ISSN: 2316-2678 PERFIL CITOPATOLÓGICO EM EXAMES REALIZADOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DA CIDADE DO CRATO ARIÂNGELA ALVES DE SOUZA PIRES , José Jackson Feitoza Pires, Viviane Mendes Ferreira, Sabrina de Aquino Sampaio, Maria Bethânia de Sousa Ferreira Braga Orientador: Rafael de Carvalho Mendes Área: saúde Modalidade: poster Instituição de Ensino: O câncer de colo uterino continua sendo um problema desafiador para a saúde pública. Embora de fácil detecção, a incidência e prevalência aparecem de forma relevante entre as doenças que mais acometem mulheres no Brasil e no mundo. A citopatologia cervicovaginal é utilizada de forma ampla para identificação de alterações celulares e de lesões precursoras do câncer e por isso é a técnica de escolha utilizada pelo ministério da saúde em programas e campanhas de saúde pública para o rastreamento do câncer de colo uterino no Brasil. Objetiva-se com esse estudo analisar o perfil citopatológico das mulheres com exames de citologia oncótica realizado em um laboratório de análises clínicas na cidade do Crato-Ceará, no período de janeiro a dezembro do ano de 2013. Na pesquisa foram avaliados 100% dos prontuários com laudos positivos para lesões cervicovaginais do epitélio escamoso, que incluem, segundo o Sistema Bethesda, as seguintes classificações: Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado (ASC-US), Células Escamosas Atípicas onde não é possível excluir uma HSIL (ASC-H), Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL), Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL). Foram avaliados 330 resultados que demonstraram predominância de ASC-US (203 casos) representando um percentual de 61%, 34% de lesões do tipo LSIL (111 casos), 3% de ASC-H (10 casos) e 2% de HSIL (6 casos). Quando avaliada a microbiota, dentre os 330 laudos positivos para lesões intraepiteliais escamosas, foram evidenciados 429 microrganismos, considerando que vários laudos apresentaram mais de um microrganismo. A maioria apresentou microbiota de Lactobacillus sp com percentual de 23% (99 casos), 21% de Bacilos (90 casos), 21% de Cocos (89 casos), 19% de Gardnerella vaginalis (82 casos), 6% de Trichomonas vaginalis (28 casos), 6% de HPV (24 casos) e 4% de Candida sp (17 casos). O estudo apresentado colabora para sensibilização das mulheres quanto à necessidade de realização periódica do Teste de Papanicolaou, minimizando o aparecimento e a evolução de lesões precursoras do câncer, reduzindo mortes por esta causa. Palavras-chave: Neoplasias, colo do útero, citopatologia