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UFPB-PRG
XII Encontro de Iniciação à Docência
4CCHLADHMT03-P
POLÍTICO-ECONÔMICO OU CIENTÍFICO-CULTURAL DOIS OLHARES SOBRE A
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
(1)
Amanda Lemos Cavalcante de Oliveira ; Letícia de Carvalho Santos
(1)
; Paulo Giovani
(3)
Antonino Nunes
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes / Departamento de História / MONITORIA
RESUMO
Este trabalho aborda duas interpretações sobre a Revolução Industrial, aparentemente
contraditórias, porém complementares. Eric Hobsbawm, parte das abordagens realizadas por
Karl Marx, que considera a acumulação primitiva de capital nos seus dois vieses, quais sejam:
a acumulação de capital conseguida pela Europa Ocidental através da exploração colonial e a
expropriação camponesa levada a cabo pelo “cercamentos”. Enquanto David Landes enfatiza
uma visão weberiana, que aborda questões científico-culturais relacionadas à acumulação de
conhecimento e de competência prática para explicar o surgimento do capitalismo.
Na década de 1780, a Europa, especificamente a Inglaterra, se sobressai e surge a Revolução
Industrial. O que havia de tão especial neste país é o que veremos na visão destes dois
autores. A partir da discussão de textos e realização dos exercícios em sala, analisaremos os
elementos decisivos para o sucesso e desenvolvimento do sistema capitalista. Hobsbawm
coloca que após a Revolução Gloriosa, a burguesia ganha espaço; o lucro privado e o
desenvolvimento econômico passam a ser aceitos como principais objetivos da política
governamental, extinguindo a visão de lucro como pecado, pregada pela Igreja Católica e por
fim, a Revolução Agrícola, que significou a solução para o problema agrário enfrentado pela
Grã-Bretanha, agora as atividades agrícolas dirigidas para o mercado e a disseminação das
manufaturas, coloca a agricultura numa era de industrialização adequada para o aumento da
produção e produtividade, fornece um excedente de mão-de-obra para as cidades e as
indústrias e ainda, um acúmulo de capital a ser usado nos setores mais modernos da
economia. Já Landes enfoca como pontos principais para o desenvolvimento deste sistema a
crescente autonomia da investigação intelectual, facilitada pela utilidade prática e protegida
pelos governantes que, pela novidade, buscavam obter vantagem sobre rivais; o
desenvolvimento do método comum, uma linguagem de prova que fosse reconhecida,
entendida e usada além das fronteiras nacionais e culturais, tornando possível a replica e a
verificação; além da rotinização da descoberta.
Palavras-chave: Acumulação Primitiva. Revolução Industrial. Capitalismo.
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1)
Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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