Resumo para a prova de História (16/11) – Blog 8 Ano A Por Allan Centurione – http://8anoaomelhor.blogspot.com A expansão cafeeira no Brasil Chegada: O café chegou no Brasil por volta de 1727, trazido da Guiana Francesa. Logo que chegou, o produto ficou muito popular (no começo, entretanto, o grão era vendido inteiro) e em 1840, no começo do Segundo Reinado, ele já era o principal produto de exportação brasileiro. Vale do Paraíba e Oeste Paulista: O café é uma planta que não é adaptável a qualquer região, já que a mesma deve conter temperaturas amenas, chuvas regulares e solo fértil. Essas condições, no início, foram encontradas em apenas um lugar: no Vale do Paraíba, área que hoje forma os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minhas Gerais. Além de ter todas as características necessárias, ele também ficava próximo do litoral fluminense, o que garantia a exportação do produto. Entretanto, a “época de ouro” do Vale do Paraíba durou pouco, e por volta de 1860 seu solo começou a apresentar problemas causados pelo uso excessivo e pelo desmatamento, o que fez com que fosse necessário o começo da plantação do Oeste Paulista, tornando-o a área mais rica do país. Mudanças favorecidas por ele: Com o grande crescimento econômico do país por causa do café, vários investidores estrangeiros começaram a vir para o Brasil, criando uma nova elite social: os barões do café. Essa “classe” compreendia fazendeiros de café com mentalidade capitalista, que tinham como principal objetivo a obtenção de lucro. Entretanto, todo o lucro obtido também favoreceu o crescimento do Brasil, já que este era utilizado para melhorar o país. Como exemplo, podemos tomar a criação das estradas de ferro (ferrovias) brasileiras e a implantação de indústrias. O movimento abolicionista Leis: Com a pressão da Inglaterra para o fim da escravidão, os problemas gerados por ela e a insatisfação dos “servos” foram criadas algumas leis para apoiar o movimento abolicionista. A primeira, criada e executada pela Inglaterra, chamava-se “Bill Aberdeen” (1845) e dava o direito ao país de interceptar navios negreiros que iam para o Brasil. A segunda, criada no Brasil, chamava-se “Lei Eusébio de Queiroz” (1850) e proibia o tráfico de escravos em nosso país. A terceira chamava-se “Lei do Rio Branco” (também conhecida como “Lei do Ventre Livre”, de 1871) e dava o direito aos filhos de escravos nascidos nas fazendas de café de serem livres. Já a quarta chamava-se “Lei Saraiva-Cotegipe” (era conhecida por “Lei dos Sexagenários”, de 1885) e dava o direito aos escravos com mais de 60 anos de deixar de trabalhar na fazenda. A quinta e última chamava-se “Lei Áurea”, e foi um grande marco na história do Brasil, pois aboliu todos os escravos nele presentes. Abolição lenta e gradual: A partir de 1860, a campanha abolicionista ganhou forças no Brasil, mesmo com muitos cafeicultores ainda se recusando a libertar seus escravos, com medo de revoltas e diminuição da produção. Entretanto, na mesma década, foi votado na câmara e no senado que haveria uma abolição lenta e gradual no Brasil, assim evitando grandes choques na economia do país. Depois da abolição: Muitos escravos, depois da abolição, continuaram servindo seus antigos “donos” por um salário pequeno. Entretanto, outros (principalmente os do Nordeste) vieram para o Sudeste em busca de trabalho. Em São Paulo, o encontro de vagas era mais difícil por causa da mão-de-obra imigrante qualificada, entretanto, no Rio de Janeiro, onde a presença de estrangeiros era menor, foi mais fácil achá-las. Imigrantes no Brasil As primeiras experiências: O uso de imigrantes nas fazendas cafeeiras do Brasil só teve início em 1880, quando os fazendeiros não conseguiam mais segurar escravos em suas localidades. O incentivo a essas vindas começaram com D. João VI, que promoveu-as na Europa. Esse desejo do Brasil era reflexo de uma mentalidade racista, que acreditava que a Europa era mais desenvolvida porque nela viviam brancos, de acordo com eles os responsáveis por “levar o país para frente”. No geral, as primeiras tentativas de imigração não deram certo, já que boa parte dos terrenos cedidos aos colonos eram ruins e mal localizados. Colônias de parceria e imigração subvencionada: O período de imigração foi caracterizado por tentativas de trazer imigrantes para nosso país. Entre essas tentativas, estavam o sistema de parceria e a imigração subvencionada. No sistema de parceria os fazendeiros pagavam a viagem e a estadia de imigrantes por um ano, mas na primeira colheita eles deveriam dar 56% do total obtido (sendo 6% por causa dos gastos que tiveram) aos que os trouxeram. Infelizmente, isso durou pouco por causa da falta de experiência dos fazendeiros com trabalhadores livres e dos altos gastos que ele cobrava. Já na imigração subvencionada, o governo dava terras para os imigrantes, pagava a sua vinda e divulgava o país na Europa enquanto os fazendeiros deviam cultivar café e aumentar a economia do país. Colonos no Sul do país: Apesar de grande parte dos programas de imigração serem direcionados para o Sudeste, haviam também os direcionados ao Sul. Nestes, os imigrantes ganhavam terras para cultivar produtos e eram responsáveis por criar pequenas “vilas” em torno de pequenos núcleos inabitados.