o envolvimento dos professores na reestruturação do projeto

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O ENVOLVIMENTO DOS PROFESSORES NA
REESTRUTURAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO DA ESCOLA VILMAR VASCONCELOS
FEITOSA
¹ Uilton Augusto de Souza Cruz
RESUMO:
Este artigo visa uma abordagem de reflexão sobre a reestruturação do Projeto Político
Pedagógico (PPP) da Escola Municipal Vilmar Vasconcelos Feitosa, e o envolvimento do
professores nessa reestruturação como um trabalho coletivo, envolvendo um dos agentes muito
importante dentro da realidade escolar como: os docentes. O tema foi escolhido devido à
necessidade da reconstrução do PPP da escola primando por um maior envolvimento dos
professores. O objetivo desse trabalho foi reestruturar o PPP da escola numa possibilidade que
envolva esse segmento de suma importância na escola. A forma pela qual esse processo foi
realizado através de reuniões com os professores onde foi utilizado questionários como
instrumento de coleta de dados e pesquisa de campo e bibliográfica. A maneira para que
houvesse o processo de reestruturação do PPP foi devido a necessidade de um envolvimento
mais efetivo por parte dos professores nesse processo que busca uma proposta pedagógica dentro
da realidade da unidade de ensino.
Palavras Chave: Projeto Político Pedagógico. Reestruturação. Participação. Professores.
______________________________________________________________
Coordenador de biblioteca da Escola Municipal Vilmar V. Feitosa, pedagogo e cursista do curso de
especialização em coordenação pedagógica.
INTRODUÇÃO
A reestruturação do Projeto Político Pedagógico se deu por necessidade em que a
escola já possui o PPP, porém descontextualizado da realidade atual, devido sua
proposta ter sido elaborada ainda no ano de 2008, (dois mil e oito), o quadro de
funcionários e sua formação acadêmica distante da realidade atual, o quantitativo de
alunos não condiz mais com a realidade do momento, o conselho escolar é composto por
mais funcionários da própria unidade escolar do que por membros da comunidade.
O Conselho escolar quando exerce suas atribuições legalmente constituídas pela
legislação vigente, torna-se um forte parceiro no processo educativo dentro e fora da
unidade escolar, sem o mesmo torna-se difícil a escola desenvolver suas atribuições
junto à sociedade na qual ela está inserida. Dentre suas muitas atribuições podemos citar
aqui algumas:
Ele pode ser um órgão tanto consultivo, quanto deliberativo e de mobilização;
Podendo acompanhar o desenvolvimento da prática educativa, no processo ensinoaprendizagem; participar principalmente da elaboração do PPP (Projeto Político
Pedagógico), e acompanhar o desenvolvimento das ações da escolar, num processo
permanente de acompanhamento e avaliação, discutir e definir o modelo de educação a
ser desenvolvida na unidade escolar.
Dessa maneira a gestão democrática na autonomia constituída deve permitir aos
professores, pais e alunos, estabelecerem uma comunicação dialógica, para propiciar a
criação de estruturas metodológicas mais flexíveis na busca de uma escola democrática
de fato.
Quanto à concepção, segue a gestão democrática, dando a cada membro da
instituição uma responsabilidade, uma função a ser desenvolvida, para que o sucesso
seja construído coletivamente.
E nesse contexto que se coloca a importância de se considerar a expressiva
contribuição que o Projeto Político Pedagógico oferece para a efetivação de uma nova
gestão, seja ela administrativa, de aprendizagem ou outra. Dessa maneira a gestão
democrática na autonomia constituída deve permitir aos professores, pais e alunos,
estabelecerem uma comunicação dialógica, para propiciar a criação de estruturas
metodológicas mais flexíveis na busca de uma escola democrática de fato.
O projeto tem como objetivo, a implantação de uma nova proposta pedagógica,
além do processo de credenciamento da UE, após a elaboração do P.P. P foi possível
fazer um diagnóstico mais elaborado da real situação acerca do ensino-aprendizagem da
escola, com isso ficou mais fácil reconstruir a proposta pedagógica da escola que esta
sendo desenvolvida com êxito de acordo com as necessidades da escola. Percebe-se
também que após a implantação da proposta pedagógica, o índice de aprendizagem dos
educandos tem aumentado consideravelmente.
O principal objetivo da unidade de ensino foi uma reestruturação do Projeto
Politico Pedagógico onde houvesse a participação plena por parte da docência.
Os
autores
que
foi
utilizados
para
fundamentar
esse
artigo
foram:Vasconcelos(2006) dentre outros. Ao orientar suas práticas para o fortalecimento
de sua própria autonomia, a escola pode construir o seu conceito de qualidade de ensino
e adequar melhor a sua função às necessidades da comunidade. Neste sentido,
organizando o seu trabalho pedagógico, a escola avança para outro nível de autonomia,
mais solidário e com mais diálogo, que pode levar os segmentos a se envolver no
processo de forma mais efetiva pelas ações desenvolvidas pelas práticas da própria
escola. O artigo para a sua realização optou-se por um estudo bibliográfico, seguido de
pesquisa de campo que se constituiu através de reuniões com a equipe escolar e o
Conselho Escolar, onde de foi realizada uma
avaliação diagnóstica através de
questionários da realidade da instituição, e depois analisado os dados para que fosse
feito realmente uma reestruturação coletiva.
O PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO: uma reestruturação
necessária
O Conselho escolar quando exerce suas atribuições legalmente constituídas pela
legislação vigente, torna-se um forte parceiro no processo educativo dentro e fora da
unidade escolar, sem o mesmo torna-se difícil a escola desenvolver suas atribuições
junto à sociedade na qual ela está inserida. Dentre suas muitas atribuições podemos citar
aqui algumas: ele pode ser um órgão tanto consultivo, quanto deliberativo e de
mobilização; podendo acompanhar o desenvolvimento da prática educativa, no processo
ensino-aprendizagem; participar principalmente da elaboração do PPP (Projeto Político
Pedagógico), e acompanhar o desenvolvimento das ações da escolar, num processo
permanente de acompanhamento e avaliação; Discutir e definir o modelo de educação a
ser desenvolvida na unidade escolar.
O coletivo da escola estrutura o seu trabalho visando assegurar, acima de tudo,
o sucesso dos alunos e o atendimento das necessidades educativas de sua comunidade.
Entretanto, precisamos reconhecer o conflito como algo positivo, que ajuda no
crescimento do coletivo. Nesse sentido, o conflito pode ser percebido como algo que
enriquece o grupo e o leva, pelo diálogo, a buscar soluções compartilhadas para os
problemas que enfrenta.
Ao basear seu trabalho na discussão coletiva, a escola pode melhorar a
qualidade dos serviços que presta à comunidade e estimular ações compartilhadas entre
os seus membros, visando à realização de sua maior tarefa: a reconstrução do seu projeto
pedagógico.
A escola não deve reestruturar seu projeto pedagógico apenas devido a uma
existência legal, mas sim a partir da necessidade de inovar a ação coletiva no cotidiano
de seu trabalho. Como vimos, a legislação assegura a possibilidade de sua elaboração,
mas são os sujeitos da escola que garantem a sua realidade. Porém, isso não basta: é
preciso que a escola reconheça que é preciso todos os seus atores tornaram-se
responsáveis pelos serviços educacionais que ela presta à comunidade, procurando
sempre a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Esta é a finalidade de uma
reestruturação do P.P.P.
CONCEITO DE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
No sentido etimológico, o termo projeto vem do latim projectu, particípio
passado do verbo projicere, que significa lançar para adiante. Plano, intento, desígnio.
Empresa, empreendimento. Redação provisória de lei. Plano geral de edificação.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) ou Projeto Pedagógico (PP) não é uma
novidade instituída na LDB (Lei 9394/96), embora sua obrigatoriedade esteja mais
explicitada nesta lei, contudo somente após a década de 90 temos observado uma
correria enorme por parte de escolas e sistemas educacionais na busca da construção de
seus projetos políticos pedagógicos.
As discussões vão desde a importância de um projeto para a escola passando pela
necessidade ou não do qualificativo “político” e chegando às dificuldades operacionais
para a sua elaboração coletiva no interior das instituições escolares.
Os termos Projeto Pedagógico e Projeto Político Pedagógico, não têm
diferenciação naquilo que explicitam. São dois termos usados para designar o mesmo
sentido de projetar, de lançar, de orientar, de dar direção a uma ideia, a um processo
pedagógico intencional alicerçado nas reflexões e ações do presente.
O Projeto Político Pedagógico tem duas dimensões: De ser orientador e
condutor do presente e do futuro. Para alguns autores, o qualificativo político da
composição do termo, já é assumido pelo adjetivo pedagógico, uma vez que não há ação
pedagógica que não seja política e que todo Projeto Pedagógico é voltado para uma ação
transformadora. Para outros autores é fundamental o uso deste qualificativo uma vez que
somente terá sentido e valor o projeto construído pala coletividade, ou seja, pala
comunidade escolar como um todo, pois somente desta forma se constituirá sua
verdadeira identidade.
Superar o desafio de elaborar/reestruturar o PPP deve-se considerar estes
parâmetros e lembrar que o PPP de uma escola é tarefa dela mesma, um processo que se
constrói constantemente e se orienta com intencionalidade explícita, porque é prática
educativa.
Reconstruí-lo significa ver e assumir a educação como um processo de ensinoaprendizagem, inserida no mundo real que comporta ideias, valores, crenças, princípios
e não apenas conhecimentos sistematizados.
É importante lembrar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
9394/96), sancionada em 20 de dezembro de 1996, determina que os estabelecimentos
de ensino, terão a incumbência, entre outras, a de elaborar e executar a sua proposta
pedagógica (...), articular-se com as famílias e a comunidade (...) constituir conselhos
escolares com representação da comunidade (...), e prestar contas e divulgar informações
referentes ao uso de recursos e à qualidade de serviços prestados.”
Entretanto, a necessidade de um projeto político pedagógico na escola antecede a
qualquer decisão política ou exigência legal, já que como educadores e membros de uma
determinada instituição escolar, devemos ter claro a que horizonte pretende-se chegar
com os nossos alunos, com a comunidade e com a sociedade, caso contrário não
estaremos exercendo o nosso papel de educadores, mas simplesmente de “aventureiros”,
que não sabem onde querem chegar.
A principal possibilidade de construção do PPP passa pela relativa autonomia da
escola, de sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a
escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo, espaço para reflexão coletiva.
Portanto é preciso entender que o projeto pedagógico da escola dará indicações
necessárias à organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na
dinâmica interna da sala de aula, ressaltado anteriormente.
O PROFESSOR E O DESFIO DE REESTRUTURAR
EFETIVAMENTE O PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
Buscar uma nova organização para a escola constitui uma ousadia para os
educadores, pais, alunos e funcionários. E para enfrentarmos essa ousadia, necessitamos
de um referencial de construção do Projeto político pedagógico. A questão é, pois, saber
qual referencial temos que recorrer para compreensão de nossa prática pedagógica.
Nesse sentido, temos de nos alicerçar nos pressuposto de uma teoria pedagógica crítica
viável, que parta da prática social e esteja compromissada em solucionar os problemas
da educação do ensino de nossa escola. Uma teoria que subsidie o projeto político
pedagógico e, por sua vez, a prática pedagógica que ali se processa deve estar ligada aos
interesses da maioria da população. Faz-se necessário, também, o domínio das bases
teórico-metodológicas indispensáveis à concretização das concepções assumidas
coletivamente.
Isso significa uma enorme mudança na concepção do projeto político pedagógico
e na postura administrativa central. Se a escola nutre-se de vivência cotidiana de cada
uma de seus membros, co-participantes de sua organização do trabalho pedagógico à
administração central, seja o ministério da educação, a Secretaria de Educação Estadual
ou municipal, não compete a eles definir um modelo pronto e acabado, mas sim
estimular inovações e coordenar as ações pedagógicas planejadas e organizadas pela
própria escola. Em outras palavras, a escolar necessita receber assistência técnica e
financeira decidida em conjunto com as instâncias superiores do sistema de ensino.
Para que a reconstrução do Projeto Político Pedagógico seja possível não é
necessário convencer os professores, a equipe escolar, e os funcionários a trabalhar mais,
ou mobilizá-los de forma espontânea, mas propiciar situações que lhes permitem
aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente.
O ponto que nos interessa reforçar é que a escola não tem mais possibilidade de
ser dirigida de cima para baixo e na ótica do poder centralizador que dita às normas e
exerce o controle técnico burocrático. A luta da escola é para descentralizar em busca da
autonomia e qualidade.
Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de
instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto
contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado
como promessa, e estas promessas tornam-se visíveis os campos de ação possível,
comprometendo seus atores e autores.
A Gestão Democrática tem sido a mola propulsora da nova legislação
educacional e vem sendo apontada como uma das chaves para a descentralização do
processo democrático que impera nas escolas. Sobre essa ótica Dourado (apud
MACHADO, 2007, p. 21) afirma que “só se programará um processo de democratização
da gestão escolar se a gestão dos processos for participativa, ou seja, se houver
participação ativa de todos os autores e instituições intervenientes nos processos de
tomada de decisões.”
Neste sentido, Machado (2007, p. 21) também contribui dizendo que a
democracia é uma prática que se constrói, quando afirma que:
[...] “Isso indica que a democracia acontece por meio das relações que se
constituem na realidade concreta, ou seja, a democracia não é um produto
que se doa, mas uma prática que se realiza e se constrói. Nessa lógica se
configura o P.P. P, isto porque ele não pode ser algo estático e muito menos
burocrático, antes se apresenta dependente da participação e da autonomia
para se consolidar” (MACHADO, 2007, p. 21).
RESULTADO
DA REESTRUTURAÇÃO
PARTICIPAÇÃO DOS DOCENTES
DO
PPP
COM
A escola está situada no Setor Universitário em um prédio alugado onde
funcionava uma escola particular denominada Educandário Samuel que finalizou suas
atividades no final de 2004.
Ao alugar o prédio, a prefeitura incluiu em seu quadro de funcionários todos
que já prestavam serviço à entidade.
A estrutura física provisória da escola é muito precária e conta com 14 salas de
aula com 28 turmas que funciona nos períodos matutino e vespertino, contém uma
biblioteca, brinquedoteca, sala dos professores, secretaria, sala de coordenação, diretoria,
videoteca, sala de recursos e laboratório de informática embora tenha passado por uma
reforma no inicio de 2008 não foi suficiente para se ter um ambiente adequado para uma
escola, pois as salas são pequenas e mal projetadas e as instalações elétricas precária, por
isso estão previsto para o ano de 2011, a mudança da escola para uma sede própria onde
hoje funciona como anexo da escola Vilmar Vasconcelos.
O Projeto Político Pedagógico da escola foi reorganizado da seguinte forma:
identificação da escola, marco situacional, introdução, trajetória histórica, aspectos
sócio-econômico, histórico e cultural do bairro, valores, marco operativo, metodologia,
fundamentos teóricos, princípios da dimensão pedagógica, princípios norteadores da
ação educativa na Escola Municipal Vilmar Vasconcelos Feitosa, justificativas,
diretrizes quanto à organização da instituição, gestão democrática, avaliação, currículo,
dimensão administrativa, dimensão financeira, dimensão jurídica, recursos materiais,
recursos humanos, fatores de eficácia
escolar,
fatores de insucesso, convivência
escolar, direitos e deveres dos discentes, modalidades de ensino ofertada na instituição,
projetos desenvolvidos na escola, considerações finais, vale ressaltar que a forma como
o projeto político pedagógico da escola foi reestruturado de acordo com a realidade e as
necessidades da instituição.
Para a reelaboração do PPP de maneira coletiva e democrática, a
Escola
Municipal Vilmar Vasconcelos Feitosa organizou vários momentos de participação com
todos os autores do cotidiano escolar. Vale ressaltar que a escola tem como rotina
permanente realizar reuniões com toda equipe, porém estes encontros foram
especificamente para atender o projeto de pesquisa. Pois a compreensão do PPP como
elaboração coletiva em permanente processo de construção, reflexão e modificação,
deve ser entenda por todos os autores do cotidiano escolar, não apenas como mais um
documento pronto e acabado ou cumprir com a burocracia, e sim requerer antes de tudo,
a sensibilização para a necessidade de sua elaboração seja entendido por todos.
A escola teve como meta melhorar a qualidade do ensino e a reestruturação do
PPP tendo a participação plena dos professores obtêm uma postura inovadora de ensino
como ferramenta de crescimento e de aquisição de eficiência no processo de ensinoaprendizagem.
Nas respostas dos questionários que foram aplicados aos professores,
foi
observado que quase 85% por cento dos professores responderam, vale lembrar que os
questionários foram entregue a todos os professores, além da expressiva participação nas
reuniões 85% por cento opinaram, com suas sugestões, relacionadas ao ensinoaprendizagem e, disciplina dos alunos. Como demonstra os gráficos 01:
1 – Gráfico 01: Percentual dos professores que opinaram em 2011
Fonte: Pesquisa na Escola Municipal Vilmar Vasconcelos, no período de 2011.
Diante dos dados expostos percebe-se que houve uma grande participação dos
professores.
As análises de dados realizadas das respostas dos professores e que foram
possíveis fazer uma comparação do ensino-aprendizagem em relação ao último ano
2009, e concluiu-se que os resultados têm sido favoráveis e animador, pois tem tido um
crescimento elevado no índice de aprendizagem dos alunos, principalmente no ano de
2009, com a implantação da proposta pedagógica voltada para projetos educacionais,
onde foi possível contemplar todas as dimensões da escola nesses projetos como:
ensino-aprendizagem, família e comunidade, disciplina dos alunos, formação de
professores entre outros.
Quanto ao planejamento é um ponto positivo no sucesso da escola por que antes
era realizado em dois períodos, vespertino e noturno, após as ações do PPP passou a ser
no mesmo horário, onde os professores e coordenadores trabalham em equipe trocam
sugestões e interagem com os colegas dos horários oposto. Porém houve reclamações a
respeito da falta de material pedagógico e didático. Em relação à avaliação os docentes
relataram que sentem dificuldade de avaliar os alunos especiais.
A necessidade maior existente para realizar a reestruturação do P.P.P da Escola
Municipal Vilmar Vasconcelos Feitosa é participação do coletivo,
Para muitos educadores há uma espécie de justaposição de tarefas: uma é a de
mudar a prática, outra é de “fazer planejamento”; quando se instala no sujeito
o desejo de mudança, nem sempre ele o articula com o planejamento, em
decorrência da distorção histórica que tivemos neste campo, que levou a uma
descrença no planejar. Ora, entendemos que o projeto é justamente a
ferramenta, o instrumento, a mediação que propiciará a mudança, já que esta é
sua essência, qual seja, no processo de humanização, o ato de planejar se
coloca como a manifestação da inconformidade dos nossos remotos
antepassados com aquilo que estava dado; planejar, portanto, na sua gênese,
poderia ser considerado um outro nome de transforma. Cabe este sentido
primordial. (VASCONCELOS, 2006,p.27,).
Todo Projeto Político Pedagógico de uma Unidade de ensino, no final de sua
execução, ou seja, no final do ano letivo ele passa por um processo de análise e
avaliação, no que o coletivo escolar pode está verificando as ações que deram certo e as
que não deram certo e poderá assim em conjunto decidir se retirarem essa ação do P.P.P
ou modificam-na para obter-se resultado positivo no final do ano vigente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatou-se que nessa reestruturação do PPP, que os mecanismos escolares
melhoraram muito e conseguido alcançar seus objetivos no que se refere à participação
dos professores no desenvolvimento das ações educacionais e um melhor interesse
educacional dos alunos.
No entanto na Escola Municipal Vilmar Vasconcelos Feitosa foi preciso ter
flexibilidade para conseguir uma participação mais concreta do professores, pois se
percebeu que o papel do professor é fundamental para a concretização dos objetivos que
norteiam a educação atual, uma vez que o grande desafio do sistema educacional e dos
educadores é fazer com que os alunos tenham sucesso no sentido global, aprendendo a
conhecer, a fazer, a conviver e a ser, rompendo as formas hierárquicas, mas baseando-se
no respeito, na autonomia e na responsabilidade.
Nesse sentido, comprovou-se a importância da participação dos professores
conforme os entrevistados, os indicadores já mostram resultados satisfatórios, assim,
pode-se constatar o sucesso da reconstrução do PPP, que depende do engajamento do
segmento (professor), fazendo acreditar que as mudanças são possíveis, desde que tenha
força de vontade, e planejamento das propostas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VASCONCELOS. Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino –
Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico – elementos metodológicos para
elaboração e realização. 7º ed. Libertard. São Paulo, 2006.
Bibliografia consultada
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BRASIL. Secretaria de Estado da Educação e Cultura – TO. Referencial Curricular,
ensino fundamental das escolas públicas do Estado do Tocantins: Ensino Fundamental
do 1º ao 9º ano. 1º ed. Palmas. 2006.
MACHADO, Janeides Lucena de Araújo. Projeto Político Pedagógico: Concepções
Metodológicas dos Gestores das escolas Municipais. Miracema, 2007, p. 21.
MARCONE, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria: Metodologia Cientifica. 4ª
edição. 3 reimpressão São Paulo,Editora Atlas, 2006.
Miracema – To (Brasil). Projeto Político Pedagógico da Escola Vilmar Vasconcelos
Feitosa. Novembro, 2008.
MORASTON, Jesemary (org) Projeto Político Pedagógico: um contrato entre gestores,
professores e alunos, Gestão em Rede. Brasília DF, nº 72, p 12-17, 2006.
SOARES, Elisângela Castro. Proposta Pedagógica da Escola Municipal Vilmar
Vasconcelos Feitosa. Março, 2009.
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