XI Encontro da SBQ-Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense, 29 a 31 de outubro de 2007 XI ENCONTRO DA SBQ-RIO DE JANEIRO O Ensino Construtivista em Química em Busca da Significação do Saber Científico Lucidéa Guimarães Rebello Coutinho Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense, Departamento de Físico-Química, PGLSEC e NUPEQUI/UFF - Campus do Valonguinho, 24020-005, Niterói, RJ [email protected] Resumo No ensino das Ciências Químicas tem-se observado que o aluno é levado apenas em memorizar seus conceitos e signos, não sabendo muitas vezes diferenciar “Definição de Conceitos”, e com isto, não alcançam o significado do conteúdo apresentado em sua trajetória escolar. David Paul Ausubel prioriza a “Aprendizagem Cognitiva”, que é a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada. O conhecimento prévio do aluno representa um forte influenciador do processo aprendizagem e a interação com as novas informações resultarão numa associação de saberes, denominada “Aprendizagem Significativa”. Fundamentada nestas teorias de aprendizagem, entendemos que o Ensino de Química não pode ser excluído desses fundamentos, não só pelos seus conteúdos, mas principalmente pela sua linguagem codificada, onde os significados das palavras apresentadas no ensino de Química não estão direcionados num vocabulário puramente gramatical, mas agrupados simultaneamente numa escrita de fórmulas, signos, números e outros. Precisa-se ter sensibilidade quando submetemos os alunos a uma Avaliação dos conteúdos apresentados em sala de aula, pois segundo Perrenoud 1999, a Avaliação Escolar não é uma simples mediação, mas tem por objetivo preparar o aluno para tomada de decisões, como objeto de estratégias e compromissos, tornando-a como uma relação social entre aluno e professor. Para que a Aprendizagem no Ensino de Química tenha significado, o professor não pode apenas se limitar em transmitir conceitos descritos em livros, pois dessa forma certamente resultará numa aprendizagem puramente mecânica, gerando muito pouca ou nenhuma informação prévia na estrutura cognitiva, levando o aprendiz armazenar conhecimentos arbitrários. A pesquisa do saber científico em Química deve ser iniciada em sala de aula, como objeto de trabalho, para a construção histórico-epistemológica dessa Ciência, possibilitando maior suporte no entendimento dos conteúdos curriculares. Ao longo de décadas em atividades no Ensino de Química, observa-se que muitas vezes os alunos questionam do porquê aprender Química e, essa pergunta não nos surpreende, pois apesar de Leis, Parâmetros curriculares, Matrizes curriculares, que tratam especificamente de questões sobre o ensinar Química, não produzem na sua grande maioria, modificações no processo didático da relação Ensino-Aprendizagem, não levando o aluno ter motivação em aprender. Referências bibliográficas ____________________________________ 1 MOREIRA, M. A. Ensino de Física no Brasil: retrospectiva e perspectiva. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 22, n. 1, março, 2000. XI Encontro da SBQ-Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense, 29 a 31 de outubro de 2007 2 PERRENOUD, P. Avaliação: Da Excelência à Regulação das Aprendizagens Entre Duas Lógicas, Artmed Editora, Porto Alegre, 1999. 3 BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, MEC, 1999. 4 KUNH, T. S. The structure of scientific revolution. Chicago: University of Chicago Press. 1962. 5 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 6 MORTIMER, E. F. Linguagem e formação de conceitos no Ensino de Ciências. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000. 7 AUSUBEL, D. Novak, J., Hanesian, H. Education Psychology: A Cognitive View. 2 ed. New York Holt, Rinehart & Winston, 1978.