Ricardo Salgado:"Intervencionismo estatal nos bancos não vai

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Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line
Ricardo Salgado:"Intervencionismo estatal nos
bancos não vai aumentar o grau de confiança"
FranciscoCardoso Pinto AnaLaranjeiro - [email protected]
O CEO do BES referiu-se hoje à eventual entrada do Estado no capital dos bancos
como consequência da necessidade destes se capitalizarem, classificando-a de
"delicada" e relembrando as experiências com as "golden shares". Veja aqui o vídeo.
A cerimónia de entrega dos Prémios Exportação, atribuídos em parceria pelo Negócios e
pelo BES, serviu de palco para Ricardo Salgado se pronunciar sobre o possível recurso dos
bancos à linha de crédito de 12 mil milhões de euros disponível no âmbito da troika.
O líder do BES começou por defender o papel dos bancos na economia nacional, referindo
que “o sector bancário tem sido um elo forte” e que se tem “portado de uma maneira
admirável”.
Salgado lembrou igualmente que “os bancos vão cobrir o défice do Estado” e que “quando os
bancos estrangeiros pediram o reembolso dos créditos das empresas públicas, a banca
portuguesa mais uma vez participou”.
Sobre a possível entrada do Estado no capital dos bancos, Ricardo Salgado queixou-se que “a
legislação aponta para um intervencionismo do Estado nos bancos”, o que, a seu ver, é
“delicado”.
Além disso, segundo a mesma legislação, a participação do Estado seria feita através de
“alguma coisa parecida com uma ‘golden share’”.
Ricardo Salgado lembra que essas participações foram recentemente proibidas e que
“dificultam os mercados de capitais, porque os mercados não entendem essa distorção” nos
tipos de acções.
2011-11-08
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