Uruguai, Estados Unidos, China e Coreia serão os primeiros países a fechar ARMs com Brasil, prevê especialista Por Redação - SEM FRONTEIRAS - 4 de maio de 2016 A solidez do programa brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA) favorecerá a efetivação de Acordos de Reconhecimento Mútuo (ARMs), na visão do presidente da KGH e idealizador do operador autorizado no mundo, Lars Karlsson. O especialista esteve recentemente em São Paulo para falar sobre avanços e expectativas em relação ao programa. Para ele, o fato de o Brasil seguir padrões internacionais e possuir o que considera ser um “bom pacote” de benefícios é o caminho para atrair tanto as organizações nacionais como o interesse dos governos de outros países. Segundo Karlsson, os primeiros ARMs devem surgir com Uruguai, Estados Unidos, China e Coreia, que são importantes parceiros comerciais do Brasil e estão ativos na busca dos acordos. “Quanto mais sólido o programa ficar, mais fácil será para o Brasil fechar os ARMs”, ressaltou. O OEA consiste na certificação dos intervenientes da cadeia logística que representam baixo grau de risco em suas operações, tanto em termos de segurança física da carga quanto em relação ao cumprimento de suas obrigações aduaneiras, a fim de tornar o fluxo das operações mais rápido e menos burocratizado. Karlsson lembra que o Brasil não está no topo do ranking internacional de competitividade e que o programa confere uma chance de mudar o cenário. Mas, para que isso aconteça, é preciso que as empresas adotem o programa. “Fica para a empresa a decisão entre ser rápida ou demorada no fluxo de mercadorias voltadas para o comércio exterior”, disse o especialista ao destacar que a adesão, no Brasil, é voluntária, a exemplo do padrão internacional. O OEA é um modelo de controle inteligente, que permite criar uma segurança global, beneficiando tanto governos como empresas. Os benefícios variam de país para país e são voltados para economia de dinheiro e para o melhor fluxo de operações, tornando o processo mais rápido. Karlsson considera que, em países como o Brasil, a economia pode chegar a 25% do custo da operação. “É uma grande oportunidade, porém levará algum tempo para que todos os envolvidos estejam no mesmo nível. Acredito que os principais portos e aeroportos estão prontos para atender ao fluxo do programa, e que nas demais unidades das alfândegas será um processo de aprendizagem”, disse Karlsson. Para ele, a burocracia da Receita Federal não colocará em risco o sucesso do programa OEA. O executivo ressaltou, ainda, que o modelo brasileiro de OEA também suporta pequenas empresas. O programa está em 73 países e já habilitou mais de 40 mil empresas pelo mundo.