OEA e UNASUL: passado, presente e futuro do gerenciamento da segurança interestatal na América do Sul. Marcos Valle Machado da Silva1 (EGN/UFF) Cineme Dantas2 (EGN/ UFRJ) Charles Martins Hora3 (EGN/UFRJ) RESUMO A Organização dos Estados Americanos (OEA) é a mais antiga instituição voltada para o gerenciamento da segurança interestatal nas Américas. No entanto, essa organização esteve praticamente paralisada durante os anos da Guerra Fria e após o término da estrutura bipolar do sistema internacional a OEA vem buscando de forma recorrente redefinir seu papel institucional. Nesse contexto, muitos consideram que a OEA se tornou irrelevante para o gerenciamento da segurança interestatal, notadamente nas questões envolvendo os Estados sul-americanos após a criação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). Assim cabe questionar: Qual o propósito institucional da OEA? Esse propósito é coincidente com o da UNASUL? A superposição seria uma vantagem ou desvantagem para resolução dos conflitos interestatais no continente? Buscando responder as questões propostas, este trabalho tem com objetivo efetuar uma análise comparativa entre a OEA e a UNASUL, a fim de identificar se as respectivas atribuições e propósitos destas organizações são coincidentes e/ou superpostos, bem como as perspectivas de atuação nos próximos anos dessas duas organizações no ambiente de segurança sul-americano. Para a consecução do objetivo proposto, o trabalho está dividido em três seções. Na primeira delas são identificadas os propósitos e atribuições da OEA e da UNASUL. Na segunda parte do trabalho são evidenciados os pontos de superposição e singularidade entre essas instituições. Na terceira seção são analisadas as perspectivas da atuação destas instituições para a continuidade da paz interestatal na região. Palavras-chave: Organização dos Estados Americanos (OEA); União de Nações Sul-Americanas (UNASUL); Organizações Internacionais e Segurança. 1 Doutorando em Ciência Política na Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestre em Relações Internacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Estudos Estratégicos pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor da Escola de Guerra Naval (EGN). 2 Mestranda em Estudos Marítimos pela Escola de Guerra Naval (EGN). Cursando Defesa e Gestão Estratégica Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 3 Cursando bacharelado em Defesa e Gestão Estratégica Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).