A ROMÃ E O HEXAGRAMA A ROMÃ DURANTE A SUA FORMAÇÃO COM O FORMATO DE UM HEXAGRAMA A fruta madura com a coroa e as sementes na forma de um hexagrama Assim como os frutos são resultado da fecundação de flores, as infrutescências são, a rigor, o resultado da fecundação de flores de uma inflorescência, como um cacho de uvas, por exemplo. Entretanto, um uso mais corrente do termo "infrutescência" é associado a conjuntos compactos de frutos, onde cada fruto situa-se contíguo ou aderido ao outro, de forma que o conjunto se assemelhe a um grande fruto. Apesar da aparência externa coesa, estas infrutescências podem ser reconhecidas pela sua estrutura interna, apresentando um eixo central ao longo de todo seu comprimento com os frutos (semelhantes a "gomos") inseridos neste. Algumas infrutescências são conhecidas popularmente e vendidas como frutas, como por exemplo abacaxi, jaca, amora e figo - os verdadeiros frutos são os pequenos gomos encontrados nestas estruturas. Não se deve confundir infrutescências com frutos compostos. Infrutescências são um conjunto de frutos pequenos originados de muitas flores separadamente, enquanto frutos compostos, como a fruta-do-conde, framboesa, são originados de uma única flor, cujo ovário é formado por diversos carpelos livres ou ligeiramente aderidos entre si. Segundo pesquisadores russos, a romãzeira provém da Grécia, Síria e Chipre e também centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irã e as terras altas do Turcomenistão, junto com outras plantas frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira. A importância da romã é milenar, aparece nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo quando sempre acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. Segundo a Bíblia, quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová (Deus) prometera. Ela estaria presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nas cerimônias e nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade. Os semitas a chamavam de rimmon; entre os árabes, era conhecida como rumman; mais tarde, os portugueses a chamaram de romã ou "roman". Na Idade Média, a romã era, frequentemente, considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países. Os povos árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Tanto a planta como o fruto têm sido utilizados em residências ou em banquetes pelo efeito decorativo das suas flores e dos seus frutos, além do seu uso como cerca viva e planta ornamental.