Artigo de Divulgação O Aparelho Extra-Bucal de Thurow Modificado no Tratamento da Classe II com Mordida Aberta - Caso Clínico Modified Thurow Extraoral Appliance in the Class II With Open Bite Malocclusion Treatment - Clinical Report Ary dos Santos Pinto Resumo INTRODUÇÃO O uso de forças extra-bucais para o ajuste das relações interdentárias e intermaxilares é um procedimento rotineiro em Ortodontia e apresenta duas importantes variáveis quanto à sua aplicação clínica: a direção da aplicação da força e o ponto de aplicação da mesma. Em relação a esta última, normalmente, o aparelho extra-bucal é inserido em tubos acoplados às bandas dos molares superiores. Entretanto, combinações entre a tração extra-bucal e aparelhos removíveis também já foram propostas, como por exemplo, o “splint maxilar”, apresentado por Thurow em 1975. Este aparelho tem como efeito a restrição do crescimento da maxila, permitindo também, uma rotação anti-horária da mandíbula. O objetivo deste artigo é apresentar um caso no qual o aparelho extra-bucal de Thurow modificado foi utilizado no tratamento de uma Classe II com mordida aberta. A má-oclusão de Classe II é caracterizada por um relacionamento anteroposterior maxilo-mandibular alterado e é uma das más oclusões mais encontradas na população, chegando até a 42% da população do estado de São Paulo, com faixa etária entre 7 a 12 anos. Existem várias alternativas para o tratamento da má-oclusão de Classe II, que deverão ser empregadas de acordo com a identificação da área comprometida6. Quando esta má oclusão é uma conseqüência de protrusão da base óssea maxilar, é correto pensar-se em restringir os movimentos do arco superior durante o crescimento para se obter um equilíbrio com a mandíbula, para isto é indicado o uso do extra-bucal no arco maxilar. Os aparelhos extra-bucais podem ser usados individualmente ou combinados a aparelhos fixos ou removíveis14. A forma com que o aparelho extra-bucal atua sobre a maxila e mandíbula depende da Ary dos Santos Pinto* Lídia Parsekian Martins** Ana Cláudia Moreira de Melo*** Ricardo Fabris Paulin**** Luciane Oshiro**** * Palavras-chave: Aparelho extra bucal de Thurow modificado; Classe II; Mordida aberta. Professor Assistente Doutor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. ** Professora Assistente do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. *** Aluna do curso de pós-graduação, nível Mestrado, da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. **** Alunos do curso de graduação da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 57-62, jan./fev. 2001 57 direção da força aplicada, podendo esta ser cervical, alta (occipital) ou média (casquete de Interlandi)10,12. O aparelho extra-bucal tradicional é acoplado em bandas nos molares superiores, entretanto, THUROW13, em 1975, salientou que o uso destes dentes como ponto de aplicação da força do extra-bucal poderia gerar inclinação vestibular ou lingual, dependendo do tipo de tração utilizada, cervical ou occiptal, além do efeito ser predominantemente dentário com inclinação distal do primeiro molar. Este autor13 propôs, então, um aparelho extrabucal acoplado a uma placa de acrílico com cobertura oclusal de todos os dentes superiores erupcionados, que ele denominou de “Splint maxilar”. Segundo THUROW13, este aparelho proporcionava um controle em massa de todos os dentes superiores, em todas as direções, exceto mesiodistalmente. A cobertura de acrílico desocluía os dentes eliminando possíveis interferências oclusais durante a aplicação da força, o que não apenas facilitava o movimento dos dentes superiores, como também permitia a correção de deslocamentos mandibulares funcionais. Em 1979, JOFFE e JACOBSON 4 apresentaram o “Splint modificado”, que diferia do original de THUROW13 por ter acrílico cobrindo toda a mucosa do palato, e não apenas a oclusal e face palatina dos dentes superiores, além disso esta cobertura oclusal atingia apenas os dentes posteriores. O acrílico na região anterior do palato formava uma placa de mordida cuja altura era calculada de acordo com a altura da cobertura oclusal dos dentes posteriores. Os autores4 argumentavam que este dispositivo poderia conter o movimento para baixo e para frente do complexo maxilar e também restringir a erupção dentária, promovendo desta forma um giro mandibular anti-horário. O aparelho continha, ainda, um arco vestibular que poderia ser ativado caso fosse necessária a retração de incisivos. Vários outros tipos de aparelhos extra-bucais acoplados a aparelhos removíveis foram propostos na literatura, segundo CALDWELL et al.1 em 1984. Todos estes aparelhos têm em comum, a intenção de promover um efeito de controle vertical do crescimento da maxila, o que já provou ser um importante fator no tratamento das discrepâncias sagitais, como a Classe II2. Em 1991, HENRIQUES et al.3 descreveram o splint maxilar modificado que era composto por uma placa de acrílico que se estendia lateralmente às cúspides vestibulares dos dentes posteriores e anteriormente às superfícies palatinas dos incisivos. Segundo estes autores3 o acrílico deveria ser o mais fino possível para evitar qualquer translação dos côndilos ou aumentar a altura facial inferior. Foi proposto também a colocação de um torno expansor ao nível dos segundos molares decíduos para permitir ajustes laterais dos segmentos posteriores, evitando o desenvolvimento da mordida aberta posterior. O arco extra-bucal apresentava-se embebido em acrílico na região dos molares decíduos. A fim de aumentar a retentividade do aparelho os autores acrescentaram um arco vestibular e grampos de Adams. MENEZES et al.7 apresentaram em 1993, o tratamento de um caso de Classe II esquelética com mordida aberta anterior associada, no qual foi empregado o aparelho de Thurow com uma modificação do desenho original que consistia de um arco extra-oral convencional adaptado de forma que o arco interno ficasse posicionado sobre o sulco central dos molares e premolares superiores, e de um splint maxilar confeccionado em resina acrílica autopolimerizável envolvendo estes dentes. Apresentaremos um caso clínico no qual foi utilizado o aparelho extra-bucal de Thurow modificado para o tratamento de uma Classe II com mordida aberta. Este consistiu de um arco extra-bucal acoplado a um splint maxilar, com torno expansor e grade lingual. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 57-62, jan./fev. 2001 RELATO DO CASO CLÍNICO Exame clínico O paciente T.C.S., melanoderma, sexo masculino, 10 anos de idade, foi indicado para tratamento na Clínica de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araraquara tendo como queixa principal uma mordida aberta anterior. No exame geral foi constatado que a saúde do paciente era boa, não havia defeitos congênitos e os hábitos de higiene oral eram satisfatórios. A análise facial mostrou haver simetria, padrão dolicofacial, perfil convexo e altura facial inferior ligeiramente aumentada (fig. 1). Ao exame clínico foi diagnosticado uma Classe II divisão 1 subdivisão direita, coincidência de linhas médias superior e inferior, mordida aberta anterior, sobressaliência de 4 mm e curva de spee acentuada (fig. 2). O paciente apresentava também hábito de interposição lingual ao deglutir. Exame radiográfico Na análise da radiografia panorâmica (fig. 3) foi verificado que o estágio de formação radicular dos dentes permanentes assim como a seqüência e cronologia de erupção estavam normais. Na análise cefalométrica feita a partir da telerradiografia de perfil (fig. 4), observou-se que a maxila estava protruída em relação à base do crânio (SNA = 87°, A-Nperp = 4,4 mm) enquanto a mandíbula estava bem posicionada em relação à base do crânio (SNB = 81,3°). A mandíbula apresentava comprimento menor que o indicado (CoGn = 119mm) quando relacionada ao tamanho da mandíbula (CoA = 98,4mm). A análise vertical mostrou que a altura facial anteroinferior estava aumentada (AFM = 67,9 mm) e tendendo a um crescimento vertical (FMA = 33°). Quanto ao padrão dentário, os incisivos superiores estavam bem posicionados em relação às bases ósseas (1.NA = 23,7º, 1-NA = 3,3 mm) e os incisivos inferiores protruídos em relação às bases ósseas (1.NB = 32,5° e 58 FIGURA 1 - Fotos iniciais da face do paciente. FIGURA 2 - Fotos iniciais intra-bucais. FIGURA 3 - Radiografia panorâmica inicial. 1- NB = 7 mm). O plano oclusal apresentava boa inclinação em relação à base do crânio (SN.Pocl = 14,8°). Na análise de perfil confirmou-se o perfil convexo por meio do ângulo nasolabial de 152,8° e linha H-nariz de 6mm. Diagnóstico Objetivos do tratamento De acordo com a análise intra-bucal, facial e cefalométrica, diagnosticou-se que o paciente era portador de uma Classe II com protrusão de maxila e mordida aberta anterior. Correção da relação maxilo-mandibular anteroposterior e vertical. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 57-62, jan./fev. 2001 Plano de tratamento Aparelho extra-bucal de Thurow 59 modificado com torno expansor, grade lingual e cobertura acrílica nos molares, com direção da puxada para cima e para trás. A incorporação da grade lingual teve como objetivo conter a interposição lingual devido à mordida aberta já existente e também à causada pelo acrílico oclusal na região dos dentes posteriores. A ponte acrílica afastada do palato direciona a ação da força exclusivamente sobre a oclusal dos dentes. Pode também ser incorporado um torno expansor, quando houver necessidade de adequação transversal do arco superior. Este aparelho tem a finalidade de conter o crescimento vertical de maxila e permitir uma rotação anti-horária da mandíbula, tendo como resultado uma adequação do terço inferior da face, pro- FIGURA 4 - Telerradiografia de perfil inicial. FIGURA 5 - Aparelho extra-bucal de Thurow modificado. FIGURA 6 - Fotos intra-bucais após 4 meses de uso do aparelho. porcionando um correto posicionamento maxilo-mandibular. Tratamento O tratamento foi iniciado, conforme planejado, com a instalação do aparelho extra- bucal de Thurow modificado (fig. 5). A fim de se obter um maior controle da força aplicada, o arco externo do extra-bucal foi cortado na altura dos 1ºs molares permanentes superiores e foi angulado levemente para cima proporcionando uma força para trás e para cima. Dessa forma, a força gerada pelo elástico passava próximo à tuberosidade maxilar onde se localiza o centro de resistência da maxila8, com a finalidade de restringir o crescimento vertical da mesma. Foi usado elástico elefante médio que proporcionou uma força de 500gr de cada lado e o paciente foi orientado a trocar o elástico a cada semana. FIGURA 7 - Sobreposição dos traçados cefalométricos iniciais e finais do paciente tratado com o aparelho extra-bucal de Thurow modificado. A grade lingual foi colocada para evitar a interposição lingual durante a deglutição e foi indicada ativação do torno expansor durante o primeiro mês do tratamento a cada semana a fim de adequar o arco transversalmente. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 57-62, jan./fev. 2001 A indicação do uso do aparelho foi de 14 horas por dia e o paciente mostrou-se colaborador com o tratamento proposto. Como o paciente estava em fase de dentadura mista, com a erupção dos premolares, a cada 60 sessão eram realizados desgastes no acrílico para permitir a erupção dos mesmos. Após 4 meses de uso, já observavase a correção da situação vertical (fig. 6) além de uma melhora na relação anteroposterior maxilo-mandibular (SNA = 87º, SNB = 84º e ANB = 3°). O plano palatino aumentou levemente durante o tratamento (F.Pp = 4°), sugerindo um giro no sentido horário, que favoreceu a correção da mordida aberta anterior. Observamos também uma melhora no perfil com uma redução no ângulo nasolabial (112°). A sobreposição total dos traçados cefalométricos inicial e final (fig. 7), mostrou que houve restrição do crescimento maxilar tanto no sentido anteroposterior como vertical, enquanto a mandíbula projetou-se mais para frente que no sentido vertical, ou seja, o contrário do que se esperaria no crescimento normal (fig. 8). A sobreposição parcial da maxila mostrou ter havido controle de erupção do molar e extrusão dos incisivos, enquanto que a sobreposição parcial da mandíbula mostrou ter havido controle de erupção dos molares e incisivos e acentuado crescimento condilar. Um ano após o início do tratamento foi indicado o uso do aparelho apenas durante à noite como contenção (fig. 9). Não foi indicado o uso de nenhum outro aparelho, e o paciente compareceu regularmente às consultas para que fosse acompanhada a erupção dos dentes permanentes. DISCUSSÃO A utilização de aparelhos extra-bucais é uma alternativa para o tratamento de más oclusões Classe II quando é identificada uma protrusão da base óssea maxilar. Estes aparelhos podem ser utilizados acoplados à bandas nos molares superiores ou até mesmo associados a aparelhos removíveis. Quando a Classe II com protrusão maxilar apresenta-se associada a uma mordida aberta de origem esquelética, isto é, resul- FIGURA 8 - Sobreposição dos traçados cefalométricos iniciais e finais de um paciente Classe II com mordida aberta sem tratamento. tante de um padrão vertical de crescimento, devido a um menor desenvolvimento do ramo ou crescimento vertical do côndilo diminuído, pode ser indicado a utilização de uma modificação do “Splint maxilar” de THUROW13. O aparelho utilizado para o tratamento deste caso foi uma modificação do “Splint maxilar” proposto por THUROW13, em 1975. Consistiu de um arco extra-bucal acoplado a uma placa de acrílico com cobertura oclusal na região de molares, além de torno expansor e grade lingual. Segundo TEUSCHER11,12, a localização do centro de resistência da maxila é em algum lugar na área do aspecto póstero-superior da sutura zigomaticomaxilar. O prognóstico da reação à aplicação da força é feito de acordo com a direção desta em sua relação a este centro de resistência. No caso apresentado, pôde ser observado um controle da maxila tanto no sentido vertical como anteroposterior, conseguido devido à aplicação da tração alta e do direcionamento da força de forma a, supostamente, passar próxima ao centro de resistência da maxila8. Com relação à quantidade de força aplicada, indica-se que seja superior a 350 gramas para que haja uma ação ortopédica, além de uma ação de restrição da erupção dentária. Quanto à duração da força, esta deve ser aplicada de forma intermitente de 12 a 16 horas por dia, diferente de quando se quer uma ação dento-alveolar quando deve permanecer atuando de forma contínua, isto é, próximo a 24 horas por dia9. Como era nossa intenção obter uma ação ortopédica utilizamos o elástico de forma a atingir uma força equivalente a 500 gramas de cada lado e o aparelho foi utilizado de FIGURA 9 - Fotos finais intra-bucais do paciente. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 57-62, jan./fev. 2001 61 forma intermitente (14 horas por dia). Este aparelho é indicado na fase de dentadura mista para um melhor aproveitamento das qualidades ortopédicas e uma menor ação dentária o que não acontece quando o aparelho é aplicado na fase de dentadura permanente, conforme apresentado por MENEZES et al.7. A mandíbula, por sua vez, mostrou rotação anti-horária, o que favoreceu a correção da relação maxilo-mandibular anteroposterior e também da mordida aberta anterior. Pode ser afirmado, que apesar deste aparelho não ter uma ação direta sobre a mandíbula, ao agir sobre a face média permite que a mandíbula complete seu crescimento normal, contribuindo para a correção da displasia anteroposterior5. CONCLUSÃO Abstract serted on buccal tubes on the first upper molars, although combinations of extraoral traction and removable appliances have also been proposed, as for example, the “Maxillary splint”, presented by Thurow in 1975. This appliance restricts the upper jaw growth and also allows a counterclockwise rotation of the mandible. The aim of this article is to present a clinical report in which a modified Thurow maxillary splint was used in the treatment of a Class II with open bite malocclusion. The use of extraoral force to teeth and jaws relationships is a routine procedure in Orthodontics and presents two important variables in terms on its clinical application: the direction and attachment mechanism of the applied force. About the last one, generally the extra-oral appliance is in- O aparelho extra-bucal de Thurow modificado mostrou ser capaz de restringir o crescimento da maxila tanto no sentido vertical como anteroposterior além de permitir uma rotação da mandíbula no sentido antihorário, o que é indicado no tratamento dos casos de Classe II com mordida aberta. Key-words: Class II malocclusion; Modified Thurow extra oral appliance; Open bite. REFERÊNCIAS 1 - CALDWELL, S.F.; HYMAS, T.A.; TIMM, T.A. Maxillary traction splint: a cephalometric evaluation. Am J Orthod, St. Louis, v.85, p. 376-384, 1984. 2 - FOTIS, V. et al. Vertical control as an important ingredient in the treatment of severe sagittal discrepancies. 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Endereço para correspondência Ary dos Santos Pinto Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP) - Departamento de Clínica Infantil Rua Humaitá, 1680 - Centro - C.P. 331 CEP. 14801-903 - Araraquara - SP R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 1, p. 57-62, jan./fev. 2001 62