Conselho Consultivo para o Hemisfério Ocidental diz que FMI

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Comunicado de Imprensa nº 10/277 (P)
PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA
2 de julho de 2010
Fundo Monetário Internacional
Washington, D.C. 20431 EUA
Conselho Consultivo para o Hemisfério Ocidental diz que FMI dever buscar equilíbrio
entre economia e política
O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve buscar um melhor equilíbrio entre questões
econômicas e políticas, e aproveitar sua experiência em diversos países para aprofundar seu
envolvimento com o hemisfério ocidental e aumentar a eficácia de suas recomendações
econômicas, um grupo de experts recomendou hoje.
A recomendação foi feita ao Diretor-Geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, durante a
reunião inaugural do Conselho Consultivo Regional para o Hemisfério Ocidental, um painel
independente de especialistas de alto nível constituído recentemente para prestar assessoria
ao FMI em seu trabalho na região, em San José, Costa Rica, nos dias 1º e 2 de julho.
O grupo é formado pelos ex-presidentes Oscar Arias, da Costa Rica, Ricardo Lagos, do
Chile, e Tabaré Vazquez, do Uruguai; por Paul Martin, ex-Primeiro Ministro do Canadá;
Enrique Iglesias, Secretário Geral Ibero-Americano e ex-Presidente do BID; pelos
ex-ministros Francisco Gil-Diaz, do México, e Jose Luis Machinea, da Argentina; por
Arturo Cruz, ex-Embaixador da Nicarágua nos Estados Unidos; Carla Hills, exRepresentante Comercial dos Estados Unidos; Demetrio Magnoli, da Universidade de São
Paulo; e Robert Shapiro, Diretor do Progressive Policy Institute, dos Estados Unidos.
Nicolas Eyzaguirre, diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, coordena o
grupo.
Como parte de uma iniciativa mais ampla para estreitar seu compromisso com os países
membros, e adaptar melhor sua assessoria em política econômica às circunstâncias
específicas de cada país, o FMI instituiu cinco Conselhos Consultivos para a África,
Américas, Ásia e Pacífico, Europa e Oriente Médio. Os grupos exercem uma função de
assessoria independente e trazem diferentes perspectivas ao trabalho do Fundo nas diversas
regiões. Cada conselho formados por nomes conceituados dos setores público e privado, da
esfera acadêmica e da sociedade civil.
“A melhor estratégia para enfrentar a crise global é, primeiro, aceitar que o mundo é
verdadeiramente globalizado e que não existe mais lugar para ficar sozinho. Economias
grandes e pequenas devem trabalhar juntas de forma integrada. Esperamos que esse ilustre
grupo nos ajude a aprimorar o trabalho do Fundo nas Américas trazendo uma perspectiva
distinta em temas fundamentas para a região e ampliando a nossa compreensão dos temas
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que mais preocupam os principais atores políticos e econômicos”, disse Dominique StraussKahn ao Conselho.
A reunião foi aberta com um debate sobre a economia global e as preocupações que ainda
persistem. Oscar Arias, moderador da primeira sessão, disse: “A América Latina precisa
recuperar o tempo perdido. Dar um salto de desenvolvimento, necessário às nossas
populações, está em nossas mãos”. O grupo também debateu o impacto da crise global na
América Latina e quais lições pode-se tirar das respostas de cada país. “Devemos analisar a
forma com que nossas economias efetivamente se integram à economia global. Os países
latinos deveriam falar com uma só voz e alcançar isso é um enorme desafio para a nossa
região. Nós não podemos desperdiçar a oportunidade que a próxima reunião do G-20 nos
oferece para influenciar a agenda internacional”, disse Ricardo Lagos, ex-presidente do
Chile, em suas observações finais.
Durante a mesa-redonda moderada por Paul Martin, ex-Primeiro Ministro do Canadá, os
participantes discutiram a estrutura de governança do Fundo, a voz e a representação das
economias emergentes e o trabalho de monitoramento econômico da instituição. “É
importante que o Fundo encontre um bom equilíbrio entre suas recomendações técnicas e o
contexto e processo políticos em cada país. Além disso, o Fundo deveria aproveitar melhor
sua experiência nos diferentes países para melhorar seu aconselhamento”, Martin concluiu.
Os membros do Grupo Consultivo enfatizaram a importância da iniciativa do Fundo de
buscar diferentes perspectivas sobre os temas mais importantes e colher impressões sobre
como adaptar melhor seu trabalho à realidade política e econômica dos países membros.
“As opiniões que os membros do Conselho Consultivo compartilharam conosco nesta
primeira reunião são extremamente importantes. Se, como resultado dessa crise, todos nos
entendermos que devemos trabalhar juntos, e mostrar liderança global, esta será uma
conseqüência positiva da crise para o futuro da economia global”, concluiu Strauss-Kahn.
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