A medicina tradicional holística natural no cuidado de sua saúde

A MEDICINA TRADICIONAL HOLÍSTICA NATURAL NO CUIDADO DE SUA SAÚDE
Hélio Wahlbrinck ¹ e Ilíria François Wahlbrinck²1
Ao se abrirem as cortinas do séc. XXI, as pessoas mais informadas sentem grande preocupação com
o caos em que a questão da saúde se encontra. Temos de pensar muito no que está acontecendo e porque
está acontecendo e, dentro do possível, corrigir o rumo dos acontecimentos. Se considerarmos que, nos
últimos 50 anos, avançamos em tecnologia, que a informação tornou-se farta e acessível, que as
universidades receberam maior apoio técnico-científico e que o arsenal de remédios e medicamentos é
poderosíssimo, pergunta-se:
- Por que, hoje, enfrentam-se maiores dificuldades na área da saúde do que há 50 anos atrás?
A média de vida dos brasileiros tem aumentado não em função da longevidade, mas como resultado
positivo do combate à mortalidade infantil; doenças degenerativas como diabetes, osteoporose, câncer,
degenerações osteo-articulares e vasculares ceifam mais vidas hoje do que no passado; distúrbios
neuropsíquicos são cada vez mais freqüentes, tornando muitas pessoas inválidas. Os recursos que se
dispunham antes eram mínimos, quando comparados aos de hoje, mas a saúde tinha mais saúde. O que
aconteceu, de dimensão tão funesta, nos últimos 50 anos, para pintar uma paisagem tão preocupante da
saúde, que determinou o estado de calamidade em que ela caiu? E esse quadro não retrata apenas uma
realidade brasileira, trata-se de uma crise mundial! O que poderá ser feito, então, para reorientar e reverter
esse quadro?
A eventual reorientação do rumo exige bom senso, pois o ser humano não poderá mais viver feliz
sem o apoio das muitas comodidades com as quais se acostumou e que, infelizmente, produzem resíduos
constituintes de agentes provocadores de doenças. Há 50 anos atrás não contávamos com uma série de
problemas:
1. Poluímos o ar e temos que respirá-lo;
2. Contaminamos a água e temos que bebê-la;
3. Explodimos a bomba atômica e ficamos expostos à radioatividade;
4. Ferimos a camada de ozônio e ficamos à mercê dos raios ultra violetas;
5. Servimo-nos de alimentos despotencializados e fragilizamos nossas defesas orgânicas;
6. Servimo-nos de alimentos agro intoxicados e nos envenenamos;
1
Hélio é Teólogo e Ilíria é Naturoterapêuta,
7. Servimo-nos de alimentos com um ramalhete de produtos químicos e alteramos nossa química orgânica;
8. Servimo-nos de alimentos refinados e colhemos doenças carenciais;
9. Envolvemo-nos com emoções muito fortes e nosso sistema endócrino se desequilibrou.
10. Forçamos os nossos limites e vivemos as múltiplas conseqüências mórbidas do estresse.
Foi dessa forma que, em nome do progresso e, sem suspeitar em que sua ação iria resultar, que o
ser humano feriu e magoou a natureza de diversas e diferentes formas até receber o troco. Em efeito cascata,
a natureza passou a mostrar-lhe as desagradáveis respostas que deixaram armadas verdadeiras ciladas de
elementos hostis, causadores de processos incontáveis de adoecimento de tudo que tem vida. É esse,
infelizmente, o nosso ambiente. Nele nascemos, crescemos, casamos e temos nossos filhos. Essa é a nossa
realidade, tão diferente da realidade de meio século atrás. Neste período, as coisas mudaram. Só não mudou
o nosso costume fatalista de esperar o sintoma se manifestar para, só depois, estudar o que poderá ser feito
e procurar auxílio. Sendo realidades diferentes, deveremos ter o bom senso de adotar filosofias e práticas
diferentes para, assim, protegermos nossa saúde e a saúde da sociedade como um todo.
Há 50 anos, esperava-se a doença acontecer para, só então, procurar auxílio e até dava certo porque
a realidade daquela época era de uma natureza pródiga, quando as águas do rio da vida corriam puras e
cristalinas. A natureza estava equilibrada e a filosofia de esperar pelo sintoma não merecia maiores reparos.
Hoje, entretanto, a manutenção da mesma filosofia determina viver em alto risco, um risco ilógico e irracional.
Se a realidade atual nos oferece um ramalhete de elementos hostis, que ameaçam a saúde, o bom senso nos
aconselha fazer frente a essa realidade com uma nova consciência e uma nova prática: a consciência de que
existe um ambiente de alto risco, criado pelo próprio ser humano e, em seguida, enfrentá-lo, mudando o
fatalista costume de esperar formar-se um quadro clínico, às vezes irreversível, para só então procurar
auxílio. Hoje em dia, requer-se um monitoramento da saúde que permita vigiar, prevendo e prevenindo
processos de adoecimento, descobrindo distúrbios em sua fase pré- sintomática e evitá-los a partir da
promoção de nosso maior patrimônio: a saúde! Graças ao bom Deus técnicas como a homeopatia,
iridossomatologia, acupuntura, nutrição funcional e outras nos ajudam nessa empreitada. A Medicina
Tradicional Holística Natural (MTHN) cumpre a sua função ali e com aqueles que se permitem auxiliar por ela.
A MTHN fundamenta-se numa relação harmônica entre o ser humano e o universo e remonta suas
origens à misteriosa Índia, conhecida como berço da civilização. Na verdade, os antigos médicos indus eram
considerados verdadeiros sacerdotes, nobres conhecedores da arte de aplicar ensinamentos milenares no
cuidado da saúde. O mais antigo e misterioso sistema médico organizado de que se tem notícia nos leva a
uma incursão pelos mosteiros, escolas e núcleos espirituais na Índia e é conhecido como Ayurveda ou
Medicina Védica, mãe de todas medicinas. Sua tradução mais aproximada é “a ciência da saúde e da
longevidade”. Podendo ser comparada ao que a Bíblia significa para o cristianismo, os Vedas são textos
38
compilados pelo sábio Vyassa e reúnem conhecimentos espirituais, éticos e morais, sendo que a Ayurveda
compõe a parte relacionada com o estudo das doenças, remédios e tratamentos, da prevenção das
moléstias, anatomia humana, cirurgia, descrição dos órgãos, distribuição da energia cósmica pelo corpo e do
diagnóstico. Tais conhecimentos difundiram-se pelo mundo inteiro, sofrendo adaptações e transformações,
firmando-se como base doutrinária de muitas artes médicas e filosofias orientais.
Para a Ayurveda, cinco elementos, que correspondem a cinco estados da matéria, integram a
essência da natureza: terra, água, fogo, ar e espaço. Elas determinam as cinco densidades da matéria visível
do Universo e relacionam-se aos aspectos mentais, psicológicos e emocionais do ser humano. De acordo
com as características dos cinco elementos, a Medicina Védica emprega nos tratamentos diferentes recursos:
plantas medicinais, alimentos, sais, aromas, músicas, pontos acupunturais, exercícios respiratórios etc., para
promover a saúde e restabelecer o equilíbrio. Através dos elementos e dos doshas (biótipo), a Ayurveda
determina a natureza básica do indivíduo e estabelece uma linha de tratamento adequada as suas
necessidades reais. Aperfeiçoado na China, a Ayurveda deu origem às quatro primeiras ordens médicas de
que se tem notícia, segundo o entendimento das autoridades na época: o médico de primeira ordem era o
nutrologista, responsável pela manutenção da saúde de toda população por meio da alimentação. Ainda hoje,
no Japão e na China, essa categoria é muito respeitada e seu representante recebe o nome de “salvador da
nação”. Em segundo lugar vinha o médico que tratava das doenças crônicas internas; em terceiro, o médico
que se dedicava às doenças externas e, em quarto lugar, o médico veterinário.
A base fundamental da Ayurveda é a busca do equilíbrio entre o ser humano e o cosmos,
entendendo-se a doença como conseqüência da ruptura da harmonia entre as leis da natureza. Nesse
sentido, manter, promover ou recuperar a saúde depende, sempre, do cultivo de um estilo de vida voltado
para tudo àquilo que é saudável, seja no que se refere a hábitos, alimentos, comportamentos,
relacionamentos, atividades e práticas espirituais.
Pensamos ser necessário esclarecer e argumentar porque adotamos a designação “Medicina
Tradicional Holística, Natural (MTHN)” ou “Medicina Tradicional Naturolística”. Embora a questão seja
discutida a nível nacional, nós a levantamos por uma dificuldade técnica ou lingüística, mas, também, tendo
em vista as diferentes correntes, visões de qual seja a filosofia, prática, ética que nos autorizam a adotarmos
esta ou aquela denominação de nossa área de trabalho. Assim:
Medicina é o termo que usamos, pois o Naturismo é ciência, que estuda e respeita as origens da vida, dando
importância fundamental ao desenvolvimento de nosso planeta, promovendo-o e ensinando o homem a viver
em total respeito às leis da Natureza;
Tradicional é o termo que adotamos para nos referirmos à medicina empírica ou mesmo já elaborada,
milenar, praticada desde a antiguidade por diferentes povos e nações, com diferentes enfoques, no entanto
39
fundamentalmente ligados à medicina como Hipócrates a concebeu: Parte de uma visão humanística,
energética e holística do ser humano. Hipócrates foi o primeiro na história a organizar e sistematizar a
medicina, especialmente em suas bases filosóficas. É a medicina que nossos antepassados trouxeram da
Europa, usando suplementos alimentares como óleos, plantas medicinais, hidroterapia, hidrocolonterapia,
compressas, emplastros... Essa medicina tem diferenças profundas em relação à medicina oficial ou química,
institucionalizada na atualidade e que tem como principal fundador o médico Galeno (séc I e II, cerca de 800
anos depois de Hipócrates). Numa frase, daria para dizer que na medicina química se trata a doença, a
despeito dos efeitos negativos desse procedimento em relação à pessoa (efeitos colaterais ou iatrogênicos,
por ex.). Pela MTHN trata-se a pessoa adoecida (e não a doença!), buscando o reequilíbrio do seu maior
patrimônio: sua saúde! Esse fato leva à superação da “doença” sem efeitos colaterais, deixando a pessoa
mais resistente às “doenças”, que nós chamamos de sintomas;
Holística: o termo vem da palavra grega holós e significa todo ou todos. Quando falamos em medicina
holística, queremos ressaltar o procedimento que procura sempre levar em conta a totalidade, a integralidade
da pessoa que tratamos. Não tratamos apenas uma ou outra parte ou sintoma, isoladamente. Tratamos
sistemas (digestivo, renal, circulatório...), tomando nossas decisões levando em conta a realidade física,
mental e emocional do nosso cliente. Holística também a abordagem terapêutica empregada, visando sempre
a complementaridade das diferentes terapias naturolísticas na promoção da saúde do indivíduo que a elas
recorre;
Natural, pois as técnicas usadas e os remédios empregados são totalmente naturais e não invasivos.
A MTHN visa sempre a promoção da saúde e, vale lembrar, “No Naturismo, evolução tem nome:
retorno ao equilíbrio”(HW). Por outro lado, para nós não existe prevenção de doenças sem promoção da
saúde!
Existem basicamente quatro modelos teóricos de medicina, que são:
1. MEDICINA HIPOCRÁTICA – Energética positiva. Acessa o estímulo terapêutico na fase energética do
processo de adoecimento, visando a cura e a normalização de todo ser vivo;
2. MEDICINA HIPOCRÁTICA GALENIZADA – Alopatização da Medicina Energética. Usa o estímulo
energético positivo, aplicando-o na fase local do processo de adoecimento. A pessoa não é curada em
todas as fases de seus desequilíbrios internos;
3. MEDICINA GALÊNICA – Medicina química. Aplica o estímulo terapêutico energético negativo (químico)
na fase local do processo de adoecimento, resultando na permanência doentia da pessoa com seus
desequilíbrios internos;
40
4. MEDICINA HIPOCRÁTICA INVERSA – Antinatural. É a medicina galênica hipocratizada. Usa o
medicamento químico como estímulo terapêutico, acessando-o na fase energética do processo de
adoecimento.
A MTHN, dadas as explicações acima, entende que somente o primeiro modelo é com ela condizente,
uma vez que somente por ele podemos perceber com clareza o cumprimento dos princípios da Lei de Hering:
•
A diminuição da dor ocorre de cima para baixo;
•
A melhoria das enfermidades ocorre de dentro para fora;
•
Os sintomas desaparecem na mesma ordem em que apareceram, aliviando-se primeiro os órgãos mais
importantes ou mais vitais e, em seguida, os menos importantes e as mucosas e, por fim, a pele;
•
À medida que vão desaparecendo os sintomas mais recentes, vão reaparecendo os mais antigos.
O compromisso da MTHN é com a saúde, pois “A ARTE DE CURAR TEM POR OBJETIVO A
MANUTENÇÃO DA SAÚDE E A CURA DAS DOENÇAS” (Dicionário francês de Medicina, Litri-Gilbert, 1936).
Não obstante, para que possamos atingir este objetivo, precisamos ser parceiros de caminhada e
entendermos que vivemos, na atualidade, escravos da pseudologia. A mente é mais complexa que as
emoções e possui dois aspectos primários: um permite a sutileza, a originalidade e o poder conceptual da
mente e o outro possibilita a condução ao falso raciocínio e à auto-ilusão (Leadbeater). O termo “pseudologia”
refere-se à capacidade ou patologia, na qual passamos a considerar corretas idéias ou decisões falsamente
lógicas. Um exemplo disso é acreditar ser possível terceirizar nossa saúde e bem-estar, quando, com isso,
estamos, na verdade terceirizando nossa própria vida. A terceirização da saúde é um bom negócio... para os
que fazem do nosso maior patrimônio um objeto de exploração mercantil! Deixarmos o Estado como único
responsável pela nossa saúde, também é uma forma de terceirização. Ainda que a Constituição reze que
todo cidadão brasileiro tem direito nato à saúde, educação, segurança etc., convém questionar que tipo de
direitos nos é assegurado, quando o atendimento público está ligado a um sistema onde se dispende
esforços e dinheiro quase que somente para combater doenças já manifestadas, no estado agudo ou crônico,
sem cobrir necessidades básicas no que se refere ao cuidado, monitoramento, zelo e promoção da saúde.
Não nos esqueçamos de que a saúde é um patrimônio que necessita cuidados, planejamento e estratégia, no
sentido de ser promovida e não apenas receber atenção quando já há sintoma, doença, localmente
manifestada em órgão, tecido ou sistema. O que queremos, com isso, é alertar para a urgente necessidade
de se investir em profilaxia, promoção e prevenção.
Felizmente o estado faz um trabalho excelente, por exemplo, no que diz respeito a doenças epidêmicas
(com os programas de vacinação infantil) erradicando muitas doenças e proporcionando à população maior
tranqüilidade. Importante se faz, porém, alertar para os efeitos secundários de tais campanhas de vacinação
(o que pode ser tema para ser tratado posteriormente). Não obstante, para não cairmos nas armadilhas de
41
doenças degenerativas como câncer, distúrbios reumáticos e ósteo-articulares, diabetes, doenças
cardiovasculares, psiquiátricas e outras, necessitamos, com urgência, de um programa que faça frente à
prevenção e cura dessas doenças a partir da promoção de nossa saúde. Só assim não estaremos sendo
pseudólogos e, conseqüentemente, vítimas do mercantilismo na área da saúde. Sempre que terceirizamos o
maior patrimônio que temos diante do Estado ou de planos de saúde privados, por mais críticos e exigentes
que sejamos, podemos estar terceirizando a nossa própria vida, permitindo que ela se torne mais um produto
do mundo mercantilista, onde o que vale é o lucro exorbitante de uns poucos, na exploração de quem quer
que seja. Nesse horizonte, não podemos confundir busca de assessoria e/ou informações com terceirização.
Cabe-nos salientar a responsabilidade civil, própria de cada um/a em relação à saúde, que preenche lacunas
não contempladas por entidades oficiais. Trata-se, portanto, de uma questão de exercício da cidadania, pelo
contrário viveremos cada vez mais doentes e à mercê de mercantilistas. A MTHN está aí também para ajudar
na conscientização e evitar tornarmo-nos meros objetos de mercantilismos. Precisamos ser co-autores do
nosso bem estar no que se refere a nossa saúde mental, física, emocional, social e moral. Necessitamos
buscar nossos direitos diante do Estado, sem deixar de exercer a cidadania, que se revela naqueles que não
se perdem em pseudologias, que nada mais são do que auto-engano.
Diante do exposto acima, parece-nos propício esclarecer, ainda um importante aspecto. Temos a
impressão de que, apesar de estarmos no séc. XXI, continuamos, como coletividade, com dificuldades para
entender e nos comprometermos com o que chamamos de NATURISMO. Via de regra, confunde-se o
Naturismo com a idéia de que quem é naturista seja apenas mais um adepto de uma dieta sem carne, sendo
que a alimentação vegetariana, eleita pelos naturistas com algumas variantes, é uma opção baseada na
crença e na comprovação científica de que é a melhor no cuidado e na promoção da saúde. Há, ainda, quem
o associe a uma onda religiosa ou mesmo, em muitos casos, à mera vaidade, ou, então, a terapias naturistas,
simplesmente.
Gostaríamos de esclarecer que entendemos o Naturismo não simplesmente como uma prática eremita ou
uma prática terapêutica de alguém que procura cura e soluções de forma egoísta e individualista. O
Naturismo não se ocupa com o combate à enfermidade (porque sabe que ela decorre de um desequilíbrio
frente às leis da natureza), mas com o aprender e ensinar a cuidar da saúde porque, afinal, saúde é o seu
ideal. Igualmente, sabe e apregoa que a enfermidade desaparece unicamente no processo coletivo do cultivo
da saúde, entendida como resultado do bem-estar físico, mental, moral, social e espiritual/emocional. Não é
possível pensarmos a saúde como fator individual, pois, do contrário, como vamos respirar ar puro, ou beber
água limpa sem nos engajarmos como coletividade, no cuidado e na promoção do Meio Ambiente, do qual
somos/fazemos parte e sem o qual nossa existência não é viável?
42
Nesse sentido, o Naturismo baseia seu estudo e desenvolvimento na ciência universal, pretendendo
situar o ser humano no lugar que por direito lhe corresponde, a partir de uma visão cósmica e holística. Não é
possível buscar soluções para os problemas, esquecendo-se do que os causou, afinal, o ser humano é uma
individualidade cumprindo uma função dentro de uma coletividade, de um todo. O desconhecimento do
verdadeiro sentido da vida traz consigo o fracasso e a miséria, tanto individual como coletivamente. Assim, o
Naturismo propõe-se a ensinar o ser humano a viver em respeito às leis que regem a vida, não somente a
própria, mas a vida do universo como um todo, compreendendo sempre que o universo começa dentro de
cada um/a de nós. A vida é uma e única. É a própria criação e cada um/a de nós é um pequeno barco,
navegando nesse imenso oceano. Como e onde começar? Sempre por nós, para chegar aos outros, amandonos incondicionalmente, para amarmos ao nosso próximo e ao meio do qual somos/fazemos parte. É a lei do
amor que determinará o cuidado e a promoção a que nos dispusermos. Só quem se ama, se cuida. Só se
cuida, quem se ama. E com o Meio Ambiente, a relação é a mesma. Se nos entendemos como parte de um
todo, vamos também zelar pela integralidade deste todo, pois que dele dependemos. A relação de
interdependência é mútua e o que semearmos em nossa vida, nela iremos colher. E também é outra lei da
natureza, que quem não cuidar da Saúde irá, fatalmente, cuidar da doença.
Temos posta, diante de nós, a escolha. Saúde ou Doença é escolha própria, individual, mas também
coletiva, grupal. E, se não começarmos por nós e nossa casa, como será possível querermos e conseguirmos
cuidar da Saúde dos outros e do Meio no qual existimos? Afinal, natural é ser saudável porque saudável é ser
natural! E que Deus nos ajude!
43