Junho de 2012 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL do Mercosul, pela sabedoria e prudência do Senador Roberto Requião, que presidirá a representação brasileira, ouviremos as razões do representantes do Parlamento paraguaio. A Corte Suprema daquele país considerou legal o processo. Então, é preciso avaliar toda a legislação paraguaia e as condições em que aconteceu o episódio, porque presidentes eleitos democraticamente, como no Brasil, também sofreram processo de impeachment com encaminhamento. A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM) – Mas não em 36 horas. A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco/PP – RS) – Obrigada, Senadora Vanessa. A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco/PP – RS) – A Presidência designa o Deputado Alexandre Leite, como membro titular, em substituição ao Deputado Mendonça Filho, para integrar a Comissão Mista destinada a proferir parecer à Medida Provisória nº 564, de 2012, conforme Ofício nº 154, de 2012, na Vice-liderança do Democratas, na Câmara dos Deputados. É o seguinte o Ofício: Ofício nº 154-L-Democratas/12 Brasília, 27 de junho de 2012 Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que integrarei como membro titular, a Comissão Mista destinada a emitir parecer à Medida Provisória nº 564/12, em substituição ao Deputado Mendonça Filho. Respeitosamente, – Deputado Alexandre Leite, Vice-Líder do Democratas. A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco/PP – RS) – Convido para falar, no horário destinado à liderança, o Senador Armando Monteiro. O SR. ARMANDO MONTEIRO (Bloco/PTB – PE. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) – A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, decepcionou os que esperavam resultados mais palpáveis. Na visão dos críticos, o encontro apenas repetiu promessas e adiou ações. Considerado tímido, o documento “O Futuro que Queremos” deixou para 2015 a definição das metas sociais e ambientais – os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que deveriam substituir as atuais Metas do Milênio. Adiou-se a decisão sobre o mecanismo de financiamento ao desenvolvimento sustentável e o acesso a tecnologias mais limpas. Economia verde aparece no texto finai do documento apenas como um dos “instrumentos” para o desenvolvimento sustentável, mas sai da Rio+20 sem um conjunto rígido de regras. Quinta-feira 28 28329 Como disse o chefe do Pnuma, Achim Steiner, a meta exige dos países ricos que descasem desenvolvimento e consumo e, dos demais, que cresçam de “maneira verde”. Não é um desafio simples. O acordo global sobre a proteção da biodiversidade em alto-mar foi igualmente postergado, bem como não houve consenso para que o programa ambiental da Onu se tornasse agência independente, com contribuições de todos os países-membros, pleito especial da França e de países africanos. O Presidente François Hollande prometeu continuar a luta pela mudança de status da agência e pela proposta de criação de uma taxação sobre transações financeiras para mobilizar recursos para a chamada economia verde. O Secretário-Geral do encontro, Sha Zukang, viu como conquista os compromissos voluntários firmados entre o setor privado, governos e a sociedade. Ele contabilizou 705 acordos, que irão direcionar R$1,6 trilhão ao desenvolvimento sustentável nos próximos dez anos. O Governo brasileiro anunciou a decisão de destinar R$2 bilhões para projetos de inovação sustentável em empresas, por meio de linha de fomento. O crédito visa estimular o setor privado a desenvolver produtos que consumam menos energia. O Programa batizado de Brasil Sustentável funcionará no âmbito da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). O valor destinado às inovações “verdes” equivale a um terço do orçamento previsto para a instituição neste ano, que é de R$6 bilhões. Cinco bolsas de valores assinaram documento voltado à promoção de investimentos sustentáveis de longo prazo em seus mercados. Tomaram a iniciativa com a expectativa de que investidores e as mais de 4,6 mil empresas listadas em seus mercados irão aderir a práticas de governança corporativa, social e ambiental. A Presidente Dilma Rousseff prefere ver o encontro como “alicerce” para futuro avanço. Como disse, um ponto de partida e não de chegada. O Brasil, País anfitrião, trabalhou mediando interesses diversos da Europa e Estados Unidos em temas complexos, considerando o atual ambiente de crise mundial. Não se pode deixar de registrar que a reunião ocorreu em momento complexo e difícil tanto para as economias desenvolvidas como para as economias emergentes. Mas não é pouco o processo instaurado – e a ser solidificado – que a Rio+20 deixou como legado. A Assembléia Geral da Onu deverá criar ainda em 2012 grupo de trabalho que dará prosseguimento aos compromissos firmados. O cronograma mais elástico não exime o Brasil de já trabalhar para ter uma estratégia de captura das oportunidades da economia verde. Po-