19-09-2015 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,82 x 32,86 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 © Albino Encarnação ID: 61042541 Tiragem: 8500 Cristina Pedra falou em representação da ACIF-CCIM. “A economia não se cria por decreto” TRABALHO Lúcia M. Silva [email protected] © Arquivi JM Encerrou ontem, na “Casa da Luz”, o II Congresso Regional de Direito do Trabalho. presidente da ACIF-CCIM afirmou ontem, no encerramento do II Congresso Regional de Direito do Trabalho, organizado pela Abreu Advogados, que o Código de Trabalho nem sempre dá resposta a questões concretas e específicas e que, quer a economia quer os postos de trabalho, não se criam por "decreto". «Os consensos e as negociações não são deliberadas administrativamente», apontou Cristina Pedra, adiantando que a contratação coletiva e a própria negociação «têm sido vistas como um jogo de forças entre representantes e interesses empresariais e de trabalhadores». Além disso, no seu entender, «o diálogo social, na vertente da A negociação coletiva, tem de deixar de ser entendido apenas como um fórum por excelência para debater questões de índole económico ou financeiro ou de tabelas salariais». Já Rui Silva, diretor regional do Trabalho, que falou nesta sessão em representação da secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, aproveitou a oportunidade para lembrar que «o direito do trabalho é um ramo do Direito que tem especial relevância na vida das pessoas, das empresas, da sociedade em geral» e que, por isso, «o legislador deve ter presente essa dimensão e criar um quadro legislativo apropriado». De referir que, nesta sessão de encerramento, intervieram ainda o presidente do conselho distrital da Madeira da Ordem dos Advogados, Brício Araújo e o presidente do Instituto de Direito do Trabalho, Pedro Romano Martinez. O primeiro focou a importância do tema em debate, salientando que as várias reflexões jurídicas que resultaram destes dois dias de congresso vão ajudar à construção de um «melhor direito» e à regulação de «uma melhor vida em sociedade». Pedro Martinez optou, por sua vez, por fazer uma análise às intervenções feitas ao longo deste evento, referindo que a realização destes colóquios permitem a resolução de problemas sociais. JM