Edema Pulmonar

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Marcos Barrouin Melo, MSc
CURSO DE EMERGÊNCIAS
EV – UFBA
2008
INTRODUÇÃO
• Definição
– Acúmulo anormal de fluido extravascular pulmonar
– Movimento de líquidos para o pulmão excede
capacidade da drenagem linfática
– Causa distúrbios graves de trocas gasosas e de
mecânica pulmonar
INTRODUÇÃO
• Causas
–
–
–
–
–
–
ICC
IV (mesmo sem ICC)
Arritmias
Sepse e intoxicações
IR
Distúrbios nutricionais 1º ou 2º
• Hipoproteinemia
– Distúrbios metabólicos 1º ou 2º
– Iatrogênico
INTRODUÇÃO
• Causas mais importantes na rotina clínica
veterinária
– Edema pulmonar cardiogênico
• Insuficiência ventricular esquerda
• IVM severa
– Hipoproteinemia
• Dieta pobre em proteínas
• Perda proteica (renal ou metabolismo hepático reduzido)
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
• Movimento de líquido para interstício
–  pressão hidrostática capilar pulmonar (PHCP)
–  pressão osmótica capilar (rara)
–  permeabilidade capilar
• Rede linfática é essencial para remoção de líquido
do espaço intersticial (peribronquial e perivascular)
FISIOPATOLOGIA
• Drenagem linfática para linfonodos bronquiais e
hilares, retornando à circulação venosa
• Vasos linfáticos possuem capacidade extrema de
dilatação (300 a 2800%)
• Flui também para espaços pleural e mediastinal
FISIOPATOLOGIA
• Proteções contra edema pulmonar
– Vias de drenagem de fluidos (vasos linfáticos, espaço
pleural e mediastinal)
– Baixas taxas de filtração de líquido ou vazamento de
proteínas para o interstício
– Alta concentração de proteínas no plasma
• Remoção linfática de proteínas intersticiais
FISIOPATOLOGIA
Lesão da MAC e endotélio
Lesão da MAC e endotélio
 Permeabilidade a proteínas
do plasma
Interstício com 
pressão oncótica
Lesão da MAC e endotélio
 Permeabilidade a proteínas
do plasma
Interstício com 
pressão oncótica
Lesão da MAC e endotélio
 Permeabilidade a proteínas
do plasma
FISIOPATOLOGIA
• Fatores causadores de aumento da PHC
–
–
–
–
–
–
–
CMD, CMH, IVM, IVA, EM
PDA
Arritmias /disfunção ventricular aguda
Neoplasias atriais obstrutivas
Anemia
Exercício
Fluidoterapia > 100 ml/kg/hr ( PHC e  [proteínas])
FISIOPATOLOGIA
• Hipertensão venosa sistêmica e bronquial reduzem taxa
de drenagem linfática
• Elevação aguda de 20 a 25 mmHg no AE (5 a 8) leva a
edema pulmonar
• Elevação crônica, valores de até 40 a 45 mmHg podem
ser suportados (elevação crônica da capacidade de
drenagem linfática)
FISIOPATOLOGIA
• Exposição da membrana basal
– Atração de plaquetas e neutrófilos
– Aumento da permeabilidade vascular
– Amplificação do processo fisiopatológico
FISIOPATOLOGIA
• Edema não cardiogênico/
permeabilidade
edema
por
alta
– Lesão primária da membrana alvéolo capilar
– Síndrome do desconforto respiratório agudo
•
•
•
•
•
•
•
Gases e substâncias tóxicas
Infecção pulmonar aguda/choque endotóxico/Septicemia GPancreatite
Anafilaxia
Imunocomplexos
Uremia
Exposição longa a altas [O2]
FISIOPATOLOGIA
• Sistema imunológico
–
–
–
–
Agentes quimiotáticos
Leucotrienos
Leucócitos polimorfonucleares
Citocinas
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
• Conteúdo proteico do líquido do edema cardiogênico
– 40 a 50% do plasma
• Conteúdo proteico do líquido do edema não
cardiogênico
– 70 a 100% do plasma
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
• Histórico e aspecto clínico
• Causas de edema pulmonar não cardiogênico
– Histórico de contato com alérgenos
– Intoxicações (plantas, produtos químicos diversos)
• Dispnéia intensa
– Abdução dos membros anteriores
– Secreção serosa/serosanguinolenta/espumosa
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
• Deve ser rápido, conciso e preciso
– Secreção serosa X secreção
sanguinolenta e espumosa
serosanguinolenta
• Abordagem dos mecanismos fisiológicos
–
–
–
–
–
Incapacidade cardíaca
Desequilíbrios eletrolíticos e/ou nutricionais
Desequilíbrios de substâncias vasoativas
Sepse (edema não cardiogênico)
Distúrbio vasovagal
X
TRATAMENTO
• Necessidades mais prementes devem
abordadas rápida e simultâneamente
ser
– Aporte oxigênio
• Tensão superfícial
• Desvitalização do tecido
– Reequilibrar eletrólitos
– Suporte renal
• Diurese
– Estado doloroso deve ser colocado como primeira
necessidade
– Estado inotrópico
• Qual a patologia primária? Cardiovascular? Outros?
TRATAMENTO
AMINOFILINA
NÃO!!!!!!!!!
TRATAMENTO
• Drogas
– Diuréticos
• Furosemida
• Bumetanida
• Manitol
– Vasodilatadores
• Nitroprussiato
• Nitroglicerina
• Hidralazina
–
–
–
–
Opióides – morfina, butorfanol, buprenorfina
Inotrópicos – dopamina, dobutamina
Antibióticos/ Inflamação (corticoterapia)
Mucolíticos
TRATAMENTO
• Abordagem do paciente
– Redução do volume circulante
• Terapia diurética agressiva
• Flebotomia
– Aumentar capacitância venosa
• Vasodilatação
• Nitrato, opióide, nitroprussiato
– Suplementação com oxigênio
– Aumento da capacidade contrátil qdo necessário
– Equilíbrio de eletrólitos – fluidos administrados 25%
dose de manutenção
Observar atentamente
frequência respiratória
Monitoramento de PVC é essencial
TRATAMENTO
• Furosemida – até 7 mg/kg repetindo 2 mg/kg em duas
aplicações h/h
– Manter 4 mg/kg 8/8h
– Felinos são mais sensíveis a furosemida 1mg/kg
• Morfina 0,1 a 0,25 mg/kg IV ou IM
• Manitol 2g/kg em intervalo de 20 minutos; efeito osmótico
rápido e agressivo
– Cuidados
• Nitroprussiato infusão inicial 2ug/kg/min/2h
• Nitroglicerina adesivo ½ de 2,5 mg/5 kg/24 horas; manter
por 12 horas, retire recoloque por mais 12 h
TRATAMENTO
• Suporte inotrópico em animais com redução de
função sistólica
• Dobutamina iniciar infusão 5 ug/kg/min; aumentar
progressivamente q4h em 2,5 ug, até máximo de 15
ug/kg/min
• Observar FC subir além de 170/180 bpm reduzir taxa
de infusão
• Em gatos não utilizar mais que 2 ug/kg/min
TRATAMENTO
• Suporte inotrópico em animais com redução de
função sistólica
• Dobutamina favorece perfusão de musculatura
esquelética e miocárdio
• Dopamina favorece perfusão mesentérica e renal (em
doses até 6 ou 7 ug/kg/min)
• Em animais com trabalho cardíaco muito diminuído
dobutamina é vantagem
TRATAMENTO
• Continuidade do TTO é realizado de acordo com a
patologia de base
•
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•
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Cardiovascular
Nutricional
Metabólica
Renal
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