Curso Superior de Tecnologia em Radiologia Artigo de Revisão A INFLUÊNCIA DA INDICAÇÃO CLINICA NO EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. THE INFLUENCE OF CLINICAL INDICATION IN THE COMPUTED TOMOGRAPHY EXAME. Diolando Rodrigues de Lima Silva1, Rodrigo de Castro Araújo1, Jorge Felipe2 1Alunos do Curso Superior de Tecnólogia em Radiologia 2 Professor Especialista do Curso Superior de Tecnólogia em Radiologia Resumo Introdução: A tomografia computadorizada é um dos exames mais solicitados na área da imaginologia. Esta vertente da radiologia tem como função auxiliar o médico, na conclusão do diagnostico. Para que este método de avaliação por imagem seja mais conclusivo se faz necessário um direcionamento/Indicação clinica de qualidade. Objetivo: Este estudo tem como objetivo geral estabelecer uma relação entre a quantidade de Kv utilizado em exames com e sem artefato de alta densidade, modificação no parâmetros do protocolo. E como objetivo especifico demonstrar que aumentando a quantidade de Kv haverá uma redução significativa no artefato de strikes Metodologia: Trata-se de um trabalho que adotou o preceito de estudo exploratório onde foi indispensável consultar trabalhos publicados em livros, revistas e artigos científicos e confrontá-los com o cotidiano de uma clinica radiológica. Resultado: Durante a análise do material observou-se que as reduções do artefato de strike na imagem que tiveram uma modificação de parâmetro são evidente o que não fica claro e se existe um direcionamento destes exames ou se foram repetidos. Ficam claro que as imagens em si necessitam de varias outras para obter um fator de qualidade aceitável: equipamentos e calibrações de detectores e a manutenção. Conclusão: A redução/eliminação de artefatos diversos consiste tanto no controle de qualidade dos tomógrafos como também, em ajustem feitos pelo técnico ou tecnólogo em radiologia responsável pela operação do equipamento. Palavras-Chave: Artefato, tomografia computadorizada, strikes. Abstract Introduction: Computed tomography is one of the most requested examinations in the field of imaging .This aspect of radiology has the task of assisting the doctor, at the conclusion of diagnosis. For this method of imaging evaluation is more conclusive if a direction / quality clinical indication is necessary. Objective: This study has the general objective to establish a relationship between the amount of Kv used in tests with and without high-density artifact, change in protocol parameters. And as a specific objective to demonstrate that increasing the amount of Kv there will be a significant reduction in artifact strikes. Methods: This is a job that adopted the exploratory study of obligation which was essential to consult works published in books, magazines and scientific articles and confront them with the daily life of a radiological clinic. Results: During the analysis of the material observed that the strike artifact reductions in the picture had a parameter modifications are evident what is not clear and there is a direction of these exams or were repeated. Become clear that the images themselves require several others to achieve an acceptable quality factor equipment and calibration of detectors and maintenance. Conclusion: It is evident that if there is no direction before the exam and consequently a change in the parameters strike artifact can harm test or even mask pathology. The reduction / elimination of various artifacts consists both in quality control of CT scanners as well as in fit made by the technician or technologist in radiology responsible for the operation of the equipment. Keywords: Artifact , CT, strikes Contato: [email protected] Introdução A tomografia computadorizada é um dos exames mais solicitados na área da imaginologia. Esta vertente da radiologia tem como função auxiliar o médico na conclusão do diagnostico. Para que este método de avaliação por imagem seja mais conclusivo se faz necessário um direcionamento/Indicação clinica de qualidade para à realização do exame, este norteador vai ser imprescindível para definir os parâmetros individuais do exame. Os softwares dos equipamentos vêm com protocolos (conjunto de parâmetros do exame) definidos, estes que são preestabelecidos pelos fabricantes depois de exaustivos testes em Phantom. Nestes protocolos existem parâmetros que podem e devem ser manipulados de acordo com a indicação clinica da provável patologia e a estrutura física do paciente. O foco central deste estudo vai ser a influência da modificação do parâmetro de protocolo KV (tensão aplicada), nas imagens com artefato de strike também conhecido como raio de sol. Na figura 1 é mostrado um artefato de strike em um exame de tórax com cortes axiais. Fig. 01: Artefatos de Strike. 2 Para dar uma maior credibilidade ao trabalho serão demonstrados alguns seguimentos imprescindíveis para o desenvolvimento da ideia principal. Tomografia Atualmente na área de imaginologia, um dos métodos mais confiáveis para realizações dos exames vem sendo a tomografia computadorizada (TC). É possível a realização de um exame rápido e simples. Derivando assim, de um método de imagem já conhecido (raios x) que emite radiação ionizante através da ampola que gira em 360° graus, ou seja, um giro completo fazendo uma circunferência envolta do paciente. Os raios x na TC são dirigidos por feixes, em um pequeno espaço, que são as partes selecionadas, e determinado lugar do corpo formando corte (fatia). Porem, esses cortes de tal imagem são adstritos a cortes transversais da anatomia, cuja direção, necessariamente é perpendicular ao volume axial do corpo. Os planos de reconstrução da imagem final, pode - ser manipulada em qualquer plano, uma vez que, por meio convencional é feito no plano axial 1. A idealização da TC foi planejada a partir dificuldade de se confirmar órgãos e estrutura dentro da cavidade do crânio. A criação do procedimento é conferida a Hounsfield, um engenheiro inglês da empresa E.M.I., que ao final da década de 60, começou a estudar um método de obter imagem do interior do corpo humano, outro relator foi o Físico Alan Cormak, aonde juntos em 1973 expuseram os primeiros resultados clínicos. Em 1961 O primeiro ensaio, com Oldendorf, buscando determinar definições de estruturas diferentes através das densidades internas, utilizando um phantom (objeto de plástico que simularia um crânio humano) constava no phontom pregos de ferro inseridos internamente, para simular o contorno do crânio e ainda dois pregos, um de alumínio e outro de ferro para representar massas no interior da estrutura. Levando em consideração o modelo primitivo montado por Hounsfield, ocorreram evoluções nos equipamentos para se tornar cada vez mais precisos e ágios, de maneira que, a cada progresso técnico expressivo se designou uma “geração”. Cada estrutura anatômica tem uma atenuação diferente, os impulsos elétricos originados pelos detectores determina informação à importância do quanto o feixe foi atenuado em cada parte do corpo (“coeficientes de atenuação”). É possível através dos dados acoplado ao cabeçote e o posicionamento da mesa evidenciar relações espaciais entre estruturas interna e de fatia escolhida do corpo. Um computador recebe impulsos elétricos analógicos (algoritmos de reconstrução) que transforma essas informações para compor a imagem descrita no monitor do computador. Por meio do formato analógico que obedece a uma matriz do número de atenuação do feixe, apresentados na tela do computador, que aparecem em tons de cinzas, são descritas por meio de cálculos com definição através de uma imagem piloto (topograma). Ultimamente existem vários tipos de tomógrafos, como o convencional conhecido também por tomografia computadorizada (passo a passo); tomografia computadorizada espiral, (cortes contínuos) ou helicoidal tomografia computadorizada “multi-slice”1. Tomografia convencional A tomografia computadorizada convencional que foi uma das primeiras fases da evolução na área da anatomia seccional. Tendo por método de emissão de raios X (RX) por meio da ampola de anodo rotatória com a distribuição de feixe em leque na utilização de 30 detectores, com translaçãorotação de 30º por movimento único. As imagens de tórax e abdômen não pareciam das melhores, pois, não era possível a colaboração do paciente, que por sua vez, precisava prender a respiração (apneia), de modo que, a duração do exame esta na faixa de 10 a 90 segundos por cortes. A limitação se estendia também ao exame do sistema nervoso central (SNC). Esses equipamentos com feixe “em leque” e detectores múltiplos com tempo de varredura entre 10 a 90 segundos foram apresentado no mercado em 1974. Nesta fase a tomografia passou por um período de estagnação e aos poucos estava sendo substituída pela ressonância magnética, por vários fatores: pouca qualidade, muitos artefatos decorrentes da respiração, movimento do paciente, entre outros fatores. Com o advento da tomográfica helicoidal a redução dos fatores negativos e outras evoluções, fez com que a TC retomasse um espaço grandioso na imaginologia. 3. Fig. 02: tomógrafo convencional4. scanners, através de uma abertura maior possibilitando uma varredura de todo o corpo, fato que não condizia com os modelos antigos. Por volta de 1975 – 1977 o aparecimento dos equipamentos, também com feixe em leque, desta vez, mais amplos, que cobre toda a circunferência do paciente, tendo aquisição por diversos ângulos por posição e contendo entre 500 - 1000 detectores, fato que, reduz o tempo de corte para 0,5 segundos com tempo total de varredura de 2 a 10 segundos apresentando assim, uma melhora significativa na área de formação de imagem7. Fig. 03 A -TC –Convencional: movimento de corte 5. Os dois grandes fatores que proporcionaram este salto de qualidade foram: a troca de cabos de alimentação por anéis deslizantes que permite o movido do paciente de forma contínua através da abertura durante o movimento circular de 360º do tubo de raios X e dos detectores, criando um tipo de obtenção de dados helicoidal ou “em mola”. Com redução de aquecimento do tubo. Acrescentados a estes ganhos foram agregados poderosos softwares,estes que permitem analisar as imagens em formatos diversos com uma excelente qualidade final do produto 6. Fig. 04: A - Tomógrafo Helicoidal8. Tomografia Helicoidal Em 1990 as fabricantes lançaram equipamento de tomografia multislice (multicortes), que no inicio tinha como aspecto quatro cortes simultâneos, porém, as empresas de maneira acelerada aumentaram os cortes, sendo que, hoje temos tomógrafos com até 320 canais, que é o mais atual e preciso para fins de diagnostico por imagem 6. A principal diferença da TC convencional para a tomografia computadorizada helicoidal (TCH) é o movimento e exposição pra aquisição de imagem, ou seja, no convencional o tubo faz uma volta em torno do paciente para e retorna ao seu ponto de origem, no sistema helicoidal o movimento de corte e continuo é em espiral, exposição e reconstrução se dar de uma só vez, reduzido o tempo de captura das informações para segundos3. Os cortes são feitos quando o tubo de raios x em conjunto com o banco de detectores (até 960 detectores) completa uma circunferência de 360° entorno do paciente coletando dados para a formação da imagem na tomografia helicoidal. A cada movimentação da mesa, que aproxima ou afasta o paciente do gantry (parte que fica o tubo e o conjunto de detectores), acontecendo mais uma volta de 360 graus e um segundo corte de dados de tecidos. As evoluções de tomógrafos que são as gerações revelarem-se as melhorias dos equipamentos. No tomógrafo de terceira geração o tempo de varredura teve uma redução significativa com o tempo de 1 segundo para maioria dos Fig. 05; B - TC – Helicoidal: movimento de corte .5 Hoje a TCH é muito utilizada e seus benefícios são incontestáveis, porém, a dose de radiação ionizante utilizadapor paciente é muito alta. É fácil entender porque, quando avalia - se dois topogramas um realizado no sistema convencional e outro realizado no sistema helicoidal. O primeiro vai ter uma programação com vinte a vinte oito cortes e o segundo vai ter uma programação de cento e cinquenta a duzentos e vinte cortes. Diversos estudos buscando minimizar doses são realizados, consequentemente alterações nos protocolos são usuais, estes que levam em consideração alguns fatores: estrutura, Kv, equipamento, mAs, entre outros. Uma destas vertentes e a alteração da kilovoltagem (KV), estudo que tem como, objetivo verificar se a qualidade de imagem sofre influência direta na redução ou aumento deste fator radiológico. O fator de controle primário para contraste é a altatensão (kV). A kV controla a energia ou a capacidade de penetração do feixe primário. Quanto maior a kV, maior a energia e mais uniforme é a penetração do feixe de raios X nas várias densidades de massa de todos os tecidos. Assim, maior kV produz menor variação na atenuação (absorção diferencial), resultando em menor contraste.A alta-tensão (kV) também é um fator de controle secundário da densidade. Maior kV, em raios X de maior energia, e estes chegando ao detector produzem um aumento correspondente da densidade geral. Uma regra simples e prática afirma que um aumento de 15 (por cento) na kV produzirá aumento da densidade igual ao produto produzido pela duplicação do mAs. Nos protocolos de aquisições tomográficas, a diferença de potencial elétrico de pico (kVp) e a intensidade de corrente elétrica produzida no filamento e no tubo de raios X são fundamentais para a qualidade da imagem. A intensidade de corrente elétrica correspondente ao cátodo aquece o filamento por meio do efeito Joule fazendo com que a sua temperatura aumente. O aumento da temperatura no filamento faz com que o efeito termiônico seja potencializado. Desta forma, aumenta-se a probabilidade de emissão eletrônica do filamento. Somando-se a isto, a aplicação de uma diferença de potencial elétrico entre o ânodo (alvo) e o cátodo (filamento) faz com que os elétrons sejam acelerados por meio do campo elétrico estabelecido. Os elétrons acelerados incidirão no alvo produzindo radiação X característica e de freamento (bremsstrahlung). Quanto maior a intensidade de corrente elétrica produzida no filamento ou no tubo maior será a intensidade do fluxo de fótons de raios X produzidos. No entanto, o aumento da intensidade de corrente elétrica no filamento faz com que, para uma mesma intensidade de corrente elétrica no tubo, diminua-se o valor correspondente à diferença de potencial elétrico no tubo e vice-versa7. Este estudo tem como objetivo geral estabelecer uma relação entre a quantidade de Kvutilizado em exames com e sem artefato de alta densidade, modificação nos parâmetros do protocolo. E como objetivo especifico demonstrar que aumentando a quantidade de Kv haverá uma redução significativa no artefato de strikes e outras medidas tomadas para solução de outros artefatos projetados nas imagens em TC. Materiais e Métodos Primeira fase: estudo realizado com pesquisa de gabinete, esta baseada em artigos científicos na língua portuguesa, ingressa e livros públicos nos últimos 6 anos. As fontes foram obtidas em bibliotecas e em base de dados eletrônicos scielo e Internet. Tendo como delimitação da pesquisa o exame tomográfico do crânio, a otimização do Kv em exames de tomografia e o artefato de strike também conhecido como raio de sol. Segunda fase: analise visual de exames tomográficos da região do crânio, em loco. Foram utilizados como parâmetros para esse estudo: qualidade visual onde foi averiguado ou não o artefato de strike. Imagem versus dose usada para aquisição dos exames. Observando se a dose de KV utilizada nas tomografias computadorizada de crânio realizado em equipamento multislice de 8 canais fabricado no ano de 2007 com ultima manutenção em abril de 2014 verificando a influência ou não do artefato de raio de sol. Terceira e ultima fase: confrontação de dados, entre o levantamento de gabinete e os dados apurados em loco. Essa comparação visa a verificação da influência do Kv na redução dos efeitos do artefato de strike. PARÂMETROS RELACIONADOS À DOSE DE RADIAÇÃO Fatores de Exposição Existem alguns fatores de exposição quando falamos de radiação ionizante o quanto de dose que o paciente venha a receber que são os seguintes: o (KV) tensão aplicada ao tubo de radiação X, corrente no tubo de radiação X (mA) e ainda o tempo de exposição (s), através desses que é determinada a dose no paciente e a qualidade de imagem10. Espessura de Corte A espessura de corte é selecionada de acordo com a dimensão ou lesão a se estudar, cortes entre 1 a 10 mm são utilizados, porem, as espessuras de corte interferem na dose depositada no paciente e na qualidade de imagem3. Incremento de Mesa O incremento é a separação entre os cortes irradiados e de imagem, onde, clinicamente sua separação está na faixa de 0 a 10 mm, sem cortes superpostos, ocorrendo uma subtração de incremento de mesa por espessura nominal de corte1.1 Fator de passo ou Pitch Em uma rotação completa do gantry a mesa se movimenta e ativa o elemento de tamanho do detector. E é inversamente proporcional a dose, um aumento no pitch tem como significado uma dose menor, em alguns casos, aonde acontece uma diminuição do pitch para fins de qualidade de imagem o mAs já alcançou um limite determinado12. Artefatos de anel (RingArtifacts) Os artefatos de imagem em forma de circulo (anel) tem uma derivação expressa por problemas dos detectores. A falta de calibração dos detectores faz com que o mesmo não reconheça alguns tecidos, tendo por consequência o aparecimento de um efeito indesejável em forma de anel na imagem. A medida a ser tomada pelo profissional da área é em primeira estância fazer a calibração nos detectores para só assim refazer o exame15. Fig. 06 - Demonstração do Pitch.8 Volume de Investigação O início pelo fim da região estudada é deliberado como volume de investigação. Devem - se cobrir toda parte requerida com suspeita de patologia que levou a marcação do exame, levando em consideração outros parâmetros que permanecem fixos, a área de investigação é diretamente proporcional à dose depositada no paciente13. Indicação Clínica Significado de Indicação: s.f. Ação ou efeito de indicar. Ação de se expressar (falar ou escrever) através de gestos, sinais e/ou símbolos. Ação ou efeito de sugerir; em que há sugestão ou aconselhamento; conselho ou ensinamento. Medicina. Os sintomas de uma doença. (Etm. do latim: indicatio.onis)14. Significado de Sintoma: s.m. Medicina. Refere-se às manifestações que, (dor, febre, náuseas etc) indicadas por determinadas doenças, auxiliam no estabelecimento de um diagnóstico. Medicina. Numa acepção mais extensa, ato que consiste na manifestação de modificações orgânicas ou funcionais. P.ext. Intuição, palpite, suspeita e/ou pressentimento. (Etm. do grego: sýmptoma.atos)14. Fig. 07 – Artefato de Anel16. Artefato strike (raio de sol) Se da por influencia de matérias com alta densidade, desde obturações, metais em roupas dos pacientes, projeções de arma de fogo e outros materiais com alta atenuação. É possível melhorar a imagem com a diminuição desse artefato com o aumento do feixe de penetração kV, aonde fugirá do protocolo padrão visando uma melhorar significativa na imagem17. Significado de Anamnese: s.f. Lembrança com escassez de certeza. Medicina. Conjunto das informações recolhidas pelo médico a respeito de um doente e de sua doença.(Etm. do grego: anamnesis)14. Artefatos de imagem Artefato é alguma coisa que intervenha na característica da imagem, uma aversão da imagem final por meio dos parâmetros selecionados (qualquer atenuação indevida), originados por diferentes fatores. Alguns artefatos na tomografia: Fig. 08 – artefato de Strike, exame do crânio com projeto de arma de fogo18. Objeto metálico, como projetil de arma de fogo, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentaria, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade em consequência dos altos coeficientes de atenuação linear apresentados por estes materiais. A presença desses artefatos pode ser minimizada a partir do uso de um feixe de alta energia (120/140 kV), embora não possam ser evitados6. Ruído da Imagem O ruído, aspecto que confere granulosidade as imagens, ocorre principalmente em consequência da utilização de feixes de baixa energia ou quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos. Nessas condições, ha que se aumentar a dose de exposição pelo aumento da kilovoltagem, da miliamperagem ou pelo tempo de exposição 6. acessíveis tornar possível a redução dessa dose e ate mesmo elaborar um protocolo aonde a qualidade da imagem não vai ser afetada e venha está apta pra laudo e a dose seja reduzida em relação aos protocolos já existentes10. Pitch Em uma rotação completa do gantry a mesa se movimenta e ativa o elemento de tamanho do detector. E é inversamente proporcional a dose, um aumento no pitch tem como significado uma dose menor, em alguns casos, aonde acontece uma diminuição do pitch para fins de qualidade de imagem o mAs já alcançou um limite determinado21. Alguns equipamentos de maneira automáticos na diminuição do pitch já aumentam a corrente no tubo (visando ausência de artefatos), sendo assim um ponto negativo na redução de dose, uma vez que, para uma boa qualidade de imagem e uma dose menor de mA pode ser ajustado por cortes e também por projeções dependendo da atenuação do paciente que medida a partir da imagem e atenuação da projeção, levando em consideração a estrutura analisadas6. Espessura de Corte A espessura nominal do corte, entre 1 a 10 mm, é selecionada de acordo com o tamanho da estrutura ou da lesão que se deseja estudar. Contudo, deve-se estar atento às implicações da espessura de corte na qualidade de imagem e na dose de radiação para o paciente15. KV- Kilo Voltagem Fig. 09: A – imagem corteaxial do tórax com ruído: B - imagem corte axial do tórax sem ruído19. Os parâmetros a seguir estão correlacionados entre a dose ministrada e a qualidade da imagem e foram utilizados como métodos ajustáveis, de modo que, a dose depositada é justificada pela anulação ou diminuição dos artefatos de imagem20. Outro parâmetro é o Kv, de mesmo modo que venha a ser ajustado pelo técnico responsável. Também é possível uma redução de dose no controle do Kvp levando em consideração um ajuste no mAs para assim obter uma imagem de qualidade. A utilização de um kvp entre 80 a 100 pode ser usada para redução de dose no paciente, porém entre 130 a 140, são uteis para penetração de objeto com alta atenuação diminuindo o artefato strike22. mAs O mAs ( miliamperagem por segundo ), tem a mesma proporção com a dose, tendo como ponto significativo o fato que o profissional pode ajustar o mesmo antes do exame, isso torna possível uma redução de dose precisa quando é feita uma diminuição no mAs. Porem, com essa diminuição desse parâmetro há uma perda de qualidade de imagem e pode consequentemente gerar artefato de ruído (granulação) na imagem que torna inviável a aceitação do exame. A dose depositada no paciente tem uma relação precisa com o mAs, cabe ao profissional com ajuda da tecnologia e alguns fatores Fig. 09 – artefato de strike8. Anatomia Crânio A Tomografia Computadorizada do crânio serve pra ver tanto as estruturas da base, quanto a parte encefálica, utilizando cortes onde se permite estudar mais detalhadamente as estruturas envolvidas. Por ser um exame com bastantes detalhes, a tomografia computadorizada é muito solicitada em caso de suspeitas de acidente vascular cerebral (AVC), tumores cerebrais, traumatismo crânio-encefálicos, hemorragias cerebrais, lesões, fraturas cranianas, hidrocefalia, cefaleia e outras doenças cerebrais 25. Com a tomografia computadorizada a visão e diagnóstico do encéfalo passou a ser possível de forma direta, com estimado valor na emergência radiológica. Na rotina básica o corte começa na base craniana ate a região supra selar com cortes de 2 á 5 mm de espessura( TC – Convencional), essa aquisição pode sofrer modificações, no caso de aparelho helicoidal13. Fig. 10 – topograma de crânio8. Posicionamento para o exame do crânio Assim como na radiografia convencional, a TC de crânio também exige um posicionamento correto, evitando ao máximo a rotação e a inclinação da cabeça. O paciente deve ser colocado sobre a mesa em decúbito dorsal, com a cabeça encaixada no suporte próprio para o exame de crânio, podendo utilizar suportes laterais para melhor fixação da cabeça do paciente.A marcação do exame é feito abaixo da mandíbula, levando em conta que o scout (imagem inicial que dará a base para marcação da área a ser examinada) será feita de baixo para cima1. Discussão: A dose se radiação ionizante que o paciente recebe em meio ao exame de tomografia do crânio é superior ao exame do crânio de tomografia convencional. Porém, embora os riscos a saúde acresçam proporcionalmente com a dose de radiação, o valor de dose recebida por um paciente, é justificada pela qualidade da imagem6. Alguns parâmetros de qualidade da imagem são fundamentais como: resolução espacial, ruído e artefatos. A resolução espacial é à disposição de um sistema de imagem, apontar objetos finos muito próximos, isso com a utilização de cortes mais finos, na tomografia computadorizada no exame de crânio com equipamento de ultima geração deixa claro que a eficiência da imagem sobrepõe à dose de radiação ministrada no paciente. Estruturas com diversas densidades separadas por pequenas distâncias contidas no crânio não seriam tão detalhadas na TC convencional como é na TC multidetectores. O ruído é uma irregularidade padrão dos níveis de tons de cinza, em área definida da imagem, o nível do ruído varia de combinação com a técnica de aquisição da imagem, porém, alguns ajustem no KV e no mAs, são fundamentais para diminuição do ruído. Artefatos podem degradar a característica da imagem, afetar a percepção de detalhes, podendo acarretar erros na análise, assim como apresentado em algumas imagens desse estudo26. Com uma técnica adequada é possível obter um exame de qualidade diminuindo a presença de artefatos e até eliminá-los, alguns desses artefatos são: artefato de anel, efeito de striker, artefato de movimento e granulação, onde os artefatos de movimento estão relacionados com a evolução dos equipamentos, os de anel com controle de qualidade dos detectores do aparelho e o efeito striker e a granulação tem relação direta com a técnica aplicada 27. Fig. 11 - posicionamento de crânio em PROTOCOLO UTILIZADO9 TC18. Com o aumento da dose aplicada hoje em relação à tomografia computadorizada é essencial que se tenha um bom conhecimento dos parâmetros que podem ser aplicados, uma vez que nem sempre a alta dose tem relação direta com a qualidade do exame28. Considerações finais: Após análise das informações reunidas através de livros e artigos científicos, fica evidente que se não houver um direcionamento antes da realização do exame e consequentemente uma modificação nos parâmetros, o artefato de strikepode prejudicar o exame ou até mascarar uma patologia. A redução/eliminação de artefatos diversos consiste tanto no controle de qualidade dos tomógrafos como também, em ajustem feitos pelo técnico ou tecnólogo em radiologia responsável pela operação do equipamento. A diminuição do artefato strike se da por meio de um aumento na tensão kV para fins de qualidade de imagem com uma dose de radiação ionizante maior, portanto, esse aumento de dose não Referências: foge dos limites aceitáveis. A utilização de parâmetros adequados, visando tanto a qualidade de imagem como a dose ministrada no paciente, dependem da escolha de um protocolo adequado para cada tipo de exame em especifico. Parâmetros esses, que são ajustados pelo profissional da área descrita. As evoluções dos equipamentos tomográficos obtiveram uma importância significativa na qualidade de imagem apesar de ministrar uma dose maior a cada evolução, do equipamento convencional para o helicoidal proporcionou melhorias em relação a o artefato de movimento e outros, a dose teve uma aumento significativo, porem ainda assim dentro do limite permitido sem que traga danos graves ao paciente, onde os exames deverão ser realizados pelo Técnico que situa as diretrizes básicas de proteção radiológica. 1. BONTRAGER, Kenneth LAMPIGNANO, John P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. Tradução: Ana Maria R. Santos. 7ª Edição. MosbyElsevier Editora: Rio de Janeiro. 2007. 2. ABRAHAO-RADIOLOGIA.BLOGSPOT.COM 369 × 442 PESQUISA POR IMAGEM 3. NÓBREGA, A. I. Do Manual de tomografia computadorizada. São Paulo: Atheneu, 2007. 4. dc142.4shared.com1516 × 1071Pesquisa por imagem TC – Convencional Vs. Helicoidal 5. www.elsevier.es700x669 pesquisa por imagem 6. MANUAL DE TÉCNICAS EM TOMOGRAFIA Edvaldo Severo dos Santos / Marcelo Souto Nacif, 2009 . COMPUTADORIZADA Edição: 1 7. HENWOOD, S. Técnicas e prática na tomografia computadorizada clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 8. Imagem, shared.com. Pesquisa por imagem 9. www.elsevier.es700x669 pesquisa por imagem 10. NARDI GINELLI ANDREA - TÉCNICA E PRÁTICA NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CLÍNICA/ Médica Radiologista do serviço de Radiologia do hospital São Vicente de Paulo e do CT- SCAN 11. http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/39_tomografia_computadorizada/minhaswebs/_privat e/texto.htm#523/08/2013 as 11h00min 12. CAVALCANTI, M. Tomografia computadorizada por feixe cônico: interpretação o e diagnóstico para o cirúrgião-dentista. São Paulo: Santos, 2010. 13. LEE, J. K.; SAGEL, S. S.; STANLEY, R. J. Tomografia computadorizada do corpo em correlação com ressonância magnética. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2008. 2 V. 14. http://www.dicionarioinformal.com.br/google/ 15. Nóbrega, Almir, Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem, difusão editora, 2010. 16. www.corpusimagem.com.br370 x 280 pesquisa por imagem 17. http://saude.ig.com.br/minhasaude/exames/tomografia+computadorizada/ref1237829936622.htm l 23/08/2013/ as 10h50minhs 18. www.radioinmama.com.br200 × 341Pesquisa por imagem 19. Figura 09 (A) Imagem com ruídos. (B) Imagem sem ruído 20. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 453. Dispõe sobre as diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Brasília: Diário Oficial da União; 01 de junho de 1998. 21. FREITAS, Waldemar. 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NARDI GINELLI ANDREA - TÉCNICA E PRÁTICA NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CLÍNICA/ Médica Radiologista do serviço de Radiologia do hospital São Vicente de Paulo e do CT- SCAN