Curso Superior de Tecnologia em Radiologia Artigo de

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Curso Superior de Tecnologia em Radiologia
Artigo de Revisão
A INFLUÊNCIA DA INDICAÇÃO CLINICA NO EXAME DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA.
THE INFLUENCE OF CLINICAL INDICATION IN THE COMPUTED TOMOGRAPHY EXAME.
Diolando Rodrigues de Lima Silva1, Rodrigo de Castro Araújo1, Jorge Felipe2
1Alunos do Curso Superior de Tecnólogia em Radiologia
2 Professor Especialista do Curso Superior de Tecnólogia em Radiologia
Resumo
Introdução: A tomografia computadorizada é um dos exames mais solicitados na área da imaginologia. Esta vertente da radiologia tem
como função auxiliar o médico, na conclusão do diagnostico. Para que este método de avaliação por imagem seja mais conclusivo se
faz necessário um direcionamento/Indicação clinica de qualidade. Objetivo: Este estudo tem como objetivo geral estabelecer uma
relação entre a quantidade de Kv utilizado em exames com e sem artefato de alta densidade, modificação no parâmetros do protocolo.
E como objetivo especifico demonstrar que aumentando a quantidade de Kv haverá uma redução significativa no artefato de strikes
Metodologia: Trata-se de um trabalho que adotou o preceito de estudo exploratório onde foi indispensável consultar trabalhos publicados
em livros, revistas e artigos científicos e confrontá-los com o cotidiano de uma clinica radiológica. Resultado: Durante a análise do
material observou-se que as reduções do artefato de strike na imagem que tiveram uma modificação de parâmetro são evidente o que
não fica claro e se existe um direcionamento destes exames ou se foram repetidos. Ficam claro que as imagens em si necessitam de
varias outras para obter um fator de qualidade aceitável: equipamentos e calibrações de detectores e a manutenção. Conclusão: A
redução/eliminação de artefatos diversos consiste tanto no controle de qualidade dos tomógrafos como também, em ajustem feitos pelo
técnico ou tecnólogo em radiologia responsável pela operação do equipamento.
Palavras-Chave: Artefato, tomografia computadorizada, strikes.
Abstract
Introduction: Computed tomography is one of the most requested examinations in the field of imaging .This aspect of radiology has the
task of assisting the doctor, at the conclusion of diagnosis. For this method of imaging evaluation is more conclusive if a direction / quality
clinical indication is necessary. Objective: This study has the general objective to establish a relationship between the amount of Kv used
in tests with and without high-density artifact, change in protocol parameters. And as a specific objective to demonstrate that increasing
the amount of Kv there will be a significant reduction in artifact strikes. Methods: This is a job that adopted the exploratory study of
obligation which was essential to consult works published in books, magazines and scientific articles and confront them with the daily life
of a radiological clinic. Results: During the analysis of the material observed that the strike artifact reductions in the picture had a
parameter modifications are evident what is not clear and there is a direction of these exams or were repeated. Become clear that the
images themselves require several others to achieve an acceptable quality factor equipment and calibration of detectors and maintenance.
Conclusion: It is evident that if there is no direction before the exam and consequently a change in the parameters strike artifact can
harm test or even mask pathology. The reduction / elimination of various artifacts consists both in quality control of CT scanners as well
as in fit made by the technician or technologist in radiology responsible for the operation of the equipment.
Keywords: Artifact , CT, strikes
Contato: [email protected]
Introdução
A tomografia computadorizada é um dos
exames mais solicitados na área da imaginologia.
Esta vertente da radiologia tem como função auxiliar
o médico na conclusão do diagnostico. Para que este
método de avaliação por imagem seja mais
conclusivo
se
faz
necessário
um
direcionamento/Indicação clinica de qualidade para à
realização do exame, este norteador vai ser
imprescindível para definir os parâmetros individuais
do exame. Os softwares dos equipamentos vêm com
protocolos (conjunto de parâmetros do exame)
definidos, estes que são preestabelecidos pelos
fabricantes depois de exaustivos testes em
Phantom. Nestes protocolos existem parâmetros que
podem e devem ser manipulados de acordo com a
indicação clinica da provável patologia e a estrutura
física do paciente. O foco central deste estudo vai ser
a influência da modificação do parâmetro de
protocolo KV (tensão aplicada), nas imagens com
artefato de strike também conhecido como raio de
sol.
Na figura 1 é mostrado um artefato de strike
em um exame de tórax com cortes axiais.
Fig. 01: Artefatos de Strike. 2
Para dar uma maior credibilidade ao trabalho serão
demonstrados alguns seguimentos imprescindíveis
para o desenvolvimento da ideia principal.
Tomografia
Atualmente na área de imaginologia, um dos
métodos mais confiáveis para realizações dos
exames vem sendo a tomografia computadorizada
(TC). É possível a realização de um exame rápido e
simples. Derivando assim, de um método de imagem
já conhecido (raios x) que emite radiação ionizante
através da ampola que gira em 360° graus, ou seja,
um giro completo fazendo uma circunferência envolta
do paciente. Os raios x na TC são dirigidos por feixes,
em um pequeno espaço, que são as partes
selecionadas, e determinado lugar do corpo
formando corte (fatia). Porem, esses cortes de tal
imagem são adstritos a cortes transversais da
anatomia, cuja direção, necessariamente é
perpendicular ao volume axial do corpo. Os planos
de reconstrução da imagem final, pode - ser
manipulada em qualquer plano, uma vez que, por
meio convencional é feito no plano axial 1.
A idealização da TC foi planejada a partir
dificuldade de se confirmar órgãos e estrutura dentro
da cavidade do crânio. A criação do procedimento é
conferida a Hounsfield, um engenheiro inglês da
empresa E.M.I., que ao final da década de 60,
começou a estudar um método de obter imagem do
interior do corpo humano, outro relator foi o Físico
Alan Cormak, aonde juntos em 1973 expuseram os
primeiros resultados clínicos. Em 1961 O primeiro
ensaio, com Oldendorf, buscando determinar
definições de estruturas diferentes através das
densidades internas, utilizando um phantom (objeto
de plástico que simularia um crânio humano)
constava no phontom pregos de ferro inseridos
internamente, para simular o contorno do crânio e
ainda dois pregos, um de alumínio e outro de ferro
para representar massas no interior da estrutura.
Levando em consideração o modelo primitivo
montado por Hounsfield, ocorreram evoluções nos
equipamentos para se tornar cada vez mais precisos
e ágios, de maneira que, a cada progresso técnico
expressivo se designou uma “geração”. Cada
estrutura anatômica tem uma atenuação diferente, os
impulsos elétricos originados pelos detectores
determina informação à importância do quanto o
feixe foi atenuado em cada parte do corpo
(“coeficientes de atenuação”). É possível através dos
dados acoplado ao cabeçote e o posicionamento da
mesa evidenciar relações espaciais entre estruturas
interna e de fatia escolhida do corpo. Um computador
recebe impulsos elétricos analógicos (algoritmos de
reconstrução) que transforma essas informações
para compor a imagem descrita no monitor do
computador. Por meio do formato analógico que
obedece a uma matriz do número de atenuação do
feixe, apresentados na tela do computador, que
aparecem em tons de cinzas, são descritas por meio
de cálculos com definição através de uma imagem
piloto (topograma). Ultimamente existem vários tipos
de tomógrafos, como o convencional conhecido
também por tomografia computadorizada (passo a
passo); tomografia computadorizada espiral, (cortes
contínuos) ou helicoidal tomografia computadorizada
“multi-slice”1.
Tomografia convencional
A tomografia computadorizada convencional
que foi uma das primeiras fases da evolução na área
da anatomia seccional. Tendo por método de
emissão de raios X (RX) por meio da ampola de
anodo rotatória com a distribuição de feixe em leque
na utilização de 30 detectores, com translaçãorotação de 30º por movimento único. As imagens de
tórax e abdômen não pareciam das melhores, pois,
não era possível a colaboração do paciente, que por
sua vez, precisava prender a respiração (apneia), de
modo que, a duração do exame esta na faixa de 10 a
90 segundos por cortes. A limitação se estendia
também ao exame do sistema nervoso central (SNC).
Esses equipamentos com feixe “em leque” e
detectores múltiplos com tempo de varredura entre
10 a 90 segundos foram apresentado no mercado em
1974. Nesta fase a tomografia passou por um
período de estagnação e aos poucos estava sendo
substituída pela ressonância magnética, por vários
fatores: pouca qualidade, muitos artefatos
decorrentes da respiração, movimento do paciente,
entre outros fatores. Com o advento da tomográfica
helicoidal a redução dos fatores negativos e outras
evoluções, fez com que a TC retomasse um espaço
grandioso na imaginologia. 3.
Fig. 02: tomógrafo convencional4.
scanners, através de uma abertura maior
possibilitando uma varredura de todo o corpo, fato
que não condizia com os modelos antigos. Por volta
de 1975 – 1977 o aparecimento dos equipamentos,
também com feixe em leque, desta vez, mais amplos,
que cobre toda a circunferência do paciente, tendo
aquisição por diversos ângulos por posição e
contendo entre 500 - 1000 detectores, fato que, reduz
o tempo de corte para 0,5 segundos com tempo total
de varredura de 2 a 10 segundos apresentando
assim, uma melhora significativa na área de
formação de imagem7.
Fig. 03 A -TC –Convencional: movimento de corte 5.
Os dois grandes fatores que proporcionaram
este salto de qualidade foram: a troca de cabos de
alimentação por anéis deslizantes que permite o
movido do paciente de forma contínua através da
abertura durante o movimento circular de 360º do
tubo de raios X e dos detectores, criando um tipo de
obtenção de dados helicoidal ou “em mola”. Com
redução de aquecimento do tubo. Acrescentados a
estes ganhos foram agregados poderosos
softwares,estes que permitem analisar as imagens
em formatos diversos com uma excelente qualidade
final do produto 6.
Fig. 04: A - Tomógrafo Helicoidal8.
Tomografia Helicoidal
Em
1990
as
fabricantes
lançaram
equipamento de tomografia multislice (multicortes),
que no inicio tinha como aspecto quatro cortes
simultâneos, porém, as empresas de maneira
acelerada aumentaram os cortes, sendo que, hoje
temos tomógrafos com até 320 canais, que é o mais
atual e preciso para fins de diagnostico por imagem 6.
A principal diferença da TC convencional para
a tomografia computadorizada helicoidal (TCH) é o
movimento e exposição pra aquisição de imagem, ou
seja, no convencional o tubo faz uma volta em torno
do paciente para e retorna ao seu ponto de origem,
no sistema helicoidal o movimento de corte e
continuo é em espiral, exposição e reconstrução se
dar de uma só vez, reduzido o tempo de captura das
informações para segundos3.
Os cortes são feitos quando o tubo de raios x
em conjunto com o banco de detectores (até 960
detectores) completa uma circunferência de 360°
entorno do paciente coletando dados para a
formação da imagem na tomografia helicoidal. A
cada movimentação da mesa, que aproxima ou
afasta o paciente do gantry (parte que fica o tubo e o
conjunto de detectores), acontecendo mais uma volta
de 360 graus e um segundo corte de dados de
tecidos. As evoluções de tomógrafos que são as
gerações
revelarem-se
as
melhorias
dos
equipamentos. No tomógrafo de terceira geração o
tempo de varredura teve uma redução significativa
com o tempo de 1 segundo para maioria dos
Fig. 05; B - TC – Helicoidal: movimento de corte .5
Hoje a TCH é muito utilizada e seus benefícios
são incontestáveis, porém, a dose de radiação
ionizante utilizadapor paciente é muito alta. É fácil
entender porque, quando avalia - se dois topogramas
um realizado no sistema convencional e outro
realizado no sistema helicoidal. O primeiro vai ter
uma programação com vinte a vinte oito cortes e o
segundo vai ter uma programação de cento e
cinquenta a duzentos e vinte cortes. Diversos
estudos buscando minimizar doses são realizados,
consequentemente alterações nos protocolos são
usuais, estes que levam em consideração alguns
fatores: estrutura, Kv, equipamento, mAs, entre
outros. Uma destas vertentes e a alteração da
kilovoltagem (KV), estudo que tem como, objetivo
verificar se a qualidade de imagem sofre influência
direta na redução ou aumento deste fator radiológico.
O fator de controle primário para contraste é a altatensão (kV). A kV controla a energia ou a capacidade
de penetração do feixe primário. Quanto maior a kV,
maior a energia e mais uniforme é a penetração do
feixe de raios X nas várias densidades de massa de
todos os tecidos. Assim, maior kV produz menor
variação na atenuação (absorção diferencial),
resultando em menor contraste.A alta-tensão (kV)
também é um fator de controle secundário da
densidade. Maior kV, em raios X de maior energia, e
estes chegando ao detector produzem um aumento
correspondente da densidade geral. Uma regra
simples e prática afirma que um aumento de 15 (por
cento) na kV produzirá aumento da densidade igual
ao produto produzido pela duplicação do mAs. Nos
protocolos de aquisições tomográficas, a diferença
de potencial elétrico de pico (kVp) e a intensidade de
corrente elétrica produzida no filamento e no tubo de
raios X são fundamentais para a qualidade da
imagem. A intensidade de corrente elétrica
correspondente ao cátodo aquece o filamento por
meio do efeito Joule fazendo com que a sua
temperatura aumente. O aumento da temperatura no
filamento faz com que o efeito termiônico seja
potencializado. Desta forma, aumenta-se a
probabilidade de emissão eletrônica do filamento.
Somando-se a isto, a aplicação de uma diferença de
potencial elétrico entre o ânodo (alvo) e o cátodo
(filamento) faz com que os elétrons sejam acelerados
por meio do campo elétrico estabelecido. Os elétrons
acelerados incidirão no alvo produzindo radiação X
característica e de freamento (bremsstrahlung).
Quanto maior a intensidade de corrente elétrica
produzida no filamento ou no tubo maior será a
intensidade do fluxo de fótons de raios X produzidos.
No entanto, o aumento da intensidade de corrente
elétrica no filamento faz com que, para uma mesma
intensidade de corrente elétrica no tubo, diminua-se
o valor correspondente à diferença de potencial
elétrico no tubo e vice-versa7.
Este estudo tem como objetivo geral
estabelecer uma relação entre a quantidade de
Kvutilizado em exames com e sem artefato de alta
densidade, modificação nos parâmetros do
protocolo. E como objetivo especifico demonstrar que
aumentando a quantidade de Kv haverá uma
redução significativa no artefato de strikes e outras
medidas tomadas para solução de outros artefatos
projetados nas imagens em TC.
Materiais e Métodos
Primeira fase: estudo realizado com pesquisa
de gabinete, esta baseada em artigos científicos na
língua portuguesa, ingressa e livros públicos nos
últimos 6 anos. As fontes foram obtidas em
bibliotecas e em base de dados eletrônicos scielo e
Internet. Tendo como delimitação da pesquisa o
exame tomográfico do crânio, a otimização do Kv em
exames de tomografia e o artefato de strike também
conhecido como raio de sol.
Segunda fase: analise visual de exames
tomográficos da região do crânio, em loco. Foram
utilizados como parâmetros para esse estudo:
qualidade visual onde foi averiguado ou não o
artefato de strike. Imagem versus dose usada para
aquisição dos exames. Observando se a dose de KV
utilizada nas tomografias computadorizada de crânio
realizado em equipamento multislice de 8
canais fabricado no ano de 2007 com ultima
manutenção em abril de 2014 verificando a influência
ou não do artefato de raio de sol.
Terceira e ultima fase: confrontação de dados,
entre o levantamento de gabinete e os dados
apurados em loco. Essa comparação visa a
verificação da influência do Kv na redução dos efeitos
do artefato de strike.
PARÂMETROS RELACIONADOS À DOSE DE
RADIAÇÃO
Fatores de Exposição
Existem alguns fatores de exposição quando
falamos de radiação ionizante o quanto de dose que
o paciente venha a receber que são os seguintes: o
(KV) tensão aplicada ao tubo de radiação X, corrente
no tubo de radiação X (mA) e ainda o tempo de
exposição (s), através desses que é determinada a
dose no paciente e a qualidade de imagem10.
Espessura de Corte
A espessura de corte é selecionada de acordo
com a dimensão ou lesão a se estudar, cortes entre
1 a 10 mm são utilizados, porem, as espessuras de
corte interferem na dose depositada no paciente e na
qualidade de imagem3.
Incremento de Mesa
O incremento é a separação entre os cortes
irradiados e de imagem, onde, clinicamente sua
separação está na faixa de 0 a 10 mm, sem cortes
superpostos, ocorrendo uma subtração de
incremento de mesa por espessura nominal de
corte1.1
Fator de passo ou Pitch
Em uma rotação completa do gantry a mesa se
movimenta e ativa o elemento de tamanho do
detector. E é inversamente proporcional a dose, um
aumento no pitch tem como significado uma dose
menor, em alguns casos, aonde acontece uma
diminuição do pitch para fins de qualidade de imagem
o mAs já alcançou um limite determinado12.
Artefatos de anel (RingArtifacts)
Os artefatos de imagem em forma de circulo
(anel) tem uma derivação expressa por problemas
dos detectores. A falta de calibração dos detectores
faz com que o mesmo não reconheça alguns tecidos,
tendo por consequência o aparecimento de um efeito
indesejável em forma de anel na imagem. A medida
a ser tomada pelo profissional da área é em primeira
estância fazer a calibração nos detectores para só
assim refazer o exame15.
Fig. 06 - Demonstração do Pitch.8
Volume de Investigação
O início pelo fim da região estudada é
deliberado como volume de investigação. Devem - se
cobrir toda parte requerida com suspeita de patologia
que levou a marcação do exame, levando em
consideração outros parâmetros que permanecem
fixos, a área de investigação é diretamente
proporcional à dose depositada no paciente13.
Indicação Clínica
Significado de Indicação: s.f. Ação ou efeito
de indicar. Ação de se expressar (falar ou escrever)
através de gestos, sinais e/ou símbolos.
Ação ou efeito de sugerir; em que há sugestão ou
aconselhamento;
conselho
ou
ensinamento.
Medicina. Os sintomas de uma doença. (Etm. do
latim: indicatio.onis)14.
Significado de Sintoma: s.m. Medicina.
Refere-se às manifestações que, (dor, febre,
náuseas etc) indicadas por determinadas doenças,
auxiliam no estabelecimento de um diagnóstico.
Medicina. Numa acepção mais extensa, ato que
consiste na manifestação de modificações orgânicas
ou funcionais. P.ext. Intuição, palpite, suspeita e/ou
pressentimento.
(Etm. do grego: sýmptoma.atos)14.
Fig. 07 – Artefato de Anel16.
Artefato strike (raio de sol)
Se da por influencia de matérias com alta
densidade, desde obturações, metais em roupas dos
pacientes, projeções de arma de fogo e outros
materiais com alta atenuação. É possível melhorar a
imagem com a diminuição desse artefato com o
aumento do feixe de penetração kV, aonde fugirá do
protocolo padrão visando uma melhorar significativa
na imagem17.
Significado de Anamnese: s.f. Lembrança
com escassez de certeza. Medicina. Conjunto das
informações recolhidas pelo médico a respeito de um
doente e de sua doença.(Etm. do grego:
anamnesis)14.
Artefatos de imagem
Artefato é alguma coisa que intervenha na
característica da imagem, uma aversão da imagem
final por meio dos parâmetros selecionados
(qualquer atenuação indevida), originados por
diferentes fatores. Alguns artefatos na tomografia:
Fig. 08 – artefato de Strike, exame do crânio com
projeto de arma de fogo18.
Objeto metálico, como projetil de arma de fogo,
implantes de materiais de alta densidade, como as
obturações dentaria, entre outros, produzem
artefatos lineares de alta densidade em
consequência dos altos coeficientes de atenuação
linear apresentados por estes materiais. A presença
desses artefatos pode ser minimizada a partir do uso
de um feixe de alta energia (120/140 kV), embora não
possam ser evitados6.
Ruído da Imagem
O ruído, aspecto que confere granulosidade as
imagens, ocorre principalmente em consequência da
utilização de feixes de baixa energia ou quando o
objeto apresenta grandes dimensões, como no caso
dos pacientes obesos. Nessas condições, ha que se
aumentar a dose de exposição pelo aumento da
kilovoltagem, da miliamperagem ou pelo tempo de
exposição 6.
acessíveis tornar possível a redução dessa dose e
ate mesmo elaborar um protocolo aonde a qualidade
da imagem não vai ser afetada e venha está apta pra
laudo e a dose seja reduzida em relação aos
protocolos já existentes10.
Pitch
Em uma rotação completa do gantry a mesa se
movimenta e ativa o elemento de tamanho do
detector. E é inversamente proporcional a dose, um
aumento no pitch tem como significado uma dose
menor, em alguns casos, aonde acontece uma
diminuição do pitch para fins de qualidade de imagem
o mAs já alcançou um limite determinado21.
Alguns
equipamentos
de
maneira
automáticos na diminuição do pitch já aumentam a
corrente no tubo (visando ausência de artefatos),
sendo assim um ponto negativo na redução de dose,
uma vez que, para uma boa qualidade de imagem e
uma dose menor de mA pode ser ajustado por cortes
e também por projeções dependendo da atenuação
do paciente que medida a partir da imagem e
atenuação da projeção, levando em consideração a
estrutura analisadas6.
Espessura de Corte
A espessura nominal do corte, entre 1 a 10
mm, é selecionada de acordo com o tamanho da
estrutura ou da lesão que se deseja estudar.
Contudo, deve-se estar atento às implicações da
espessura de corte na qualidade de imagem e na
dose de radiação para o paciente15.
KV- Kilo Voltagem
Fig. 09: A – imagem corteaxial do tórax com ruído: B
- imagem corte axial do tórax sem ruído19.
Os parâmetros a seguir estão correlacionados
entre a dose ministrada e a qualidade da imagem e
foram utilizados como métodos ajustáveis, de modo
que, a dose depositada é justificada pela anulação ou
diminuição dos artefatos de imagem20.
Outro parâmetro é o Kv, de mesmo modo que
venha a ser ajustado pelo técnico responsável.
Também é possível uma redução de dose no controle
do Kvp levando em consideração um ajuste no mAs
para assim obter uma imagem de qualidade. A
utilização de um kvp entre 80 a 100 pode ser usada
para redução de dose no paciente, porém entre 130
a 140, são uteis para penetração de objeto com alta
atenuação diminuindo o artefato strike22.
mAs
O mAs ( miliamperagem por segundo ), tem a
mesma proporção com a dose, tendo como ponto
significativo o fato que o profissional pode ajustar o
mesmo antes do exame, isso torna possível uma
redução de dose precisa quando é feita uma
diminuição no mAs. Porem, com essa diminuição
desse parâmetro há uma perda de qualidade de
imagem e pode consequentemente gerar artefato de
ruído (granulação) na imagem que torna inviável a
aceitação do exame. A dose depositada no paciente
tem uma relação precisa com o mAs, cabe ao
profissional com ajuda da tecnologia e alguns fatores
Fig. 09 – artefato de strike8.
Anatomia
Crânio
A Tomografia Computadorizada do crânio
serve pra ver tanto as estruturas da base, quanto a
parte encefálica, utilizando cortes onde se permite
estudar mais detalhadamente as estruturas
envolvidas.
Por ser um exame com bastantes
detalhes, a tomografia computadorizada é muito
solicitada em caso de suspeitas de acidente vascular
cerebral (AVC), tumores cerebrais, traumatismo
crânio-encefálicos, hemorragias cerebrais, lesões,
fraturas cranianas, hidrocefalia, cefaleia e outras
doenças cerebrais 25.
Com a tomografia computadorizada a visão e
diagnóstico do encéfalo passou a ser possível de
forma direta, com estimado valor na emergência
radiológica. Na rotina básica o corte começa na base
craniana ate a região supra selar com cortes de 2 á 5
mm de espessura( TC – Convencional), essa
aquisição pode sofrer modificações, no caso de
aparelho helicoidal13.
Fig. 10 – topograma de crânio8.
Posicionamento para o exame do crânio
Assim como na radiografia convencional, a TC
de crânio também exige um posicionamento correto,
evitando ao máximo a rotação e a inclinação da
cabeça. O paciente deve ser colocado sobre a mesa
em decúbito dorsal, com a cabeça encaixada no
suporte próprio para o exame de crânio, podendo
utilizar suportes laterais para melhor fixação da
cabeça do paciente.A marcação do exame é feito
abaixo da mandíbula, levando em conta que o scout
(imagem inicial que dará a base para marcação da
área a ser examinada) será feita de baixo para cima1.
Discussão:
A dose se radiação ionizante que o paciente
recebe em meio ao exame de tomografia do crânio é
superior ao exame do crânio de tomografia
convencional. Porém, embora os riscos a saúde
acresçam proporcionalmente com a dose de
radiação, o valor de dose recebida por um paciente,
é justificada pela qualidade da imagem6.
Alguns parâmetros de qualidade da imagem
são fundamentais como: resolução espacial, ruído e
artefatos. A resolução espacial é à disposição de um
sistema de imagem, apontar objetos finos muito
próximos, isso com a utilização de cortes mais finos,
na tomografia computadorizada no exame de crânio
com equipamento de ultima geração deixa claro que
a eficiência da imagem sobrepõe à dose de radiação
ministrada no paciente. Estruturas com diversas
densidades separadas por pequenas distâncias
contidas no crânio não seriam tão detalhadas na TC
convencional como é na TC multidetectores. O ruído
é uma irregularidade padrão dos níveis de tons de
cinza, em área definida da imagem, o nível do ruído
varia de combinação com a técnica de aquisição da
imagem, porém, alguns ajustem no KV e no mAs, são
fundamentais para diminuição do ruído. Artefatos
podem degradar a característica da imagem, afetar a
percepção de detalhes, podendo acarretar erros na
análise, assim como apresentado em algumas
imagens desse estudo26.
Com uma técnica adequada é possível obter
um exame de qualidade diminuindo a presença de
artefatos e até eliminá-los, alguns desses artefatos
são: artefato de anel, efeito de striker, artefato de
movimento e granulação, onde os artefatos de
movimento estão relacionados com a evolução dos
equipamentos, os de anel com controle de qualidade
dos detectores do aparelho e o efeito striker e a
granulação tem relação direta com a técnica aplicada
27.
Fig. 11 - posicionamento de crânio em
PROTOCOLO UTILIZADO9
TC18.
Com o aumento da dose aplicada hoje em
relação à tomografia computadorizada é essencial
que se tenha um bom conhecimento dos parâmetros
que podem ser aplicados, uma vez que nem sempre
a alta dose tem relação direta com a qualidade do
exame28.
Considerações finais:
Após análise das informações reunidas
através de livros e artigos científicos, fica evidente
que se não houver um direcionamento antes da
realização do exame e consequentemente uma
modificação nos parâmetros, o artefato de strikepode
prejudicar o exame ou até mascarar uma patologia. A
redução/eliminação de artefatos diversos consiste
tanto no controle de qualidade dos tomógrafos como
também, em ajustem feitos pelo técnico ou tecnólogo
em radiologia responsável pela operação do
equipamento. A diminuição do artefato strike se da
por meio de um aumento na tensão kV para fins de
qualidade de imagem com uma dose de radiação
ionizante maior, portanto, esse aumento de dose não
Referências:
foge dos limites aceitáveis. A utilização de
parâmetros adequados, visando tanto a qualidade de
imagem como a dose ministrada no paciente,
dependem da escolha de um protocolo adequado
para cada tipo de exame em especifico. Parâmetros
esses, que são ajustados pelo profissional da área
descrita.
As evoluções dos equipamentos tomográficos
obtiveram uma importância significativa na qualidade
de imagem apesar de ministrar uma dose maior a
cada evolução, do equipamento convencional para o
helicoidal proporcionou melhorias em relação a o
artefato de movimento e outros, a dose teve uma
aumento significativo, porem ainda assim dentro do
limite permitido sem que traga danos graves ao
paciente, onde os exames deverão ser realizados
pelo Técnico que situa as diretrizes básicas de
proteção radiológica.
1. BONTRAGER, Kenneth LAMPIGNANO, John P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e
Anatomia Associada. Tradução: Ana Maria R. Santos. 7ª Edição. MosbyElsevier Editora: Rio
de Janeiro. 2007.
2. ABRAHAO-RADIOLOGIA.BLOGSPOT.COM 369 × 442 PESQUISA POR IMAGEM
3.
NÓBREGA, A. I. Do Manual de tomografia computadorizada. São Paulo: Atheneu, 2007.
4.
dc142.4shared.com1516 × 1071Pesquisa por imagem TC – Convencional Vs. Helicoidal
5. www.elsevier.es700x669 pesquisa por imagem
6. MANUAL
DE
TÉCNICAS
EM
TOMOGRAFIA
Edvaldo Severo dos Santos / Marcelo Souto Nacif, 2009 .
COMPUTADORIZADA Edição:
1
7. HENWOOD, S. Técnicas e prática na tomografia computadorizada clínica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.
8. Imagem, shared.com. Pesquisa por imagem
9. www.elsevier.es700x669 pesquisa por imagem
10. NARDI GINELLI ANDREA - TÉCNICA E PRÁTICA NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CLÍNICA/ Médica Radiologista do serviço de Radiologia do hospital São Vicente de Paulo e do
CT- SCAN
11. http://www.ced.ufsc.br/men5185/trabalhos/39_tomografia_computadorizada/minhaswebs/_privat
e/texto.htm#523/08/2013 as 11h00min
12. CAVALCANTI, M. Tomografia computadorizada por feixe cônico: interpretação o e diagnóstico
para o cirúrgião-dentista. São Paulo: Santos, 2010.
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28. NARDI GINELLI ANDREA - TÉCNICA E PRÁTICA NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
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CT- SCAN
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