View/Open - Portal Acadêmico São Lucas

Propaganda
FACULDADE SÃO LUCAS
CURSO DE BIOMEDICINA
JULIANA DUARTE COELHO
PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR HERPES SIMPLES EM MULHERES
ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO-RO ENTRE OS PERÍODOS DE 2012 A 2014
Porto Velho - RO
2016
JULIANA DUARTE COELHO
PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR HERPES SIMPLES EM MULHERES
ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO-RO ENTRE OS PERÍODOS DE 2012 A 2014
Monografia apresentada ao curso de
Graduação em Biomedicina da Faculdade
São Lucas, para a obtenção do grau de
Bacharelado da Faculdade São Lucas.
Orientador: Prof. Paulo de Tarso.
Porto Velho - RO
2016
JULIANA DUARTE COELHO
PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR HERPES SIMPLES EM MULHERES
ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO-RO ENTRE OS PERÍODOS DE 2012 A 2014
Monografia apresentada ao curso de
Graduação em Biomedicina da Faculdade
São Lucas, para a obtenção do grau de
Bacharelado da Faculdade São Lucas.
Aprovado em: ___/___/_____
___________________________________________________
Prof. Paulo de Tarso - Orientador
Faculdade São Lucas
___________________________________________________
___________________________________________________
Porto Velho – RO
2016
DEDICATÓRIA
À minha Mãe, Ana Maria Duarte da Costa.
A meu Pai, Nilzo da Silva Coelho.
E meu Marido, Jeferson de Sousa Bonfim.
Juliana Duarte Coelho
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter fornecido a nós saúde е forças para superar as dificuldades.
Ao nosso orientador Prof. Paulo de Tarso, pelo empenho dedicado à
elaboração deste trabalho.
A todos os professores e equipe do curso de Biomedicina da Faculdade São
Lucas, que foram muito importantes na nossa vida acadêmica е no desenvolvimento
desta monografia, em especial a Fran Mello.
A nossos amigos e todos aqueles que de certa forma estiveram е estão
próximos de nós, fazendo esta vida valer cada vez mais а pena.
RESUMO
A infecção pelo vírus do herpes simples é uma das doenças sexualmente
transmissíveis mais comuns do mundo, e possuem quadros clínicos bastante
diversificado. Geralmente é caracterizada pelo desenvolvimento de pequenas bolhas
na região dos lábios e/ou genitais. A infecção possui uma considerável prevalência
em todo o mundo, infectando mais de 500 milhões de pessoas no planeta, e possui
uma estimativa de 23 milhões de novos casos de infecção por ano. Estudos
demonstram que 90% da população mundial possui o Vírus do Herpes Simples (HSV),
porém a maioria dos casos o vírus está na forma latente. No Brasil há uma
soroprevalência para o HSV do tipo 1 e HSV tipo 2 de 67,2% e 11,3%
respectivamente, sendo que a maior parte dos casos foram relatados na região norte.
Em Porto Velho, durante o período de 2012 a 2014, foram relatados no Sistema de
Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO), 58.338 exames de Citologia
Oncótica. Dentre esses, foram diagnosticados 28 casos de infecção pelo HSV no
período do estudo, sendo que a maior parte das mulheres diagnosticadas possuía
entre 20 e 24 anos (25%). O nível de escolaridade da maior parte das pacientes
infectadas nesse trabalho foi de mulheres com o ensino médio completo (43%).
Palavras-chave: Herpes Simples, Prevalência, Porto Velho-RO.
ABSTRACT
Infection with herpes simplex virus is the most common sexually transmitted diseases
in the world and have very diverse clinical conditions. Usually it is characterized by the
development of small bubbles in the region of the mouth and / or genitals. The infection
has considerable prevalence worldwide, infecting more than 500 million people
worldwide, and has an estimated 23 million new infections per year. Studies show that
90% of the population has the Herpes Simplex Virus (HSV), but in most cases the virus
is in latent form. In Brazil there is a seroprevalence of HSV type 1 and HSV type 2
67.2% and 11.3% respectively, and most cases have been reported in the northern
region. In Porto Velho, during the period 2012-2014, it was reported in the Information
System of Cervical Cancer (SISCOLO) 58 338 examinations Cytology. Among these
were diagnosed 28 cases of HSV infection during the study period, with most
diagnosed women had between 20 and 24 years (25%). The education level of most
infected patients in this study were women with completed secondary education (43%).
Keywords: Herpes Simplex, Prevalence, Porto Velho-RO.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Estrutura do vírus da Herpes....................................................................14
Figura 2. Diagrama representativo da estrutura do genoma do HSV-1.................15
Figura 3. Representação da entrada do HSV-1 na célula do hospedeiro..............17
Figura 4. Esquema do mecanismo de latência.......................................................18
Figura 5. Manifestações Clínicas do Vírus do Herpes em região labial e
genital........................................................................................................................19
Figura 6. Quantitativo de exames de Citologia Oncótica realizados em Porto
Velho-RO nos anos de 2012 a 2014..........................................................................24
Figura 7. Distribuição mensal de exames de Citologia Oncótica realizados no
município
de
Porto
Velho-RO
no
período
de
2012
a
2014............................................................................................................................25
Figura 8. Distribuição dos casos de Herpes Simples diagnosticado por Citologia
Oncótica
em
Porto
Velho-RO
nos
anos
de
2012
a
2014............................................................................................................................25
Figura 9. Distribuição dos Casos de Herpes Simples relatados por Citologia
Oncótica em Porto Velho-RO entre 2012 a 2014 por Faixa
Etária..........................................................................................................................26
Figura 10. Classificação por Nível de Escolaridade dos Casos de Herpes Simples
relatados por Citologia Oncótica em Porto Velho-RO entre 2012 a
2014............................................................................................................................27
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Forma de tratamento do herpes simples com aciclovir.........................20
Tabela 2. Soroprevalência de portadores do HSV-1 no Brasil...............................21
Tabela 3. Distribuição dos Casos de Herpes Simples relatados por Citologia
Oncótica em Porto Velho-RO entre 2012 a 2014 por Nível de Escolaridade.........27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DATASUS
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
GTP
Guanosina Trifosfato
HHV-1
Herpesvirus Humano Tipo 1
HHV-3
Herpesvirus Humano Tipo 3 (vírus varicela/zoster)
HSV
Vírus do Herpes Simples
HSV-1
Vírus Herpes Simples Tipo 1
HSV-2
Vírus Herpes Simples Tipo 2
HVEM
Herpesvirus Entry Mediator
INCA
Instituto Nacional do Câncer
PDF
Portable Document Format
SISCOLO
Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero
SUS
Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ___________________________________________________ 11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ______________________________________ 13
2.1 HISTÓRICO ____________________________________________________ 13
2.2 CARACTERISTICAS GERAIS DO VÍRUS _____________________________ 13
2.3 TRANSMISSÃO _________________________________________________ 15
2.4 MECANISMO DE INFECÇÃO ______________________________________ 16
2.5 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ______________________________________ 18
2.6 TRATAMENTO__________________________________________________ 20
2.7 EPIDEMIOLOGIA ________________________________________________ 20
3 OBJETIVOS _____________________________________________________ 22
3.1 OBJETIVO GERAL ______________________________________________ 22
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS _______________________________________ 22
4 METODOLOGIA __________________________________________________ 23
4.1 TIPO DE PESQUISA _____________________________________________ 23
4.3 LOCAL DA PESQUISA ___________________________________________ 23
4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO________________________________________ 23
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ______________________________________ 24
6 CONCLUSÃO ____________________________________________________ 28
REFERÊNCIAS ____________________________________________________ 29
11
1 INTRODUÇÃO
O herpes simples é uma infecção causada por vírus bastante comum,
caracterizada pelo desenvolvimento de pequenas bolhas geralmente na região dos
lábios e/ou genitais, mas que podem aparecer em diversas outras regiões do corpo.
A infecção possui uma considerável prevalência em todo o mundo, tanto em sua forma
primária quanto na forma recorrente (GUPTA; WARREN; WALD, 2007; PENELLO et
al., 2010; GONÇALVES, 2014).
Geralmente o primeiro contato com o vírus ocorre ainda na infância, podendo
ou não manifestar a doença. O agente viral penetra a pele e se transporta pelo sistema
nervoso periférico, se instalando de forma latente, aguardando fatores que possam
levar a sua reativação, como exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental,
estresse emocional, febre ou outras infecções (GUPTA; WARREN; WALD, 2007;
PENELLO et al., 2010; GONÇALVES, 2014).
As lesões do herpes genital e oral ocorrem devido o tipo viral, classificado em
Vírus Herpes Simples tipo 1 (HSV-1), que é o principal agente etiológico das lesões
em região orofacial, e Vírus Herpes Simples tipo 2 (HSV-2), principal causador das
lesões genitais (PENELLO et al., 2010; GUPTA; WARREN; WALD, 2007).
As infecções por ambos vírus (HSV-1 e HSV-2) são as mais comuns doenças
sexualmente transmissíveis do mundo, e possuem quadros clínicos bastante
diversificado (ENGELBERG et al., 2003; CDC, 2010).
A maior parte dos casos de infecção pelo vírus tipo 1 (90%) gera uma infecção
assintomática, podendo ser detectável somente por pesquisa de anticorpos. Os casos
sintomáticos geralmente apresentam gengivoestomatite com adenopatia regional,
balanite, ceratoconjuntivite e herpes cutâneo, em alguns casos há meningoencefalite
herpética ou erupção variceliforme de Kaposi (AZULAY; AZULAY, 2004; BERNSTEIN
et al., 2013).
O vírus do herpes infecta mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo,
e possui uma estimativa de 23 milhões de novos casos de infecção por ano. Conforme
a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 90% da população mundial possui o Vírus do
Herpes Simples (HSV), porém na maior parte dos casos o HSV está presente na forma
latente, e não manifesta sintomatologia. Essa doença acomete pessoas não somente
em países subdesenvolvidos, dados mostram que pelo menos 50 milhões de pessoas
12
possuem herpes genital nos Estados Unidos (CDC, 2010; LOOKER; GARNETT;
SCHMID, 2008; SBD, 2011).
No Brasil a soroprevalência de anticorpos para HSV-1 e HSV-2 foram de 67,2%
e 11,3% respectivamente no ano de 2010, sendo que a maior parte dos casos foram
relatados na região norte (CLEMENSI; FARHATII, 2010).
Devido essa alta taxa de casos relatados na região, este estudo visa
demonstrar os casos de herpes simples no município de Porto Velho (RO) nos
períodos de 2012 a 2014.
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os vírus são patógenos que possuem o genoma constituído por ácidos
nucleicos e sua replicação depende de células vivas de outros organismos. Estes
agentes patogênicos utilizam a maquinaria celular do hospedeiro para sintetizar novas
partículas virais, podendo transferir o seu genoma para outras células (SANTOS;
ROMANOS; WIGG, 2008).
A família Herpesviridae compreende os vírus mais abundantes encontrados,
tendo sido isolados até então aproximadamente 120 herpesvírus distribuídos em
diversas espécies. Estes vírus podem induzir uma grande diversidade de doenças, e
após a infecção primária, estes permanecem no organismo infectado em forma
latente. Geralmente as infeções são benignas, mas podem levar o hospedeiro a morte
(GONÇALVES, 2014).
2.1 HISTÓRICO
O Herpesvirus Humano tipo 1 (HHV-1) ou também denominado de Vírus da
Herpes Simples tipo 1 (HSV-1), teve seu primeiro relato feito pelo médico grego
Hipócrates (460/377 a.C.), que o classificou de herpes (do latim herpin = rastejar,
reptil) devido a forma que as lesões e sintomas causados pelo vírus se manifestavam,
como na forma de vesículas bucais, febre e ulceras nos lábios. Todas estas
manifestações são características da Herpes febrilis, descrita posteriormente por
Heródoto (484/425 a.C.). Porém, somente entre 1920 e 1960 foi visto que os isolados
virais são capazes de infectar outros hospedeiros além do homem, como ratos,
camundongos, coelhos, cobaias e macacos (MIRANDA et al., 2002).
2.2 CARACTERISTICAS GERAIS DO VÍRUS
A família Herpesviridae dividide-se em 3 sub-famílias: Alphaherpesviridae (αherpesviridae), que inclui os herpesvírus simples tipos I (lesões faciais) e II (lesões
genitais), e o vírus varicela/zóster (HHV-3); Betaherpesviridae (β – herpesviridae),
inclui os herpesvírus de tipo 5, 6 e 7; Gammaherpesviridae (γ – herpesviridae), que
inclui os herpesvírus de tipo 4 e 8. As sub-famílias são distinguidas pelas
características estruturais e patogenicidade dos vírus. Todos os vírus inseridos nesta
família possuem genomas de DNA, com grandes cadeias duplas (tipicamente 60 a
14
120 genes), sendo que todos estes diferentes tipos de vírus possuem arquitetura e
estruturas genómicas semelhantes (MADIGAN et al., 2000; ABRANTES, 2006).
O vírus do HSV-1 mede cerca de 150nm, possui um capsídeo icosaédrico com
162 capsômeros, apresenta um envelope lipídico com glicoproteínas inseridas e
algumas proteínas que compõem o envelope, como gE, gI e C-1, estas proteínas
estão relacionadas com o mecanismo de escape do vírus, pois possui a capacidade
de inibição do sistema complemento pelas vias clássica e alternativa. Outras proteínas
virais, como gM, gK e gI, estão associadas com a disseminação do vírus por meio das
junções intercelulares (ABRANTES, 2006).
Abaixo do envelope lipídico o HSV possui um material proteico amorfo
chamado de tegumento, constituído pela proteína majoritária ICP5 e proteínas VHS,
que realizam a degradação do RNAm celular (ABRANTES, 2006).
Figura 1. Estrutura do vírus da Herpes.
Fonte: Adaptado de Miura, 2013.
O genoma do HSV-1 é composto por uma molécula de DNA dupla fita linear,
contendo aproximadamente de 150kb, dividido em dois segmentos: longo (L) e curto
(S). No genoma do vírus existem sequências de genes para codificação de uma média
de 70 proteínas (GONÇALVES, 2014).
15
Figura 2. Diagrama representativo da estrutura do genoma do HSV-1.
As posições genicas indicadas na figura são: Repetições a, b e c nas repetições terminais (TRL e TRS)
e nas repetições internas (IRL e IRS); Posições de origem de replicação do DNA oriL e oriS. A direção
de transcrição genica são indicadas pelas setas. A região aumentada mostra a conformação da
sequência a formadas por repetições diretas (DR) 1, 2 e 3, e dos domínios únicos (U) b e c.
Abreviações: U, único; t, terminal; n, número variável de cópias; L, longo; S, curto.
Fonte: Adaptado de Boehmer e Lehman, 1997.
2.3 TRANSMISSÃO
A transmissão do HSV-1 é descrita pelo contato direto da mucosa e pele com
algum tipo de lesão com as secreções que contenham o vírus, ou através de objetos
infectados como barbeadores, toalhas, pratos, e outros artigos de uso comum
(BABCOCK; GRAYSON, 2006; COSTA, 2005). Após a entrada das partículas virais,
estas são transportadas ao longo dos neurônios sensoriais até o gânglio trigêmeo,
onde podem gerar infecções latentes por toda vida do hospedeiro (ABRANTES, 2006).
A quantidade de vírus excretados é maior durante as primeiras horas da
formação de vesículas. Em uma infecção primária, o tempo de duração da excreção
viral está numa média de 8 dias, porém esse tempo pode chegar em até 20 dias. O
HSV é tipo viral frágil e não permanece em estabilidade por muito tempo no meio
exterior. A taxa de infecciosidade in vitro é curta, com uma duração de 1 a 2 horas na
maior parte dos experimentos (ANKOUAD, 2005).
Os segmentos L e S podem passar por um processo de inversão, gerando
quatro conformações diferentes do DNA viral, onde somente a orientação da
sequência é modificada. Todos esses isômeros de DNA são virulentos para a célula
hospedeira. Quando o vírus infecta a célula, o genoma linear torna-se circular e então
se inicia a replicação do DNA em um sítio denominado origem de replicação. Uma
grande vantagem desse processo de circularização para o vírus é a ausência de um
16
mecanismo de replicação da extremidade cromossômica, que proporciona uma maior
facilidade para replicação do HSV-1 (GONÇALVES, 2014).
2.4 MECANISMO DE INFECÇÃO
A infecção viral inicia-se pela adsorção do HSV-1 pela célula hospedeira. Nesta
fase as glicoproteínas virais gC e gB interagem com proteoglicanos das células do
hospedeiro. A glicoproteína gD então, seleciona um dos três tipos de receptores
secundários responsáveis pela entrada do vírus na célula para poder interagir. As
moléculas mediadoras da entrada do vírus são: HVEM (Herpesvirus Entry Mediator),
receptores da família da Nectina-1 e Nectina-2, e heparan sulfato modificados em
regiões específicas pela ação da enzima 3 – O – sulfotransferase (SPEAR et al.,
2006).
Após a adsorção, os resíduos hidrofóbicos de glicoproteínas virais, como gD e
gH/gL são expostos, levando a associação do envelope viral com a membrana
plasmática da célula hospdeira. Consequentemente, as proteínas do tegumento e o
nucleocapsídeo migram para o citoplasma, e então o nucleocapsídeo é transportado
pelo citoesqueleto celular para a região perinuclear, onde o capsídeo é lisado,
liberando o genoma do HSV no núcleo da célula hospedeira (Figura 3) (ROIZMAN;
SEARS, 1996; SPEAR et al., 2006).
17
Figura 3. Representação da entrada do HSV-1 na célula do hospedeiro.
Fonte: Adaptado de Wagner, 2003.
O HSV-1, após infectar e se replicar nas células de mucosa do hospedeiro,
pode alcançar a região terminal do sistema nervoso. O vírus se transporta por
condução axonal retrógrada para os corpos das células nervosas, levando a uma
infecção latente nos neurônios. O padrão comum de expressão genética não é visto
em infecções latentes (QUINN; DALZIEL; NASH, 2000).
Os principais sítios de infecções de latência no organismo humano são os
gânglios trigêmeos e dorsais. Diversos estímulos, como estresse físico ou emocional,
18
febre e lesão tecidual pode reativar os vírus latentes. Assim, estes retornam à
atividade pelos axônios, levando a um ciclo novo de infecção no local da infecção
inicial ou em regiões próximas, resultando no reaparecimento da doença (Figura 4)
(KIMBERLIN; WHITLEY, 2005).
Figura 4. Esquema do mecanismo de latência.
Fonte: Adaptado de Houspain, 2011.
2.5 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A infecção primária pelo HSV é geralmente assintomática, porém a
sintomatologia que pode ser gerada é bastante diversificada. A etapa de incubação
leva de 2 a 12 dias após a infecção. A excreção oral de vírus na infecção primária
ocorre por até 23 dias. A doença sintomática comumente encontrada em crianças é
caracterizada pelo envolvimento da mucosa bucal e gengival, apresentando
frequentemente dificuldade de deglutição de líquidos devido a dor associada. Lesões
19
internas na mucosa oral apresentam-se na forma de vesículas e evoluem para
ulcerações rasas sobre uma base eritematosa. Em pacientes com gengivoestomatite
primária é bastante presente linfoadenopatia submandibular. Outros sintomas incluem
dor de garganta, mal-estar, linfoadenopatia cervical dolorosa e dificuldade para
deglutir (FONSECA, 1999; PENELLO et al., 2010).
Figura 5. Manifestações Clínicas do Vírus do Herpes em região labial e genital.
Períodos de manifestação clínica da doença em região labial: (A) período prodrômico, (B) período
clínico ativo, (C) período reparatório. Manifestações clínicas do herpes genital feminino (D) e herpes
genital masculino (E).
Fonte: Adaptado de Consolaro e Consolaro, 2009 e Pereira, 2013.
As manifestações do herpes genital primário apresentam-se como máculas e
pápulas, evoluindo para vesículas, pústulas e úlceras. As lesões são evidentes por
aproximadamente 3 semanas e a excreção viral acontece por todo esse período. Em
seres humanos do sexo masculino, as complicações sistêmicas são incomuns, exceto
pela meningite asséptica, que pode levar a complicações. Em mulheres, as infecções
primárias são mais graves e associadas a com complicações (COREY et al., 1983;
PENELLO et al., 2010).
A encefalite é a patologia mais grave causada pela infecção do HSV. O HSV-1
é o principal causador de encefalite esporádica e está associado a uma elevada taxa
de letalidade. As manifestações clínicas dessa patologia causada pelo HSV estão
relacionadas com as regiões cerebrais afetadas (encefalite focal, febre, alterações da
consciência e distúrbios neurológicos). O índice de mortalidade dos pacientes não
20
tratados é superior a 70%, e somente 2,5% dos casos sobrevivem e recuperam
completamente a função neurológica (ABRANTES, 2006).
2.6 TRATAMENTO
O tratamento antiviral para infecções pelo HSV pode ser realizado por via
tópica, oral ou intravenosa, pelos fármacos Valaciclovir, aciclovir ou famciclovir, que
são medicamentos análogos sintéticos dos nucleosídeos purínicos (guanosina), que
atuam após a inserção celular, onde os fármacos são fosforilados pela timidina-cinase
viral e por outras duas cinases até alcançar a forma de guanosina trifosfato (GTP). A
GTP formada poderá então competir com o nucleotídeo natural obtido pela DNA
polimerase do vírus (GELLER et al., 2012).
Mesmo que o Aciclovir por aplicação tópica tenha um bom resultado na redução
da excreção viral, a forma mais eficiente de tratamento é por via oral ou intravenosa.
O aciclovir intravenoso é a forma de tratamento com maior efetividade em infecção
primária e resulta em uma grande redução na duração da excreção viral, da dor e do
tempo para completa cura. A partir da implementação da terapia com aciclovir
intravenoso, a grande parte dos casos requer hospitalização do paciente, esta forma
de tratamento é então aconselhada para pacientes com doença local severa ou com
complicações sistêmicas (GELLER et al., 2012; PENELLO et al., 2010).
Tabela 1. Forma de tratamento do herpes simples com aciclovir.
Tipo de Infecção
Via de Administração e Dosagem
Episódio inicial
200mg via oral 5X/dia durante 5 dias ou mais
Episódio recorrente
200mg via oral 5X/dia durante 5 dias
Fonte: Adaptado de Tagliari, Kelmann e Diefenthaler, 2012.
2.7 EPIDEMIOLOGIA
Dados mostram que a prevalência de infecção pelo HSV-1 é de 60% a 80% na
população mundial, demonstrando que o vírus possui um grande número de
reservatórios. Diversos fatores estão associados a essa grande quantidade de
pessoas infectadas, como (GELLER et al., 2012):
21

Idade: a prevalência pessoas portadoras do vírus é de >40% aos 15 anos de
idade, e de 60 a 90% em adultos em países subdesenvolvidos. Em países
desenvolvidos, aproximadamente 20% aos 5 anos de idade, e de 40 a 60% na
faixa etária adulta (20 a 40 anos);

Etnia: estudos mostram uma prevalência de 35% em afro-americanos e de 18%
em caucasianos americanos.

Classificação socioeconômica: em regiões menos industrializadas (Estônia,
Índia, Marrocos, Sri Lanka), a taxa de portadores do HSV-1 é mais elevada, e
acomete principalmente crianças.
Os dados encontrados na população brasileira não diferem muito dos dados
mundiais em relação a faixa etária (GELLER et al., 2012):
Tabela 2. Soroprevalência de portadores do HSV-1 no Brasil.
Faixa etária (anos)
Soroprevalência (%)
1a4
36%
5a9
52,4%
10 a 14
68,1%
15 a 19
83,3%
20 a 29
83,6%
30 a 35
95,2%
Fonte: Adaptado de Geller et al., 2012.
22
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Determinar a prevalência da infecção por Herpes Simples em mulheres
atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Porto Velho-RO nos
períodos de 2012 a 2014.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Levantar os dados relatados no Sistema de Informação do Câncer do Colo do
Útero (SISCOLO), de Exames Citopatológico Cervico-Vaginal e Microflora em
Porto Velho-RO entre 2012 e 2014;

Determinar a prevalência de infecções pelo vírus do Herpes no período e
local estipulado;

Classificar os dados encontrados por faixa etária;

Pesquisar os dados relatados por nível de escolaridade.
23
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
Para o desenvolvimento do presente estudo, foram utilizados dados
secundários extraídos do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero
(SISCOLO) por meio de um delineamento transversal de base populacional, de
caráter retrospectivo e descritivo, sendo que a prevalência de casos de Herpes
Simples foi obtida através de uma distribuição de frequência absoluta.
O SISCOLO é um sistema informatizado de armazenamento de dados
desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS) juntamente com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), servindo como
apoio ao Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama
(Viva Mulher). No sistema pode-se obter informações a respeito da identificação de
pacientes e laudos de exames citopatológicos e histopatológicos (DATASUS, 2015).
4.3 LOCAL DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada no município de Porto Velho, Rondônia, no período de
2012 a 2014.
4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Foram coletados dados de todas as pacientes atendidas no período designado
para o estudo. Os resultados obtidos foram compactados e convertidos em Portable
Document Format (PDF).
Após a tabulação dos dados obtidos, foi realizada uma busca no serviço de
banco de dados do SISCOLO utilizando a palavra-chave Herpes Simples,
possibilitando a seleção de resultados de citologia associada ao efeito citopatológico
do vírus e, destes avaliados: dados das pacientes, como idade e nível de escolaridade.
Os dados foram transferidos para planilha eletrônica do Microsoft Office Excel
2013, para realização de análises descritivas e cálculos de prevalências.
24
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Desde 1988, o Exame Citopatológico Cérvico-Vaginal e Microflora, conhecido
como exame de Papanicolaou ou Citologia Oncótica, é a principal metodologia
utilizada no Brasil para diagnóstico e rastreamento do câncer de colo uterino. O exame
deve ser realizado em mulheres sexualmente ativas, pelo menos uma vez por ano.
Esse método é uma maneira de avaliar células coletadas do colo do útero. Também
é frequentemente utilizado para encontrar condições não cancerígenas, como
infecções por outros vírus no colo do útero, como verrugas genitais causadas pelo
Vírus do Herpes, infecções fúngicas como a candidíase, ou por protozoários, como o
Trichomonas vaginalis (TERRES et al., 2009).
No período de 2011 a 2013, cerca 32,4 milhões de exames de Papanicolaou
foram feitos pelo SUS em todo o país (VILELLA, 2014). Em Porto Velho, capital do
estado de Rondônia, que possui uma população de mais de 210 mil mulheres (IBGE,
2010), foram realizados 58.338 exames de Citologia Oncótica pelo SUS no período
de 2012 a 2014, sendo que a maioria dos exames (27.044) foram feitos somente no
ano de 2012, havendo uma regressão para os anos seguintes: 12.037 exames em
2013, e 19.257 em 2014.
Figura 6. Quantitativo de exames de Citologia Oncótica realizados em Porto Velho-RO nos
anos de 2012 a 2014.
ANO 2014
19257
ANO 2013
12037
ANO 2012
27044
0
5000
10000
15000
20000
Número de Exames Realizados
Fonte: SISCOLO: COELHO, 2016.
25000
30000
25
Figura 7. Distribuição mensal de exames de Citologia Oncótica realizados no município de
Porto Velho-RO no período de 2012 a 2014.
Número de Exames Realizados
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
2012
2013
2014
Fonte: SISCOLO: COELHO, 2016.
Dentre todas as mulheres atendidas pelo SUS, poucas foram diagnosticadas
com o Vírus do Herpes. Em todo o período do estudo foram relatados 28 casos de
infecção pelo HSV, sendo 13 casos (46,4%) no ano de 2012, 07 casos (25%) em 2013,
e 08 casos (28,6%) em 2014.
Figura 8. Distribuição dos casos de Herpes Simples diagnosticado por Citologia Oncótica em
Porto Velho-RO nos anos de 2012 a 2014.
Número de Casos Relatados
14
46,4%
12
10
28,6%
8
25,0%
6
4
2
0
ANO 2012
Fonte: SISCOLO: COELHO, 2016.
ANO 2013
ANO 2014
26
Pesquisas sobre a soroprevalência pelo HSV a nível nacional mostra que a
principal faixa etária de pessoas infectadas é entre 30 e 35 anos (GELLER et al.,
2012). Em Porto Velho, a maior parte dos casos foi relatado em mulheres de 20 a 24
anos (7 casos), correspondendo a 25% de todos os casos do estudo.
Figura 9. Distribuição dos Casos de Herpes Simples relatados por Citologia Oncótica em Porto
Velho-RO entre 2012 a 2014 por Faixa Etária.
Fonte: SISCOLO: COELHO, 2016.
A Herpes Simples é uma doença que acomete principalmente pessoas de baixo
nível de escolaridade, devido à falta de instruções sobre medidas de prevenção e
higiene adequada. A maioria dos trabalhos epidemiológicos demonstram uma
prevalência de mulheres com um grau de escolaridade inferior ao relatado neste
estudo, como por exemplo, um estudo feito em Natal-RN, com 222 mulheres,
demonstrou que 86% das pacientes possuíam nível de escolaridade menor que o
elementar (MIRANDA, 2012).
Neste estudo, a maior prevalência de casos de herpes classificada por nível de
escolaridade foi de mulheres com o ensino médio completo (43%), seguido de nível
fundamental incompleto (28%) e nível fundamental completo (11%). Porém 18% dos
relatos não demonstram o grau de escolaridade das pacientes.
27
Figura 10. Classificação por Nível de Escolaridade dos Casos de Herpes Simples relatados por
Citologia Oncótica em Porto Velho-RO entre 2012 a 2014.
18%
28%
Nível Fundamental Incompleto
Nível Fundamental Completo
Nível Médio Completo
11%
Ignorado/Em Branco
43%
Fonte: SISCOLO: COELHO, 2016.
Tabela 3. Distribuição dos Casos de Herpes Simples relatados por Citologia Oncótica em Porto
Velho-RO entre 2012 a 2014 por Nível de Escolaridade.
Escolaridade
2012
2013
2014
Total
Nível Fundamental Incompleto
3
0
5
8
Nível Fundamental Completo
1
1
1
3
Nível Médio Completo
5
5
2
12
Ignorado/Em Branco
4
1
0
5
Fonte: SISCOLO: COELHO, 2016.
Nos últimos anos, o herpes demonstrou-se ser uma das principais causas de
infecção do trato genital, sendo um dos principais agentes sexualmente transmissíveis
no mundo. Dentre os fatores de risco da infecção pelo HSV, destaca-se o gênero,
idade e múltiplos parceiros sexuais. Estudos demonstram que a maior prevalência da
infecção ocorre em mulheres com maior idade com múltiplos parceiros sexuais (KIM
et al., 2012; GARDELLA, 2011).
Dessa forma, o perfil sócio demográfico da população feminina incluída neste
estudo foi formado por mulheres sexualmente ativas atendidas pelo SUS no município
de Porto Velho-RO, de faixa etária jovem e com um médio nível de escolaridade.
28
6 CONCLUSÃO
Estas infecções tem um impacto grande na saúde da mulher, sendo que a
melhor forma de reverter essa situação é a partir da prevenção e controle dessas
infecções que na grande maioria das vezes são curáveis.
Outro ponto observado e que deve ser discutido é sobre as políticas públicas
do Brasil que precisam rever as questões sobre a saúde da mulher.
Como por exemplo, as campanhas educativas de prevenção de Doenças
Sexualmente Transmissíveis, as quais devem ser feitas em todo o período do ano
para atingir maior contingente populacional e não apenas em datas pontuais. A
realização de projetos de educação em saúde que envolva não só a paciente/usuária,
mas principalmente seu companheiro e toda a comunidade assistida, pode ser um
caminho para a prevenção, o controle e a solução para a cura destas infecções, não
só daquele momento, mas de outras que poderiam ser adquiridas futuramente.
Desta forma, o alcance destas metas pode garantir não somente uma
diminuição na cadeia de transmissão de patógenos associados à inflamação, mas
também provavelmente pode implicar na diminuição da incidência de lesões por
promover controle indireto sobre o vírus do Herpes.
Este estudo foi de grande importância, pois com os dados obtidos, houve uma
ampliação dos conhecimentos sobre a frequência desta enfermidade e as faixas
etárias mais associadas a esta infecção, assim como o grau de escolaridade das
pacientes, permitindo com que os profissionais da saúde avaliem e programem
estratégias de prevenção, controle e tratamento destas infecções de uma maneira
mais eficaz.
29
REFERÊNCIAS
ABRANTES, J.L. Estudo da Atividade Anti-HSV-1 de Terpenos Isolados de Algas
Pardas Marinhas. Dissertação (Mestrado em Neuroimunologia). 88 p. Instituto de
Biologia, Centro de Estudos Gerais, Universidade Federal Fluminense, 2006.
ANKOUAD, A. VIH et Co-infection. Tête Coeur, v. 10, p. 7-8, 2005.
AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R. Dermatologia. 3 Ed. Rio de Janeiro: Ed. GuanabaraKoogan; 2004.
BABCOCK, H.; GRAYSON, C. Herpes labialis (oral herpes simplex). Herpes
Connection. 2006.
BERNSTEIN, D.I.; BELLAMY, A.R.; HOOKIII, E.W.; LEVIN, M.J.; WALD, A. EWELL,
M.G.; WOLFF, P.A.; DEAL, C.D.; HEINEMAN, T.C.; DUBIN, G.; BELSHE, R.B.
Epidemiology, Clinical Presentation, and Antibody Response to Primary Infection With
Herpes Simplex Virus Type 1 and Type 2 in Young Women. Clinical Infectious
Diseases, v. 56, p. 344–51, 2013.
BOEHMER, P.E.; LEHMAN, I.R. Herpes Simplex Virus DNA Replication. Annu Rev
Biochem., v. 66, p. 347-84, 1997.
CDC, Center for Disease Control and Prevention. Sexually Transmitted Diseases
Treatment
Guidelines.
2010.
Disponível
em:
<http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5912a1.htm?s_cid=rr5912a1_w>.
Acesso em: 08 out. 2015.
CLEMENSI, S.A.C.; FARHATII, C.K. Soroprevalência de anticorpos contra vírus
herpes simples 1-2 no Brasil. Rev Saúde Pública., v. 44, p. 726-734, 2010.
CONSOLARO, A.; CONSOLARO, M.F.M.O. Diagnóstico e tratamento do herpes
simples recorrente peribucal e intrabucal na prática ortodôntica. R Dental Press
Ortodon Ortop Facial., v. 14, p. 16-24, 2009.
COREY, L.; SPEAR, P.G. Infections with herpes simplex viruses. N Engl J Med., v.
314, p. 686-91, 1986.
COSTA, G. Lesões vésico-bolhosas da mucosa oral. Estomatites. Clínica de
Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. In:
Seminários Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
Acesso
em:
01
out.
2015.
Disponível
em:
<www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario_37.pdf>.
DATASUS, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, Portal da
Saúde, Ministério da Saúde. SISCOLO/SISMAMA - Sistema de Informação do
câncer do colo do útero e Sistema de Informação do câncer e mama. 2015.
Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060303>.
Acesso em 24 nov. 2015.
ENGELBERG, R.; CARRELL, D.; KRANTZ, E.; COREY, L.; WALD, A. Natural history
of genital herpes simplex virus type 1 infection. Sex Transm Dis., v. 30, p. 174-7,
2003.
30
FONSECA, B.A.L. Clínica e Tratamento das Infecções pelos Vírus Herpes Símplex
Tipo 1 e 2. Medicina, Ribeirão Preto, v. 32, p. 147-153, 1999.
GARDELLA, C. Herpes Simplex Virus Genital Infections: Current Concepts. Curr
Infect Dis Rep., v. 13, p. 588-594, 2011.
GELLER, M.; NETO, M.S.; RIBEIRO, M.G.; OLIVEIRA, L.; NALIATO, E.C.O.; ABREU,
C.; SCHECHTMAN, R.C. Herpes Simples: Atualização Clínica, Epidemiológica e
Terapêutica. J bras Doenças Sex Transm., v. 24, p. 260-266, 2012.
GONÇALVES, A.C.R. Infeção pelo Vírus do Herpes Humano 6 na convulsão
febril. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica). 93 p. Departamento de
Microbiologia da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa, 2014.
GUPTA, R.; WARREN, T.; WALD, A. Genital Herpes. Lancet, v. 370, p. 2127-37,
2007.
HOUSPAIN, T. Cold Sores: Stopping Them Before They Start. 2011. Disponível
em: <http://www.myhousecallmd.com/tag/herpes>. Acesso em: 20 out. 2015.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rondônia » Porto Velho »
infográficos: evolução populacional e pirâmide etária. 2010. Disponível em:
<http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=110020&sear
ch=rondonia|porto-velho|infogr%E1ficos:-evolu%E7%E3o-populacional-epir%E2mide-et%E1ria>. Acesso em: 15 nov. 2015.
KIM, I; CHANG, H. S; HWANG, K. J. Herpes Simplex Virus 2 Infection Rate and
Necessity of Screening during Pregnancy: A Clinical and Seroepidemiologic Study.
Yonsei Med J., v. 53, p. 401-7, 2012.
KIMBERLIN, D.W.; WHITLEY, R.J. Neonatal Herpes: What Have We Learned?
Seminars in Pediatric Infectious Diseases, v. 16, p. 7-16, 2005.
LOOKER, K.J.; GARNETT, G.P.; SCHMID, G.P. An estimate of the global prevalence
and incidence of herpes simplex virus type 2 infection. Bull World Health Organ, v.
86, p. 805–812, 2008.
MADIGAN, M.; MARTINKO, J.; PARKER, J. Brock – Biology of Microorganisms. 9
Ed. New Jersey, USA: Prentice Hall, 2000.
MIRANDA, C.A.N. Prevalência da Infecção Genital pelo Vírus Herpes Simples
Tipo 1 e 2 em Mulheres Grávidas e Não Grávidas de Natal/RN. Dissertação
(Mestrado em Ciências Biológicas). 62 p. Centro de Biociências, Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2012.
MIRANDA, M.M.F.S. Viroses dermatópicas. In: ROMANOS, M.T.V.; WIGG, M.D.;
SANTOS, N.S.O. Introdução a virologia humana. 1 Ed. São Paulo: Guanabara
Koogan, 2002.
MIURA, T.Y. Herpesvírus humanos – HSV-1 e HSV-2. 2013. Disponível em:
<http://ptbr.aia1317.wikia.com/wiki/Herpesv%C3%ADrus_humanos_%E2%80%93_HSV1_e_HSV-2>. Acesso em: 20 out. 2015.
31
PENELLO, A.M.; CAMPOS, B.C.; SIMÃO, M.S.; GONÇALVES, M.A.; SOUZA, P.M.T.;
SALLES, R.S.; PELLEGRINI, E. Genital Herpes. J Bras Doenças Sex Transm., v.
22, p. 64-72. 2010.
PEREIRA, C.I. Herpes Genital | Fotos – Sinais – Sintomas – Transmissão. 2013.
Disponível
em:
<http://medifoco.com.br/herpes-genital-fotos-sinais-sintomastransmissao>. Acesso em: 20 out. 2015.
QUINN, J.P.; DALZIEL, R.G.; NASH, A.A. Herpes Virus Latency in Sensory Ganglia A Comparison with Endogenous Neuronal Gene Expression. Prog Neurobiol., v. 60,
p. 167-179, 2000.
ROIZMAN, B.; SEARS, A.E. Herpes simplex viruses and their replication. In:
KNIPE, D.; HOWLEY, P. Fields Virology, 4 Ed. Philadephia: Lippincott-Raven
Publisher, 2231 – 2295, 1996.
SANTOS, N.S.O.; ROMANOS, M.T.V.; WIGG, M.D. Introdução à Virologia Humana.
1 Ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008.
SBD, Sociedade Brasileira de Dermatologia. Herpes sem traumas. 2011. Disponível
em: <http://www.sbd.org.br/herpes-sem-traumas>. Acesso em: 08 out. 2015.
SISCOLO, Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero. SISCOLO/SISMAMA
- Sistema de Informação do câncer do colo do útero e Sistema de Informação do
câncer e mama. 2015. Disponível em: <http://w3.datasus.gov.br/siscam/index.php>.
Acesso em: 18 nov. 2015.
SPEAR, P.G.; MANOJ, S.; YOON, M.; JOGGER, C. R.; ZAGO, A.; MYSCOFSKI, D.
Different receptors binding to distinct interfaces on herpes simplex virus gD can trigger
events leading to cell fusion and viral entry. Virology, v. 344, p. 17-24, 2006.
TAGLIARI, N.A.B.; KELMANN, R.G.; DIEFENTHALER, H. Aspectos Terapêuticos das
Infecções Causadas pelo Vírus Herpes Simples Tipo 1. Erechim, v. 36, p. 191-201,
2012.
TERRES, A.F.; MACHADO, N.A.; FRANÇA, F.S.; RAMOS, C.D.T.; HAAS, P. Análise
dos resultados de exames preventivos e de rastreamento de câncer de colo do útero
realizados em uma clínica ginecológica particular no município de Curitiba, PR. Estud
Biol., v. 31, p. 103-9, 2009.
VILELLA, F. Saúde habilita 596 laboratórios em 20 estados para exame
Papanicolau.
2014.
Disponível
em:
<http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/09/saude-habilita-596-laboratorios-em20-estados-para-exame-papanicolau>. Acesso em 15 nov. 2015.
WAGNER, E.K. Herpes simplex virus Research. 2003. Disponível em:
<http://darwin.bio.uci.edu/~faculty/wagner/hsv4f.html>. Acesso em: 20 out. 2015.
Download