Resultados dos exames preventivos do câncer do colo do útero no

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Resultados dos exames preventivos do câncer do colo do útero no município de Cascavel-PR
Dayane Bassotto da Costa¹, Analine Rosa Barquez de Assis Carvalho1, Jacqueline Plewka2, Michele Ana Flores
Chaves2, Maiara Aline dos Santos3, Maurício Turkiewicz3.
Discente do Curso de Farmácia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Cascavel – PR,
Docente do Curso de Farmácia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, 3Laborátorio Labcell
Citologia Diagnóstica – Cascavel – PR.
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*[email protected]
Palavras chaves: Exame citopatológico cervical, prevenção do câncer do colo do útero, alterações citológicas.
Introdução
O câncer do colo de útero é o terceiro câncer de maior
incidência no Brasil, com estimativa de 16.340 novos
casos estimados para 2016, sendo desta forma um sério
problema de saúde pública (INCA, 2016). Com uma
cobertura da população de no mínimo 80%, e a garantia
de diagnóstico e tratamento dos casos alterados, poderá
haver redução de 60 a 90% da incidência deste câncer
(WHO, 2007). O objetivo deste trabalho foi avaliar o
resultado dos exames citopatológicos do colo do útero
das mulheres no município de Cascavel-PR.
Materiais e Métodos
Foi realizado um estudo retrospectivo, entre maio a
dezembro de 2014, por meio de coleta de dados das
requisições dos exames citopatológicos do colo do útero
analisados no Laboratório Citopatológico credenciado
ao SUS no município de Cascavel–PR. Nesse estudo foi
avaliada a conclusão do laudo citopatológico, ou
resultado do exame citopatológico do colo do útero,
segundo a Nomenclatura Brasileira para Laudos
Citopatológicos Cervicais, 2012, como segue: dentro
dos limites da normalidade no material examinado
(negativo), alterações celulares benignas reativas ou
reparativas (alterações benignas), e atipias celulares:
células escamosas atípicas de significado indeterminado
possivelmente não neoplásicas (ASC-US), células
escamosas atípicas de significado indeterminado não se
pode afastar lesão de alto grau (ASC-H), lesão
intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL), lesão
intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL), lesão
intraepitelial escamosa de alto grau não podendo excluir
microinvasão
(HSIL-microinvasão),
carcinoma
epidermóide invasor, adenocarcinoma in situ, e
adenocarcinoma invasor. O trabalho foi aprovado pelo
comitê de ética com protocolo número 892.452.
Resultados e discussão
Foram avaliados 14.133 exames citopatológicos, dos
quais 14.097 exames foram considerados satisfatórios
para avaliação oncótica (99,75%), e destes 3.503
(24,85%) foram avaliados como dentro dos limites de
normalidade (negativo), 687 (4,87%) apresentaram
atipia celular, e 9.907 (70,28%) apresentavam alterações
celulares benignas reativas ou reparativas. Segundo
dados do INCA (2013), no estado do Paraná o
percentual de exames satisfatórios foi de 99,6%, e com
relação à atipia celular esse percentual foi de 1,98%,
portanto o percentual observado em nosso trabalho está
acima destes valores, o que demostra a identificação de
maior número de alterações citológicas. O percentual de
atipias celulares foram ASC-US (1,96%), ASC-H
(0,28%), LSIL (1,74%) e HSIL (0,79%) HSILmicroinvasão (0,04%). No Paraná em 2013, estes
valores foram: 1,08% para ASC-US, 0,78% para ASCH, 0,52% para LSIL, 0,26% para HSIL e 0,01% para
HSIL não afastando micro-invasão. As lesões de alto
grau (HSIL) são o foco do programa de prevenção do
câncer do colo do útero, pois são as lesões que tem
potencial para a progressão para o câncer cervical,
enquanto que as demais alterações citológicas têm na
maioria das vezes, comportamento de regressão pela
ação do sistema imune da mulher. Desta forma, os
percentuais apresentados no Paraná em 2013 para lesões
de alto grau, são menores que os percentuais
apresentados em nosso estudo.
Conclusão
Os percentuais evidenciados nesse município estão
acima do percentual estadual, portanto foi identificado
maior número de alterações citológicas bem como
HSIL. Este estudo auxilia no maior entendimento do
rastreamento do câncer do colo do útero do município
de Cascavel- PR.
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Referências
Ministério da Saúde/INCA - Programa Nacional de Controle
do Câncer do Colo Uterino.
World Health Organization (WHO). (2007) Comprehensive
cervical cancer control: a guide to essential practice.
Ministério da Saúde/INCA (2013) - Avaliação de
indicadores das ações de detecção precoce dos cânceres do
colo do útero e de mama - Brasil e regiões.
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