Gabarito da Prova de Inglês 1) A autora do texto, inicialmente

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Gabarito da Prova de Inglês
1) A autora do texto, inicialmente, comenta que a Declaração de Alma-Ata lançou os
cuidados primários à saúde como a via para a saúde para todos. E que este foi um
esforço para enfrentar grandes, e plenamente evitáveis, diferenças no status de saúde
das populações. Esta declaração colocou a equidade em saúde na agenda política
internacional pela primeira vez.
2) De acordo com a autora, equidade em saúde significa que as pessoas não podem ter o
acesso a intervenções capazes de salvar vidas e promover a saúde negadas por razões
injustas, incluindo aquelas com causas econômicas e sociais. De forma simples,
equidade em saúde tem importância de vida ou morte.
3) De acordo com a autora, a saúde tem progredido significativamente ao longo das
últimas três décadas e, em média, as pessoas atualmente vivem sete anos a mais.
Entretanto, quando se observa os países individualmente, e as populações dentro
destes países, podem-se notar quadros bastante diferentes. Hoje, os hiatos nos
resultados de saúde, dentro dos países e entre estes, são muito maiores do que em
1978. As diferenças nas expectativas de vida entre os países mais ricos e os mais
pobres excedem 40 anos. Os gastos governamentais em saúde variam de US$ 20 a
mais de US$ 6.000 por pessoa. Nunca antes o mundo possuiu tamanho arsenal
sofisticado de ferramentas e tecnologias para curar doenças e prolongar a vida.
Porém, a cada ano, cerca de 10 milhões de crianças e mulheres grávidas ainda têm
suas vidas encurtadas por causas plenamente preveníveis.
4) A autora diz que o Relatório Mundial da Saúde observa o modo pelo qual o cuidado à
saúde é organizado, financiado, gerenciado e prestado nos países do mundo. Ele
identifica grandes iniqüidades nos resultados de saúde, no acesso aos cuidados e no
que as pessoas pagam por estes cuidados. O relatório também busca as causas. Muitos
problemas surgem devido ao modo pelo qual os sistemas de saúde são organizados e
como os recursos para a saúde são gerenciados. O relatório documenta estes
problemas em detalhe.
Gabarito do Módulo Comum DIP/DEC
1) Grande parte dos casos agudos da doença de Chagas relatados recentemente foi
atribuída a surtos de transmissão oral por alimentos contaminados. As fontes
potenciais de alimentos contaminados são os próprios triatomíneos ou suas fezes e
urina, infectadas com o protozoário Trypanosoma cruzi. Como risco particular para a
transmissão oral tem sido sugerido o consumo do suco de açaí, cujos frutos podem vir
do campo misturados com triatomíneos, ou estes podem ser atraídos pela luz no
momento do preparo do suco. Estes surtos de doença de Chagas por transmissão oral
ocorrem mais freqüentemente na região amazônica.
2) O diagnóstico laboratorial da paracoccidioidomicose é realizado pelo exame direto das
secreções, raspado de lesões cutâneas e mucosas, pus de gânglios e lavados
broncoalveolares, onde se visualiza o Paracoccidioides brasiliensis. O isolamento do
fungo em cultura pode ser feito em meio Sabouraud glicose a 2%, incubado em
temperatura de 20 a 28 oC por três a quatro semanas. Para identificação do fungo é
necessário um subcultivo em BHI para demonstração de seu dimorfismo. O exame
histopatológico com colorações especiais, como o PAS e a prata metenamina pode
também ser realizado. O exame histopatológico demonstra granulomas de células de
Langhrans, podendo o fungo ser visto com brotamentos simples ou múltiplos. O
diagnóstico sorológico por pesquisa de anticorpos e antígenos pode ser útil para o
diagnóstico precoce. A intradermorreação com paracoccidioidina é indicada apenas
para inquéritos de prevalência.
3) A cólera é uma doença diarréica aguda, causada pelo Vibrio cholerae 01 (biótipos
clássico e El-Tor). A doença é transmitida ao homem pela água ou alimentos
contaminados por esta bactéria. O período de incubação varia de algumas horas até
cinco dias. Após a ingestão e vencendo a barreira do suco gástrico, o patógeno adere
às células do epitélio intestinal. A exotoxina colérica secretada pelo patógeno é
composta pelas subunidades A e B. A fração A1 da subunidade A catalisa a ativação da
enzima adenil-ciclase, transformado ATP em AMP cíclico nos enterócitos, que passam
a secretar excessivamente água e cloretos. Esta secreção leva ao acúmulo de líquidos
na luz intestinal e, conseqüentemente, à diarréia, à desidratação e ao desequilíbrio
hidroeletrolítico.
4) O vírus da hepatite A se transmite ao homem por via oral pela água ou alimentos
contaminados. O controle da hepatite A é realizado através do saneamento básico e
inclui a vacinação a partir dos dois anos de idade em áreas endêmicas ou em pessoas
com maior risco de exposição. A transmissão do vírus da hepatite B se faz por via
parenteral percutânea ou permucosa através de sangue ou fluidos orgânicos de
pessoas portadoras do vírus. O controle da hepatite B é feito por meio de vacina. Esta
é administrada em um esquema de três doses (0, 1 e 6 meses). O vírus da hepatite C
também é transmitido por via parenteral. Em vários países em desenvolvimento, onde
não há controle de sangue e hemoderivados, a via transfusional é importante para a
transmissão, assim como o uso de injetáveis com equipamentos não esterilizados e
não descartáveis. Em áreas industrializadas, o uso de drogas intravenosas também é
responsável pela transmissão do vírus da hepatite C. Como não existem vacinas, as
medidas preventivas fundamentais para prevenção da hepatite C se restringem às
condutas de risco tais como não compartilhamento de agulhas e seringas, proteção e
cuidados por profissionais da saúde, não compartilhamento de material cortante de
higiene pessoal. A via parenteral também é a mais eficiente na hepatite D. Em geral, o
padrão de infecção pelo HDV acompanha a prevalência de hepatite B crônica. A vacina
contra hepatite B protege também contra a infecção pelo HDV, no entanto é eficaz
apenas na co-infecção. Já em portadores crônicos de hepatite B não há como utilizar a
vacina, ficando os indivíduos susceptíveis à superinfecção pelo HDV. Em regiões de
risco a vacinação contra hepatite B protege contra ambas as doenças.
5) A filariose bancroftiana é causada pelo helminto nematóide Wuchereria bancrofti. É
uma doença exclusiva do homem, transmitida na maioria das regiões endêmicas pelo
mosquito Culex quinquefasciatus. Estes mosquitos, quando infectados, inoculam larvas
infectantes que ganham a corrente sanguínea, localizando-se nos vasos linfáticos ou
nos gânglios, onde se reproduzem sexualmente. As microfilárias liberadas pelas
fêmeas invadem a circulação, atingindo os capilares subcutâneos, onde os mosquitos
se infectam ao picar o homem. A patogenia da filariose é predominantemente causada
pelos vermes adultos, que provocam reações inflamatórias, alérgicas ou obstrutivas,
caracterizadas por adenites, linfangites, linfangiectasias e linfedemas, principalmente
de membros inferiores e genitália.
6) Define-se infecção como a penetração, multiplicação e/ou desenvolvimento de um
microorganismo ou parasito em um determinado hospedeiro. Doença é o conjunto de
manifestações clínicas (sinais e sintomas) e patológicas. Em um contexto de vigilância
epidemiológica, freqüentemente não é possível identificar indivíduos infectados que
não manifestem sinais ou sintomas de doença. Estes indivíduos podem, portanto,
permanecer como fontes de infecção, transmitindo determinado patógeno em uma
população. Identificar indivíduos infectados que não manifestam sinais ou sintomas
tem, portanto, importância para a vigilância epidemiológica de algumas doenças
transmissíveis.
Gabarito do Módulo Específico DEC
7) O exame parasitológico de fezes é realizado para o diagnóstico da giardíase. Em fezes
liquefeitas podem ser pesquisados cistos ou trofozoítas. No caso de fezes formadas,
devem ser buscados cistos deste parasita. Os métodos para pesquisa de cistos incluem
a centrífugo-flutuação no sulfato de zinco (conhecida como técnica de Faust), a técnica
de concentração com formol-éter (técnica de Ritchie) e a técnica de fixação e
coloração pelo MIF (sigla de mertiolato, iodo, formol). Para a pesquisa de trofozoítas
em fezes diarréicas deve ser realizado o exame direto a fresco, diluindo-se as fezes
com solução fisiológica e examinando-as ao microscópio, entre lâmina e lamínula, com
aumentos entre 100X e 400X.
8) A principal estratégia para o controle da tuberculose é reduzir as fontes de infecção
através da identificação de sintomáticos respiratórios e pacientes bacilíferos,
submetendo-os a tratamento adequado. Desta forma, pretende-se reduzir o número
de casos com a diminuição da prevalência e da incidência, além da mortalidade
específica por tuberculose. O programa, portanto, se organiza para a busca de casos,
identificando e examinando os sintomáticos respiratórios através de exames
bacteriológicos e radiológicos. Apenas em casos especiais o paciente pode vir a ser
hospitalizado. A adesão ao tratamento da tuberculose é fundamental para a redução
das fontes de infecção, representadas pelos pacientes bacilíferos. Para tanto
recomenda-se a Estratégia do Tratamento Diretamente Observado (DOTS, sigla em
inglês para Directly Observed Treatment Strategy). A quimioprofilaxia com drogas
tuberculostáticas deve ser utilizada em grupos de maior risco de adoecimento, como
contatos de pacientes bacilíferos. Utiliza-se também, no Brasil, a vacinação com BCG
intradérmico. Como doença intrinsecamente ligada à pobreza, o controle da
tuberculose inclui a melhoria das condições de vida da população, incluindo melhores
condições de moradia, educação, renda e acesso a serviços de saúde. O controle da
tuberculose está também ligado à qualidade do tratamento oferecido às pessoas
infectadas pelo HIV e, todos em todos os pacientes com tuberculose, deve ser
realizada a testagem para identificação da infecção pelo HIV.
9) O ciclo de transmissão silvestre da leishmaniose tegumentar americana inclui a
circulação do parasita entre reservatórios silvestres, tendo como vetores dípteros
denominados flebotomíneos, do gênero Lutzomyia. Neste ciclo de transmissão o
homem e alguns animais domésticos são eventualmente infectados ao penetrarem no
ecótopo florestal, onde circula o parasita. A população susceptível é, portanto,
composta por pessoas envolvidas em atividades como abertura de estradas,
extrativismo, desmatamento etc. Estão sujeitas ao mesmo risco as pessoas que
residem na orla florestal ou em casas construídas em clareiras na mata. O ciclo de
transmissão doméstica inclui a circulação do parasita entre reservatórios domésticos
(incluindo o cão) e sua transmissão ao homem, também através de vetores do gênero
Lutzomyia. Alguns animais, com destaque para o cão, podem representar elos entre o
ciclo silvestre e doméstico de transmissão da doença. O homem participa, no ciclo
doméstico, como resultado de uma adaptação parasitária em condições locais
peculiares.
10) As estratégias de vigilância epidemiológica da febre amarela, a partir da interrupção
da transmissão urbana, devem levar em consideração seu ciclo silvestre. O ciclo
silvestre de transmissão da febre amarela é zoonótico e mantido, nas Américas, por
mosquitos dos gêneros Hemagogus e Sabethes. As fontes de infecção são
representadas por primatas não-humanos, particularmente macacos dos gêneros
Allouata, Cebus, Atelles e Callithrix. Os seres humanos não imunes podem,
acidentalmente, infectar-se penetrando nas áreas enzoóticas. O grupo populacional
mais afetado pela febre amarela, em seu ciclo silvestre, tem sido o de adultos, do sexo
masculino, por razões de trabalho e lazer, na região onde a febre amarela é enzoótica.
Gabarito do Módulo Específico DIP
7) O tratamento antibiótico da doença meningocócica (que inclui a meningite
meningocócica, a meningococcemia e a associação destas duas formas) deve ser imediato,
iniciado logo após a obtenção de material para identificação do agente etiológico. Os
antibióticos utilizados no tratamento da doença meningocócica incluem as cefalosporinas
de terceira geração, com destaque para a ceftriaxona, além de penicilinas como a
penicilina cristalina e a ampicilina. O paciente que apresenta sinais de meningococcemia
deve receber hidratação venosa com soro fisiológico ou Ringer Lactato, em volumes e
velocidade compatíveis com o tratamento do choque séptico. Os pacientes com doença
meningocóccica devem ter seu status hemodinâmico monitorizado. A quimioprofilaxia,
quando indicada, pode ser realizada com rifampicina, ciprofloxacina ou azitromicina.
8) O ciclo evolutivo do Plasmodium vivax tem como característica a presença de ciclos
pré-eritrocíticos e eritrocíticos tardios, ocasionados por estágios do parasita que
permanecem quiescentes no fígado durante muitos meses. Neste estágio quiescente, o
parasita é também denominado hipnozoíta. Esta característica é responsável pelas
recaídas, que podem ocorrer após os ataques iniciais. Desta forma, para o tratamento da
malária causada por P. vivax, deve ser utilizada uma droga com ação hipnozoiticida
hepática, associada à droga com ação sobre as formas sanguíneas. Habitualmente, esta
droga é a primaquina.
9) A conduta deve incluir como possibilidades diagnósticas doenças exantemáticas como
rubéola, sarampo, toxoplasmose, mononucleose e dengue mas, diante da história
epidemiológica, deve incluir também a possibilidade de febre maculosa. O diagnóstico
etiológico será, portanto, investigado através de provas sorológicas específicas para cada
doença, além de outros exames complementares como hemograma, contagem de
plaquetas, provas de função hepática e renal e hemoculturas.
10) Podem-se distinguir sintomas cutâneos, broncopulmonares e digestivos. A penetração
cutânea é geralmente assintomática, mas pode acompanhar-se de eritema, prurido,
edema local e manifestações urticariformes. O quadro pulmonar inicia-se poucos dias
depois, é muito variável e pode estar ausente. Tosse, expectoração, ligeira febre e malestar podem compor uma síndrome benigna como em outras helmintíases. Diarréia pode
intercalar-se com períodos de constipação intestinal. O acometimento predominando no
duodeno pode imitar um quadro péptico. No sangue há leucocitose e eosinofilia, maiores
na fase aguda. Deve-se notar a possibilidade de que, diante do uso de corticosteróides ou
imunossupressão, as manifestações clínicas da estrongiloidíase podem ser exacerbadas,
permitindo o estabelecimento de quadros de maior gravidade, muitas vezes letais,
denominados, de forma genérica, estrongilodíase disseminada.
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