1 CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE 2 REUNIÃO ORDINÁRIA 03/07/03 3 ATA N° 255 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 O Conselho Municipal de Saúde reuniu-se ordinariamente aos três dias do mês de julho de dois mil e três para deliberar sobre a seguinte pauta; 1 – Expediente Interno; 1.1 – Aprovação das atas das reuniões anteriores; 1.2 – Correspondências recebidas; 1.3 – Encaminhamentos; 1.4 – Agenda básica - CIENS; 2 – Ordem do Dia; 2.1 – Política de Assistência Farmacêutica; 2.2 – Escala de Conselheiros para reuniões setoriais; 2.3 – Implantação das ações de redução de danos no município de Foz do Iguaçu; 2.4 – Proposta de implantação de serviço de DST; 3 – Informes Diversos; 3.1 – Pactuação integrada de vigilância sanitária; 3.2 – Situação da transferência dos funcionários da FUNASA. A presidente em exercício Srª. Ilza Maria Pereira da Cruz Dotto solicitou um minuto de silencio para reflexão. Após apresentada a proposta de pauta a Presidente em exercício Srª. Ilza Maria Pereira da Cruz Dotto solicitou o acréscimo nos informes diversos do item 3.2 – Situação da transferência dos funcionários da FUNASA, a pedido do conselheiro Paulo Cezar Weber. Item 1.1 – Aprovação das atas das reuniões anteriores; a primeira secretaria Srª Daniela Cristina Valvassori informou que devido a um problema no computador do COMUS perdeu-se três atas que estariam prontas para aprovação e por este motivo não teremos atas para aprovação no dia de hoje. Item 1.2 – Correspondências recebidas, a primeira secretaria Srª Daniela Cristina Valvassori Perez acusou o recebimento das seguintes correspondências; Ofício 067/03 em resposta a solicitação do grau de escolaridade dos agentes de endemias da cooperativa, Ofício 668/03 da SMSS convite para reunião da PPI 2003, Convite do Hospital e Maternidade Cataratas para visitação das obras do novo hospital, Ofício 2697/03 do Poder Judiciário para apresentação de conselheiros em audiência no dia 03/09/03. Item 1.3 – Encaminhamentos; não houveram encaminhamentos desde a última reunião ordinária. Item 1.4 – Agenda Básica – CIENS; a conselheira Eugenia Maria Santos relatou o que significa a sigla CIENS – Centro Integrado de Educação Natureza e Saúde, e ainda que a Srª Maria Margarida trabalha com fitoterapia a mais de quinze anos incentivada e custeada para cursos pela prefeitura municipal de Foz do Iguaçu, informou que a população esta se voltando para a natureza e procurando os remédios fitoterápicos; o CIENS está instalado no prédio do Colégio Agrícola, em maio de 1996 foi estabelecido o estatuto do CIENS e em junho de 1996 foi a primeira posse na Câmara de Vereadores, em novembro de 1996 foi a inauguração oficial do CIENS, a lei 2714/02 declara de Utilidade Pública a Associação do CIENS. A conselheira Eugenia Maria Santos informou o nome e função da equipe do CIENS, relatou que o CIENS está inserido na Associação Oeste do Paraná de Plantas Medicinais, no COMUS, no CMDCA, na Associação Paranaense de Plantas Medicinais, e na Rede Sul pela Vida de Plantas Medicinais. Relatou que o objetivo geral do CIENS seria unir o saber popular existente na região ao conhecimento técnico científico de fitoterapia e coloca-lo a disposição da comunidade e nas áreas de educação, saúde e meio ambiente; relatou que o que também ensinam para a população é que a diferença entre o remédio e o veneno está somente na dosagem, que tipo de plantas podem ser utilizadas, como deve ser o trato cultural desta planta; quanto aos objetivos específicos do CIENS estão capacitar agentes de saúde para agir nas áreas de pastorais, escolas e comunidade, resgatar o saber popular regional sobre as plantas medicinais, incentivar alunos, professores e agentes da comunidade na área da pesquisa, servir de instrumento a humanização, formação e conscientização da população sobre a saúde, atender as comunidades atendidas pelas pastorais e alunos da rede pública com produtos fitoterápicos e plantas desidratadas; os locais de produção são o refugio biológico da Itaipu Binacional, Escola Municipal Vila Shalon, Colégio Agrícola, Horto Municipal, Horta da Paróquia Espírito Santo, Escola Arnaldo Isidoro de Lima e Escola Irio Manganeli; desde o ano de 1996 foram atendidas 16.514 pessoas onde foram dispensados 45.003 produtos, relatou todos os produtos que podem e são produzidos nas dependências do CIENS e suas vantagens com o uso. Expôs que em parceria com o Colégio Agrícola montou-se o primeiro curso pós-médio do Brasil, de 1460 horas de Técnicos em Agricultura com especialização em plantas medicinais, aromáticas e condimentares, onde a primeira turma se formou no ano 2000. a conselheira Eugenia Maria Santos relatou que a situação do CINES no prédio do Colégio Agrícola é precária pois realizado uma adaptação para fazer a sala de recepção e higienização da plantas e como o prédio em questão é histórico o CIENS perderá a sala, já sabendo sobre este respeito, fez-se 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 um projeto de um grande ervanário que foi aprovado pela Itaipu Binacional mas que infelizmente na SMSS o projeto não “anda” e o CIENS acabou perdendo o projeto do ervanário pela não liberação pela SMSS, já que de acordo com correspondência do prefeito municipal, a preocupação do município seria com o laboratório de medicamentos. O conselheiro Paulo Cezar Weber expôs sobre a importância deste resgate e valorização da natureza nos dia atuais. Item 2.1 – Política de Assistência Farmacêutica; a Srª Valéria Bueno Piazza expôs que os medicamentos são divididos em três esferas, principalmente o repasse de custos, que são os medicamento federais, estaduais e municipais, dentro desta divisão existem medicamentos que são competência federal, estadual e municipal; os medicamentos de competência federal são repassados para o estado primeiramente e depois para o município, são os medicamentos para tratamento da hanseníase, tuberculose, AIDS e os medicamentos do Paraná sem dor, os medicamentos de competência estadual são o repasse dos medicamentos federais, do Paraná sem dor e insulinas, e a farmácia básica é competência do município, Foz do Iguaçu não participa do consórcio dos medicamentos que seria abrir mão dos repasses federal e estadual para participar de um consórcio que ao invés de receber em espécie, recebe-se em medicamentos; quando da pactuação da farmácia básica ficou assim definido que R$1,00 habitante/ano Ministério da Saúde, R$0,50 habitante/ano Estado e R$0,50 habitante/ano município, quem ficou fora do consórcio deveria receber a contrapartida do Estado e recebe fundo a fundo a contrapartida federal que para o município gira em torno de aproximadamente R$22.000,00 mensais e aproximadamente R$11.000,00 mensais do Estado, porém Foz do Iguaçu não recebe esta contrapartida a aproximadamente quatro anos; hoje o município recebe o repasse federal e o município coloca R$3,50 habitante/ano ao invés de apenas R$0,50 habitante/ano; a padronização do município que foi feita em 1998 e está em diário oficial foi realizada com base no RENAME que é uma relação nacional de medicamento essenciais; quanto ao consumo, considera-se o município como uma cidade atípica por atender uma população diferenciada e um dado alarmante é o aumento considerável no consumo que vem ocorrendo principalmente o consumo em saúde mental, a farmácia está atendendo aproximadamente a 140 pacientes/dia na saúde mental com um consumo em crescimento gradativo sendo que quase duplicou o consumo do ano anterior para este ano; o consumo de diclofenaco mês chega na casa dos 350.000 comprimidos o que é um dado alarmante já que o uso contínuo desta substancia pode provocar ulcera; existem medicamentos na farmácia básica que são parte de um protocolo do Estado de medicamento excepcionais que abrangem pacientes transplantados e com doenças de alto custo; relatou que a promotoria envia muitos casos de indicações para aquisição de medicamentos fora da farmácia básica, entre eles alguns que podem ser substituídos. A Srª Valéria Bueno Piazza expôs que a industria está tentando manter os programas essenciais tendo em vista que o custo dos medicamentos teve uma alta não prevista de 160%, também o aumento gradativo do consumo, a indústria produzia em média 1.200.000 comprimidos/mês no inicio do ano e hoje produz em média 1.600.000 comprimidos/mês, além de 1.322.760 ml que saem da indústria e está na sua capacidade máxima, a preocupação se estende já que se poderia estar aumentando o número de produtos a serem produzidos e que o laboratório tem capacidade, ao invés de estar aumentando em número o que já existe; a indústria foi construída com uma capacidade de atender a demanda de 70 itens, porém, quando ela foi projetada teria que produzir este tanto com os 70 itens, hoje a demanda aumentou e não se tem a capacidade de passar dos 46 itens de medicamentos; informou que o Ministério da Saúde está passando pela ANVISA um programa para incentivo das indústrias farmacêuticas, Foz do Iguaçu é o 18° laboratório oficial do país e o Ministério está colocando cerca de R$40.000.000 para estes laboratórios, pois sabe que seria a única alternativa do brasileiro de ter medicação, porém houve atraso do repasse desde o início do ano. O Sr. Mauro Fujiwara expôs que cada esfera do governo tem sua responsabilidade, em relação aos medicamentos excepcionais, o Estado estabeleceu protocolos clínicos que devem constar o diagnóstico e a dosagem recomendada para aquela doença; relatou que o município tem colocado recursos até acima da média do Paraná em farmácia básica. O conselheiro Élio Cordeiro relatou que o consumo de saúde mental apesar de alto, irá aumentar ainda mais e que uma saída seria colocar o programa de saúde mental em prática já que desde o ano de 1996 o mesmo está aprovado e não implantado, ou seja, não há uma continuidade no tratamento não medicamentoso deste paciente. O presidente Sr. Flávio Dantas de Araújo questionou se todos os lotes produzidos no laboratório do município são analisados pela FIOCRUZ, se positivo, como está o resultado desta análise; quais as providências que foram tomadas para acionar a contrapartida do Estado; como está o protocolo para dispensação de medicamentos. A Srª Valéria Bueno Piazza informou que tudo o 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 que é produzido na industria passa por controle de qualidade extremo pois a grande preocupação é produzir um medicamento com qualidade, os medicamentos são analisados e verificados através de programa de inspeção da industria farmacêutica trimestralmente; no governo atual na primeira reunião da Bipartite foi levantada a questão da contrapartida do Estado para os municípios não consorciados e foram solicitadas providências para a correção deste falha do Estado; a pactuação em saúde mental seria o repasse do Estado per capita de R$3.000,00 por mês, sendo que a regional de Foz do Iguaçu recebe R$16.000,00 por trimestre,em medicamentos de saúde mental e o município gasta em torno de R$80.000,00 em saúde mental/mês; a portaria diz que o recurso é repassado sendo 20% contrapartida do Estado e 80% contrapartida do Ministério da Saúde, o Ministério repassou todo o recurso integral ao Estado e na portaria consta que o repasse do Estado seria definido em reuniões de Bipartite e em dezembro de 2000 foi percaptalizado o recurso e coube a regional de Foz do Iguaçu R$16.000,00 do montante, o Estado esta fazendo o repasse do primeiro trimestre agora e a nível de saúde mental a portaria esta sendo cumprida, porém o montante de recurso repassado seria insignificante, com relação ao não repasse de recursos já foi encaminhado uma denúncia junto a Auditoria do Estado e ao Ministério Público. A Srª Valéria Bueno Piazza informou que o protocolo de dispensação de medicamentos que passou pelo COMUS, não há como ser conduzido devido a grande procura e altos custos dos medicamentos, o protocolo foi retirado até porque os médicos se induziam a prescrever dentro do protocolo porque se achava que a dificuldade de o médico prescrever no protocolo seria maior, e devido ao orçamento não houve como continuar mantendo o protocolo hoje se gasta em média muito menos na farmácia mas as medicações essenciais não há como negar para o paciente porém tenta-se trocar a medicação que deveria ser comprada por medicação padronizada no município. O conselheiro Paulo Cezar Weber expôs que existe uma deficiência em relação a população e que o que se ouve falar em relação ao município é que sua população é atípica e que o problema estaria tanto no governo federal quanto no estadual, é lamentável verificar que a nossa população esta doente e que o aumento de agravos esta ligado também a situação emocional desta população. A Srª Rosa informou que trabalha no núcleo do Morumbi e questionou o que pode ser feito para que haja a descentralização da farmácia de saúde mental do CEM. A Srª Valéria Bueno Piazza informou que há duas pessoas sendo treinadas para o atendimento na farmácia de saúde mental e que para atender nesta farmácia é necessário uma atendente e uma farmacêutica já que os medicamentos são controlados e contados no mínimo três vezes ao dia já que presta-se contas de comprimido por comprimido e a previsão de descentralização seria o tempo de treinamento destas pessoas o que deve levar cerca de dois meses. A psicóloga Srª Suzana expôs que um dos grandes sintomas sociais nos tempos atuais é a depressão e que este sintoma social seria um dos agravantes para o aumento da procura de medicamentos. A vice-presidente Srª Ilza Maria Pereira da Cruz Dotto expôs que se fosse melhorado o atendimento psicossocial que seria dado através da implantação do serviço de saúde mental talvez se diminuísse o sofrimento dos sintomas sociais da população. A segunda vice-presidente Srª Fátima Siqueira expôs que as mulheres esterectomizadas não têm medicamentos para reposição hormonal na rede e suplemento alimentar e questionou se há como resolver este problema. A Srª Valéria Bueno Piazza informou que a padronização dos medicamentos irá ser revista para introdução de novos medicamentos. A conselheira Juraci Helena Largo questionou sobre a informatização da dispensação de medicamentos. A Srª Valeria Bueno Piazza informou que o CEM está informatizado e a saúde mental e hipertensão são todos cadastrados e controlados. O conselheiro Paulo Cezar Weber questionou se uma pessoa pobre realiza sua consulta e verifica que sua doença necessita urgentemente de medicação e esta medicação não esta disponível na farmácia básica o que este doente faria. A Srª Valéria Bueno Piazza informou que dependendo do medicamento, as farmacêuticas procuram dentro do posto por outro médico ou pelo mesmo que atendeu ao paciente para fazer a troca do medicamento por um que tenha na farmácia ou em alguns casos estes pacientes procuram diretamente o laboratório. O presidente Sr. Flávio Dantas de Araújo propôs que o laboratório municipal envie ao COMUS, todos os laudos já emitidos pela FIOCRUZ e pela PNIF bem como os laudos posteriores ao dia de hoje e também a implantação de deliberação da VI Conferencia Municipal de Saúde onde havia um serviço de distribuição de medicamentos em que o médico consultava a farmácia para verificar a medicação disponível e somente receitaria o que teria na farmácia e de tempos em tempos um motoboy passaria para buscar esta medicação ao posto para os pacientes. O Sr. Mauro Fujiwara expôs que a SMSS não dispõe de recursos para a informatização de todos os consultórios médicos e que existe uma dificuldade de se fazer 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 a interligação de todas as unidades de saúde. A Srª Yara informou que todas as farmácias emitem listas de atualização da farmácia mas que são poucos os médicos que seguem esta atualização. A Srª Rosa relatou que boa parte desta medicação dispensada aos pacientes de saúde mental não seria necessária se o município tivesse um programa de saúde da família trabalhando na ponta com a prevenção e qualidade de vida e propôs que a SMSS possa repensar o seu trabalho, substituindo o trabalho curativo pelo trabalho preventivo. O Sr. Mauro Fujiwara expôs ser inviável a realização, neste momento, da proposta número dois de informatização dos consultórios médicos nos postos, devido aos altos custos para a realização do mesmo. Por consenso dos conselheiros, decidiu-se votar as propostas em separado, devido a algumas divergências de idéias. Em regime de votação aprovou-se por unanimidade a proposta de envio dos laudos da FIOCRUZ e PNIF pelo laboratório municipal. Em regime de votação aprovou-se por consenso da maioria a proposta de se cumprir a deliberação da VI Conferencia Municipal de Saúde. Em regime de votação aprovou-se por unanimidade a proposta de mudança de modelo de trabalho do curativo para o preventivo. Item 2.2 - Escala de Conselheiros para reuniões setoriais; o presidente Sr. Flavio Dantas de Araújo informou haver reuniões agendadas no dia 04/07 no Porfilurb I deram seus nomes os conselheiros Valdevino Reginaldo e Aurélio Natalício Alves, no dia 04/07 no Bairro Jardim das Flores deram seus nomes os conselheiros Daniela Cristina Valvassori Perez e Juraci Helena Largo; no dia 08/07 Associação das Nutricionistas deram seus nomes os conselheiros Fabiana Skiavini Moya e Élio Cordeiro ; dia 09/07 Mulher Comunidade deram seus nomes os conselheiros Fátima Siqueira, Juraci Helena Largo e Eugenia Maria Santos e na APASFI dia 09/07 deram seus nomes os conselheiros Márcia Ceretta, Ilza Maria Pereira da Cruz Dotto e Fabiana Skiavini Moya; dia 10/07 PROCON deram seus nomes os conselheiros Fátima Siqueira e Aparecida Veloso; dia 11/07 Sindicato do Comércio deram seus nomes os conselheiros Ilza Maria Pereira da Cruz Dotto e Fátima Siqueira, no NASA dia 11/07 deram seus nomes os conselheiros Flavio Dantas de Araújo e José Roberto Barros; dia 14/07 UDF deram seus nomes os conselheiros Aurélio Natalício Alves e Valdevino Reginaldo; dia 22/07 ADIFI deram seus nomes os conselheiros Fabiana Skiavini Moya, Fátima Siqueira e Juraci Helena Largo. Item 2.3 - Implantação das ações de redução de danos no município de Foz do Iguaçu; a Srª Rosa expôs que faz parte da comissão municipal de prevenção e controle do HIV/AIDS e que foi implantado no município um projeto de redução de danos que tem por objetivo fazer a prevenção ao HIV/AIDS entre usuários de drogas injetáveis e outras drogas, o projeto foi implantado no município o ano de 1999 com financiamento do Ministério da Saúde, ao longo destes anos fez-se lutouse muito para que se criasse uma lei no município fazendo com que o projeto de redução de danos passasse a ser um programa do município implantado pela SMSS, no ano de 2001 esta lei foi implantada e sancionada pelo prefeito e durante o ano de 2002 foi negociado com o programa municipal de AIDS que a partir de janeiro de 2003, a redução de danos não seria mais um projeto com financiamento do Ministério da Saúde sendo realizado por uma ONG, mas sim um programa municipal da SMSS através do programa de AIDS; houve uma pactuação em tempo hábil com a coordenação do programa de AIDS para que este programa fosse implantado, o que não ocorreu; e o projeto com a parceria do Ministério da Saúde não foi renovado pois houve um compromisso assumido pelo município que assumiria o projeto; como há uma proposta de e que a redução de danos possa prevenir o vírus HIV através do compartilhamento de agulhas e seringas no município 20% das contaminações pelo vírus HIV se dá pelo compartilhamento de agulhas e seringas, vê-se através destes dados a necessidade do programa de redução de danos no município; o município deveria contratar os agentes redutores de danos que são agentes comunitários de saúde que vão até a comunidade realizando uma ação de saúde pública na comunidade; o programa tem um custo pequeno e um benefício grande, levou-se para a comissão de AIDS a proposta de questionar ao programa municipal que providencias seriam tomadas, e a resposta foi que a redução de danos estaria implantado no município e que estaria ocorrendo em todas as unidades básicas de saúde com a distribuição de seringas e do material necessário, o que não revela a verdade já que não existe nenhum trabalho deste nível no município. A psicóloga Srª Suzana informou que a relação custo beneficio para o município com a implantação deste projeto seria muito grande e que o programa de redução de Salvador foi considerado como o melhor do mundo, onde conseguiu-se reduzir a contaminação nos usuários de drogas injetáveis em 90%; informou que o custo de tratamento para um único paciente já contaminado pela AIDS giraria em torno de U$1.300 enquanto que se atendido pelo programa de redução de danos, evitando assim sua contaminação, o custo deste paciente seria de R$3,00, além da economia financeira, haveria a prevenção evitando assim que este sujeito se 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 contaminasse e contaminasse outros. A Srª Rosa informou que os agentes redutores de danos que seriam ACS custariam para o município cada um cerca de R$300,00/mês e o programa prevê a contratação de quatro redutores para trabalhar nas áreas, a capacitação dos ACS em geral para auxiliar no trabalho realizado, logo o custo para o município seria em torno de R$1.200,00/mês com recursos humanos, quanto aos insumos necessários o município sempre assumiu e disponibilizou-os e que os mesmos não devem ultrapassar a quantia de R$12.000,00/ano, e que os preservativos vêm do Ministério da Saúde. A Srª Rosa propôs que o COMUS cobre, dentro dos trâmites legais, que o município realmente implante o Programa de Redução de Danos. A psicóloga Srª Suzana informou que houve o encaminhamento para algumas UBS de um Kit redução de danos (agulhas, seringas, entre outros), porém que as coordenadoras das UBS não sabiam para que serviria aquele kit e guardaram-nos, e isto para o município seria a descentralização dos serviços e que os mesmos estão ocorrendo muito bem. O presidente Sr. Flavio Dantas de Araújo propôs que se oficializa a SMSS para que preste esclarecimentos sobre como esta o programa de redução de danos do município para que a partir daí se possa estar cobrando sua efetivação. A Srª Rosa propôs que se criasse uma comissão dentro do COMUS para que visitem as UBS e questionem sobre o programa e quem coordenaria o programa de redução de danos naquele local, e após a constatação feita por esta comissão que se encaminhe para as providencias cabíveis. O presidente Sr. Flavio Dantas de Araújo refez sua proposta ficando assim transcrita, que a SMSS seja convocada a apresentar o programa de redução de danos e paralelamente a comissão de conselheiros estará levantando os dados junto as UBS para apresentar um relatório na mesma data em que a SMSS apresentará o programa. A Srª Rosa sentiu-se contemplada com estas propostas e retirou as suas. Em regime de votação aprovou-se por unanimidade a reformulação das propostas do Sr. Flavio Dantas de Araújo e deram seus nomes os conselheiros Aurélio Natalício Alves, Juraci Helena Largo, Ilza Maria Pereira da Cruz Dotto, Valdevino Reginaldo e Fátima Siqueira para integrarem a comissão de acompanhamento junto as UBS sobre o programa de redução de danos. Como estourou o teto máximo de horário para a reunião colocou-se em votação a continuidade ou não dos trabalhos. O conselheiro Paulo Cezar Weber retirou seu pedido de pauta. Em regime de votação aprovou-se a continuidade dos trabalhos por 10 minutos. Item 2.4 - Proposta de implantação de serviço de DST; a Srª Rosa informou que existe o Programa Municipal de DST/AIDS e que o mesmo abrange somente a AIDS não atingindo as DSTs, porque não existe no município um laboratório de DST, informou que no ano de 2002, foi proposto a aquisição de um veículo para que se equipasse o mesmo para realizar a redução de danos e a abordagem sindrômica das DSTs; o veículo foi adquirido mas esta sendo utilizado para outros fins já que não se fizeram as adaptações necessárias que seriam tirar o banco de trás da Kombi e remanejar ou contratar um profissional de outro setor para realizar o trabalho; o COAS recebe toda a demanda do município que não tem um serviço especifico para atender esta população, que seria um médico capacitado, que há na rede. A psicóloga Srª Suzana propôs que o COMUS cobre efetivamente que o Programa Municipal de DST/AIDS, seja completo atendendo também as DSTs e não somente a AIDS. O presidente Sr. Flávio Dantas de Araújo propôs que se acrescesse à proposta anterior já deliberada e aprovada o Programa Municipal de DST/AIDS. Em regime de votação aprovou-se por unanimidade a inclusão do programa municipal de DST/AIDS na apresentação da SMSS, juntamente com o programa de redução de danos. Nada mais havendo a tratar findou-se a reunião as vinte e uma horas e vinte minutos. Em tempo, onde lê-se este tanto na linha 91, entenda-se esta quantidade.