Apresentação em pôster “A DOENÇA CRÔNICA NA FAMÍLIA” Nubia de Souza Abreu1; Vrgínia Barbosa 2 Discentes do Curso de Psicologia do CES-JF. Doenças Crônicas, Família, Pacientes Crônicos, A fim de não somente introduzir a temática, como também verificar as quantas andam a prevalência das Doenças Crônicas ao redor do mundo, a seguir tem-se a oportunidade de se verificar um breve e significativo levantamento de dados. Segundo Machado (2006), a Doença Crônica representa uma das principais causas de morte no mundo. No ano de 2005 obteve-se 35 milhões de óbitos, quase 60% da mortalidade mundial e 45,9% da carga global de doenças. A autora diz que a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que se essa tendência for mantida, as Doenças Crônicas irão responder por 73% dos óbitos e 60% da carga de doenças no ano de 2020. Machado (2006) explica que os países pertencentes às Américas e ao Caribe são marcados pelo fato de que as doenças crônicas chegam a ser a causa de 75% dos óbitos, sendo doenças cardiovasculares as responsáveis por 30% das mortes, cujos fatores de risco são a hipertensão, o tabagismo, o colesterol elevado, a obesidade, o sedentarismo e a má alimentação. De acordo com Machado (2006), a rápida ascensão das Doenças Crônicas representa um grande desafio para o setor de saúde. Os programas considerados “bem-sucedidos” são aqueles que adotam um modelo multidimensional e incorporam diversos níveis de ação, como políticas nacionais, ações comunitárias e, é claro, melhoria do acesso aos serviços de saúde e aumento da resolubilidade de casos. O presente estudo apresenta algumas importantes informações da literatura em relação à temática “A Doença Crônica na Família”, além das respostas das questões pertencentes à entrevista realizada com um profissional da Psicologia. Segundo Casado et al (2009), a Doença Crônica é definida como afecções de saúde que acompanham os indivíduos por longos períodos de tempo, podendo apresentar momentos de piora, denominados “episódios agudos”, ou melhora sensível. Os autores dizem que a vigilância epidemiológica da doença em destaque deve reunir um conjunto de ações que possibilite conhecer sua distribuição, magnitude e tendência de exposição aos fatores de risco na população, identificando seus condicionantes sociais, econômicos e ambientais, com o objetivo das ações de prevenção e controle das mesmas, implementando, desta forma, políticas públicas voltadas para a promoção da saúde e afins. Segundo Linck et al (2008), a percepção que o doente possui em relação à sua doença encontra-se ligada ao fato de que a interpretação da mesma vem a ser mais do que a presença de alguma patologia, envolvendo, desta forma, a maneira através da qual o indivíduo se apresenta na sociedade, se relaciona com si próprio e com os demais, a sua cultura, a resposta às suas condições socioeconômicas e, principalmente, o significado que dá a situação de doença. Neste sentido, os autores acreditam ser possível dizer o mesmo quanto à situação de doença ou adoecer, já que corresponde à maneira que o indivíduo e os familiares interpretam a causa e a relevância de tal situação, além das alterações promovidas em seu cotidiano e os diversos cuidados seguidos a fim de amenizá-la. Para Linck et al (2008), cada indivíduo possui sua própria forma de reagir frente à situação de doença ou adoecer, dependendo, é claro, do conceito que fora formulado sobre a temática. Os autores dizem que é de grande importância compreender que quando se realiza o tratamento de uma doença crônica, para que o indivíduo tenha melhor qualidade de vida, necessita conhecer sua patologia. Para tanto, faz-se necessário o acesso a um atendimento no qual se dê ênfase à educação em saúde, objetivando-se, por meio desta perspectiva, dar origem a novas atitudes frente à doença crônica. Elsen (2002) apud Schmitz (2008) explica que a família corresponde ao local no qual encontramos apoio e onde temos pessoas nas quais confiamos, pessoas com as quais contamos. Este vínculo, segundo a autora, parece ser o elo entre seus membros e fazem com que, em situações de doença, o familiar desenvolva proteção ao membro que se encontra doente. Em suas estratégias, seus conhecimentos providenciam o cuidado ao membro que precisa, sendo ele a busca por profissionais ou mesmo através de estratégias desenvolvidas nas mais diferentes situações em que o cuidado se faz necessário. Porém, Elsen (2002) apud Schmitz (2008) esclarece que a capacidade da família em cuidar de seus membros pode estar comprometida, diminuída ou ausente em determinadas situações na vida familiar. REFERÊNCIAS CASADO et al. Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis no brasil: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cancerologia. Rio de Janeiro, p. 379-388, v. 55, n. 4, 2009. DAMIÃO, Eliane Buchhorn Cintra; ANGELO, Margareth. A experiência da família ao conviver com a doença crônica. Revista da Escola de Enfermagem. São Paulo, p. 66-71, v.35, n. 1, 2001. LINCK et al. Paciente crônico frente ao adoecer e a aderência ao tratamento. Revista Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, p. 317-322, v. 21, n. 2, 2008. MACHADO, Antonia M. O. Doenças crônicas. Revista da Patologia e Medicina Laboratorial. Rio de Janeiro, p. 1-2, v. 42, n. 1, 2006. SCHIMTZ, Jerry. A trajetória da família de portadores de insuficiência renal crônica: desafios e a emergência familiar. Dissertação (Especialização em Saúde e Gestão do Trabalho). Universidade do Vale do Itajaí, Rio Grande do Sul, 2008.