a; PEIXOTO et al. 2005). Uma série de problemas pode comprometer a qualidade previsto, de de alta qualidade. apresentação, conservação tais Tais como: garantida e administração de dose única exata. Em dos função destas vantagens, os comprimidos medicamentos, destacando-se a utilização têm maior divulgação em relação às outras de embalagens inapropriadas ao produto e formas farmacêuticas. No entanto, podem incompatíveis aos mesmos, matéria prima sofrer variações entre si, ou de lote para com baixa qualidade; implantação de lote, dependendo do método de fabricação. processo de fabricação impróprio, falta de Estas variações podem ser em relação à atenção das Boas Pratica de Fabricação espessura, diâmetro, peso, forma, dureza e Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (3-10), 2014 ISSN 18088597 a desintegração, e devem ser controladas a inflamatórias relacionadas à inibição do fim de manter a eficácia terapêutica do sistema enzimático da cicloxigenase (COX- fármaco (ALLEN JR et al., 2007; ANSEL 1 e COX-2), com ação tanto no sistema et al., 2000; BANKER e ANDERSON, nervoso central quanto no sistema nervoso 2001). periférico. A dipirona é um fármaco muito Encontra-se disponível no mercado utilizado pela população brasileira, uma grande variedade de analgésicos podendo ser encontrado em diversas antipiréticos, e dentre eles destaca-se a apresentações farmacêuticas (solução oral, dipirona injetável, comprimidos e supositórios). (ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5- pirazolona-4-metilaminometanossulfônico) (BRASIL, (Figura 1), que apresenta propriedades FUCHS analgésicas, PEREIRA et al., 2002). antitérmicas e anti- 2010b; e CAETANO, 2005; WANNMACHER, 1992; Figura 1. Fórmula estrutural da dipirona sódica. Fonte: PEREIRA et al., 2002. Este fármaco apresenta rápida tratar de um processo multimediado, a absorção com a administração oral e sua reação inflamatória constitui um importante eficácia é inquestionável, porém pode alvo para a ação das drogas anti- apresentar reações adversas, dentre elas a inflamatórias, tendo como um dos sítios de agranulocitose, anemia aplástica e outras ação as prostaglandinas, que são produzidas reações (BONFIM, 2001; KNAPPMANN e em neurônios e vasos do sistema nervoso MELO, 2010). central (SILVA, 2010). O processo inflamatório ocorre por Em 1971 John Vane, afirmou que a qualquer agente lesivo como, físico (lesões síntese de prostaglandina é bloqueada pelos musculares, antiinflamatórios não esteróides (AINEs). químico queimaduras (substâncias radiação), corrosivas) e biológico (reação imunológica). Por se No processo inflamatório as prostaglandinas são sintetizadas por uma Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (4-10), 2014 ISSN 18088597 enzima chamada de ciclooxigenase, que ocorre em duas isoformas 2. MATERIAL E MÉTODOS distintas: Este Ciclooxigenases 1 (COX-1), uma isomorfa constitutiva encontrada sanguíneos, estomago Ciclooxigenase 2 nos e (COX-2), vasos trabalho utilizou uma metodologia experimental, abordando uma e análise quantitativa. As análises foram isoforma todas realizadas no laboratório de Controle rins, induzida nos casos de inflamação causada de Qualidade da Faculdade Montes Belos. por citocinas e mediadores da inflamação, estando ligada diretamente ao processo inflamatório. Desta forma, 2.1 AMOSTRAS ocorrendo Foram inibição da COX, papel desempenhado pelos AINEs, ocorrerá redução na conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas e consequentemente o processo inflamatório será bloqueado comerciais Dipirona analisadas de três comprimidos sódica 500 mg marcas contendo (similar), adquiridos em drogarias em São Luís de Montes Belos (GO). As análises foram feitas com todos os rótulos originais (SILVA, 2010). envolvidos com nova identificação, sendo Tendo em vista que a dipirona denominados X, Y, Z, a fim de manter em sódica é um dos medicamentos mais sigilo e segurança o nome de cada utilizados no Brasil, torna-se de extrema laboratório que foi analisado. importância que tal medicamento passe por Todos os testes foram realizados um rigoroso controle de qualidade antes de ser dispensado ao mercado. Neste sentido, objetivou-se com este trabalho analisar a qualidade físico-química de comprimidos de dipirona sódica 500 mg (similar), produzidos por três indústrias farmacêuticas distintas e adquiridos em drogarias de São Luis de Montes Belos, Goiás segundo a metodologia Farmacopeia Brasileira, descrita na V edição DO PESO (BRASIL, 2010). 2.2 MÉDIO DETERMINAÇÃO Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (5-10), 2014 ISSN 18088597 Para a determinação do peso médio, Para o teste de doseamento, 20 20 comprimidos de dipirona sódica das comprimidos foram pulverizados em graal, amostras X, Y e Z foram pesados e individualmente em balança analítica de quantitativamente, para erlenmeyer, no qual nenhuma unidade acima ou abaixo do dobro adicionou-se 25 mL de água e 5mL de ácido das porcentagens indicadas. Determinou-se acético glacial, sendo a mistura agitada até também o desvio padrão relativo para cada sua completa homogeneização. A mistura uma das amostras analisadas. homogeneizada foi titulada com iodo 0,05 0,35 g do pó foi transferido M, em temperatura abaixo de 15°C, 2.3 TESTE DE IDENTIFICAÇÃO utilizando 1 mL de amido SI como Para o teste de identificação, 20 indicador. Cada mL de iodo 0,05 M, comprimidos foram macerados em graal equivale a 17,570 mg de dipirona sódica. com pistilo até a obtenção do pó. Para o Esta análise foi realizada em triplicata. teste A, algumas gotas de peróxidos de Determinou-se também o desvio padrão hidrogênio concentrado foram adicionadas relativo para cada uma das amostras a 0,5 g do pó, e observou-se a rápida analisadas. mudança de coloração da amostra. Para o RESULTADOS teste B, foram adicionadas algumas gotas de persulfato de potássio a 10% (p/v) a 0,5 g do pó dos comprimidos, e observou-se a 3.1 DETERMINAÇÃO MÉDIO mudança de coloração da amostra. DO PESO O peso médio dos comprimidos de dipirona sódica estão apresentados nas 2.3 TESTE DE DOSEAMENTO tabelas 1, 2 e 3.Tabela 1: Resultado da determinação de peso dos comprimidos da amostra X (n=20). Amostra X Peso de cada comprimido (g) Peso médio Variação encontrado aceitável (g) (%) 1- 0,6437 2- 0,6259 3- 0,6329 4- 0,6271 5- 0,6230 6- 0,6283 7- 0,6330 8- 0,6309 9- 0,6354 10- 0,6184 11- 0,6331 12- 0,6346 13- 0,6311 14- 0,6224 15- 0,6366 16- 0,6260 17- 0,6294 18- 0,6145 19- 0,6362 20- 0,6257 0,6295 ±5 Peso máximo permitido (g) 0,6609 Peso mínimo permitido (g) 0,5981 Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (6-10), 2014 ISSN 18088597 Desvio Padrão Relativo: 1,1303% Tabela 2:Resultado da determinação de peso dos comprimidos da amostra Y (n=20). Amostra Peso de cada comprimido (g) Peso médio Variação encontrado aceitável (g) (%) Y 1- 0,5886 11- 0,5755 2- 0,5933 12- 0,5917 3- 0,5977 13- 0,5674 4- 0,5882 14- 0,5975 5- 0,5934 15- 0,5927 6- 0,5949 16- 0,5902 7- 0,5808 17- 0,5755 8- 0,5977 18- 0,5842 9- 0,5915 19- 0,5981 10- 0,5927 20- 0,5762 Desvio Padrão Relativo: 1,5100% 0,5883 ±5 Peso máximo permitido (g) 0,6177 Peso mínimo permitido (g) 0,5589 Peso máximo permitido (g) 0,6097 Peso mínimo permitido (g) 0,5517 Tabela 3:Resultado da determinação de peso dos comprimidos da amostra Z (n=20). Amostra Peso de cada comprimido (g) Peso médio Variação encontrado aceitável (g) (%) Z 1- 0,5938 11- 0,6013 2- 0,5591 12- 0,5890 3- 0,5768 13- 0,5893 4- 0,5601 14- 0,5946 5- 0,5680 15- 0,6049 6- 0,5812 16- 0,5969 7- 0,5834 17- 0,5767 8- 0,5690 18- 0,5723 9- 0,5824 19- 0,5902 10- 0,5999 20- 0,5653 Desvio Padrão Relativo: 2,3937% 0,5807 3.2 TESTE DE IDENTIFICAÇÃO desenvolvimento de coloração amarelo O teste de identificação pelo método de colorimetria foi realizado em duas etapas, conforme preconizado ±5 na farmacopeia Brasileira V edição (2010). No teste A, foi observada a rápida mudança de intensa após 5 minutos de reação. Desta forma, tanto no teste A quanto no teste B, foi comprovada a presença de dipirona sódica em todas as amostras analisadas. coloração passando de azul a vermelho 3.3 TESTE DE DOSEAMENTO Os resultados obtidos no teste de intenso (reação fortemente exotérmica), e doseamento estão apresentados nas Tabelas no 4, 5 e 6. teste B foi observou-se o Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (7-10), 2014 ISSN 18088597 Tabela 4: Resultados do doseamento da amostra X Amostra X Teor de Dipirona Teor de Dipirona Teor de Dipirona Média da triplicata 1° Teste (%) 2° Teste (%) 3° Teste (%) (%) 91,7 87,8 89,7 89,6 Desvio Padrão Relativo: 2,18 Tabela 5: Resultados do doseamento da amostra Y. Amostra Y Teor de Dipirona 1° Teste (%) 101,1 Desvio Padrão Relativo: 1,71 Teor de Dipirona 2° Teste (%) Teor de Dipirona 3° Teste (%) Média da triplicata (%) 98,0 100,8 99,6 Tabela 6: Resultados do doseamento da amostra Z. Amostra Z Teor de Dipirona 1° Teste (%) 100,1 Desvio Padrão Relativo: 2,16 Teor de Dipirona Teor de Dipirona Média da triplicata 2° Teste (%) 100,5 3° Teste (%) 96,6 (%) 99,0 Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (8-10), 2014 ISSN 18088597 3. presença de dipirona sódica em todas as DISCUSSÃO amostras analisadas. Desta forma, todas Para o teste de peso médio, nas as amostras foram aprovadas no teste de amostras X, Y e Z que foram testadas, identificação. nenhum comprimido ficou fora do limite desenvolvido por Morais et al. (2014), especificado na Farmacopeia Brasileira foram avaliados comprimidos e cápsulas (variação de no máximo ± 5,0%). Assim, de metildopa e no teste de identificação todas as amostras foram aprovadas no todas as amostras foram aprovadas no teste. Resultado semelhante foi obtido teste A e reprovadas no teste B. Em um trabalho por Lanna et al. (2013), que analisaram o No teste de doseamento, as peso médio de comprimidos referência, amostras Y e Z, apresentaram valores genérico e similar de dipirona sódica 500 médios dentro dos valores de teor de mg, adquiridos em drogaria na cidade de fármaco tolerados pela Farmacopeia Muriaé (MG), e observaram que nenhum Brasileira V edição (2010), de no comprimido analisado ficou fora dos mínimo 95,0% e no máximo 105,0% da limites especificados na Farmacopeia dose de fármaco declarada. No entanto, Brasileira V edição (2010). na O apresentou desvio pequena padrão relativo variação, com amostra X todos os valores encontrados estão abaixo de 95% que é o valor mínimo aceitável, ficando esta valores entre 1,1303% e 2,3937% para as amostra três amostras, demostrando que existe doseamento. O desvio padrão relativo, pouca diferença na distribuição de peso para as três amostras, variou entre 1,71 e entre as unidades das amostras. No 2,18, sendo o maior valor encontrado entanto, para a amostra Z existe uma para a mostra X, demonstrando maior maior diferença na distribuição de peso variação de dose nesta amostra. Apesar entre da variação no valor do desvio padrão, as unidades. Houve maior reprovada no teste de diferença entre o peso médio da amostra todas X quando comparado aos valores obtidos apresentaram valores abaixo do limite para as amostras Y e Z, que apresentaram preconizado pela Farmacopeia Brasileira valores equiparáveis. V edição (2010), que permite desvio No teste de identificação, pelo método de colorimetria, tanto no teste A quanto no teste B, foi comprovada a as amostras padrão de até 5%. (X, Y e Z) Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (9-10), 2014 ISSN 18088597 Resultado semelhante foi encontrado por Morais et al. (2014), que 4. CONCLUSÕES analisaram comprimidos de metildopa de duas formulações de genérico e De acordo com os resultados cápsulas de metildopa manipuladas em encontrados nos testes realizados, pode- duas diferentes farmácias magistrais, e se concluir que somente as amostras Y e no teste de doseamento somente a Z foram aprovadas em todas as análises amostra A estava dentro dos valores realizadas e por isso estão aprovadas permitidos, 90% a 110%. Por outro lado, também no controle de qualidade, Silva et al. (2014), realizaram a análise estando aptas para comercialização. Por de comprimidos de Ibuprofeno 300 mg outro lado, a mostra X não apresentou de farmacêuticas conformidade no teste de doseamento, diferentes, e todas as amostras foram indicando que o teor de fármaco presente aprovadas no teste de doseamento. não está de acordo com o indicado no três indústrias A determinação da qualidade de rótulo do medicamento. medicamentos é um fator de extrema importância, visto que, alterações nas características recomendadas podem significar riscos graves para a saúde dos pacientes. Grande parte destas variações, como por exemplo a grande variação no teor de fármaco dentro de um mesmo lote, pode indicar falta de conformidade quanto as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e podem afetar a eficácia terapêutica do fármaco. Neste sentido, o controle de qualidade tem um papel fundamental em todas as etapas do processo de medicamento, produção REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS de um garantindo a confiabilidade nos produtos antes de serem liberados para a venda ou fornecimento (PUGENS et al., 2008). ALLEN JR. L. V.; POPOVICH N. G.; ANSEL, H. C.; Comprimidos. In: Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de fármacos. 8ª ed. Porto Alegre: Editora Artmed, p. 248-282, 2007. ANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JR, L. V. Sólidos perorais, cápsulas, comprimidos e sistemas de liberação controlada. In: Farmacotécnica: formas farmacêuticas & sistemas de liberação de fármacos. 6ª ed. São Paulo: Premier, p. 175-250, 2000. BANKER, G. S.; ANDERSON, N. R. Comprimidos. In: LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG, J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Trad. João F. Pinto et al. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, v. 2, 2001. p. 509-597. 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