Papel do Enfermeiro no ensino ao Autocuidado de Adolescentes

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Papel do Enfermeiro no ensino ao Autocuidado de
Adolescentes com Doença Falciforme
Tamiris Rezende Garcia; Aline Poliana Silva Batista ; Ruth Santos Fontes Silva; Heloísa de Carvalho Torres; Ana Paula Pinheiro Chagas Fernandes; José Nélio Januário
INTRODUÇÃO
O profissional de Enfermagem tem papel fundamental no ensino do autocuidado ao ser humano, isto é, levá-lo a cuidar de si exercendo atividades em seu benefício próprio, a fim de manter a vida, a
saúde e o bem-estar.1 A Doença Falciforme (DF) é uma enfermidade hereditária causada por uma hemoglobina mutante que assume uma configuração diferente, causando deformação nas hemácias e
permitindo que elas assumam a forma de foice. É diagnosticada na triagem neonatal, pelo Teste do Pezinho, e acomete predominantemente negros, pardos e afrodescendentes em geral, sendo assim, é
importante atentar para a herança de desigualdade social que envolve esse grupo de pessoas.2 Por se tratar de uma doença com diagnóstico precoce, a assistência multiprofissional deve ser iniciada
logo nos primeiros meses de vida e a família possui fundamental importância nesse processo, pois ela interfere positiva ou negativamente, sendo responsável por cumprir ou não as orientações dadas
pelos profissionais.3 O enfermeiro é o agente oficialmente reconhecido para ajudar as pessoas a adquirir competências para o conhecimento e a prática do autocuidado.4
OBJETIVO
Correlacionar a Teoria de Dorothea Orem – “Teoria do Autocuidado” – com as orientações que podem ser prestadas para o Autocuidado do Adolescente com Doença Falciforme pelo profissional
enfermeiro.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório sobre Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem e a correlação entre o Autocuidado na Doença Falciforme (DF) com aplicabilidade da Teoria de Déficit do
autocuidado para adolescentes com DF. Após a correlacionar as teorias de Orem e as orientações descritas pelo Manual de Autocuidado do Ministério da Saúde (MS) foi realizado um panorama com as
sugestões de prescrição de enfermagem de acordo com os riscos evidenciados.
RESULTADOS
De acordo com a teoria de Orem e o Manual do Autocuidado do MS sobre Doença Falciforme ao todo dez riscos foram evidenciados. Correlacionados os resultados com os Diagnósticos de
Enfermagem da NANDA5 foram encontrados 70 prescrições de enfermagem.
(1) Desconhecimento sobre a doença e tratamento
(6) Risco para distúrbio do autoconceito, da auto-imagem e da auto-estima
(2) Risco para desenvolver a dor
(7) Risco para a integridade da pele prejudicada
(3) Risco para crescimento e desenvolvimento alterados
(8) Risco para mobilidade física prejudicada
(4) Risco para infecção
(9) Intolerância à atividade
(5) Risco para acometimento de problemas bucais
(10) Risco de Perfusão tissular alterada (renal entre outras)
CONCLUSÃO
A aplicação dos conhecimentos técnico-científicos e humanos na prática da enfermagem permite uma assistência especializada permitindo que o profissional foque na atenção às pessoas com
incapacidades para o atendimento às suas necessidades. O autocuidado deve possibilitar a participação ativa do indivíduo no seu tratamento e a partir do momento em que ele adquire um hábito positivo
em relação a sua enfermidade, ele passa a depender da própria vontade de querer mudar e agir, visando à melhoria da sua qualidade de vida. Através desse processo estabelece-se o empoderamento
do paciente sobre o conhecimento em relação à doença, contribuindo para o enfrentamento dos obstáculos e regulação do seu próprio funcionamento e desenvolvimento.
REFERÊNCIAS
1.
2.
3.
4.
5.
SILVA et al. Cuidado, autocuidado e cuidado de si: uma compreensão paradigmática para o cuidado de enfermagem. Revista Escola de Enfermagem USP (2009). P 697 a 703.
SERAFIM et al. Capacitação de profissionais de saúde para o manejo da dor em adolescentes portadores de doença falciforme na atenção primária. Revista Oficial do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente / UERJ. Vol. 8 nº 4 - Out/Dez – 2011 p 55 a 58
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de Educação em Saúde vol 1 e 2/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.
BRAGA, Cristiane Giffoni; SILVA, José Vitor da. Teorias de enfermagem. São Paulo: Iátria, 2011. 252 p.
NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014. Porto Alegre: Artmed, 2012. 606 p
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