reformas religiosas

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BIBLIOGRAFIA: LUIZETTO, Flávio. Reformas Religiosas. Contexto. São Paulo:
contexto.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Pioneira. São
Paulo
REFORMAS RELIGIOSAS
 É preciso situar a Reforma em um quadro de referências
mais amplo, que relaciona-se com a desagregação das
estruturas tradicionais
 Transformações econômicas, políticas, sociais e culturais
assinalaram a passagem da Idade Média para a Idade
Moderna;
 Igreja em crise
 A burguesia crescia em importância;
 Desenvolvimento do nacionalismo nos
estados modernos;
 Renascimento despertava a liberdade de
crítica;
 Abismo entre o que a Igreja pregava e o que fazia;
o Venda de cargos eclesiásticos
o Indulgências;
o Relíquias sagradas;
 A Igreja havia se distanciado de seus princípios;
 Esses abusos, no entanto, não foram a principal razão da
Reforma.
 A Igreja condenava a usura e o comércio;
 Pregava o justo preço e condenava o lucro
desmedido;
 O problema dos abusos eclesiásticos, entre eles o das
indulgências, não podem ser vistos como única causa da
Reforma, visto que no século XVI, não eram novidade.
28.02.14
 Tiago / Eduarda
 É preciso localizar a Reforma em uma série de
circunstâncias adversas que afetaram o conjunto da vida da
cristandade na Europa ocidental nos séculos precedentes.
 A Igreja estava em descompasso com o tipo de economia
que se fazia presente a partir do século XV
 Banqueiros e comerciantes sentiam-se
incomodados;
 A burguesia buscava uma religião que não
interferisse em suas atividades;
o Foi nessa categoria que o
protestantismo encontrou aceitação.
 A burguesia conhecia a verdadeira riqueza (abundância,
dinheiro, joias), orgulhava-se de sua importância social,
poder material e independência; objetivava ganhar
dinheiro.
 Fortaleciam-se as monarquias nacionais
 Definiam-se fronteiras
 Centralizava-se o poder;
 Reação contra as possessões eclesiásticas e a arrecadação
de tributos pelo clero;
 Crescia o desejo de confiscar terras da Igreja.
 O prestígio da Igreja estava abalado.
 A Reforma não foi resultado da ação isolada de indivíduos.
 Não se trata de questionar a importância de
Calvino e Lutero.
o Apresentaram soluções religiosas às
necessidades espirituais de uma
cristandade duvidosa da liturgia e
dos dogmas da Igreja.
 Crise de religiosidade sem precedentes.
 A ideia de reforma não surgiu no século
XVI.
 Nos séculos anteriores as reivindicações
reformistas eram de outra natureza: uns
falavam em reforma clerical, outros em
reforma geral da Igreja (aspectos Adm., legal,
Moral, intelectual).
A origem e difusão da Reforma.
 O século XIV foi marcado pela desorganização econômica e
social da Europa. Trilogia de catástrofes: fome, epidemias e
guerras.
 Adversidades: a vida cotidiana dominada pela insegurança
quanto ao presente e incerteza quanto ao futuro (medo de
doenças e saques).
 O clima de desesperança desintegrou as
referências morais.
 O medo do contágio  evitava-se
contatos familiares e sociais.
A incerteza e insegurança atingiram a vida terrena e a vida
após morte.
 Busca de culpados:
o Surgiram preconceitos, ódios, perseguições e
chacinas.
 Os forasteiros eram acusados de
disseminar epidemias.
 As explicações:
o Eram atribuídas a fatores extraterrenos.
 A ação de Deus se manifestava nas coisas
boas e também nas ruins.
 As catástrofes eram vistas como sinal
divino de reprovação à vida pecaminosa,
aos hábitos desregrados e corrupção dos
costumes.
 O medo de perder a alma gerou inquietações e angústias
espirituais.
 Para aplacar a ira divina era preciso aumentar o índice de
boas obras, cumprir os mandamentos; seguir os
ensinamentos da Igreja; praticar a caridade, Intensificar
orações e peregrinações; frequentar a missa com
regularidade.
o Exacerbação dos atos religiosos.
o A vida individual e social tornou-se saturada de
concepções de fé.
 As atenções voltaram-se para a quantidade de boas obras:
construção de capelas, doação de bens e heranças, missas,
peregrinações, orações, jejuns.
 Um exército de bênçãos especiais jorrava ao
lado dos sacramentos.
 Relíquias, os amuletos e a galeria de
santos cada vez maiores.
 O espaço das indulgências
tornou-se cada vez maior.
 Rotinização das práticas:
 Perda do sentido religioso. O espiritual e o
temporal praticamente se confundiam.
 Os fiéis pediam mais sacramentos, mais santos,
mais misticismo.
 A Igreja não conseguia mais atender às
necessidades espirituais dos cristãos e
reverter o quadro de medo, angústia e
desespero.
 O exagero da religiosidade e das boas obras não alterava as
condições materiais e os espíritos aflitos não encontravam
a paz procurada.
Acreditava-se que as boas obras não eram ainda
suficientes. O desejo de dar respostas à angústia do povo
A Difusão da Reforma.
 Expansão rápida;
 Perseguições;
 Imigração;
 Já não era mais conveniente que a Igreja detivesse o poder
temporal e espiritual. O Estado desejava submeter a Igreja
e confiscar suas terras.
 Os monarcas apoiaram o movimento protestante como
pretexto para anular a política da Igreja.
 A Reforma encontrou na nobreza um campo favorável para
sua propagação. Os nobres em dificuldades com a crise feudal,
viam nos bens da Igreja uma forma de ampliar seus domínios
e superar suas dificuldades.
 Também nos setores populares, (Alemanha) o luteranismo
encontrou eco:
 Muitos trabalhadores eram servos em terras da
Igreja. Lutero não apoiava as revoltas
camponesas, o que lhe trouxe o apoio dos
príncipes alemães, interessados nas terras.
 Eram muitas as vozes insatisfeitas com a vida religiosa.
 Defendiam a vida religiosa simples da época dos
apóstolos;
 Queriam combater os excessos praticados pelo
clero;
 Só com Lutero e Calvino é que as massas foram atraídas e
sensibilizadas.
 O fato é que as ideias de Lutero e Calvino delimitaram com
clareza um antes e um depois na vida religiosa do ocidente.
 No século XVI, o debate religioso mudou de teor e sentido.
 A tônica do movimento incidiu sobretudo na questão
doutrinal.
 Lutero não desejava ver o cristianismo dividido;
 Os humanistas aplicaram o método crítico nas ciências
religiosas:
o Exame atento das fontes do cristianismo;
o Revisão dos textos bíblicos;
 O humanismo preparou a Reforma em dois sentidos:
 Retorno à Bíblia;
 Insistindo em uma religião interior que
desvalorizava a hierarquia, o culto dos santos e
as cerimônias.
Lutero – A Doutrina da Justificação pela Fé.
o A confissão luterana tem como
espinha dorsal:
o Doutrina da justificação pela fé.
o Doutrina do sacerdócio universal.
o Doutrina da infalibilidade única da
Bíblia.
 O ponto de partida de Lutero é a crítica doutrinal à Igreja e
não a reprovação à conduta do clero.
 Toda a sua indignação era contra a adulteração do
evangelho.
 Criticava o tráfico de salvação, via as indulgências como
falsa sensação de segurança.
o Lutero sentiu necessidade de divulgar suas conclusões para a
Santa Sé e demais pessoas.
o Queria apenas corrigir um equívoco de
interpretação do evangelho.
o Defendia uma vida religiosa menos mecânica, mais voltada
para a introspecção, oração e leitura da Bíblia.
o A Alemanha ficou dividida em duas áreas religiosas: norte
luterano e sul católico.
o A Igreja Católica perdeu terras e
tributos.
o O luteranismo expandiu-se basicamente na Alemanha e países
escandinavos (Dinamarca, Noruega e Suécia), regiões rurais e
pouco desenvolvidas comercialmente. Suas características
eram adequadas à doutrina de Lutero, que visava expropriar
as terras da Igreja Católica.
o A ética religiosa luterana pouco atraia a burguesia comercial,
pois condenava o comércio de forma mais rígida que o
catolicismo. Segundo Lutero, o comércio foi inventado pelo
diabo e sancionado pelo papa.
o Não era ainda essa Reforma que atenderia totalmente aos
anseios da burguesia comercial.
A REFORMA NA INGLATERRA
 A Inglaterra era um dos países de maior desenvolvimento
comercial na Europa.
 Apesar de estar politicamente centralizada, a Igreja Católica
era muito forte.
 O rompimento com a Igreja Romana se deu no reinado de
Henrique VIII.
 O monarca era casado com Catarina de Aragão e
tinha apenas uma filha.
 Catarina era princesa espanhola e tia de Carlos
V, rei da Espanha e imperador do Sacro Império
Romano –Germânico, aliado do papa.
 Temia que após sua morte os espanhóis dominassem a
Inglaterra, pois sua filha estava prometida em casamento a
Felipe, filho de Carlos V, herdeiro do trono espanhol.
 Para evitar tudo isso, era preciso que Henrique VIII tivesse um
filho, mas Catarina tornara-se estéril.
 Para não desagradar a Carlos v, o papa recusou o pedido de
Henrique VIII.
 Entre 1531 e 1534 o monarca inglês rompeu
com a Igreja Católica. Confiscou bens e
proibiu pagamento de rendas ao papa.
 Nascia assim a Igreja Anglicana, tendo como diferença apenas
a autoridade máxima: o rei, no lugar do papa.
 Não haviam grandes diferenças em
relação à Igreja Católica.
 O calvinismo também criou raízes na Inglaterra, o que gerou
conflitos com os anglicanos já no século XVII, provocando as
.
Calvino- Doutrina da Predestinação.
 A doutrina da predestinação é a marca distintiva do
pensamento religioso de Calvino, é o ponto em que sua
doutrina se distancia do luteranismo (fé) e do catolicismo
(boas obras).
 Calvino publicou em 1536, a sua teologia, no livro: Instituição
da Religião Cristã, onde define a noção de predestinação,
decreto de deus com o destino de cada homem.
 Uns se salvarão outros não. Predestinação à vida ou à morte.
 A doutrina da predestinação contém dois aspectos básicos:
 Mistério: não se pode conhecer as razões da
predestinação nem para a vida nem para a morte.
 Imutabilidade do decreto de Deus. Não se muda a
predestinação.
 Quem já tem a graça de Deus não a perde, mas quem não a
tem, também não a alcança.
 Onisciência divina.
Ansiedade dos fiéis
 À medida que atraia adeptos, o Calvinismo enfrentou o
problema de responder-lhes quem era predestinado ou
não.
 Segundo o Calvinismo, não havia sinal que diferenciasse um
eleito de um condenado.
 Todos deviam considerar-se escolhidos: falta de fé = graça
imperfeita.
 Tanto o Catolicismo quanto o Luteranismo tinham suas
respostas para o problema da salvação, eficazes do ponto
de vista psicológico.
Trabalho e Salvação
 O calvinismo recomendava aos fiéis dedicação com afinco e
intensidade ao trabalho. Era essa a forma de afastar as
dúvidas e obter a certeza da graça.
 O êxito no trabalho é sinal de graça perfeita.
 O adepto do Calvinismo, fugindo do ócio dedicou-se
intensamente ao trabalho, alcançando sucesso e criando a
sua própria salvação ou a convicção disso.
 A conduta de vida dos calvinistas era a vida
austera, sóbria, frugal.
 O calvinista era estimulado a trabalhar e proibido de gastar.
 Sucesso profissional = certeza da bem aventurança.
 O calvinista só podia usar a riqueza de modo produtivo, isto
é, no processo de acumulação capitalista. Daí a relação
entre o ascetismo laico do calvinismo e o fenômeno da
acumulação de capital.
 Segundo Max Weber
 O racionalismo econômico é determinado pela
capacidade e disposição dos homens em adotar
certos tipos de conduta racional. Onde essa
conduta foi obstruída por obstáculos espirituais, o
desenvolvimento de uma conduta econômica
também encontra resistência interna.
 Weber aborda a influência de determinadas ideias
religiosas na formação do espírito econômico, ou
do ethos, de um sistema econômico, no caso
específico, trata-se da ligação entre o espírito da
vida econômica moderna com a ética racional do
protestantismo ascético.
 Weber relaciona o ascetismo laico calvinista e o fenômeno
da acumulação de capital.
 Pobre era suspeito de preguiça, o que
constitui uma injúria a Deus.
 Weber diz que as áreas mais ricas e mais
desenvolvidas
economicamente,
aderiram ao protestantismo no século
XVI.
 Os protestantes demonstraram ao longo do tempo uma
tendência específica para o racionalismo econômico, o que
não pode ser observado entre os católicos, a razão está em
suas crenças religiosas.
 Há quem considera o Calvinismo
como responsável pela essência da
economia capitalista.

É bom lembrar que nem
todas
as
denominações
protestantes
tiveram
essa
influência, mas, o calvinismo é
que se destacou e segundo
Weber, parece ter promovido o
desenvolvimento do espírito do
capitalismo.
 Calvino admitia que haviam indícios da predestinação. Para
ele Deus organizou todas as coisas por determinação de
sua vontade e atribuiu a cada um uma vocação particular,
cujo objetivo era a sua glorificação.
 Assim, o capital, o crédito, os bancos e o grande comércio
seriam desejados por Deus.
 O pagamento de juros seria tão natural quanto o
pagamento de uma renda pela utilização de uma terra.
 Calvino dessa maneira justificava a moral burguesa. Assim,
o desenvolvimento da atividade comercial facilitou o
surgimento do calvinismo, e este, impulsionou-a, na
medida em que a justificava.
 A formação do sistema capitalista foi muito facilitada pelos
valores do calvinismo, que encorajava o trabalho e o lucro,
condenando os prazeres e os gastos.
 O dinheiro acumulado não era
desperdiçado, mas reinvestido.
 Lembra – te de que tempo é
dinheiro
Segundo Weber
 O trabalho e a parcimônia junto com a pontualidade e
justiça devem ser atributos da criação de um jovem.
 Essa filosofia da avareza parece ser o ideal de um
homem honesto e de crédito reconhecido, e acima de
tudo, a ideia do dever de um indivíduo com relação ao
aumento de seu capital, que é tomado como um fim
em si mesmo.
 O que aqui é pregado não é uma simples maneira de
viver, mas uma ética (dever para com Deus e a
sociedade) peculiar, um ethos (convicção interior).
 O conceito espírito do capitalismo equivale a uma
ética orientadora da vida (é o espírito do capitalismo
moderno Europa e Eua).
 A finalidade última da vida é fazer dinheiro e não realizar
desejos materiais.
 O espírito do capitalismo gera um padrão de vida definido
que exige sanções éticas (racionalização da produção,
reinvestimento de capitais).
 Na ótica calvinista o trabalho deve ser executado como um
fim em si mesmo, como uma vocação.
 Para Weber, as pessoas com formação religiosa
específica (calvinistas) combinam a capacidade de
concentração mental e a obrigação com o próprio
trabalho com uma economia rígida que calcula a
possibilidade de altos lucros. Possuem um autocontrole
e uma parcimônia (costume de poupar e economizar)
que aumentam a capacidade de produção.
 A postura de muitos capitalistas, hoje, tem a ver com
máximas, éticas ou ideais religiosos:
 Trabalhar para garantir o futuro dos netos e
dos filhos; trabalho é parte necessária da vida.
 Enquanto as práticas capitalistas estiveram presas às tradições
da Igreja, havia certa indiferença ou tolerância, mas era algo
perigoso para a salvação devido ao perigo de choque com a
doutrina católica sobre a usura.
 Não se pode atribuir aos reformadores, a divulgação do
espírito do capitalismo como finalidade de vida. A salvação
da alma era o único ponto angular de suas vidas e obras.
 Não se pode interpretar a Reforma como “consequência
histórica necessária de certas mudanças econômicas”.
 O capitalismo como sistema econômico não é produto da
Reforma, nem o espírito do capitalismo surgiu em
decorrência dela; existiam forças capitalistas anteriores à
Reforma.
 É preciso estabelecer coligações entre o movimento religioso
e a ética vocacional, de modo que se possa esclarecer como o
movimento religioso agiu sobre o desenvolvimento da cultura
material.
1. O que nos interessa é perceber a influência das sanções
psicológicas, que originadas da crença religiosa e da
prática da religião orientavam a conduta e a ela
prendiam o indivíduo.
2. A forma de saber se se era ou não portador de um
estado de graça fez surgir uma conduta ascética que
significou um planejamento racional de toda a vida do
indivíduo, conforme a vontade de Deus.
 A perda de tempo é o principal pecado, não se pode perder
tempo através da vida social (ócio, luxo, sono além do
necessário).
 Toda hora perdida no trabalho é uma perda
de tempo para a glorificação de Deus.
 É agradável a materialização de sua vontade
no trabalho.
 Trabalho: glorifica a Deus
 Preventivo contra as tentações
 É a própria finalidade da vida.
 Falta de vontade de trabalhar é sinal
de ausência do estado de graça.
 Vocação certa é sinal de trabalho
rendoso e racional.
 A riqueza é condenável eticamente
na medida em que constitui uma
tentação para a vadiagem e
aproveitamento pecaminoso da vida.
 O ascetismo protestante, rompia os grilhões da ânsia do lucro,
valorizava o enriquecimento racional, sendo contra o uso
irracional da riqueza.
 O labor vocacional constante e sistemático é o mais alto
instrumento de ascese e mais segura prova da redenção
(resgate) da fé e do homem. Eis aí o Espírito do capitalismo.
 A compulsão ascética à poupança gera acumulação de capital.
A riqueza só pode ser usada nesse sentido, de forma
produtiva, como investimento de capital.
 A concepção de vida puritana favoreceu o desenvolvimento
de uma vida econômica racional burguesa.
 Com o tempo uma ética especificamente burguesa
surgiu, onde o burguês podia agir conforme seus
interesses pecuniários, e o poder da ascese religiosa
colocava à sua disposição trabalhadores sóbrios,
conscientes, esforçados, que viam o trabalho como
única finalidade de vida desejada por Deus.

Com comportamento sóbrio, frugal, e
operosidade constante, o fiel evitava usufruir das
riquezas e restringia o consumo voluntariamente.
 Essa ética porém, não condenava a acumulação proveniente
do trabalho e a sua inevitável consequência: a acumulação de
riqueza. Enriquecer sem ostentação não era desobediência à
religião.
 Para o calvinista a prosperidade era o prêmio de uma vida
santa.
 O calvinismo expandiu-se para países onde o comércio era
desenvolvido.
 Na França, seus fiéis ficaram conhecidos como huguenotes;
na Inglaterra, como puritanos; na Escócia, como
presbiterianos; e na Holanda fundaram a Igreja Reformada.
 Após esse impulso inicial, o capitalismo libertou-se do abrigo
de um espírito religioso e a busca de riquezas passou a
associar-se a paixões puramente mundanas.
A Contra –Reforma
 O gesto de Lutero não chegou a preocupar o papa, a princípio.
 A Contrarreforma manifestou-se de várias maneiras:
 Vontade deliberada de fazer desaparecer o protestantismo.
Roma aprovava as ofensivas militares empreendidas pelos
príncipes católicos contra protestantes.
 Utilizou-se de guerras, missões, fundação de colégios e
Universidades e pressões variadas para asfixiar o
protestantismo.
 Restabeleceu –se a inquisição em 1542.
 A Igreja contava também com o fanatismo religioso.
 Surgiram novas congregações que queriam viver em pequenas
comunidades cuidando dos necessitados e levando o
evangelho às massas. Não queriam viver isolados.
 Roma passou a incentivar esse tipo de congregação
 Destaque para a Cia de Jesus. Papel de vanguarda no processo
de renovação da vida religiosa em geral e do clero em
particular.
A companhia de Jesus - 1534
Características:






Vitaliciedade do superior;
Organização hierárquica do tipo militar;
Disciplina rígida;
Submissão e obediência;
Cultura geral aprimorada;
Acreditava que era preciso ser obediente à vontade e
autoridade dos representantes de Deus e acatar as ordens da
Igreja e seus ensinamentos.
 Voto de obediência, pobreza, castidade e educação superior.
 Formou-se uma elite sacerdotal
 Ela correspondia às necessidades da Igreja naquele momento
 Logo passaram a monopolizar as cadeiras de Filosofia e
Teologia e aos poucos toda a vida intelectual da Europa .
 Os jesuítas logo passaram a frequentar os castelos, como
professores e confessores dos príncipes e aristocratas,
influenciando na condução dos negócios do Estado.
 A Cia de Jesus tornou-se uma potência religiosa e política.
O Concílio de Trento: funções assumidas.
o Trabalho de reforma moral do clero
o Refutar as heresias protestantes
o Confirmar as doutrinas católicas
 O concílio consolidou a posição da Igreja.
 Forneceu um corpo de doutrina claro , preciso e rigoroso.
 As doutrinas de Calvino e Lutero foram refutadas.
 Refutou-se o biblicismo protestante.
 A doutrina das boas obras foi confirmada.
 Uso de missal, breviário e prática do catecismo.
 O Index Librorum Prohibitorum foi reeditado
 Maior preocupação com a formação moral, religiosa e
intelectual do clero.
 Reforma da vida clerical:
precisava-se de sacerdotes
instruídos, conscientes e dedicados.
 Voto de pobreza e castidade- religião deixa de ser uma forma
fácil de ganhar a vida.
Formação dos Estados Nacionais Modernos
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