Transcrição da Teleconferência de Resultados do

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Local Conference Call
Springs Global
Resultados do Quarto Trimestre de 2015
2 de Março de 2016
Operadora: Senhoras e Senhores obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à
audioconferência da SPRINGS GLOBAL, para discutir o resultado do ano de 2015.
No momento, todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes.
Depois de uma breve introdução, será conduzida uma sessão de perguntas e
respostas e as instruções serão dadas naquele momento. Se vocês necessitarem
assistência durante a conferência, por favor, pressionem asterisco zero, e um
operador irá assisti-lo fora da linha.
Para obter cópia do press release do resultado, das demonstrações contábeis e
da apresentação do webcast, por favor, acesse a página da internet da Springs
Global, www.springs.com/ri.
Antes de prosseguir, deixe-me mencionar que considerações futuras refletem a
percepção atual e perspectivas da Administração sobre a evolução dos negócios,
tendo como base a evolução do ambiente macroeconômico, condições da
indústria, do desempenho da Companhia e resultados financeiros. Quaisquer
mudanças em tais expectativas e fatores podem implicar que o resultado seja
materialmente diferente das expectativas correntes e contemplam diversos riscos
e incertezas.
Conosco hoje está o Sr. Josué Gomes da Silva, CEO da SPRINGS GLOBAL,
que irá comentar o desempenho da Companhia.
Agora, gostaria de passar a palavra ao Sr. Josué.
Sr. Josué Gomes da Silva: Muito obrigado. Boa tarde a todos. Em primeiro lugar
eu gostaria de agradecer a todos que estão participando do nosso call
relativamente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015.
Eu estou aqui como Roberto Cristofanilli, nosso Diretor de Controladoria e
Sistemas, e com a Alessandra, nossa Diretora de Relações com Investidores.
Bem, eu vou fazer comentários iniciais muito breves a respeito do desempenho da
companhia em 2015, vou depois passar a palavra para Alessandra, que vai fazer
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uma explicação um pouco mais detalhada relativamente aos resultados de 2015, e
retorno nas sessões de perguntas e respostas para obviamente dirimir qualquer
dúvida que vocês tenham.
Acho que foi um ano (obviamente todos sabem) difícil para economia nacional,
mas que teve um ponto positivo, se é que podemos destacar alguma coisa
positiva em relação ao ano de 2015 em Brasil, que foi a desvalorização cambial.
Como eu tenho afirmado para vocês há algum tempo, o câmbio é muito positivo
para as indústrias no Brasil, para o setor produtivo em geral e especialmente para
as indústrias têxteis. E foi o caso específico da Springs Global: A Springs se
beneficia muito do câmbio, melhora enormemente a sua competitividade, suas
margens evoluem e, apesar das dificuldades obviamente da demanda do mercado
interno, nós temos uma expectativa muito favorável em relação aos próximos anos
justamente porque finalmente encontramos um câmbio hoje que me parece um
câmbio muito mais próximo do equilíbrio e a gente já está sentindo isso inclusive
num ajuste robusto nas transações correntes brasileiras.
Eu acho que este câmbio é muito mais um câmbio de equilíbrio do que o câmbio
sobrevalorizado que tínhamos antes.
Por causa do câmbio, mas também em função da força das nossas marcas e em
função da nossa competitividade industrial, da nossa escala de produção, de uma
valorização contínua dos nossos produtos através de design, através de
conhecermos cada vez melhor o gosto dos nossos consumidores e principalmente
de um time espetacular treinado e muito experiente na indústria de cama mesa e
banho e têxtil em geral, nós conseguimos alcançar resultados que eu diria que são
razoáveis, até satisfatórios tendo em vista o ano de 2015 que foi tão difícil para o
Brasil em geral, especialmente para empresas de produtos de consumo como a
nossa.
Registramos um crescimento das nossas vendas de 8,4%, que alcançaram quase
R$2,3 bilhões de vendas líquidas, nós registramos um aumento de mais de 22%,
quase 23%, na nossa geração de caixa medida pelo Ebitda, alcançamos R$233
milhões, uma margem Ebitda que superou 10%.
Temos que lembrar que obviamente isto é impactado para baixo porque a margem
Ebitda das operações brasileiras é bem mais alta do que este o número, mas é
impactada para baixo por uma operação americana que melhorou muito o seu
desempenho, mas ainda assim apresenta uma margem Ebitda menor do que a
margem brasileira.
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Apresentamos um crescimento de quase 49% do nosso resultado operacional,
que alcançou R$154 milhões e, apesar de um aumento do custo de capital no
Brasil com a taxa Selic alcançando 14,25% e quase tudo nosso passivo é
indexado a Selic no Brasil, nós conseguimos registrar um lucro de 23,
praticamente R$23 milhões, e isto nos deixa satisfeitos e confiantes para um
futuro cada vez melhor.
É óbvio que ainda não estamos satisfeitos com a redução da nossa alavancagem;
ela tem caído como indicador dívida líquida/Ebitda e caiu novamente. Nos últimos
5 anos temos registrado decréscimos de forma consistente, mas ainda não
estamos satisfeitos e achamos que temos que melhorar não só o numerador desta
equação como o denominador.
Temos absoluta confiança que o denominador vai continuar crescendo. Aliás, o
nosso guidance para o ano de 2016 mostra isso: Estimamos de novo um
crescimento que potencialmente pode ultrapassar 20% de ganho de Ebitda neste
ano de 2016, mas também precisamos reduzir de forma mais consistente o
numerador.
É verdade que o custo de capital, que é indexado a Selic que subiu muito, ele é
alto, por isso não conseguimos uma geração de caixa livre tão significativa para
diminuir o numerador desta equação, mas estamos muito mais rígidos no controle
do capital de trabalho que, na verdade, explica um pouco do porquê que o
numerador não caiu tanto no ano de 2015: utilizamos mais capital de trabalho e
vamos ser muito rígidos em 2016 para trazer este capital de trabalho um pouco
para baixo, o que vai obviamente liberar mais caixa e vai permitir uma redução do
numerador, como também começaremos a receber já neste ano o produto da
venda de um dos imóveis que estavam disponíveis para venda e acreditamos
firmemente que teremos anúncios em breve relativamente a alguns dos outros
imóveis.
Isto tudo, com uma geração de caixa livre mais forte que vai poder amortizar
dívida e também com o rebalanceamento da nossa estrutura de capital com
operação americana sendo capaz de tomar financiamento de longo prazo (5 anos)
a taxas de juros relativamente bem mais baixas do que as brasileiras e poderá
pagar à operação brasileira o que ela deve – porque a operação americana deve
muito pouco de dívida financeira e deve realmente para, vamos dizer, a sua irmã
brasileira –, nós também estaremos diminuindo um pouco o custo de serviço da
dívida ao longo deste ano, que permitirá naturalmente pagar um pouco mais e
diminuir um pouco a dívida líquida, o que trará também o numerador para baixo.
Tudo isto mais o aprimoramento contínuo das nossas coleções, a força das
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nossas marcas, me dão muita confiança de que teremos um ano de 2016 melhor
do que o ano de 2015 e continuaremos a progredir melhorando cada vez mais os
resultados e trazendo melhores resultados para os nossos acionistas e melhor
retorno para os nossos acionistas.
Para apenas fazer um convite antes do término da minha exposição inicial, eu
gostaria de convidar a todos que estejam em São Paulo a visitar o nosso show
room nesta semana. Nós estamos fazendo a nossa apresentação da nossa
coleção outono-inverno Santista, Artex, no espaço Alves Guimarães, que fica
localizada à Rua Alves Guimarães, 99, aqui nos Jardins, em São Paulo.
Aqueles que puderem passar lá, por favor, avisem a Alessandra, ela os
acompanhará e vai nos dar muito prazer, e vocês vão poder constatar a evolução
cada vez maior nas nossas linhas e vão também poder constatar uma casa cheia
de clientes; todos eles nos dando pedido.
Eu termino assim minha exposição inicial e passo a palavra para Alessandra.
Sra. Alessandra: Boa tarde a todos. Josué já mencionou os destaques do ano de
2015 ilustrados no slide 3, então, vou passar para slide 4, onde verificamos que os
resultados vêm sendo crescentes nos últimos anos em valores absolutos e
margens.
Conforme mostraremos a seguir, e o Josué já comentou também, esperamos para
2016 a continuidade dessa trajetória com crescimento de receita e expansão da
margem Ebitda impulsionadas pelo crescimento de exportação, por mais
conversões de lojas próprias e franquias, além do aumento do número de
franquias.
No slide 5 apresentamos o resultado por segmento de negócio, onde o principal
segmento América do Sul Atacado representou 48% da receita e 91% do Ebitda.
Apesar do cenário desafiador no mercado de varejo no Brasil o segmento América
do Sul Varejo tem perspectiva positiva de melhoria de resultados onde as
conversões de lojas próprias para franquias e aumento do número de lojas Artex
impulsionarão a receita de segmento contribuindo ao mesmo tempo para a
diluição de suas despesas.
No slide 6 mostramos que todas as metas de guidance de 2015 foram cumpridas
ou superadas. A receita totalizou R$2,267 bilhões em 2015, sendo 59%
proveniente da América do Sul e 41% da América do Norte, conforme apresentado
no slide 7.
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Por tipo de produto a linha de cama, mesa e banho foi responsável por 48%
seguida por utility bedding com 32%. O Ebitda somou R$233 milhões com
aumento de 22,8% ou R$43 milhões, conforme ilustrado no slide 8. Os efeitos de
câmbio e melhor preço em mix compensaram um efeito negativo de menor volume
de vendas.
No slide 9 apresentamos as necessidades de capital de giro que somaram
R$1,054 bilhão no final de 2015, sendo a variação cambial a principal responsável
pelo incremento de R$62 milhões entre anos.
Esperamos uma redução do capital de giro da companhia em função das
conversões de lojas próprias para franquias e do aumento da nacionalização de
nossas coleções.
O ciclo de abastecimento de produtos nacionais é bem mais curto do que de
produtos importados, conforme ilustrado no slide 10. Deste modo, o aumento do
uso de produtos nacionais nas nossas coleções em 2016 permitirá trabalharmos
com menor estoque de produtos finais uma vez que há tempo hábil para repor o
estoque de acordo com a demanda durante o período da coleção.
No slide 11 mostramos que investimentos de capital somaram R$42 milhões em
2015, sendo a maior parcela destinada à melhoria operacional na indústria. Os
investimentos no varejo monomarca visam melhoria e adaptação do visual
merchandising das lojas próprias.
Conforme ilustrado no slide 12, nossa dívida líquida é igual a R$786 milhões no
final de 2015. Terminamos o ano com a alavancagem financeira medida pela
relação dívida líquida/Ebitda de 3,4 vezes, conforme apresentado no slide 13.
A redução deste indicador, que já vem ocorrendo nos últimos anos, deve continuar
uma vez que a melhoria do resultado operacional e, portanto, da geração de caixa
possibilitará ao mesmo tempo a redução da dívida líquida e o aumento do Ebitda.
Apresentamos os principais destaques de 2015 por segmento de negócio. No slide
14 apontamos que houve leve redução na receita líquida do segmento América do
Sul Atacado devido principalmente à queda de 12% da receita de intermediários.
Houve aumento de 5% do Ebitda, que alcançou R$211,8 milhões, além de
ampliação de margem Ebitda de 17,1% 2014 para 18,4% em 2015.
No slide 15 verificamos que o lucro bruto totalizou R$349 milhões com margem
bruta de 30,3% ambos com expansão entre anos. Em relação ao segmento
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América do Sul Varejo houve redução de cerca de 6% tanto na receita sell-out
como na receita líquida, que foram negativamente afetados pela menor número de
lojas, conforme ilustrados no slide 16.
Realizamos a conversão de 13 lojas próprias, sendo 9 Artex e 4 MMartan, que,
entre outras, possibilitou a redução de 7% das despesas de vendas gerais e
administrativas. O fechamento de 7 lojas próprias teve impacto negativo não
recorrente de R$6 milhões no Ebitda do varejo em 2015.
No slide 17 verificamos que o lucro bruto totalizou R$121 milhões com margem
bruta de 45,7%. No final de 2015 tínhamos 229 lojas, das quais 92 próprias e 137
franquias, distribuídas em 24 estados brasileiros e no DF.
A oportunidade de expansão principalmente na Artex, que estimamos alcançar
180 lojas até 2020: 3 vezes o número de lojas que possuímos atualmente. Em
2016 realizaremos novas conversões de lojas próprias para franqueadas e
ampliaremos o número de lojas franqueadas da Artex, o que contribuirá para
impulsionar as vendas no varejo monomarca.
Nos últimos anos investimos na melhoria de processos, sistemas e no treinamento
da equipe para viabilizar nosso crescimento no varejo monomarca. A hora chegou.
Já estamos prontos para voar: Temos marcas fortes e reconhecidas e produtos de
qualidade.
Entendemos que marcas fortes ganham ainda mais importância em momentos de
economia mais fraca, quando o consumidor torna-se mais cuidadoso e prioriza
marcas mais confiáveis.
É importante ressaltar que possuímos uma rede nacional de franqueados com um
modelo de franquia de excelência estabelecido. Tendo recebido o prêmio ABF (da
Associação Brasileira de Franchise) por vários anos, incluindo 2014 e 2015.
Adicionalmente, nossas fábricas possuem capacidade instalada que nos permite
crescer a produção com baixo investimento.
Em relação ao segmento América do Norte Atacado houve forte crescimento da
receita em reais beneficiada principalmente pelo efeito cambial, conforme
apresentado no slide 20. O Ebitda alcançou R$47,7 milhões, sendo 4,5 vezes o
valor do Ebitda de 2014. A margem Ebitda ampliou de 1,5% em 2014 para 5,2%
em 2015.
No slide 21 verificamos que o lucro bruto totalizou R$139,5 milhões com margem
bruta de 15,1%, ambos com forte expansão entre anos.
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Apresentamos no slide 22 as principais oportunidades da Springs Global para
2016: O primeiro é o câmbio, que traz vários efeitos positivos para a companhia
uma vez que a desvalorização do real aumenta nossa competitividade. No
mercado internacional há oportunidade de crescimento de volume de vendas de
exportação, enquanto no mercado local haverá aumento de participação dos
produtos nacionais em substituição aos importados, inclusive nas nossas
coleções.
Todos estes fatores contribuirão para a contribuição da receita e de margem
através da diluição de custos fixos. Priorizaremos novas conversões de lojas
próprias para franqueadas, além do crescimento do número de franquias através
do balanceamento da dívida e da utilização de financiamento de exportação
visamos reduzir o serviço de nossa divida em 2016.
Nossa subsidiária americana tem condições de se financiar no mercado bancário
dos EUA com menor taxa de juros e maior prazo e com estes recursos poderá
pagar o mútuo de US$30 milhões com a subsidiária brasileira.
Esperamos também alongar o prazo médio da dívida no Brasil através de emissão
de títulos com maior prazo de pagamento. A melhoria do resultado operacional,
decorrente dos fatores já mencionados, contribuirá para redução da nossa
alavancagem financeira.
As Springs Global mantêm a sua estratégia de consolidar a sua posição de
liderança no mercado de cama, mesa e banho e de expansão de vendas nos
canais multimarca e monomarca priorizando franquias que requerem menor
intensidade de capital.
Para o ano de 2016 esperamos crescimento de até 19% na receita com expansão
de margem Ebitda em linha com o orçamento da companhia, que considerou
como premissa de câmbio médio de R$4,05 em 2016, retração de 3% do PIB no
Brasil da conversão de 21 lojas e abertura de 18 novas lojas no varejo.
Muito obrigada. Estamos à disposição para responder as perguntas que os
senhores venham a ter.
Sessão de Perguntas e Respostas
Operadora: Senhoras e senhores, vamos dar início à sessão de perguntas e
7
respostas somente para analistas e investidores. Para fazer uma pergunta, por
favor, digite asterisco um. As questões serão respondidas pela ordem que forem
recebidas. A qualquer momento se quiser remover a sua pergunta da lista, por
favor, digite asterisco 2.
Lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um.
Sr. Josué: Veja bem, nós temos algumas perguntas aqui que vieram via webcast
e eu vou tentar responder algumas delas. Mas, antes disto, eu gostaria de fazer
algumas rápidas observações.
Em primeiro lugar, de fato, a nossa operação de varejo não está trazendo
resultado satisfatório. Estamos trabalhando intensamente e para melhorar os
resultados da operação de varejo, mas é um ponto que nos traz alguma
preocupação e por isto mesmo é uma concentração ainda maior de esforços para
revertermos esta demanda de capital que a operação de varejo ainda exige da
companhia.
A verdade é que no ano passado a geração de caixa medida pelo Ebitda da
geração de varejo ela foi influenciada e impactada negativamente por um efeito,
ou alguns efeitos não recorrentes que, na verdade, acho que nem exigiram, de
fato, saída de caixa naquele momento, que foram baixas de alguns ativos de lojas
que fechamos. Isto só aproximadamente 6,5 bilhões.
Se ajustarmos o Ebitda da operação de varejo por estes 6,5 bilhões nós vimos
uma pequena, discreta melhora no Ebitda da operação de varejo 2014 para 2015.
Não é nada suficiente, não é nem perto de ser suficiente, mas foi uma discreta
melhora.
Agora o mais importante (e eu gostaria muito de destacar isto) é: Em primeiro
lugar, um trabalho incansável da equipe responsável pela operação de varejo na
melhoria de processos, na melhoria de sistemas, no modelo de gestão e
especialmente no treinamento de equipe. Isto eu não tenho dúvida que está
começando a surtir resultados. E, em segundo lugar, o fato de que a operação de
varejo para nós é muito estratégica. Por quê? Porque ela nos permite um contato
direto com o consumidor final e com isto nos traz um conhecimento do desejo do
consumidor para aprimoramento das nossas linhas, para melhoria da nossa
cadeia de suprimento, para garantirmos inclusive para nosso cliente multimarcas
que a gente vai ter a mercadoria certa, na hora certa no ponto de venda, e este
aprendizado eu acho que tem um valor incalculável, além de valorizar obviamente
as nossas marcas.
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Então, nós temos muita convicção de que a operação da AMMO, que é a
operação de varejo nossa, ela tem um valor estratégico incomum de que os
números continuarão progredindo. Especialmente no ano de 2016 esperamos em
velocidade maior do que progrediram 2015 em relação a 2014, e que elas estão
gerando valor muito importante para companhia.
Uma das perguntas aqui do webcast é justamente sobre a melhoria que foi
sensível na operação norte-americana e se isto tende a continuar.
Tende sim. Obviamente a gente não pode esperar de novo uma melhoria de 3,5
vezes, na verdade, 4,5 vezes, de Ebitda de 2016 em relação a 2015, como
ocorreu 15 em relação a 14, mas a gente pode esperar uma melhoria de novo
importante nos números da operação americana em relação a 15.
Por quê? Primeiro, ela está melhorando operacionalmente. Segundo, o custo
legado que ainda temos que suportar estará caindo ao longo dos próximos anos, o
que vai fazer com que o resultado operacional que cresce, mas obviamente é
impactado por um custo legado que é decrescente, ele abre ainda mais. A gente
vai ter um resultado antes do custo legado crescente, não na mesma velocidade
como ocorreu no ano passado, e vamos ter uma redução nos próximos anos do
custo legado. Então, a alavancagem é importante. E, terceiro, porque mesmo que
o câmbio se estabilize em torno destes R$4,00 aproximadamente (hoje está um
pouco menos, 3,93, mas ele tem oscilado entre 3,93 e 4), a verdade é que nós
temos que lembrar que vamos ter de novo uma desvalorização cambial média em
2016 em relação a 2015 da ordem de 18%.
Se ficar em 4 contra os 3,38 que foi o câmbio médio do ano passado dá 18%, o
que também repercute em reais, na tradução dos resultados em reais na operação
americana. Então ela vai continuar contribuindo fortemente para o resultado e
vamos ter ainda em reais alavancagens importantes na operação americana, mas
em dólares também estamos tendo alavancagens importantes na operação
americana.
Não é à toa que a operação americana vai conseguir se financiar a longo prazo, 5
anos, a taxas de juros inferiores a 3% ao ano e vai conseguir inclusive pagar o que
ela deve à operação brasileira, que são esses R$30 milhões. Só isto significa uma
redução de custo de serviço da dívida da ordem de 12% aproximadamente.
Eu estou fazendo uma conta mais ou menos aproximada, mas 12% sobre estes
recursos que virão para o Brasil. Mesmo que não tivesse nenhuma redução da
dívida liquida da companhia consolidada, só isto significaria nestes US$30
milhões, ou mais ou menos R$120 milhões, uma redução do custo de serviço da
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dívida da ordem de 12%, que é R$15 milhões por ano.
Então, a operação americana está melhorando, vai continuar melhorando. Agora
claro que é muito difícil manter este mesmo ritmo de crescimento de Ebitda que
nós tivemos em 15 relativamente ao ano de 14.
Vai crescer 16 em relação a 15, mas não vai ser 4,5 vezes como ocorreu 15 em
relação a 14.
Operadora: Nossa próxima pergunta o Rafael Carvalho, Itaú BBA.
Sr. Rafael: bom, obrigado por escolherem a minha pergunta. Só queria pedir
rapidamente uma atualização da venda dos ativos da companhia. Obrigado.
Sr. Josué: Rafael, obrigado pela pergunta. Em primeiro lugar, você sabe que no
ano passado nós anunciamos a venda do imóvel em Montes Claros acima
inclusive do valor de appraisal que a gente dá disclosure da Cushman,
acreditamos dentro do valor de mercado que sempre dissemos era acima dos
valores que appraisals feitos pela Cushman há cerca de um ano e meio atrás ou 2
anos atrás. Este valor vai começar a ser recebido agora porque a primeira parcela
era 12 meses depois do fechamento do contrato, e esta operação já vai contribuir
certamente para a redução da dívida líquida da empresa.
Temos novidades agora muito concretas relativamente ao imóvel de Natal, que
também vão mostrar claramente que o valor de mercado daquele imóvel é maior
do que o appraisal da Cushman. Ainda não é possível nós darmos detalhes da
operação. Obviamente assim que a operação for concluída e assinada nós
poderemos dar a divulgação e daremos divulgação, mas ainda não podemos dar,
mas são novidades concretas que demonstrarão um valor significativamente
superior ao appraisal da Cushman relativamente ao imóvel de Natal.
Gostaria de insistir que o imóvel de Natal (muitas pessoas ainda não se deram
conta) é um imóvel estrategicamente localizado tendo em vista o próprio aeroporto
novo de Natal, o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Ele fica no caminho
para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. A rigor ele está inclusive no
município de São Gonçalo do Amarante. A gente fala Natal porque é, de fato, o
limite entre o município de Natal e o município de São Gonçalo do Amarante, e
este aeroporto está trazendo um grande crescimento para a região norte de Natal,
que já era a região que experimentava o maior crescimento da cidade. Isso tudo
significa valorização contínua deste imóvel e teremos provavelmente em breve
(talvez ainda no primeiro trimestre, mas certamente no segundo trimestre) um
anúncio consistente para ser feito relativamente a este móvel.
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Então, acho que são os 2 principais imóveis que estavam disponíveis e estas são
as novidades que podemos dizer para você a respeito deste tema.
Sr. Rafael: Perfeito, obrigado.
Operadora: Lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um.
Sr. Josué: Tem uma pergunta muito importante e muito bem-feita relativamente à
defasagem de preços, que hoje praticamos no mercado brasileiro versus os
preços praticados no mercado internacional.
Talvez, olha, até nós divulgarmos e eu vou pedir para Alessandra fazer isto, nós
temos uma comparação de alguns produtos entre preços nossos no Brasil e
preços de produtos absolutamente de mesma especificação do Paquistão, da
Índia ou da China.
Em alguns casos os preços hoje que praticamos no mercado interno brasileiro são
inferiores ao preço FOB praticados na China, na Índia ou no Paquistão pegando
uma média, mas mesmo tomando os mais baixos, de especificação
absolutamente igual.
A grande maioria, quase a totalidade dos preços que praticamos hoje no Brasil
são inferiores aos preços internados nestes mercados, mas alguns produtoschave nossos, que talvez sejam os de maior volume, estão com preços inferiores
até mesmo aos preços FOB destes mercados, que são os mercados mais
competitivos do mundo.
Portanto, este deslocamento do dólar trouxe realmente uma defasagem de preço
significativo.
“Porque que a gente não recupera mais rapidamente aumentando os preços no
mercado doméstico”? Obviamente o mercado doméstico hoje não tem uma
demanda tão forte que sancione aumentos de preços dessa magnitude de uma
única vez.
A tendência é que vai chegar lá. É natural. Da mesma forma que tivemos que
baixar os nossos preços no mercado doméstico quando o câmbio estava
supervalorizado, agora que o câmbio está equilibrado os preços tendem a
caminhar em direção aos preços do mercado internacional, até porque as
exportações vão crescer. Não só as nossas, como a de nossas outras indústrias
que são companheiras e que atuam no mesmo segmento. Todos estão
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começando a exportar mais.
As nossas exportações este ano já serão maiores do que foram no ano passado.
Tem um ramp-up, nós estamos podendo crescer as exportações até de maneira
forte porque temos uma operação nos EUA que vai passar a comprar alguns dos
componentes que importava da Ásia e vai passar a importar das fábricas
brasileiras, nossas, portanto nós temos capacidade e agilidade de crescer
exportações mais rapidamente do que se estivéssemos apenas tentando vender
diretamente para o varejo.
Você sabe que o varejo se planeja com muito tempo de antecedência, portanto as
vendas para o varejo vão começar a ocorrer mais fortemente a partir de 2017, mas
já no ano de 16 teremos com o ramp-up (principalmente mais concentrados no
segundo semestre) um crescimento significativo das nossas exportações através
de fornecimento de componentes para nossa operação americana de maneira
absolutamente competitiva em relação aos atuais fornecedores, que são asiáticos,
e com qualidade rigorosamente igual, até porque são todos produtos que são
rigorosamente testados em laboratórios antes de podermos ter os embarques das
mercadorias para os EUA.
De maneira que o câmbio traz este efeito, o que significa que aos poucos a
operação industrial brasileira (o que hoje nós chamamos de unidade de negócio,
Atacado América do Sul) tende a crescer as margens operacionais por 2 fatores: A
gente tende a ocupar mais as fábricas, infelizmente no ano passado até teve uma
queda da ocupação das fábricas porque o mercado doméstico principalmente nos
produtos intermediários caiu, mas a gente tende, com o crescimento das
exportações e com o próprio ganho de share no Brasil, a ocupar melhorar as
fábricas, mas também as margens tendem a crescer porque os preços tendem a
caminhar em direção a um equilíbrio com o mercado internacional.
Nós temos algumas perguntas aqui relativas (também vindas webcast) a 2 fatores
que são importantes no custo da empresa, no custo de produção da empresa, que
é folha de pagamento. Entendo que a pergunta faz mais referências à mudança
que o governo promoveu e que entrou em vigor em dezembro do ano passado do
INSS sobre a folha de pagamento.
Vocês se lembram que o governo tinha praticado uma desoneração fiscal na folha
de pagamento tirando o INSS do empregador e passando para ser um percentual
do faturamento. No caso da indústria têxtil este percentual era de 1% e no ano
passado, depois de muitas idas e vindas, o governo acabou aprovando uma
mudança e o nosso setor foi classificado agora na alíquota de 2,5%.
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É um encarecimento certamente da folha. Se ele é suficiente para diminuir a
rentabilidade é claro que impacta, mas ele não é suficiente para impactar
sobremaneira a rentabilidade da empresa, tanto é que o nosso guidance (e
estamos muito convictos de que atingiremos e ultrapassaremos em alguns
indicadores o guidances, como fizemos em 2015), então, o guidance para 16
contempla um crescimento de Ebitda que pode chegar, de novo, a 20% se
alcançarmos o topo do guidance.
Estamos confiantes de que estaremos no guidance e eventualmente até em
alguns indicadores poderemos ultrapassar o guidance e obviamente já fizemos o
guidance com a repercussão desta mudança do INSS sobre a folha, que passou
de 1% a partir de dezembro para 2,5% e, portanto, todo este ano está abrangido
por estes 2,5%.
Obviamente a matéria-prima algodão no ano passado nós tínhamos algodão e
temos inclusive no nosso relatório (aqueles que tiveram acesso ao nosso relatório)
um gráfico da evolução do preço do algodão em reais no Brasil. É óbvio que o
preço de uma matéria-prima, uma commodity como o algodão flutua, flutua no
mercado internacional, mas também flutua em função do câmbio.
No ano passado subiu, ainda que no exterior tivesse até caído no ICE
(Intercontinental Exchange), que era a antiga New York Board of Trade, a ICE
incorporou, e aonde tem grande liquidez os mercados internacionais de algodão e
acaba o preço do algodão brasileiro se baseando também neste preço da ICE,
ainda que o preço tivesse caído em dólares, como houve uma desvalorização
cambial muito expressiva, o preço subiu em reais e ele tem estado mais ou menos
uma faixa relativamente estável.
É verdade, inclusive o Itaú tem um relatório muito interessante – recomendo
àqueles que não leram ainda que leiam – que há uma certa correlação entre o
preço do algodão e o preço da fibra de poliéster, que é impactado obviamente pelo
preço do petróleo que está baixo, o petróleo é a matéria-prima para a fibra de
poliéster, petróleo depois na petroquímica o feedstock é paratileno e monoetileno
glicol, e a tendência é que o algodão no mercado internacional até reflita um
pouco um efeito substituição já que a fibra de poliéster caiu de preço tendo em
vista o preço do petróleo.
Talvez até a queda que ocorreu na ICE nos últimos 3-4 dias e hoje o algodão no
mercado no contrato mais próximo está em torno de US$0,55-0,56 quando estava
em torno de US$0,60 há um mês atrás, talvez já reflita justamente este efeito
substituição.
13
Mas a verdade é que deve se estabilizar por aí porque também tem um custo de
produção de algodão, que não é muito abaixo disto, e obviamente vocês sabem: O
produto agrícola o ajuste de produção é muito rápido, é de uma safra para outra, e
com isto a gente acredita que em reais o câmbio se mantendo neste patamar em
torno de 4 o preço do algodão deve ser estável ao longo deste ano, o que
significa, de novo, um aumento do nosso custo de algodão em relação ao preço
médio que tivemos no ano passado.
Mas isto é natural. Mas o nosso guidance já contempla essa estimativa de
aumento. É óbvio, nós também não tínhamos como manter um preço de algodão
estimado para sempre mais baixo do que o mercado ou muito mais baixo que o
mercado. Então, a gente já contemplou no nosso guidance este pequeno aumento
do preço da matéria-prima em relação ao ano passado, mas estamos confortáveis
em divulgar este guidance e de que atingiremos este guidance ainda que
tenhamos estes 2 fatores que são, vamos dizer, contrários no sentido custo,
aumento um pouco custo da companhia.
Operadora: Lembrando que para fazer perguntas basta digitar asterisco um.
Sra. Alessandra: Tem uma pergunta no webcast sobre a perspectiva de abertura
de loja do ano de 2016. Como nós mencionamos, o nosso guidance ele contempla
a conversão de 21 lojas e a abertura de 18 novas lojas no varejo para este ano.
Sr. Josué: Tem uma pergunta sobre capital de trabalho. De fato, aliás, sendo
muito franco com vocês, é um questionamento constante que nós recebemos do
Conselho de Administração da empresa e de vários dos nossos conselheiros
externos, não é, e é verdade: a indústria têxtil infelizmente é uma indústria de
capital de trabalho que demanda muito capital de trabalho, ela intensiva também
em capital de trabalho especialmente no Brasil, que tem uma cultura um pouco
diferente da cultura nos EUA aonde, na verdade, o prazo de pagamento dos
nossos clientes nos EUA é muito curto, 15-30 dias.
No Brasil o prazo de pagamento dos nossos clientes (talvez vindo de uma cultura
inflacionária anterior) eram prazos mais longos. Além do mais, como nós temos
uma variedade muito grande de SKUs, nós produzimos cerca (e não estou
dizendo o ano), por coleção, coisa parecida com 3500 ou 4000 SKUs.
Para você manter lotes mínimos de produção que sejam adequados a ter um
custo de produção muito competitivo você acaba tendo que, para manter também
um order fill rate, um atendimento dos pedidos adequado aos nossos clientes,
você acaba tendo que ter estoques de produtos acabados dentro de um nível
satisfatório mínimo.
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Por melhor que seja nosso planejamento de demanda, especialmente num
momento de economia brasileira tão volátil como o que a gente tem, alguns meses
surpreendem positivamente bem. Por exemplo, fevereiro de 2016 não sei porquê,
mas é um mês que nos surpreendeu positivamente bem. Não tinha como,
baseado num rolling forecast, a gente estimar este número que tivemos de vendas
extremamente fortes em fevereiro de 2016.
Então, a gente faz um rolling forecast e este rolling forecast de 3 meses ele é
sujeito a algum erro e obviamente ele acaba definindo quais são os planos de
produção e este plano de produção leva a uma formação de estoques, que
também já seriam necessários um mínimo de estoque tendo em vista o número de
SKUs e tendo em vista a necessidade de uma indústria como a nossa atender
bem e servir bem os nossos clientes e ter um order fill rate out.
Isto tudo faz com que a indústria exija capital de trabalho elevado. A gente teve
algum descolamento do nosso capital de trabalho no ano passado? Tivemos.
Parte em função do câmbio porque obviamente parte do nosso capital de trabalho
que está nos EUA, a própria, vamos dizer, tradução daquele capital de trabalho
americano em reais ela muda pelo próprio efeito cambial, e em parte porque as
vendas no final do ano passado decepcionaram um pouco e a gente acabou
acumulando estoques de produtos acabados no Brasil um pouco mais do que
desejávamos. A indústria têxtil não é um barco que é tão fácil virar e tão rápido
virar. Você leva algum tempo para virar um pouco a capacidade de produção.
A gente vai ter muita disciplina no controle dos nossos estoques este ano.
Acreditamos que dá para trazer um pouco para baixo o capital de trabalho, mas
não tem muito milagre que se possa fazer tendo em vista a cultura da própria
indústria. Aliás, quando a gente pega um indicador da operação Atacado América
do Sul e vê o capital de trabalho utilizado por ela e compara com empresas
brasileiras semelhantes, do mesmo segmento nosso, a gente vai ver que o capital
de trabalho da nossa operação é relativamente semelhante ao capital de trabalho
de empresas congêneres a nossa Atacado América do Sul.
É que a gente é um misto, né: Tem isto, tem o varejo e tem ainda o Atacado
América do Norte, cada uma com sua característica.
Mas é um, por definição, um uso de capital importante da indústria têxtil como a
nossa, especialmente uma indústria que é integrada quase da fiação a décima
prestação quando a gente vende diretamente para o nosso consumidor.
Operadora: Senhoras e senhores, encerramos neste momento a sessão de
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perguntas e respostas. Passa palavra ao Sr. Josué para as considerações finais.
Sr. Josué: Bem, eu gostaria de agradecer mais uma vez a todos que
participaram, dizer que nós estamos à disposição através da Alessandra,
diretamente comigo, com o Roberto, para esclarecer dúvidas que vocês venham a
ter, reforçar o convite para aqueles que puderem até amanhã visitarem o espaço
Alves Guimarães aqui em São Paulo aonde vocês vão poder constatar a evolução
cada vez maior das nossas marcas, dos nossos designs, dos nossos produtos e
isto reconhecido pelos clientes todos e dizer que a gente está muito confiante.
É óbvio que 2016 não é um ano que macroeconomia brasileira vai ajudar. Acho
que não vai ajudar. Pelo contrário. As estimativas hoje que o mercado faz de nova
queda do PIB (e expressiva) acho que vão acabar se confirmando infelizmente. A
gente não está conseguindo como nação, como sociedade, resolver problemas de
governo, e executivo e legislativo, resolver problemas de uma maneira
minimamente aceitável para que a confiança dos agentes econômicos retorne e a
gente possa voltar a crescer.
Mas a nossa empresa ela, pelas suas marcas, pelas suas características, pela sua
escala de produção, pela sua competitividade, por ter acesso a mercados
internacionais com operações que estão robustas no mercado internacional, ela
tem uma base geográfica mais diversificada e tem uma liderança de mercado no
Brasil tão forte e o câmbio trazendo esta competitividade ainda maior a gente ir só
tem, vamos dizer, uma palavra, que é uma palavra de um otimismo moderado,
porque existem riscos.
E talvez, para encerrar, o risco que eu deveria destacar (que é hoje o que mais
nos preocupa) é, de fato, o risco de dar crédito a clientes no Brasil. Obviamente
isso nos preocupa. Talvez seja hoje, se vocês me perguntarem o que me tira o
sono é isto. Estamos rígidos com o crédito aos nossos clientes no Brasil.
Infelizmente o momento é um momento que exige cautela, às vezes a gente perde
até venda, mas a gente não pode dar crédito de maneira, vamos dizer, mais
tranqüila porque há riscos neste aspecto. Mas têm alguns outros riscos, uma
pequena, eu diria, vamos dizer, queda da economia argentina especialmente
neste primeiro semestre, mas é um ajuste promissor o que está acontecendo na
Argentina com a nova liderança do presidente Macri. Obviamente na transação
existe uma certa diminuição do ritmo da economia, uma certa queda no ritmo da
economia e especialmente neste primeiro semestre a gente acredita, por reajustes
de preços e de câmbio, mas estamos confiantes também lá.
Existe algum risco moderado também de um descolamento do preço da energia
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do submercado nordeste, onde temos boa parte do nosso consumo, versus os
submercados sudeste e sul, onde temos parte da nossa geração de alto consumo,
mas o grande risco hoje que me tira o sono é justamente crédito na economia
brasileira.
Mas, apesar disto, tendo em vista até mesmo a importância que temos para os
nossos clientes e, portanto, se ele tem que priorizar pagamentos para alguém tem
que priorizar para gente, eu diria que nós temos uma visão de moderado otimismo
em relação a 2016, apesar de uma percepção muito clara de que a macro
economia brasileira não vai andar bem.
Era isto e, de novo, reforçando o convite para que vocês possam estar presentes
hoje ou amanhã no nosso show room aqui em São Paulo e nos colocando à
disposição para outros esclarecimentos que vocês queiram.
Muito obrigado e boa tarde a todos.
Operadora: Encerramos neste momento a audioconferência da Springs Global.
Muito obrigada pela participação de todos. Tenham uma boa tarde.
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