universidade federal do tocantins campus universitário de

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL
DESENVOLVIMENTO E TEOR DE NUTRIENTES EM CAPIM MOMBAÇA SOB
FONTES DE FÓSFORO NO SUL DO TOCANTINS
GURUPI – TO
DEZEMBRO DE 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL
DESENVOLVIMENTO E TEOR DE NUTRIENTES EM CAPIM MOMBAÇA SOB
FONTES DE FÓSFORO NO SUL DO TOCANTINS
Djalma Junior de Almeida Tavares Souza
Dissertação apresentada à Universidade Federal
do Tocantins – UFT, Campus universitário de
Gurupi, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Produção
Vegetal.
GURUPI – TO
DEZEMBRO DE 2013
Trabalho realizado junto ao Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal, pela
Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Gurupi, sob orientação do Prof.
Dr. Saulo de Oliveira Lima.
Banca examinadora:
_________________________________
Dr. Saulo de Oliveira Lima
Universidade Federal do Tocantins
(Orientador)
________________________________
Dr. Antônio José Peron
Universidade Federal do Tocantins
(Avaliador)
___________________________________
Drª. Juliana Barilli
Universidade Federal do Tocantins
(Avaliadora)
GURUPI – TO
DEZEMBRO DE 2013
iii
À DEUS, por todas as conquistas que Ele me
proporcionou; por sempre me manter firme na fé e
não me deixar desanimar diante dos obstáculos. E
a meus pais que sempre mantiveram ao meu lado.
Ofereço
Aos meus pais Edna de Almeida Tavares Souza e
Djalma José de Souza, à minha irmã Aliny Almeida e
aos meus avós Edson Tavares e Eurides Almeida, que
sempre me apoiaram e me proporcionaram grandes
exemplos de vida.
Dedico
iv
AGRADECIMENTOS
E é com muita felicidade e a força daqueles que me acompanharam nessa
jornada que dedico com carinho meus sinceros agradecimentos.
À Deus pelo dom da vida, por me manter sempre firme na fé e em nenhum
momento me desamparar.
Aos meus pais Djalma José de Souza e Edna de Almeida Tavares Souza,
agradeço aos senhores por tudo, por me ensinarem o verdadeiro sentido da vida, por sempre
serem exemplos de amor, carinho, compreensão, obrigado por fazerem de mim uma pessoa
melhor, por me apoiarem sempre que precisei. AMO VOCÊS.
À minha irmã Aliny e meu sobrinho Leonardo, pelos eternos laços de amor e
companheirismo, por sempre estarem ao meu lado me dando forças, mostrando que mesmo
longe um do outro, o nosso amor é cultivado a cada dia. AMO VOCÊS.
Aos meus avós Edson e Eurides, Maria Aparecida e Elias pelos conselhos e
amor a mim dedicado, pelas palavras de suporte, vocês são a minha estrela guia.
A todos os meus tios e tias, primos e primas que de maneira primordial fizeram
e fazem parte da minha história. Obrigado pelo apoio de todos vocês.
Ao meu Orientador Dr. Saulo de Oliveira Lima pelo apoio e atenção durante o
período de trabalho, por sempre estar à disposição, principalmente nos momentos de
dificuldades.
Aos meus irmãos de coração, que foram presente de Deus em minha vida
Greice, Cândida, Cleuton e Kaio Eduardo, que sempre estiveram ao meu lado nos momentos
difíceis e alegres da minha vida aqui em Gurupi, obrigado pelos conselhos, pelas palavras,
pelos puxões de orelha, muito obrigado por fazerem parte da minha vida.
As minhas amigas Analu. Marciane e Marilia, pelos momentos de alegrias e
tristezas pelo qual passamos nesses dois anos.
Ao meu Grupo de Oração Kairós e aos meus irmãos de caminhada, Marcelle,
Ismael, Bonfim, Duam, Eulrieris, Marcilene, Ingrid, Marystela, Mateus Aires, Heltoney pelo
apoio espiritual e pela amizade sincera durante todos estes anos.
A Drª Juliana Barilli pela sua grande amizade. Sou muito grato por sua ajuda e
ensinamentos, que hoje me fazem uma pessoa melhor, pois sempre digo que quando eu
crescer quero ser igual à senhora.
v
Ao Técnico do Labsolo, Tulio, grande companheiro que me auxiliou no
desenvolvimento deste trabalho, e que sem a ajuda dele dificilmente teria conseguido
concluir.
A todos da minha querida cidade de Aurora do Tocantins que de alguma
maneira sempre demonstraram um grande afeto e carinho por mim.
À Universidade Federal do Tocantins e a todo corpo docente pelos
conhecimentos a mim transmitidos.
Á Capes pelo apoio financeiro.
MUITO OBRIGADO!!!
vi
BIOGRAFIA
Djalma Júnior de Almeida Tavares Souza, filho de Edna de Almeida Tavares
Souza e Djalma José de Souza é natural de Aurora do Tocantins – TO, nascido no dia 07 de
Julho de 1988.
Em Fevereiro de 2003 iniciou o ensino médio e curso Técnico Agrícola com
habilitação em Agricultura pelo antigo CEFET-Cuiabá (Centro Federal de Educação
Tecnológica de Cuiabá), hoje IFMT campus São Vicente, concluindo em Março 2006.
Em Agosto de 2007 iniciou o Curso de graduação em Agronomia pela
Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, graduando-se em Março de 2012.
Neste mesmo ano de 2012 no mês de Abril começou o Curso de Mestrado no
Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal na linha de Pesquisa de Manejo de Solo e
Água, da Universidade Federal do Tocantins com previsão de conclusão em Dezembro de
2013.
vii
SUMÁRIO
pág
LISTA DE TABELAS ........................................................................................ 09
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... 10
INTRODUÇAO .................................................................................................... 11
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 12
CAPITULO 01: USO DE FONTES DE FÓSFORO NO DESENVOLVIMENTO
DO CAPIM MOMBAÇA NO ESTADO DO TOCANTINS ................................ 14
Resumo .................................................................................................................. 15
Abstract .................................................................................................................. 16
Introdução .............................................................................................................. 17
Material e Métodos ................................................................................................ 19
Resultados e Discussão .......................................................................................... 21
Conclusões ............................................................................................................. 26
Referencias Bibliográficas ..................................................................................... 27
CAPITULO 02: EFEITO DE FONTES DE FÓSFORO EM COMPONENTES
NUTRICIONAIS DE CAPIM MOMBAÇA...........................................................29
Resumo .................................................................................................................. 30
Abstract .................................................................................................................. 31
Introdução .............................................................................................................. 32
Material e Métodos ................................................................................................ 34
Resultados e Discussão .......................................................................................... 36
Conclusões ............................................................................................................. 41
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................45
LISTA DE TABELAS
Capítulo 01
pág
Tabela 1 - Analise Química e Textural do solo no experimento....................................19
Tabela 2 - Altura (m) do capim Mombaça cultivado em vasos sob fontes de P, em três
cortes..................................................................................................................................21
Tabela 3 - Número de perfilhos de capim Mombaça cultivado em vasos sob fontes de P,
em três cortes.....................................................................................................................23
Tabela 4 - Produção de Massa Seca (g vaso-1) de capim Mombaça cultivado em vasos sob
fontes de P .........................................................................................................................24
Tabela 5 - Produção de Massa Verde de capim Mombaça (g vaso-1) cultivados em vasos
sob fontes de P, em três cortes...........................................................................................26
Capitulo 2
Tabela 01 - Analise Química e Textural do solo no experimento..................................34
9
LISTA DE FIGURAS
Capitulo 1
pág
Figura 1 - Temperatura, umidade relativa do ar e precipitação no período de maio a
outubro de 2013...............................................................................................................20
Capitulo 2
Figura 1 – Quantidade Total de P em capim mombaça sob fontes fósforo no sul do
Tocantins.........................................................................................................................36
Figura 2 – Quantidade Total de Ca em capim mombaça sob fontes fósforo no sul do
Tocantins.........................................................................................................................38
Figura 3 – Quantidade Total de Mg em capim mombaça sob fontes fósforo no sul do
Tocantins.........................................................................................................................39
Figura 4 – Quantidade Total de PB em capim mombaça sob fontes fósforo no sul do
Tocantins.........................................................................................................................40
10
INTRODUÇÃO GERAL
A pecuária brasileira é baseada no uso de pastagens tropicais e uma das
principais causas da sua baixa produtividade é o processo de degradação em que se
encontra a maior parte dessas pastagens. Segundo Macedo et al. (2000), estima-se que
80% dos quase 50 milhões de hectares das áreas de pastagens na região de cerrados
apresentam algum estágioo de degradação. Outra causa que dificulta e onera a
exploração pecuária na região do cerrado é a estacionalidade das pastagens no período
seco.
A degradação das pastagens é um processo evolutivo de perda de vigor,
capacidade de recuperação natural a sustentar os níveis de produção demandados. Essas
são as principais causas dessa degradação. Outros fatores é a baixa fertilização do solo e
posteriormente a compactação do solo que é o resultado do processo de aumento de
densidade na camada superficial e consequente redução da porosidade (CAMARGO e
ALLEONI, 1997). A degradação de pastagens é um problema que afeta a pecuária em
âmbito mundial (DIAS-FILHO, 2007). No Brasil, esse fenômeno tem sido registrado
como causa importante de prejuízos econômicos e ambientais (DIAS-FILHO, 2007).
Estudos realizados em solos da região dos Cerrados têm demonstrado que a
saturação por bases trocáveis e os conteúdos de fósforo são fatores diretamente
relacionados com a produtividade das pastagens e com a sua sustentabilidade é o uso da
calagem e da adubação (SANO et al., 2000).
Considerando
que
o
fósforo
desempenha
importante
papel
no
desenvolvimento radicular e no perfilhamento das gramíneas, a sua deficiência passa a
limitar a capacidade produtiva das pastagens. Um dos maiores problemas no
estabelecimento e na manutenção de pastagens nos Latossolos brasileiros reside nos
níveis extremamente baixos de fósforo disponível. Além da grande deficiência desse
elemento em nossos solos, acrescente a alta capacidade de adsorção do fósforo em
consequência da acidez e altos teores de óxidos de ferro e de alumínio (MACEDO,
2004). Nessa situação, a adubação fosfatada é fundamental, independente do sistema de
exploração, seja extensivo ou intensivo, para que esse elemento não seja limitante na
resposta da planta forrageira.
A produtividade média das pastagens é bastante baixa, devido,
principalmente, ao manejo inadequado e a baixa fertilidade do solo. No entanto, o
11
potencial de produção das gramíneas tropicais dos gêneros Panicum e Brachiaria é
bastante alto, desde que sejam feitas correções e adubações do solo. O processo
produtivo das plantas forrageiras passa necessariamente pelo suprimento de suas
exigências nutricionais nas fases de formação da pastagem e manutenção da produção
(ALMEIDA NETO, 1992). A maioria das forrageiras apresenta desbalanço nutricional,
fator que limita o desempenho animal.
O capim mombaça (Panicum maximum) foi lançado no Brasil pela Embrapa
Gado de Corte em 1993. É uma planta cespitosa com altura aproximadamente de 1,65m,
folhas com 3 cm de largura. Suas principais características positivas são a elevada
produção de MS sob adubação intensiva, o alto valor alimentício e a resistência média a
cigarrinhas das pastagens. É exigente quanto à fertilidade dos solos tanto para um bom e
rápido estabelecimento, bem como para uma melhor cobertura do solo.
Por isso esse trabalho objetivou-se em estudar e avaliar o desempenho de
fontes de fósforo e posteriores misturas, no desenvolvimento e nos aspectos nutricionais
do capim mombaça no sul do estado do Tocantins.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA NETO, J.T. Avaliação de 30 acessos de Panicum maximum Jacq. quanto
à produtividade e qualidade de sementes, estabelecidos em Itapetinga, BA. 1992,
58f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal da Bahia, Cruz das
Almas.
CAMARGO, O.A.; ALLEONI, L.R.F. Compactação do solo e o desenvolvimento das
plantas. Piracicaba, 1997.
DIAS-FILHO, M. B. Degradação de pastagens: processos, causas e estratégias de
recuperação. 3. ed. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2007.
MACEDO, M. C. M. Pastagem no ecossistema Cerrados: evolução das pesquisas para o
desenvolvimento sustentável. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA
DE ZOOTECNIA, 42. 2005, Goiânia. Anais,.Goiânia: SBZ/UFG, 2005.
MACEDO, M. C. M.; KICHEL, A. N.; ZIMMER, A. H. Degradação e alternativas de
recuperação e Renovação de pastagens. Campo Grande: EMBRAPA- CNPGC, 2000.
4 p. (Comunicado Técnico, 62).
MACEDO, M.C.M. Adubação e calagem para a implantação de pastagens cultivadas na
região dos cerrados. In: CURSO DE PASTAGENS, 1997, Campo Grande. Palestras
apresentadas. Campo Grande: EMBRAPA-CNPGC, 1997.
12
SANO, E. E.; BARCELLOS, A. O.; BEZERRA, H. S. Assessing the spatial distribution
of cultivated pastures in the Brazilian savanna. Pasturas Tropicales, v.22, p.2-15,
2000.
13
CAPÍTULO 1
USO DE FONTES DE FÓSFORO NO DESENVOLVIMENTO DO CAPIM
MOMBAÇA NO ESTADO DO TOCANTINS
14
USO DE FONTES DE FÓSFORO (P) NO DESENVOLVIMENTO DO CAPIM
MOMBAÇA NO ESTADO DO TOCANTINS
Resumo: Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do uso de fontes de P em
características morfológicas e produção de Panicum maximum cv. Mombaça em casa de
vegetação no Estado do Tocantins. Vários estudos têm comprovado a importância da
adubação fosfatada para o adequado estabelecimento e a manutenção das pastagens
cultivadas nos solos brasileiros. A maior parte das forrageiras cultivadas no estado do
Tocantins é representada por gramíneas do gênero Brachiaria. No entanto, suas
pastagens têm sofrido grande redução com a sucessão dos anos de exploração, sendo
que o Panicum maximum cv. Mombaça tem sido introduzido nesta região em
substituição às pastagens de braquiária. Foram testadas fontes de fósforo no
desenvolvimento da forrageira, o delineamento utilizado foi o DIC, com quatro
repetições e 10 tratamentos em três cortes 60, 110 e 150 dias, sendo constituídos de RJ,
ST, YR, RJ + ST (70% e 30%), RJ + ST (50% e 50%), RJ + YR (70% e 30%). YR + ST
(70% e 30%), YR + ST (50% e 50%) e a Testemunha. As misturas de fontes de fósforo
mostraram-se eficazes no desenvolvimento do mombaça, sendo que os tratamentos YR
+ ST (50% e 50%), YR + ST (70% e 30%) e RJ + YR (50% e 50%) proporcionaram
maior desenvolvimento das plantas em altura, número de perfilhos, e produção de
massa seca e massa verde. O RJ e o YR são fontes que podem ser utilizadas como fonte
de mistura para adubações que requerem P.
Palavras-chave: Pastagem, degradação, adubação fosfatada, produção.
15
USE OF PHOSPHORUS SOURCES(P) ON THE DEVELOPMENT OF
MOMBAÇA GRASS IN THE STATE OF TOCANTINS
Abstract: It was aimed with this work that evaluate the effect of the use of sources of P
in morphological and production characteristics of Panicum maximum cv. Mombaça an
greenhouse in the state of Tocantins. Several studies has confirmed the relevance of
phosphate fertilization for the suitable establishment and maintenance of pastures
cultivated in Brazilian soils. The most part of forage cultivated in the state of Tocantins
is represented for grass in the gender of Brachiaria. However, their pastures has suffered
a huge reduction with a succession of years of exploration, that the Panicum maximum
cv. „‟Mombaça‟‟ has been introduced in this area replacing the pastures of Brachiaria. It
were tested sources of phosphorus in the development of the forage, the randomized
used was DIC, with four repetitions, 10 treatments in three cuts, being at 60, 110 e 150
DAS, constituted of RJ, ST, YR, RJ+ST (70% and 30%), RJ+ST (50% and 50%),
RJ+YR(70% and 30%), YR+ST (70% and 30%), YR+ST (50% and 50%) and the
Testimony. The mixtures of phosphorus sources, showed effective on mombaça‟s
development, being that the treatments YR+ST ( 50% and 50%), YR+ST(70% and
30%), and RJ+YR( 50% and 50%), showed results more satisfactory in height, number
of vegetative tillers, leaf dry and green leaf. The RJ and YR are sources that can be
recommended as fountain of mixture for fertilizations that requires P.
Key words: Pasture, degradation, phosphate fertilization, production.
.
16
INTRODUÇÃO
A produção animal em pastagens pode ser entendida como um processo
de três fases: crescimento da planta forrageira, utilização da forragem e sua conversão
em produto animal (HODGSON, 1990). A eficiência de conversão em produto animal
pode ser melhorada com o uso de fertilizantes, principalmente nitrogênio e fósforo, por
meio do aumento no fluxo de massa da planta (DURU & DUCROCQ, 2000).
Vários estudos têm comprovado a importância da adubação fosfatada
para o adequado estabelecimento e a manutenção das pastagens cultivadas nos solos
brasileiros. No entanto, as necessidades de requerimentos por nutrientes, para uma
mesma espécie forrageira, variam em função das condições edafoclimáticas
(temperatura, luminosidade, disponibilidade hídrica, tipo de solo), disponibilidade de
outros nutrientes, manejo da adubação (forma, tipo e época de aplicação de fertilizantes)
e idade da planta (FONSECA et al., 1988). Assim, o conhecimento das exigências
nutricionais limitantes ao crescimento das gramíneas forrageiras para regiões
específicas do país é de grande importância para a formação, o manejo e a persistência
das pastagens cultivadas (BELARMINO et al., 2003).
A maior parte das forrageiras cultivadas no estado do Tocantins é
representada por gramíneas do gênero Brachiaria. No entanto, suas pastagens têm
sofrido grande redução com a sucessão dos anos de exploração, sendo que o Panicum
maximum cv. Mombaça tem sido introduzido nesta região em substituição às pastagens
de braquiária. Algumas cultivares de Panicum maximum, não têm tido sucesso em solos
com baixos níveis de fósforo disponível (BERETA et al., 1999). As informações sobre
o capim-Mombaça ainda são muito escassas para o Estado do Tocantins, carecendo de
mais estudos para determinar suas exigências quanto ao manejo e à fertilidade do solo.
Tendo em vista a crescente demanda global de fertilizantes para produção
agrícola, a compreensão e melhoria da eficiência do uso de fertilizantes nos diferentes
solos e nas culturas têm sido cada vez mais enfatizadas. Na exploração racional, é
relevante que a pastagem apresente persistência e alta produção, para que o animal
possa expressar o seu potencial genético com a utilização de forragens de alto valor
nutritivo (PETERNELLI, 2003).
Entre os nutrientes o P é um dos elementos mais limitantes no crescimento e
desenvolvimento das plantas (TAIZ & ZEIGER, 2004), ele está entre os elementos mais
17
importantes para o vigor e desenvolvimento das culturas. O crescimento de uma planta
não é dependente de um único elemento, mas do nível de cada nutriente essencial
(FONSECA et al., 2000). Em razão de o fósforo ser limitante da produção e de os solos
brasileiros serem bastante deficientes, infere-se que a prática de adubação assume papel
fundamental para o estabelecimento e a manutenção das pastagens.
É imprescindível o aprimoramento de técnicas para aumentar a utilização
deste nutriente, sem, contudo, elevar os custos de produção. A possibilidade do
emprego de fosfatos naturais a baixo custo de produção tem sido enfatizada como
alternativa viável para o suprimento da necessidade de fósforo nos solos brasileiros. No
entanto, os fosfatos naturais têm demonstrado baixa eficiência inicial, em relação às
fontes solúveis em água, melhorando com o passar dos anos (FRANCO, 2003).
Segundo Novais & Smyth (1999) os níveis críticos no solo e na planta
diminuem com a idade da mesma, sendo as variações mais acentuadas em plantas
perenes como as forrageiras. Por estes motivos é essencial estabelecer os níveis críticos
de fósforo para cada estádio de crescimento da planta. Esse conhecimento é
imprescindível ao manejo da adubação, seja no plantio ou na manutenção, com vistas
em suprir a demanda das plantas ao longo do seu ciclo e favorecer a sustentabilidade da
produção.
O requerimento de grandes quantidades de fosfatos na correção da fertilidade
dos solos brasileiros, e a ausência de reservas abundantes de rochas fosfatadas de boa
qualidade no País, associados ao elevado custo dos fertilizantes, justificam estudos para
aperfeiçoar a eficiência no uso de adubos fosfatados (RESENDE et al., 2006). A
produção de fertilizantes fosfatados gera grandes quantidades de rejeito (pó de rocha)
com quantidades consideráveis de P, a utilização destes rejeitos na agropecuária pode
ser uma das soluções para este problema (OBA, 2004). Os pós de rocha apresentam
como características a composição multielementar e a capacidade de solubilização lenta,
que são apropriadas para a utilização em sistemas de produção alternativos,
principalmente em solos tropicais degradados (VAN STRAATEN, 2006), com
respostas positivas em culturas anuais, cultivos florestais e pastagens (LEONARDOS et
al., 1987).
Diante disto objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do uso de fontes
de P em características morfológicas e produção de Panicum maximum cv. Mombaça no
Estado do Tocantins.
18
MATERIAL E METODOS
O trabalho foi realizado em casa de vegetação localizada na Estação
Experimental da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, localizado a
11°43‟S e 49°04‟W, com 280m de altitude. O clima, segundo Thornthwaite, é do tipo
Aw, úmido com moderada deficiência hídrica, com precipitação anual média de 1.400
mm.
O experimento foi conduzido em vasos de polietileno com capacidade de
21,2 L, os vasos foram preenchidos com terra coletada a 150 cm de profundidade em
um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico com as características descritas na Tabela 1.
Utilizando a forrageira Panicum maximum cv. Mombaça, no período de maio de 2013 a
Outubro de 2013.
Tabela 1 – Analise Química e Textural do solo utilizado no experimento
H+Al CTC (T)1 CTC(t)2
---------------------------------cmol dm-3-----------------------------Ca
Mg
0,8
0,2
pH
Al
V3
%
P
K
Zn
-------mg
dm-³------39,0
0,5
0,0
1,5
2,60
1,1
42,31
1,8
-1
Mat. Orgânica --------------------------Textura g.kg --------------------------
H 20
CaCl2
g.dm-3
Areia
Silte
Argila
5,6
6,2
2,0
440,0
110,0
450,0
¹CTC total; ²CTC efetiva; ³Saturação por base.
Foram testadas diferentes fontes de fósforo (P) no desenvolvimento da
forrageira. As doses de P utilizadas foram obtidas conforme as recomendações (Vilela
et al., 2007) adaptado, a partir dos resultados obtidos na análise de solo. O delineamento
utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com três fontes de fósforo (P), sendo
sete tratamentos distintos com quatro repetições, onde foram feitas misturas das fontes
do nutriente em diferentes proporções.
Como fonte de P para as plantas foram utilizados rejeito de rocha fosfática
(contendo 8% de P2O5 total, 11,3% de CaO e 4,68% de Fe2O3, oriundo da região de
Irecê–BA), Superfosfato triplo (41% P2O5, 7 –12% de Ca) e Yoorin Master 1 (P2O5
total=17,5%, P2O5 solúvel em ác.Cítrico=13%, Ca=18%, Mg=7%, B=0,1%,
Cu=0,05%,Mn=0,3% Si=10% e Zn=0,55%)
onde foram usados as seguintes
combinações:
19
TRATAMENTOS
QUANTIDADE POR VASO (g)
Rejeito de Rocha (RJ)
42,19g
Superfosfato triplo (ST)
8,23g
Yoorin (YR)
19,29g
RJ + ST (70% e 30%)
29,53g – 2,47g
RJ + ST (50% e 50%)
21,09g – 4,12g
RJ + YR (70% e 30%)
29,53g – 5,79g
RJ + YR (50% e 50%)
21,09g – 9,64g
YR + ST (70% e 30%)
13,50g – 2,47g
YR + ST (50% e 50%)
9,64g – 4,12g
TESTEMUNHA
0,00
A semeadura foi realizada em junho de 2013, sendo colocadas 15 sementes
por vaso, após a germinação foram realizados desbastes deixando cinco plantas por
vaso. O nitrogênio e o potássio foram fornecidos em cobertura, na quantidade de 100
kg.ha-1de N e 100 kg.ha-1 K2O utilizando as fontes sulfato de amônio e o cloreto de
potássio, respectivamente, recomendação esta adaptada de Vilela et al., 2007, a
cobertura foi feita em três parcelas de 33,33 kg.ha-1 de cada nutriente. A primeira
cobertura foi realizada aos 20 dias quando as plantas começaram a apresentar sintomas
de deficiência, as demais coberturas foram feitas sete dias após cada corte, até o
segundo corte.
A irrigação foi realizada adotando-se aspersão por bailarinas, com vazão de
3500 l/hora, com duração de 30 minutos/dia, formando uma chuva de 4mm diários,
totalizando uma precipitação1400mm anuais, quantidade suficiente para garantir o
desenvolvimento da forrageira. Os dados de temperatura e umidade relativa do ar e
precipitação referente ao período do trabalho estão apresentados na Figura 1.
Figura 1 - Temperatura, umidade relativa do ar e precipitação no período de maio a outubro de 2013
20
Foram realizadas três avaliações (cortes), onde o primeiro ocorreu aos 60
dias. O segundo corte foi realizado aos 110 dias e o terceiro corte aos 150 dias após a
semeadura (DAS). Os parâmetros analisados foram: Massa seca do capim (MSC) em
g.vaso-1, Massa Verde do capim (MVC) em g.vaso-1, altura das plantas (AP) em metros
e número de perfilhos/vaso (PERF). .
Para determinação do PERF, foram contados os perfilhos vivos em cada
vaso. A altura foi determinada medindo as plantas com uma fita métrica da base até o
ápice das folhas. As plantas foram cortadas a uma altura de 30 cm do solo, sendo após o
corte feito a pesagem para obtenção da MVC. Após a pesagem as plantas foram
acondicionadas em sacos de papel e colocadas em estufa com circulação de ar a 65ºC
por 72 horas e após a secagem foram pesadas para determinação da MSC e PROD.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias
comparadas pelo Teste de Tukey (p>0.05), utilizando o software SISVAR 5.3.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As fontes de fósforo e suas interações mostraram em todos os parâmetros
estudados significância ao nível de 5% de probabilidade. Os valores de altura de plantas
do capim Mombaça em função dos tratamentos aplicados estão apresentados na Tabela
2.
Tabela 2. Altura em (m) do capim Mombaça sob diferentes fontes de P, em três cortes.
FONTE P
1º CORTE
60 dias
2º CORTE
105 dias
3º CORTE
150 dias
MÉDIA
Rejeito de Rocha (RJ)
0,79 Bab
1,00 Ba
1,50 Aab
1,09 ABCD
Superfosfato triplo (ST)
1,00 Aab
1,00 Aa
1,25 Aab
0,83 CD
Yoorin (YR)
0,91 Aab
1,00 Aa
1,25 Aab
1,05 BCD
RJ + ST (70% e 30%)
1,13 Aab
1,00 Aa
1,25 Aab
1,12 ABC
RJ + ST (50% e 50%)
1,05 Aab
1,00 Aa
1,25 Aab
1,10 ABCD
RJ + YR (70% e 30%)
1,02 Bab
1,25 Ba
2,00 Aa
1,42 A
RJ + YR (50% e 50%)
0,83 Aab
1,00 Aa
1,25 Aab
1,02 BCD
YR + ST (70% e 30%)
1,01 Bab
1,00 Ba
1,75 Aa
1,25 AB
YR + ST (50% e 50%)
1,20 Ba
1,00 Ba
1,75 Aa
1,31AB
TESTEMUNHA
MÉDIAS
0,63 Bb
0,92 b
0,75 ABb
0,95 b
1,00 Ab
1,42 a
0,76 D
CV %
22,72
Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha, e minúscula na coluna não diferem entre si no teste
de Tukey a 5%.
21
Analisando a Tabela 2, nos três cortes realizados durante o período do
experimento, observa-se que no parâmetro altura, o tratamento YR + ST (50% e 50%),
apresentou diferença (p<0,05) dos demais tratamentos aos 60 DAS, havendo, portanto
uma contribuição significativa da fonte de P, principalmente da solubilização do
Yoorim que é uma fonte mais solúvel que o Rejeito de Rocha e posteriormente
contribuiu para o desenvolvimento da forrageira.
Já no segundo corte aos 110 DAS todos os tratamentos apresentaram um
desenvolvimento padrão não havendo diferença significativa entre eles, somente a
testemunha apresentou uma menor altura (p<0,05) se comparado com os demais
tratamentos, enfatizando a importância desse nutriente para o bom desenvolvimento da
forrageira, pois mesmo havendo adubação suplementar de nitrogênio e potássio, o
desenvolvimento da testemunha não foi satisfatório na ausência de P, pois este nutriente
está diretamente ligado ao crescimento da planta e possui extrema importância nas
reações fotossintéticas e no metabolismo do carbono, processos pelos quais são
fundamentais para assimilação e utilização do N (MACHADO et al. 2000).
No terceiro corte aos 150 DAS, os tratamentos YR + ST (70% e 30%), YR
+ ST .(50% e 50%) e RJ + YR (70% e 30%) apresentaram melhores médias sendo
1,75m, 1,75m e 2,00m respectivamente, fato este que pode ser explicado devido o
processo de solubilização do P, já que o Rejeito de Rocha se comporta como um fosfato
pouco reativo e neste caso libera em pequenas quantidades o P para a planta.
Segundo Guimarães Junior, 2013, avaliando três tipos de forrageiras no
estado do Tocantins, o Panicum maximum cv. Mombaça apresentou um melhor
desenvolvimento na característica altura em relação aos demais gêneros estudados,
explicando que o uso de corretivos com alto teor de Ca e Mg acarreta na diminuição da
altura da planta, não sendo o mesmo observado neste trabalho, pois as fontes Yoorim e
principalmente o Rejeito de Rocha possuem uma determinada quantidade de Ca na sua
composição.
Em relação ao número de perfilhos por vaso (Tabela 3), três tratamentos
proporcionaram melhores resultados no primeiro corte aos 60 DAS, são eles YR + ST
(70% e 30%), RJ + ST (50% e 50%), Superfosfato triplo (ST) com médias de 43,50,
43,75 e 46.75 respectivamente. No segundo corte aos 110 DAS os mesmos tratamentos
se destacaram, porém acrescido do tratamento YR + ST (50% e 50%) com 61,50, 64,75,
65,75, 67,00 e 67,50 perfilhos por vaso e no terceiro corte aos 150 DAS os tratamentos
22
Yoorin (YR), RJ + ST (50% e 50%), YR + ST (50% e 50%), Superfosfato triplo (ST)
57, 59, 60,50 e 63,70 perfilhos por vaso.
Pode-se observar que os tratamentos com ST como fonte única de P se
destacou nos três cortes, porém as misturas onde continha essa mesma fonte como o RJ
+ ST (50% e 50%) obteve bons resultados podendo confirmar que os fosfatos com
maior poder de reatividade são mais eficientes. Já quando são aliados a uma fonte com
solubilidade menor, potencializam a disponibilidade gradual do P no solo e
posteriormente haverá uma maior produção de perfilhos.
Tabela 3. Número de perfilhos de capim Mombaça sob diferentes fontes de P em três cortes,
FONTE P
1º CORTE
60 dias
2º CORTE
105 dias
3º CORTE
150 dias
MÉDIA
Rejeito de Rocha (RJ)
24,00 Bab
33,25 ABbc
44,00 Aab
33,75 C
Superfosfato triplo (ST)
43,75 Ba
67,50 Aa
59,00 Aba
56,83 A
Yoorin (YR)
30,50 Bab
53,50 Aab
57,00 Aa
47,00 ABC
RJ + ST (70% e 30%)
40,00 Ba
61,50 Aa
50,25 Aba
50,58 AB
RJ + ST (50% e 50%)
46,75 Ba
65,75 Aa
63,70 Aba
58,75 A
RJ + YR (70% e 30%)
22,00 Bab
42,00 Aab
52,25 Aa
38,75 BC
RJ + YR (50% e 50%)
22,00 Bab
41,25 Aabc
53,75 Aa
39,00 BC
YR + ST (70% e 30%)
43,50 Ba
64,75Aa
52,50 Aba
53,58 A
YR + ST (50% e 50%)
41,25 Bab
67,00 Aa
60,50 Aa
56,25 A
TESTEMUNHA
MÉDIAS
14,5 Bb
32,82 b
14,00 Bc
51,07 a
33,50 Ab
52,65 a
11,33 D
CV %
24,63
Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha, e minúscula na coluna não diferem entre si no teste de
Tukey a 5%.
Utilizando o RJ separadamente não apresentou um bom rendimento em
número de perfilhos se comparado com as outras fontes, isso corrobora com os
resultados de Oliveira et al. (1984), Vasconcellos et al. (1986) e Lima et al. (2007), que
descrevem que a resposta inicial na implantação de pastagens é maior ao se utilizar
fontes de P solúveis. Cecato et al (2008) em seus trabalhos utilizando fontes diferentes
de P, observou que adubos com maior solubilidade como Superfosfato simples e
posteriormente o Yoorim, proporcionaram um maior incremento foliar e posteriormente
uma maior quantidade de perfilhos. O mesmo autor destaca que em gramíneas o P tem
maior influência no perfilhamento do que no alongamento foliar destas plantas, pois
desempenha um papel importante nas características morfológicas e produção do capim
como visto no presente trabalho.
23
Os resultados de produção de massa seca encontram-se na Tabela 4.
Durante o primeiro corte aos 60 DAS pode-se observar que o tratamento YR + ST (50%
e 50%) mostrou-se mais eficiente na produção de massa seca em comparação aos
demais com produção média de 57,35 g vaso-1. Os tratamentos YR + ST (70% e 30%) e
RJ + ST (50% e 50%) também se mostraram eficientes na produção de massa seca com
50,11 e 52,01 g vaso-1. Esses valores demonstram a importância e a eficiência das
misturas das fontes de P, onde principalmente os tratamentos com ST e YR obtiveram
melhores valores. O tratamento com a presença do RJ se destacou com a mistura com
proporções iguais de ST, possibilitando um bom perfilhamento (Tabela 3) e uma boa
produção de massa seca.
Tabela 4. Produção de Massa Seca de capim Mombaça sob diferentes fontes de P em três cortes,
FONTE P
Rejeito de Rocha (RJ)
Superfosfato triplo (ST)
Yoorin (YR)
RJ + ST (70% e 30%)
RJ + ST (50% e 50%)
RJ + YR (70% e 30%)
RJ + YR (50% e 50%)
YR + ST (70% e 30%)
YR + ST (50% e 50%)
TESTEMUNHA
MÉDIAS
1º CORTE
60 dias
38,96 Babcd
37,93 Babcd
13,88 Bcd
47,04 Babc
52,01 Bab
19,10 Bbcd
8,71 Cd
50,11 Bab
57,35 Ba
6,74 Bd
33,18 c
2º CORTE
105 dias
59,75 Bab
63,81 Bab
58,58 Bab
76,16 Bab
74,76 Bab
68,73 Bab
60,82 Bab
61,19 Bab
112,48 Ba
20,37 ABb
60,84 b
3º CORTE
150 dias
179,66 Aab
158,21 Aab
183,19 Aab
172,61 Aab
136,57 Aab
165,96 Aab
142,44 Aab
147,02 Aab
236,19 Aa
68,02 Ab
158,88 a
MÉDIA
92,79 B
82,90 B
85,22 B
92,35 B
87,78 B
74,76 B
70,65 BC
86,11 B
135,34 A
31,71 C
CV %
34,71
Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha, e minúscula na coluna não diferem entre si no teste de
Tukey a 5%.
No segundo corte aos 115 DAS, somente o tratamento YR + ST (50% e
50%), se diferenciou dos demais tratamentos com produção superior chegando 112,48
g.vaso-1. O mesmo aconteceu no terceiro corte onde o mesmo tratamento se manteve
com produção de massa seca superior aos demais tratamentos, produzindo 236,19
g.vaso-1. Os demais tratamentos se comportaram igualmente tanto para o segundo corte
aos 110 DAS quanto para o terceiro corte aos 150 DAS, sendo superiores apenas se
comparado à produção da testemunha. superfosfato triplo promove um maior
incremento foliar em relação às outras fontes utilizadas, devido à sua alta solubilidade
24
em água, fornecendo maiores quantidades de fósforo à planta nos primeiros dias, em
relação às fontes solúveis em ácido cítrico. Em trabalhos realizados no estado de São
Paulo, Werner et al. (1968) testaram várias fontes de fósforo em pastagem de capim
pangola. Observou-se que o pasto adubado com fósforo prontamente solúvel produziu
grandes quantidades no 1º ano, cessando praticamente de reagir no 2º e 3º anos, ao
passo que os que receberam fosfatos de rocha, menos solúveis, só começaram a reagir
no 2º, acentuando seus efeitos no 3º ano.
Em um experimento realizado por Costa et al. (2008) onde foram testadas
diferentes fontes de fósforo, aplicadas em amostras de Latossolo Vermelho distroférrico
(LVdf) e de Neossolo Quartzarênico (NQ) utilizando a Brachiaria brizanta cv.
Marandu como planta indicadora, verificou-se que, a produção total de matéria seca, foi
mais eficiente nos tratamentos com as fontes de maior solubilidade, como o
superfosfato triplo, fosfato natural reativo e a mistura entre eles, principalmente no
primeiro, terceiro e quarto cortes no Latossolo Vermelho distroférrico e em todos os
cortes no Neossolo Quartzarênico.
Avaliando a produção de massa verde do Panicum maximum cv. Mombaça
(Tabela 5) ficou bem enfatizado que o tratamento que posteriormente obteve uma maior
produção de biomassa no primeiro cote aos 60 DAS foi o YR + ST (50% e 50%) com
222,24 g.vaso-1, seguidos do Superfosfato triplo (ST) e do RJ + ST (70% e 30%) com
produções de 199,39 g.vaso-1 e 193,19 g.vaso-1 respectivamente. Estes resultados são
bem semelhantes aos de massa seca, partindo do pressuposto que as fontes de P mais
solúveis (ST) tendem a disponibilizar o nutriente de forma mais rápida para a planta.
Dá mesma forma ocorreu com o segundo corte aos 115 DAS e no terceiro
corte aos 150 DAS, onde o tratamento YR + ST (50% e 50%), apresentou melhor
produção, chegando a 546,21 g vaso-1 e 1175,15 g vaso-1 respectivamente, mostrando
que as interações entre as fontes de P, se mostrou viável para produção da forrageira. O
tratamento com YR apresentou um desempenho linear para o segundo corte se
comparado com o primeiro, onde não apresentou um desenvolvimento satisfatório,
chegando a produzir 469,96 g.vaso-1, evidenciando que interação da sua mistura com o
ST é bastante eficiente para produção da biomassa do capim mombaça.
25
Tabela 5. Produção de Massa Verde de capim Mombaça sob diferentes fontes de P em três cortes,
FONTE P
1º CORTE
60 dias
2º CORTE
105 dias
3º CORTE
150 dias
MÉDIA
Rejeito de Rocha (RJ)
129,75 Babcde
226,63 Bcd
778,48 Aab
378,29 BC
Superfosfato triplo (ST)
199,39 Bab
334,01 Bbc
779,20 Aab
437,53 B
Yoorin (YR)
66,09 Ccde
469,96 Bab
945,47 Aab
493,84 AB
RJ + ST (70% e 30%)
193,19 Babc
382,91 Bbc
635,01 Aab
403,71 B
RJ + ST (50% e 50%)
190,43 Babc
380,21 Bbc
761,01 Aab
443,88 B
RJ + YR (70% e 30%)
88,63 Cbcde
364,39 Bbc
834,42 aAb
429,14 B
RJ + YR (50% e 50%)
48,14 Ce
322,21 Bbc
838,57 Aab
402,97 B
YR + ST (70% e 30%)
185,34 Babcd
329,92 Bbc
790,29 Aab
435,18 B
YR + ST (50% e 50%)
222,24 Ca
546,21 Ba
1175,15 Aa
647,87 A
TESTEMUNHA
MÉDIAS
55,60 Bde
126,17 Bd
445,40 Ab
209,05 C
137,88 c
348,26 b
798,30 a
CV %
32,97
Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha, e minúscula na coluna não diferem entre si no teste de
Tukey a 5%.
No terceiro corte todos os tratamentos obtiveram um crescimento linear, onde
somente a testemunha não obteve um bom desenvolvimento se comparado com os
demais tratamentos, corroborando com Lynch et al (1991) e Rodriguez et al (1998) que
enfatizaram que o baixo suprimento de P, diminui a área foliar e em consequência
principalmente da redução do número de folhas e secundariamente, da limitação à
expansão da folha. Entretanto de maneira geral a deficiência de P, tem pequenas
influências nas taxas fotossintéticas (FREDEEN e al. 1998), mas alguns efeitos
conflitantes do P na fotossíntese podem ser observados, caso não se considere o estresse
devido a falta do nutriente, aumentando ainda mais a importância do P para a planta e o
seu bom desenvolvimento.
CONCLUSÕES
- As misturas de fontes de fósforo favorecem o desenvolvimento do capim mombaça.
- Os tratamentos YR + ST (50% e 50%), YR + ST (70% e 30%) e RJ + YR (50% e
50%) são as misturas que apresentaram resultados mais satisfatórios em todos o
parâmetros estudados.
- O RJ e o YR são fontes que podem ser utilizadas como fonte de mistura para
adubações que requerem P.
- A fonte menos solúvel influenciou com o tempo no desenvolvimento da forragem.
26
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28
CAPÍTULO 2
EFEITO DE FONTES DE FÓSFORO EM COMPONENTES NUTRICIONAIS DE
CAPIM MOMBAÇA
29
EFEITO DE FONTES DE FÓSFORO EM COMPONENTES NUTRICIONAIS DE
CAPIM MOMBAÇA
Resumo: Objetivou-se com esse trabalho apresentar os resultados da avaliação sobre o
efeito de diferentes fontes de (P) e suas interações na avaliação do teor nutricional de
Panicum maximum cv. Mombaça. Em razão de o fósforo ser limitante da produção e de
os solos brasileiros serem bastante deficientes, infere-se que a prática de adubação
assume papel fundamental para o estabelecimento e a manutenção e no aspecto
nutricional das pastagens. Sendo assim, a utilização de pastagens constitui a principal
fonte de alimentação do rebanho bovino nacional. Isso ocorre, possivelmente, em
função da praticidade de exploração das pastagens e do baixo custo de produção desse
tipo de alimento comparativamente aos alimentos concentrados. Foram testadas fontes
de fósforo no desenvolvimento da forrageira, o delineamento utilizado foi o DIC, com 4
repetições e 10 tratamentos em três cortes sendo constituídos de RJ, ST, YR, RJ + ST
(70% e 30%), RJ + ST (50% e 50%), RJ + YR (70% e 30%). YR + ST (70% e 30%),
YR + ST (50% e 50%) e a Testemunha. Com os resultados pode-se concluir que
Independentemente das fontes de P, a forrageira apresentou boas características
nutricionais para Ca, Mg e PB, a concentração de P foliar foi baixa independentemente
da fonte de P usada, o RJ se apresentou com uma boa alternativa para efeito nos teores
nutricionais do capim mombaça.
Palavras-chave: Nutrição, fertilidade, adubação fosfatada, aspectos nutricionais
30
EFFECT OF PHOSPHORUS SOURCES (P) IN NUTRITIONAL COMPONENTS
OF MOMBAÇA GRASS
Abstract: It was aimed with this work show the results of evaluation about the different
sources of (P) and their interaction on the assessment of the nutritional value of
Panicum maximum (cv. Mombaça). In view of phosphorus be the limitating of
production and the Brazilian soils being rather deficients, infers that the practice of
fertilization assumes a key role on the establishing, maintenance and the nutritional
aspect of pastures. Thus, the use of pastures constitutes the main source of national
cattle herd. This occurs, possibly, in function of practically of exploring the pastures
and the low production cost of this kind of food, comparing to the concentrate feeds. It
were tested phosphorus sources on forage development, randomized in DIC, with 4
repetitions and 10 treatments, in three cuts, constituted of RJ,ST,YR,RJ+ST(70% and
30%), RJ+ST(50% and 50%), RJ+YR(70% and 30%). YR+ST(70% and 30%),
YR+ST(50% and 50%) and the Witness. With the results obtained, it can be concluded,
that independent of sources in P, the forage showed good nutritional characteristics for
Ca, Mg and PB, the concentration of foliar P was low independent of the source used of
P, the RJ showed a good alternative for effect on nutritional values in mombaça grass.
Key words: Nutrition, fertilization, phosphate fertilization, nutritional aspects.
31
INTRODUÇÃO
A pecuária no Brasil é uma das atividades que vem desempenhando um
papel de grande importância no cenário da economia nacional. Ao longo do tempo, na
região do cerrado, o manejo da criação, quase que em sua totalidade, é feito de maneira
extensiva, a pasto, da forma mais natural possível, sem o uso de qualquer alimento
suplementar, a não ser os minerais.
Rossi (1999) destaca que a pecuária brasileira é “voltada principalmente
para os ruminantes, baseia-se no uso de pastagens nativas ou cultivadas para suprimento
de nutrientes para os animais”. As pastagens totalizam aproximadamente 25% da
superfície terrestre, segundo Oliveira et al (2012) e Maciel et al (2007) o Brasil
ultrapassa 150 milhões de hectares ocupados por pastagens, tendo em vista que o Brasil
é um dos maiores produtores de leite e de carne em pasto.
Sendo assim, a utilização de pastagens constitui a principal fonte de
alimentação do rebanho bovino nacional. Isso ocorre, possivelmente, em função da
praticidade de exploração das pastagens e do baixo custo de produção desse tipo de
alimento comparativamente aos alimentos concentrados. (PORTO et al, 2012).
Entre as gramíneas forrageiras tropicais, a espécie Panicum maximum Jacq.,
com destaque para o cultivar Mombaça, é uma das forrageiras mais importantes para a
produção pecuária nas regiões tropicais e subtropicais do mundo (HERLING et al.,
2000). Isso se deve a seu elevado potencial de produção e valor nutritivo. O Panicum
maximum é uma gramínea que forma touceiras com até 1,80 m de altura e folhas
quebradiças. Como a maioria das cultivares de Panicum, requer solos de média à alta
fertilidade para um bom e rápido estabelecimento, bem como para cobertura total do
solo, no entanto esta gramínea é mais eficiente com a utilização de adubação fosfatada.
De acordo com Franco (2003), Guedes et al (2009) e Porto et al (2012), a
grande maioria dos solos tropicais são altamente intemperizados, apresentam baixos
teores de fósforo e, muitas vezes, elevadas quantidades de óxidos de ferro e alumínio, os
quais tendem a adsorver rapidamente as formas solúveis desse nutriente. Essa baixa
disponibilidade de fósforo compromete não apenas o estabelecimento das plantas
forrageiras, como também afeta sua produtividade e seu valor nutritivo (CECATO et al,
2004).
Em razão de o fósforo ser limitante da produção e de os solos brasileiros
serem bastante deficientes, infere-se que a prática de adubação assume papel
32
fundamental para o estabelecimento e a manutenção das pastagens, assim fundamenta
Cecato et al, (2007) e Benício et al (2011) . Nesse sentido, o conhecimento da resposta
das plantas a doses de fósforo no solo torna-se de alta relevância, por permitir a
recomendação dos nutrientes na dose adequada para o crescimento inicial das plantas,
de acordo com seus requerimentos (RODRIGUES et al, 2012).
Carvalho et al., (1993); Fonseca et al., (2000); Santos et al, (2002),
Mesquita et al., (2004 e 2010) e Rodrigues et al (2012) destacam o importante papel
desempenhado pelo fósforo no desenvolvimento do sistema radicular e no
perfilhamento das gramíneas. Afirmam que sua deficiência pode limitar a capacidade
produtiva das plantas forrageiras e, consequentemente, das pastagens.
Segundo Fonseca et al (2000), o fósforo, além de sua importância na
avaliação do valor alimentício de uma forragem, é também um nutriente essencial ao
crescimento das plantas e, portanto, limitante da produção. Sua concentração crítica na
planta (nível crítico interno) permite ainda avaliar o "status" nutricional da planta e a
probabilidade de resposta à adição do fósforo ao solo.
Gomide et al (2002) enfatiza que quando há remoção da parte aérea, pelo
corte ou pastejo, representa um estresse para as plantas, cuja magnitude depende da
intensidade da desfolha. Assim a avaliação mais criteriosa da rebrotação de gramíneas
provê condições para o conhecimento mais seguro dos mecanismos envolvidos na
recuperação após o corte ou pastejo, auxiliando, assim, o entendimento dos efeitos de
práticas de manejo, embora, para tanto, seja necessária a criação de condições não
experimentáveis na prática, mas de grande importância acadêmica para o entendimento
do processo.
O uso de fontes de fósforo, na adubação de pastagens, não é recente, mas
vem adquirindo maior importância nos últimos anos, devido à maior produção de
fosfatos naturais, a preços baixos em relação aos produtos mais solúveis. (CECATO et
al, 2008).
Com o presente trabalho objetivou-se em avaliar os efeitso de fontes de
fósforo e suas interações no conteúdo de nutrientes da parte aérea de Panicum maximum
cv. Mombaça cultivado em casa de vegetação no sul do Estado do Tocantins em três
cortes.
33
MATERIAIL E METODOS
O trabalho foi realizado em casa de vegetação localizada na Estação
Experimental da Universidade Federal do Tocantins, Campus de Gurupi, localizado a
11°43‟S e 49°04‟W, com 280m de altitude. O clima, segundo Thornthwaite, é do tipo
Aw, úmido com moderada deficiência hídrica, com precipitação anual média de 1.400
mm com temperatura média anual que varia de 22 a 32ºC utilizando a forrageira
Panicum maximum cv. Mombaça, no período de Maio de 2013 a Outubro de 2013.
O experimento foi conduzido em vasos de polietileno com capacidade de
21,2 L, os vasos foram preenchidos com terra coletada a 150 cm de profundidade em
um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico com as características descritas na Tabela 1.
Tabela 1 – Analise Química e Textural do solo no experimento
H+Al CTC (T)1 CTC(t)2
---------------------------------cmol dm-3-----------------------------Ca
Mg
0,8
0,2
Al
V3
%
P
K
Zn
-------mg dm-³------0,0
1,5
2,60
1,1
42,31
1,8 39,0
0,5
-1
Mat. Orgânica --------------------------Textura g.kg --------------------------
pH
H 20
CaCl2
g.dm-3
Areia
Silte
Argila
5,6
6,2
2,0
440,0
110,0
450,0
¹CTC total; ²CTC efetiva; ³Saturação de base
Foram testadas fontes de fósforo (P) no desenvolvimento da forrageira. As
doses de P utilizadas foram obtidas conforme as recomendações (VILELA et al, 2007)
adaptado, a partir dos resultados obtidos na análise de solo. O delineamento utilizado foi
o inteiramente casualizado (DIC), com três fontes de fósforo (P), sendo sete tratamentos
distintos com quatro repetições, onde foram feitas misturas das fontes do nutriente em
diferentes proporções.
Como fonte de P para as plantas foi utilizado rejeito de rocha fosfática (8%
de P2O5 total, 11,3% de CaO e 4,68% de Fe2O3, oriundo da região de Irecê–BA),
Superfosfato triplo (41% P2O5, 7–12% de Ca) e Yoorin Master 1 (P2O5 total=17,5%,
P2O5 solúvel em ác. Cítrico=13%, Ca=18%, Mg=7%, B=0,1%, Cu=0,05%, Mn=0,3%
Si=10% e Zn=0,55%) onde foram usados as seguintes combinações:
TRATAMENTOS
QUANTIDADE POR VASO (g)
Rejeito de Rocha (RJ)
42,19g
Superfosfato triplo (ST)
8,23g
Yoorin (YR)
19,29g
RJ + ST (70% e 30%)
29,53g – 2,47g
RJ + ST (50% e 50%)
21,09g – 4,12g
RJ + YR (70% e 30%)
29,53g – 5,79g
34
RJ + YR (50% e 50%)
21,09g – 9,64g
YR + ST (70% e 30%)
13,50g – 2,47g
YR + ST (50% e 50%)
9,64g – 4,12g
TESTEMUNHA
0,00
A semeadura foi realizada em Junho de 2013, sendo colocadas 15 sementes
por vaso, após a germinação foram realizados desbastes deixando cinco plantas por
vaso. O nitrogênio e o potássio foram fornecidos em cobertura, totalizando 100 mg dm-³
de N e K, recomendação esta adaptada de (VILELA et al., 2007), a cobertura foi feita
em três parcelas de 33,33 mg dm-³. A primeira cobertura foi realizada aos 20 dias
quando as plantas começarem a apresentar sintomas de deficiência, as demais
coberturas foram feitas sete dias após cada corte, até o segundo corte, as fontes
utilizadas foram sulfato de amônio e cloreto de potássio.
Foram realizadas três avaliações (cortes), onde o primeiro ocorreu aos 60
dias. O segundo corte foi realizado aos 110 dias e o terceiro corte aos 150 dias após a
semeadura (DAS). Os parâmetros analisados foram: teores de fósforo (P), cálcio (Ca) e
magnésio (Mg) em (g kg-¹), e os teores de proteína bruta (PB) em (%).
A parte aérea do capim Mombaça foi cortada a 30 cm de altura, o material
verde foi acondicionado em sacos de papel e colocado para secagem em estufa de
ventilação forçada a 65 °C durante o período de 72 horas. Após seco o material foi
triturado em moinho tipo Wiley com peneiras de 0,5mm. A partir das amostras
trituradas procedeu-se a análise para obtenção dos teores de P, Ca. Mg e PB contidos na
parte aérea do capim Mombaça.
As amostras depois de trituradas foram submetidas à digestão sulfúrica
segundo adaptação de Tedesco et al. (1995). A determinação de N foi feita pela
destilação de Kjeldhal, os valores de N total foram multiplicados pelo fator 6,25 para
obtenção da percentagem de PB. O P foi determinado com azul de molibdênio sendo a
leitura feita em um espectrofotômetro de massa. Os teores de Ca e Mg foram
determinados pelo método de espectrofotometria de absorção atômica.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias
comparadas pelo Teste de Tukey (p>0.05), utilizando o software Sisvar 5.3.
35
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os teores de P encontrados nos três cortes do capim mombaça, estão
apresentados na Figura 1. No primeiro corte, aos 60 dias não foi encontrada diferença na
quantidade de P na parte área da forrageira. No segundo corte aos 110 dias o tratamento
RJ + YR (50% e 50%) foi o que mais produziu P na parte área, diferenciando de todos
os tratamentos, RJ + ST (50% e 50%), YR + ST (70% e 30%) e a Testemunha foram os
que em seguida obtiveram maiores concentrações de P.
Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas iguais, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste Tukey
Figura 1. Quantidade Total de P em capim Mombaça sob fontes fósforo no sul do Tocantins.
Portanto a maior absorção de P ocorreu nos tratamentos com as misturas de
fontes P, principalmente nos tratamentos com o superfosfato triplo, fato que pode ser
explicado pela alta solubilidade do produto na presença de água, facilitando a absorção
pela planta para utilização do nutriente no seu metabolismo. No terceiro corte aos 150
DAS, observou que o tratamento RJ foi encontrado uma maior concentração de P na
parte área, diferenciando dos demais tratamentos, que apresentaram concentrações de P
bem abaixo do ideal para forrageira.
Costa, 2008, estudando fontes de P, superfosfato triplo, fosfato de Arad,
fosfato natural de Araxá e, uma mistura superfosfato triplo + fosfato de Arad na relação
(1:1), em Brachiaria brizantha, relataram que o teor de P na forrageira foi influenciado,
36
significativamente, pelas fontes de P de maior solubilidade. Resultados semelhantes
também foram relatados por Oliveira et al. (2012), onde o Superfosfato simples
apresentou maior teor de P foliar, do que o fosfato natural de Arad e a testemunha. De
maneira geral, sabe-se que o P é o elemento mineral que mais onera o custo dos
suplementos minerais para bovinos, sendo que, quanto maior o teor deste elemento na
matéria seca das forrageiras, menor será o consumo pelos bovinos via suplementação
mineral. Sendo assim, é de suma importância a maior capacidade de assimilação e
concentração de P na parte aérea pela planta forrageira.
Benicio, 2012 também encontrou em seus trabalhos uma maior quantidade
de P em plantas adubadas com RJ e fosfato parcialmente acidulado, principalmente a
partir do segundo corte. Isso provavelmente ocorreu devido a liberação gradual de P, e
ao desenvolvimento da forrageira, no primeiro provavelmente o tempo limitou a
liberação de P para o solo, consequentemente limitando a absorção por parte da planta.
Já na segunda avaliação a quantidade de P liberada pela fonte foi maior, assim houve
uma maior absorção do elemento pela planta, esta quantidade absorvida somada ao P já
estocado nos tecidos, fez com que na segunda avaliação as quantidades fossem bem
superiores à primeira. A idade da planta e a disponibilidade do fósforo no solo são os
fatores que mais influenciam os teores desse nutriente nas plantas, sendo explicada
então a maior concentração de P na parte área durante o terceiro corte.
Os valores de cálcio que se encontram descritos na Figura 2, mostra igualdade
entre todos os tratamentos no 1º corte aos 60 DAS. Observando o 2º corte 110 DAS, o
tratamento YR + ST (50% e 50%) e a testemunha mostraram resultados semelhantes
sendo igual entre si (p<0,05) com 22,32 e 19,95 g kg-1. No 3º corte aos 150 DAS, o
tratamento YR + ST (50% e 50%) obteve maior concentração de Ca na folha, seguindo
dos tratamentos YR + ST (70% e 30%) e RJ + YR (50% e 50%) com 20,70 e 20,02
g.kg-1, este resultado é explicado, pois ambas as fontes aqui estudadas, possuem em sua
composição uma determinada quantidade de cálcio, mostrando a eficácia da planta em
assimilar esse nutriente e mantê-lo em sua estrutura¸ aumentando o teor nutricional da
planta e posteriormente sendo utilizado como fonte alimentar para os animais.
37
Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas iguais, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste Tukey
Figura 2. Quantidade Total de Ca em capim Mombaça sob fontes fósforo no sul do Tocantins.
Sousa et al, 2010 em seu trabalho obtiveram efeito linear decrescente sobre
o teor de cálcio da parte aérea do capim Tanzânia, no entanto, não foi verificado efeito
das doses de P2O5 sobre essa variável. Werner et al. (1996) apresentou a faixa do teor
adequado de cálcio nas plantas de capim-colonião (Panicum maximum cv. Colonião)
entre 3 e 8 g kg-1. Resultados estes que discordam deste trabalho, que verificou um
efeito somatório da concentração de Ca nas folhas da forrageira, sendo também que
esses valores se encontram bem acima do descrito pelo mesmo autor.
Conforme o NRC (1996), a exigência de Ca para bovino de 300 kg de peso
vivo com ganho de 0,5 kg/dia, é de 0,12% de Ca na MS da dieta, o que leva a se afirmar
que tal exigência é atendida em todos os tratamentos estudados, conforme a Figura 2.
Para ganho de 1,0 kg/dia, o NRC (1996) recomenda 0,23% de Ca na MS; neste caso, até
mesmo a testemunha atenderia tal exigência de demanda do cálcio pelos animais.
Na Figura 3 estão expressos os valores de Magnésio na composição foliar
do capim mombaça. Como verificado para o P e Ca, o magnésio durante o primeiro
corte aos 60 DAS não apresentou diferença entre os tratamentos, onde até mesmo a
testemunha se igualou aos demais. Já no segundo corte foi observado uma crescente
elevação da taxa de Mg nas folhas, o tratamento YR + ST (50% e 50%) obteve melhor
médio se comparado pelos demais, seguido da testemunha que também obteve um bom
desempenho para este elemento, resultado este que pode ser explicado pela presença
deste nutriente no solo e posteriormente pela eficiência da forrageira em absorver o
magnésio mesmo que em pequena quantidade e utiliza-lo para aumentar o seu potencial
nutritivo.
38
Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas iguais, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste Tukey.
Figura 3. Quantidade Total de Mg em capim Mombaça sob fontes fósforo no sul do Tocantins.
No 3º corte todos os tratamentos não apresentaram diferença significativa,
só diferiram (p<0,05) da testemunha, havendo um ganho ainda maior de magnésio em
relação ao segundo corte. Segundo Werner, 1996, os resultados situam-se na faixa de 1
a 5 g/kg para plantas de capim-colonião, corroborando com Primavesi et al. (2004), que
trabalhando com capim-coastcross, observaram teores que variaram de 1,8 a 2,7 g/kg de
Mg, de acordo com os níveis de adubação nitrogenada e fosfatada usados.
Com isso mostra-se então que os valores de Mg na forrageira encontra-se
em níveis elevados, mesmo resultados obtidos por Tebaldi et al (2000) confirmam ser
bastante abundante o nível de Mg em forragens, pois é pouco provável a ocorrência de
deficiência de Mg para bovino, já que as quantidades requeridas deste mineral na dieta
estão em torno de 0,05% na MS e, neste trabalho, foram encontrados valores bem
superiores.
Os teores de Proteína Bruta (PB) estão apresentados na Figura 4. Avaliando
os teores de PB, não se observou diferença significativa entre os as fontes testadas no 1º
corte aos 60 DAS. No 2º corte os tratamentos RJ, ST e Testemunha apresentaram as
maiores valores de PB, respectivamente 21,12%, 18,52% e 17,81%, enquanto no
terceiro corte aos 150 DAS, a Testemunha, e os tratamentos RJ + ST (50% e 50%), RJ +
ST (70% e 30%) e RJ foram os que obtiveram maiores concentrações de PB, com
20,05%, 16,77%, 16,73% e 16.48% respectivamente.
39
Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas iguais, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste Tukey
Figura 4. Quantidade Total de PB em capim mombaça sob fontes fósforo no sul do Tocantins.
Comparando esses valores com os de massa seca, podemos instigar às
respostas para os resultados encontrados. Os tratamentos que proporcionou maior
produtividade obtiveram menores teores de PB, isso devido a diluição do N nos tecidos
da planta. Ou seja, a quantidade de N aplicada é a mesma para todos os tratamentos e os
tratamentos mais produtivos tem maior quantidade de matéria seca para distribuir o N
diluindo este.
O fato de a testemunha apresentar elevados teores de PB também pode ser
explicado por esta diluição. Teores elevados de P proporcionam um desenvolvimento
rápido da planta, à medida que a absorção de N não acompanha o ritmo de
desenvolvimento da forrageira, afetando diretamente a síntese de proteínas (OLIVEIRA
et al., 2000). A aplicação de P na presença de N reduziu significativamente os teores de
PB em B. decumbens (BOMFIM et al, 2003). O mesmo comportamento foi observado
neste trabalho, pois no intervalo de cada corte foi fornecido N em cobertura, a aplicação
de P causou redução de PB, como relatado pelos autores acima citados.
Em todas as combinações, o capim apresentou teores de PB superiores a 7%
de na MS, considerado nível crítico (VAN SOEST, 1994), visto que, abaixo desse nível,
ocorreria restrição ao consumo voluntário, por reduzir a atividade de microrganismos no
rúmen e a taxa de digestão de celulose, aumentando o tempo de retenção da forragem no
rúmen.
40
CONCLUSÕES
- Independentemente das fontes de P, a forrageira apresentou bons níveis e
concentrações Ca, Mg e PB.
- A concentração foliar de P é baixa independentemente da fonte e/ou mistura utilizada.
- O RJ se apresenta com uma boa alternativa como fonte de P para suprir a demanda de
nutrientes do capim Mombaça
41
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44
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca por novas tecnologias e novas práticas que vislumbrem alcançar
uma maior produtividade na produção agrícola e pecuária, vem mostrando a
importância de se estudar novas práticas de manejo. A busca por fontes de fósforo
alternativas que visem diminuir o custo de produção e paralelamente a isso um
acréscimo na produtividade das pastagens é uma busca incessante da nova pecuária.
Com esse trabalho podemos mostrar que existem alternativas viáveis e
baratas para diminuição do custo com o uso da adubação fosfata, sendo que esse tipo de
adubação ainda requer certo custo do produtor. Utilizando fontes que sejam mais
baratas e posteriormente que poderiam trazer um efeito satisfatório na produtividade das
pastagens. O uso do Rejeito de Rocha aliado a outros fertilizantes como o Yoorim ou o
Superfosfato triplo pode ser uma alternativa para garantir uma melhor produtividade e
longevidade da pastagem no campo.
Como mostrado ao decorrer do trabalho o P tem uma grande importância no
desenvolvimento das plantas forrageiras, independente da fonte empregada, mas ainda
se faz necessário estudos mais aprofundados quanto a utilização do elemento fósforo e
suas fontes, para que se possa buscar uma melhor eficácia e consequentemente uma
melhor eficiência no seu uso.
45
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