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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CURSO PRÉ-VESTIBULAR UECEVEST
PROPOSTAS DE REDAÇÃO I – MAIO 2017
PROFESSORES ELABORADORES: Amanda Vasconcelos e Franzé Pereira
PROPOSTA 01
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: O histórico desafio de
se valorizar o professor. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A escolha profissional passava necessariamente por essa ideia de frequentar um
curso de qualidade, que dava uma excelente cultura geral e preparo adequado para
exercer uma profissão que era reputada como digna e prestigiada, fosse ela exercida
por homens ou por mulheres. A figura da mulher que lecionava era bem aceita e
apontada às moças como exemplo de honestidade e ideal a ser seguido. O mesmo
acontecia com o professor. A família tinha a figura da professora e do professor em
grande consideração e estes detinham um prestígio social que estava em claro
desacordo com a remuneração salarial percebida […], desfrutava um prestígio advindo
do saber, e não do poder aquisitivo. (ALMEIDA, 1998, p. 191)
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010246982010000100004>
TEXTO II
Disponível em: <http://www.sinpro-rs.org.br/midia/imagens/especial2.jpg>
TEXTO III
O estatuto social e económico é a chave para o estudo dos professores e da sua
profissão. Num olhar rápido temos a impressão que a imagem social e a condição
económica dos professores se encontram num estado de grande degradação,
sentimento que é confirmado por certos discursos das organizações sindicais e
mesmo das autoridades estatais. Mas cada vez que a análise é mais fina os
resultados são menos concludentes e a profissão docente continua a revelar facetas
atractivas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do papel
tradicional dos professores no meio local: os professores do ensino primário já não
são, ao lado dos párocos, os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província;
os professores do ensino secundário já não pertencem à elite social das cidades.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010246982010000100004>
PROPOSTA 02
TEXTO 01
por Pablo Villaça, via Facebook
Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande
mídia sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre “terrível”,
“desesperador”, “desalentador”. Nunca estivemos “tão mal” ou numa crise “tão
grande”.
Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?!
Mas, mesmo que não tenham vivido e realmente acreditem que “crise” é o que o Brasil
enfrenta hoje, outra indagação se faz necessária: não lêem as informações que seus
próprios jornais publicam, mesmo que escondidas em pequenas notas no meio dos
cadernos?
Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de
espera por produtos, os supermercados seguem aumentando lucros, a estimativa de
ganhos da Ambev para 2015 é 14,5% maior do que o de 2014, os aeroportos estão
lotados e as cidades turísticas têm atraído número colossal de visitantes. Passem
diante dos melhores bares e restaurantes de sua cidade no fim de semana e
perceberá que seguem lotados.
Aliás, isto é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise econômica,
as primeiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre. Famílias com o
bolso vazio não gastam com supérfluos – e o entretenimento não consegue competir
com a necessidade de economizar para gastos em supermercado, escola, saúde,
água, luz, etc.
Portanto, é revelador notar, por exemplo, como os cinemas brasileiros estão tendo seu
melhor ano desde 2011. Público recorde. “Apesar da crise”. A venda de livros
aumentou 7% no primeiro semestre. “Apesar da crise”.
Uma “crise” que, no entanto, não dissuadiu a China de anunciar investimentos de mais
de 60 bilhões no mercado brasileiro – porque, claro, os chineses são conhecidos por
investir em maus negócios, certo? Foi isto que os tornou uma potência econômica,
afinal de contas. Não?
Se banissem a expressão “apesar da crise” do jornalismo brasileiro, a mídia não teria
mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão “apesar da
crise”: quase 400 mil resultados.
“Apesar da crise, cenário de investimentos no Brasil é promissor para 2015.”
“Cinemas do país têm maior crescimento em 4 anos apesar da crise”
“Apesar da crise, organização da Flip soube driblar os contratempos: mesas estiveram
sempre lotadas”
“Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas”
“Apesar da crise, vendas da Toyota crescem 3% no primeiro semestre”
“Apesar da crise, Riachuelo vai inaugurar mais 40 lojas em 2015″
“Apesar da crise, fabricantes de máquinas agrícolas estão otimistas para 2015″
“Apesar da crise, Rock in Rio conseguiu licenciar 643 produtos – o recorde histórico do
festival.”
“Honda tem fila de espera por carros e paga hora extra para produzir mais apesar da
crise,”
“16º Exposerra: Apesar da crise, hotéis estão lotados;”
“Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais”
“Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas”
Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.
A crise que nós vivemos no país é a de falta de caráter do jornalismo brasileiro.
Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é
inventar um caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito, reside
no meio do caminho: o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de viver “em
crise”. E certamente teria mais facilidade para evitá-la caso a mídia em peso não
insistisse em semear o pânico na mente da população — o que, aí, sim, tem potencial
de provocar uma crise real.
Que é, afinal, o que eles querem. Porque nos momentos de verdadeira crise
econômica, os mais abastados permanecem confortáveis — no máximo cortam uma
viagem extra à Europa. Já da classe média para baixo, as consequências são
devastadoras, criando um quadro no qual, em desespero, a população poderá tender
a acreditar que a solução será devolver ao poder aqueles mesmos que encabeçaram
a verdadeira crise dos anos 90. Uma “crise” neoliberal que sufocou os miseráveis, mas
enriqueceu ainda mais os poderosos.
E quando nos damos conta disso, percebemos por que os colunistas políticos insistem
tanto em pintar um retrato tão sombrio do país. Porque estão escrevendo as palavras
desejadas pelas corporações que os empregam.
Como eu disse, a crise é de caráter. E, infelizmente, este não é vendido nas
prateleiras dos supermercados.
TEXTO 02
TEXTO 03
A atual situação econômica do Brasil e suas perspectivas
A atual situação econômica do Brasil vem causando muita preocupação
à toda parcela da população que depende do seu próprio trabalho para
garantir seu sustento.
Sejam empregados ou empresários, estão todos preocupados com os rumos
que nossa economia vem tomando nos últimos tempos.
Essa preocupação com a atual situação econômica do Brasil vem fazendo
com que empresários adiem investimentos e novos empreendedores
aguardem momentos menos incertos para iniciar seus projetos.
Como em todo momento de incerteza, uma certa dose de pânico se
confunde com a frieza dos números e por isso é importante termos uma
visão real do que está acontecendo.
O que é fato e o que é pânico
A atual situação econômica do Brasil
e suas perspectivas
Os números não deixam dúvidas sobre a gravidade da situação
econômica brasileira, muito embora o governo tente mascarar a crise
com interpretações convenientes e a negação dos dados captados pelas
diversas consultorias econômicas, instituições de classe e até mesmo das
próprias agências e órgãos governamentais.
A atual situação econômica do Brasil é tecnicamente de estagnação. A crise
econômica de 2016 não é mais apenas uma hipótese e consta como fato em
toda pauta de reunião de empresários do país e também fora dele. Acreditar
em mais uma história sobre “marolas” é negar a realidade econômica do
país e abrir a porta para o fracasso.
É claro que, como em toda situação de incerteza, principalmente em ano
eleitoral, uma certa dose de pânico acaba se instalando. Esse também não é
o caminho para a solução do problema, pois em momentos de histeria,
decisões precipitadas podem também acabar destruindo o seu negócio.
A origem do problema
Os motivos que levaram a atual situação econômica do Brasil são muitos,
mas alguns deles merecem um destaque especial. O primeiro deles é a total
falta de investimentos em infraestrutura, que tem levado o país a perder
competitividade tanto no ambiente interno quanto externo. A explicação
para esse caos está na questão estratégica.
O segundo grande motivo de termos chegado no ponto em que chegamos
foi a total falta de planejamento estratégico de longo prazo para nossa
economia. O governo vem trabalhando com uma estratégia de reação aos
fatos, uma verdadeira operação tapa buraco, onde medidas emergenciais
são adotadas para tratarem problemas que seria facilmente resolvidos se
houvesse um planejamento macro.
Uma mistura que não costuma dar certo
O terceiro e talvez mais grave problema é a submissão da política
econômica à política partidária. Isso tem levado a uma desestruturação da
máquina pública que vem prejudicando todos os setores da sociedade,
como a educação, saúde pública, segurança e obviamente a economia.
O quarto motivo é a falta de credibilidade. Com escândalos se acumulando e
a impunidade gracejando, mesmo que estivesse bem intencionado o
governo não teria credibilidade suficiente para contar com apoio dos
diversos setores da economia nacional. Este é o problema que nos deixa
temerosos em relação ao futuro.
Sem medidas duras e coordenadas, a situação econômica do Brasil tende a
se agravar, e em meio a um quadro recessivo de maiores proporções,
corremos inclusive o risco do país ser seduzido pela heterodoxia econômica
bolivariana adotada por nossos hermanos venezuelanos e argentinos com
consequências trágicas
- Tendo em vista as ideias apresentadas nos textos acima, produza:
A) Um artigo de opinião para comentar a temática crise, conforme o seu
conhecimento de mundo e a relação com as ideias dos textos.
B) Uma narrativa em forma de crônica para refletir sobre um acontecimento
relacionado à temática exposta nos textos acima.
Boas ideias!
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