a prevalência de neoplasia do colo do útero em

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A PREVALÊNCIA DE NEOPLASIA DO COLO DO ÚTERO EM MULHERES
DO MUNICÍPIO DE BOTUCATU
Tabata Rosa Lourenço, Carla Regiani Conde
Faculdade Marechal Rondon, UNINOVE, São Manuel
1. Objetivos
Identificar
a
prevalência
de
mulheres
acometidas por neoplasia do colo do útero no
município de Botucatu.
2. Metodologia
Estudo quantitativo, retrospectivo, de campo. A
amostra foi composta por 235 exames
citopatológicos alterados no ano de 2011,
extraídos do Sistema de Informação do
Controle do Câncer do Colo do Útero
(SISCOLO). Os dados foram coletados em
Maio de 2012 no Centro de Tecnologia da
Informação da Secretaria Municipal de Saúde
de Botucatu/SP e registrados em um
instrumento de coleta de dados pré-elaborado.
Esses dados foram tabulados, e para auxiliar
tal analise foi utilizado frequências absoluta e
relativa.
3. Resultados
Verificou-se neste estudo, que dos 235 exames
citopatológicos
alterados
que
foram
pesquisados; o diagnóstico epitelial de lesão
intra-epitelial de baixo grau (compreendendo
efeito citopático pelo HPV e neoplasia intraepitelial cervical grau I) foi o mais incidente
representando
50%
dos
resultados
e
apresentou uma freqüência significativa em
mulheres na faixa etária de 20 a 30 (37%) anos
e em adolescentes de 14 a 19 anos (32%).
Células atípicas de significado indeterminado
escamosas provavelmente não neoplásicas
representou 30% e foi mais prevalente em
mulheres de 20 a 30 anos (32%). O diagnóstico
de lesão intra-epitelial de alto grau
(compreendendo neoplasias intra-epiteliais
cervicais graus II e III) correspondeu a 9% dos
exames citopatológicos e 40% das mulheres
acometidas tinham de 41 a 50 anos. O
resultado de células atípicas de significado
indeterminado escamosas sem afastar alto
grau representou 6% e maior frequência na
faixa etária de 31 a 40 anos (36%). A lesão
intra-epitelial de alto grau, não podendo excluir
micro-invasão ocorreu em 3% do total de
exames, 43% tinham de 20 a 30 anos e 43%
tinham de 41 a 50 anos. O diagnóstico de
carcinoma epidermóide invasivo correspondeu
a 2% e 50% tinham de 41 a 50 anos. Dos 250
exames citopatológicos, houve apenas 1
diagnóstico glandular de adenocarcinoma
invasivo em mulher acima de 61 anos.
4. Conclusões
O diagnóstico mais prevalente foi o de lesão
intra-epitelial de baixo grau (compreendendo
efeito citopático pelo HPV e neoplasia intraepitelial cervical grau I) acometendo mulheres
adolescentes e jovens. As mulheres estão
iniciando a vida sexual precocemente e isso
reflete em uma exposição aumentada ao HPV,
que é o principal fator de risco para lesões
precursoras do câncer do colo do útero. Apesar
da lesão intra-epitelial de baixo grau regredir
espontaneamente na maioria dos casos; existe
ainda uma chance considerável de evoluir para
uma lesão de alto grau. Esse fato enfatiza a
importância
da
realização
do
exame
citopatológico nas mulheres, buscando detectar
precocemente as lesões precursoras do câncer
do colo do útero. Os profissionais da saúde, em
especial o enfermeiro, tem um papel essencial
no sentido de orientar, educar e sensibilizar as
mulheres sobre a realização deste exame.
5. Referências Bibliográficas
[1] INCA. Instituto Nacional de Câncer.
Coordenação de Prevenção e Vigilância
(Conprev). Falando sobre câncer do colo do
útero. – Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002.
[2] BRASIL. Ministério da Saúde.Instituto
Nacional de Câncer. Nomenclatura brasileira
para laudos cervicais e condutas preconizadas:
recomendações para profissionais de saúde. Rio de Janeiro: INCA, 2006. 65 p.
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