A atuação do psicólogo na atenção secundária: Fundação IMEPEN

A atuação do psicólogo na atenção secundária: Fundação IMEPEN – Instituto Mineiro
de Estudos e Pesquisas em Nefrologia.
Leilane Mara Portes Alves¹
Resumo: O estágio curricular em Psicologia de caráter obrigatório pela Faculdade
Estácio de Sá de Juiz de Fora teve início em 09 de abril e término previsto para 09 de
novembro de 2015 na Fundação IMEPEN (Instituto Mineiro de Estudos e Pesquisas em
Nefrologia) e Centro Hiperdia de Juiz de Fora. A Instituição oferece assistência à atenção
secundária a saúde, referência no atendimento aos portadores de doenças renais, além de ser
uma importante unidade de apoio aos serviços de saúde públicos da rede municipal, estadual e
federal. O atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) abrange a
Microrregião de Saúde, composta por vinte e cinco municípios. O Hiperdia é um
programa Estadual de atenção secundária em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus,
onde o paciente tem a sua disposição uma equipe interdisciplinar para que possa prevenir
e tratar intercorrências provenientes dessas patologias. Antes do início das consultas os
pacientes participam da Sala de Espera, momento que recebem informações sobre temas
relacionados à saúde, tiram dúvidas e trocam experiências. Em seguida, são atendidos pela
equipe, conforme sua necessidade. Diante desse contexto observa-se a atuação efetiva do
psicólogo e a contribuição substancial para formação da identidade profissional no ambiente
de saúde. A inserção do psicólogo na atenção secundária à saúde ocorre muitas vezes de
forma rudimentar, e demonstra estar em um processo de construção da prática. Ao inserir-se
no campo da saúde, o psicólogo se depara com um contexto complexo, cuja dinâmica e
historicidade se expressam no modelo assistencial vigente. (Paim & Almeida Filho, 1998). Na
experiência de estágio pode-se perceber a influência dos aspectos ambientais e sociais frente
aos usuários, sendo que tal situação permite refletir sobre as repercussões no tratamento, as
estratégias a serem desenvolvidas e também o impacto nas próprias concepções de
tratamento, adoecimento e enfrentamento. O serviço de psicologia na Fundação IMEPEN
possui funções muito bem definidas como: realizar o acolhimento ao usuário em primeira
consulta, realizar avaliações psicológicas, organizar atendimentos em grupo, salas de espera,
solicitar e participar de reuniões de equipe e participar de discussão de casos. Diante dessa
multiplicidade de ações, torna-se imprescindível que o estagiário de psicologia tenha uma
visão ampla. É preciso ver que qualquer intervenção, seja no nível individual, grupal ou
institucional, como uma intervenção social. A atuação do psicólogo no referencial
psicoeducativo está diante de pacientes que ao mudar seus modos de pensar, agir e sentir
estão constantemente em questionamento.
Referências
BAZON, Marina Rezende. Psico-educação: um projeto visando aumentar a eficiência das
intervenções sociais junto às crianças e adolescentes em situação de risco psico-social em
Ribeirão Preto-S.P. Paidéia (Ribeirão Preto),
Ribeirão Preto ,
n. 12-13, p. 29-38, 1997.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103863X1997000100003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 17 maio 2015.
BOCK, Ana. M. B. A Psicologia a caminho do novo século: Identidade profissional e
compromisso social. Estudos de Psicologia (Natal), 1999, vol.4, n.2, pp. 315-329.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
294X1999000200008>. Acesso em 17 maio 2015.
CAPITÃO, G. C.; BAPTISTA, M. N.(org). PSICOLOGIA HOSPITALAR: Teoria,
Aplicações e Casos Clínicos. Avaliação Psicológica da Saúde: Um Campo em Construção.
Rio de Janeiro, 2010, 2°ed, p. 01-16.
DIMENSTEIN, Magda. A cultura profissional do psicólogo e o ideário individualista:
implicações para a prática no campo da assistência pública à saúde. Estudos de Psicologia.
(Natal),
Natal, v.
5,
n.
1,
p.
95-121,
2000.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413294X2000000100006&script=sci_arttext>. Acesso em 17 maio 2015.
LALONE, D. T.; FERNANDES, Q. P. IN: PSICOLOGIA HOSPITALAR: Teoria,
Aplicações e Casos Clínicos. Serviço de Psicologia Ambulatorial em Hospital Geral. Rio
de Janeiro, 2010, 2°ed, p. 105-110.
PAIM, Jairnilson S.; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Saúde coletiva: uma "nova saúde
pública" ou campo aberto a novos paradigmas?. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 32, n. 4,
p.299-316,
Aug.
1998.
Disponível
em:
<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101998000400001>. Acesso
em 17 maio 2015.
RIBEIRO, José Carlos Santos; DACAL, Maria Del Pilar Ogando. A instituição
hospitalar e as práticas psicológicas no contexto da Saúde Pública: notas para reflexão.
Rev.
SBPH,
Rio
de
Janeiro,
v.
15,
n.
2,
dez.
2012.
Disponível
em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-08582012000200006&script=sci_arttext>.
Acesso em 17 maio 2015.
<