apendicite aguda e direito ureterolitíase direita, um

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APENDICITE AGUDA E DIREITO URETEROLITÍASE DIREITA, UM
TRATAMENTO CIRÚRGICO CONCOMITANTE E MINIMAMENTE
INVASIVO
ACUTE APPENDICITIS AND RIGHT URETEROLITHIASIS, A CONCOMITANT AND
MINIMALLY INVASIVE SURGICAL TREATMENT
Bruno Vilalva Mestrinho1, Berthran Severo2, Dennys Augusto de Novais Monteiro2, Luciano Santos
Sampaio2, Ataul Moura Guimarães2, Fabio Sousa Cruz2, Fernando Henrique Lemos2, Marcia Silva de
Oliveira3
Abstract – The clinical diagnosis of acute appendicitis
presents false-positive and false-negative rates of
approximately 20%. Many patients have questionable
clinical and laboratory findings, making the diagnosis of
appendicitis even more complicated. The most important
diagnostic sign of ureterolithiasis is the direct visualization
of the stone within the ureter. However, in some patients
with ureterolithiasis stone visualization may be impaired due
to stone small size or low attenuation, low amount of
retroperitoneal fat or recent elimination of the stone. A
mistake of appendicitis for ureteral stone is clinically rare
when knowledgeable staff.
com queixa de dor abdominal em fossa ilíaca direita, intensa
e progressiva há 12 horas, associada à disúria e adinamia.
Ao exame físico, dor à descompressão brusca em
topografia de apêndice e sinal de Giordano positivo à direita.
Apresentava leucocitose discreta, elementos anormais e
sedimentos na urina com hematúria microscópica.
Tomografia computadorizada com contraste demonstrou
aumento do calibre do apêndice sem ruptura, espessamento
da gordura periapendiciana, ureterolitíase distal direita de
1cm (FIGURA 1), com dilatação à montante e borramento
da gordura perirrenal ipsilateral.
Index terms – Appendicitis; Ureterolithiasis
INTRODUÇÃO
A dor abdominal em quadrante inferior direito é sintoma
frequente nas afecções cirúrgicas abdominais, às vezes um
dilema diagnóstico, sobressaindo por incidência e gravidade
cirúrgicas os quadros de apendicite e de litíase ureteral em
terço médio-distal.
OBJETIVO
Relatar caso em que a apendicite aguda e a litíase foram
causas de dor no quadrante inferior direito, enaltecendo o
papel decisivo da tomografia computadorizada na
emergência e do tratamento cirúrgico combinado [1].
DESCRIÇÃO
Paciente do sexo masculino, de 21 anos procurou Pronto
Socorro do Hospital Maria Auxiliadora no Gama-DF, Brasil
1
FIGURA 1
LITÍASE URETRAL DIREITA E SINAIS DE APENDICITE
Bruno Vilalva Mestrinho, MD, Professor of Integrated Faculty of Central Plateau (FACIPLAC). SIGA Special Area, nº 02, 72460-000, East Sector,
Gama/DF, Brazil. Urologic Surgeon of Gama Regional Hospital. Special Area nº 01, Central Sector, ZIP code 72405-091, Gama/DF, Brazil.
[email protected]
2
Medical Students of Integrated Faculty of Central Plateau (FACIPLAC). SIGA Special Area, nº 02, ZIP code 72460-000, East Sector, Gama/DF, Brazil.
3
Marcia Silva de Oliveira, Full Professor of the Integrated Faculty of Central Plateau (FACIPLAC). SIGA Special Area, no. 02, 72460-000, East Sector,
Gama/DF, Brazil. General Cordinator and Full Professor of the Paulista University (UNIP) – Campus Brasília. SGAS Block 913, s/n, 70390-130, Asa Sul.
Brasília/DF, Brazil. Full Researcher of the Center for Studies in Education and Health Promotion, University of Brasilia – NESPROM/UnB. Campus
Universitário Darcy Ribeiro s/n, set 07, room 34, 70.910-900, Asa Norte. Brasília/DF, Brazil. [email protected]
DOI 10.14684/SHEWC.15.2015.373-374
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July 19 - 22, 2015, Porto, PORTUGAL
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Optou-se
por
abordagem
concomitante
ureterolitotripsia transureteroscópica com implante de duplo
“J” (FIGURA 2) e apendicectomia por videolaparoscopia. O
tempo cirúrgico foi de uma hora e meia e pós-operatório sem
intercorrências, com alta no terceiro dia de pós-operatório.
Há um relato de caso na literatura mundial, em 2005
demonstrando a coexistência entre cálculo ureteral e
apendicite aguda dado pela TC, em um homem de 37 anos.
Porém, os autores não sabem se foi apendicite de fato ou
extravasamento de líquido peri-ureteral, simulando
apendicite. As taxas de apendicectomia não terapêutica em
centros terciários têm declinado de 12 a 29% para 3 a 11%
pelo advento do aparato radiológico, principalmente pela TC
[2]-[4].
Lembrar que são patologias de resolução cirúrgica, com
prognósticos piorados profundamente devido à demora do
diagnóstico e com complicações trans e pós-operatórias
frequentes e perigosas, como exemplos sepse uro-fecal e
êxito letal.
Por se tratar de paciente jovem e hígido, com cálculo
impactado de 1 cm com baixa taxa de migração espontânea,
e equipe cirúrgica experiente e integrada, optou-se por tratar
no mesmo ato cirúrgico após consentimento informal.
CONCLUSÃO
Comentam-se a raridade do caso, o papel da radiologia, o
trabalho em equipe entre a urologia e a cirurgia geral e o
resultado excepcional alcançado, mesmo conhecendo as
complicações pós-operatórias nefastas de cada patologia.
REFERÊNCIAS
FIGURA 2
[1]
Wijetnnga, R. et al. Acurácia diagnóstica da tomografia
computadorizada do apêndice nos casos clinicamente duvidosos
de apendicite aguda. Radiol Bras, Vol. 35, No. 3, 2001.
[2]
Vieira, L. R. L. et al. Sinais de ureterolitíase na tc helioidal sem
contraste: ensaio iconográfico e revisão da literatura. Radiol
Bras, Vol. 37, No. 6, 2004.
[3]
Paajanen, H.; Tainio, H.; Laato. M. A chance of misdiagnosis
between acute appendicitis and renal colic. J Urol Nephrol., Vol.
30, No. 5, pp. 363-366, 1996.
[4]
Lang, E. K.; Castle, E.; Trecek, J. Computadorized tomography
diagnosis of right ureteral calculus and coexisting acute
appendicitis. J Urol, pp 173, 2005.
DUPLO “J” BEM POSICIONADO À DIREITA
DISCUSSÃO
Trata-se de diagnóstico e de terapêutica sincrônicos de
quadro de peritonite e retroperitonite agudas, com auxílio
decisivo da tomografia computadorizada.
O tratamento cirúrgico endoscópico foi favorável. Com
comparação clínica, a apendicite se revela com mais náusea,
febre, sinal de McBurney positivo, leucocitose maior, PCR
alto e menor hematúria. Em 16% dos casos de cólica renoureteral, a dor se concentra predominantemente na FID.
O diagnóstico de apendicite aguda é dado por pelo
menos três achados tomográficos: apêndice maior que 6mm,
ausência de contraste na luz apendicular, alteração da
gordura, coleções e gazes peri-apêndice, presença de fecalito
ou espessamento do ceco. À litíase ureteral, os achados são
dilatação ureteral e do sistema coletor ipsilateral,
opacificação da gordura e presença de líquido no espaço
perirrenal, nefromegalia, sinal do halo ureteral positivo e
ausência da visualização da pirâmide renal e do sinal da
cauda do cometa.
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