EDUARDO LUÍS TESTA DAS NEVES TÍTULO: SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE PRÓ-FÁRMACO DERIVADO DE DIPIRONA. 2004. 93p. Data da defesa: 08/01/2004 RESUMO: Na farmacoterapia da dor e da febre, a dipirona é um dos fármacos analgésicos mais consumidos no mundo, considerado como um produto seguro e eficaz. Pertence à família das pirazolonas, sendo utilizada no Brasil desde 1922, estando em primeiro lugar entre os analgésicos mais consumidos no país. Entretanto, a dipirona apresenta uma característica organoléptica extremamente desagradável, quando em solução para utilização oral. Alterações no sabor de fármacos são viáveis pelo processo de latenciação, o qual altera características físico-químicas e organolépticas, pela introdução de um transportador adequado no fármaco, como o ácido palmítico. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo, desenvolver um prófármaco derivado de dipirona, através do processo de latenciação, visando a obtenção de uma substância com características organolépticas melhoradas, sem a perda de sua atividade biológica ou alteração de sua toxicidade. Durante o processo de síntese, observou-se a perda do grupamento sulfóxido da dipirona, obtendo-se o pró-fármaco identificado como palmitato 4– metilaminoantipirina. O produto foi submetido aos testes biológicos de toxicidade oral aguda (DL50), tail flick, contorção abdominal e atividade antitérmica. O teste de toxicidade DL 50 resultou em valores maiores que de 5324 mg/kg, considerado como pouco tóxico pela OMS. Os testes biológicos de atividade antinociceptiva, demonstraram um perfil analgésico similar ao da dipirona em tempos de 1 e 4 horas, apresentando uma melhor antinocicepção em tempo de 6 horas. O teste de atividade antitérmica demonstrou um menor potencial de redução da febre, quando testado com doses equimolares. Estes resultados, demonstram que o pró-fármaco poderá ser submetido à análise sensorial em humanos, após aprovação pelo comitê de ética.