. Rio Grande/RS, Brasil, 23 a 25 de outubro de 2013. HERPES VÍRUS: UM ESTUDO DA PREVALÊNCIA PLACENTÁRIA E SUA INCIDÊNCIA EM NEONATOS AVILA, Emiliana Claro HANAUER, Laryssa MARTINEZ, Ana Maria Barral de [email protected] Mostra de Produção Universitária (MPU) – FURG 2013 Encontro de Pós-Graduação Área do conhecimento: Saúde Palavras-chave: Herpes vírus; cordão umbilical; placenta; transmissão vertical. 1 INTRODUÇÃO O Herpes Vírus Simples (HSV) é um vírus de DNA pertencente à família Herpesviridae do qual os seres humanos são reservatórios naturais. Existem dois tipos: HSV-1 que se dissemina através da saliva infectada ou de lesões periorais ativas e HSV-2 que envolve regiões genitais. Embora os sítios de infecção de cada tipo do HSV tenham sido identificados, sabe-se que tanto o tipo 1 quanto o tipo 2 podem provocar infecções em ambas as localizações (AZAMBUJA et al., 2004) devido a mudanças nas práticas sexuais ( LIPSITCH et al, 2002). O Herpes neonatal é a consequência mais devastadora do herpes genital e pode resultar da infecção tanto pelo HSV-1 quanto pelo HSV-2, embora este último se mostre associado a um pior prognóstico (KNEZEVIC et al, 2007). Os recém-nascidos que têm infecção por HSV são classificados em três categorias clínicas: infecção por HSV disseminada, pele / olhos / boca (SEM- “skin/eyes/mouth”) e infecção no Sistema Nervoso Central (SNC) (ALLEN, 2003). Mesmo com o diagnóstico rápido e início da terapia antiviral casos fatais pela forma disseminada prevalecem em 50% e podem chegar a 90% caso não seja tratada (MONEY & STEBEN, 2008); encefalite se manifesta em mais de 50% dos casos e a maioria dos sobreviventes sofre sequelas permanentes (GARDELLA et al., 2008). Tendo em vista a relevância do tema, este trabalho investigará a prevalência de HSV-1 na placenta de parturientes e sua incidência no sangue de cordão umbilical de seus respectivos neonatos, a fim de correlacionar sua transmissão a fatores de risco envolvidos na infecção. Este projeto é parte de um estudo já em andamento sobre prevalência do Herpes vírus 1 e 2 em gestantes e sua transmissão vertical. 2 MATERIAIS E MÉTODOS A amostra será composta por parturientes atendidas no Centro Obstétrico do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. que assinarão um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderão a um questionário auto-aplicável para coletar informações sócio-demográficas e fatores de risco. A amostragem será feita por conveniência, e conforme cálculo prévio será composta por 195 mulheres. Para a análise serão coletadas duas biópsias no disco da placenta (uma no lado materno e outra no lado fetal) e o sangue arterial do cordão umbilical de cada participante. Será realizada a extração do DNA contando com Kit comercialmente adquirido. A extração do sangue do cordão umbilical será feita de acordo com o protocolo de extração de células sanguíneas e a das biópsias de placentas, com o . Rio Grande/RS, Brasil, 23 a 25 de outubro de 2013. protocolo de extração de tecidos de mamíferos. Ensaios de PCR serão feitos utilizando dois pares de primers específicos para a detecção do HSV-1 e os respectivos produtos serão submetidos à eletroforese em gel de agarose a 2,5%, corados com brometo de etídio (0,4 g / ml) e identificados por iluminação UV. Os dados coletados serão duplamente digitados no software Microsoft Excel e analisados utilizando o software estatístico SPSS for Windows versão 12.0 (Software Statistical Package for Social Sciences). Este projeto já foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde (CEPAS) da Universidade Federal do Rio Grande FURG. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO Sem resultados parciais ainda, o trabalho tem passado pela padronização do PCR para a primeira testagem das amostras, que já têm sido coletadas. Espera-se verificar a taxa de transmissão vertical do vírus na comunidade local, de forma a promover a atenção para essa infecção durante a gestação. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A infecção genital por HSV-1 tem sido vista com maior frequência nos últimos tempos e suas implicações na infecção neonatal têm sido relatadas. Sendo a doença mais agressiva nos neonatos, torna-se importante investigar as taxas de transmissão da doença e fatores de risco associados para que se promovam formas de prevenção da infecção em gestantes e/ou transmissão vertical do HSV-1. Além disso, ao final do estudo poder-se-á comparar as prevalências encontradas para ambos os tipos de Herpes (1 e 2), suas respectivas taxas de transmissão vertical e os fatores de risco analisados. REFERÊNCIAS ALLEN,U.The Hospital for Sick Children. Current management of Herpes simplex infection in pregnant women and their newborn infants: What’s hot and what’s not Can J Infect Dis. v. 14, n 4, p. 197–200, Jul-Aug, 2003. AZAMBUJA, T. W.F.; BERCINI, F.; FURLANETTO, T. W. Herpes simples: revisão da literatura. Rev Fac Odontol, v. 45, n.2, p. 43-46, Janeiro, 2004.. GARDELLA, C.; HANDSFIELD, H.H.; WHITLEY, R. Neonatal Herpes - The Forgotten Perinatal Infection. Sexually Transmitted Disease, v.35, n.1, p. 22–24, Jan, 2008. KNEZEVIC, A.; MARTIC, J.; STANOJEVIC, M.; JANCOVIC, S.; NEDELJKOVIC, J.; NIKOLIC, L.; PASIC, S.; JANKOVIC, B.; JOVANOVIC, T. Disseminated Neonatal Herpes Caused by Herpes Simplex Virus Types 1 and 2. Emerging Infectious Diseases disponível em www.cdc.gov/eid. Vol. 13, No. 2, February 2007. Acesso em 07/11/2012. LIPSITCH, M.; DAVIS, G.; COREY, L. Potential Benefits of a Serodiagnostic Test for Herpes Simplex Virus Type 1 (HSV-1) to Prevent Neonatal HSV-1 Infection. Sexually Transmitted Diseases , July 2002. MONEY, D.; STEBEN, M. Guidelines for the Management of Herpes Simplex Virus in Pregnancy. SOGC Clinical Practice Guideline. J Obstet Gynaecol Can.No. 208, Jun 2008;30:514-519.