Diabete atinge até 12% da população da região

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Diabete atinge até 12% da população da região - Diário
do Grande ABC
Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
A Associação de Diabetes do ABC estima que entre 10% e 12% dos 2,7 milhões de habitantes da
região convivem com a enfermidade, que terá seu dia mundial de alerta celebrado na segunda-feira.
Só neste ano, de janeiro a setembro, segundo registros do DataSus (banco de dados do Ministério
da Saúde), 799 moradores do Grande ABC foram internados na rede pública de Saúde em
decorrência da doença e 24 pessoas morreram. No mesmo período de 2015, foram 785 internações
e 25 óbitos.
No município de Santo André, desde agosto, o HMCG (Hospital e Maternidade Dr. Christovão da
Gama) atua com o Programa de Glicemia Hospitalar, baseado nos mais avançados protocolos de
controle da diabete em pacientes internados. A iniciativa, além de contribuir para a detecção de
novos portadores da doença, já que 50% dos 14 milhões de brasileiros portadores de diabete
desconhecem que convivem com o mal, também colabora para trazer maior segurança para a saúde
do diabético durante a internação e torná-lo ciente dos cuidados necessários.
O endocrinologista do hospital e presidente da Associação de Diabetes do ABC, Márcio Krakauer,
ressalta que a diabete, fora de controle, leva a graves consequências. “As principais são problemas
oculares, que podem levar à cegueira; amputações, perda da função dos rins e doenças
cardiovasculares. Aliás, a maioria das doenças cardiovasculares é devida à diabete”, explicou.
O protocolo reúne ampla equipe multidisciplinar de profissionais de várias áreas, como enfermeiros,
nutricionistas, responsáveis por compras e TI (Tecnologia da Informação), toda equipe médica,
inclusive os intensivistas. “Uma bateria de treinamentos seguiu por quase cinco meses até
formularmos todo o protocolo que nos orienta desde a detecção da glicemia capilar no paciente até
todo o procedimento que deverá ser adotado durante sua estada no hospital”, disse Krakauer.
Embora a diabete, em alguns casos, tenha relação com a questão genética, o especialista salientou
que boa alimentação, aliada a atividades físicas são grandes armas de prevenção. “Se a pessoa tem
pré-diabete, ela pode reduzir o risco de ficar diabética. Se ela mudar o estilo de vida para melhor,
isso pode reduzir até 58% o risco de desenvolver a doença.”
A diabete é causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas.
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