Curso de Gestão da Segurança e Protecção Civil Disciplina: Ciência do Fogo Docente: Engª Alexandra Henriques Fenomenologia da Combustão Discentes: Heliodoro Neves António Geraldes José C. Costa Velho Abril de 2009 Fenomenologia da Combustão Índice Página Agradecimentos 3 Introdução 4 Objectivos 5 Demonstrações Conclusões CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 …6 a 24 25 Página 2 Fenomenologia da Combustão Agradecimentos À professora pelo incentivo e pela oportunidade que nos deu em podermos ser criativos e termos tido a oportunidade de exercer na prática experiências no âmbito da fenomenologia da combustão. Ao Regimento de Sapadores Bombeiros pelo apoio que nos deu nomeadamente na cedência do Carmody Combustible Hazard Trainer CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 3 Fenomenologia da Combustão Introdução As actividades práticas são um excelente veículo da aprendizagem. É através deste método , bastante facilitador que o nosso grupo de trabalho se propõe desenvolver diversas demonstrações no intuito de interpretação e compreensão proporcionar dos uma melhor fundamentos da fenomenologia da combustão. Entendemos que o conhecimento destes fundamentos contribui de forma muito significativa e até determinante não só para a tomada de decisões das acções que devem ser desenvolvidas na prevenção, combate e extinção dos incêndios , mas sobretudo como evitar a eclosão de um incêndio. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 4 Fenomenologia da Combustão Objectivos Com este trabalho pretendemos facilitar a compreensão dos fundamentos do fenómeno designad o por «fogo», as potenciais causas do início de fogos e explosões e potenciar a aplicação de meios e métodos de extinção de incêndios. Por outro lado a aquisição dos conhecimentos atrás enunciados sensibilizam as pessoas para as questões da prevenção em larga escala, seja nas escolas, em casa ou no local de trabalho. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 5 Fenomenologia da Combustão 1. Demonstrações As demonstrações que se seguem abordam os seguintes temas: a) b) c) d) 1.1. A química do fogo Raio de acção da explosão e do Os vários factores que afectam a combustão Fontes de calor Equipamentos As demonstrações que a seguir se descrevem só serão realizáveis em segurança se utilizados os equipamentos listados e por pessoas que já estão familiarizadas com os perigos de produtos combustíveis. A lista de equipamentos que se segue constitui Carmody Combustible Hazard Trainer model 700-1 denominado por “Kit de fogo” e que é propriedade do Regimento de Sapadores Bombeiros. 1- Caixa de armazenamento do conjunto (Kit) 2- Guia do instrutor 3- Descarga de electricidade estática e retentor elástico 4- Toalha de mesa em amianto 5- Aparelho Gerador de electricidade estática. 6- Prato de plástico acrílico e disco de alumínio 7- Gerador de electricidade (voltagem seleccionável) 8- Contentor de armazenamento fechado 9- Triângulo de Fogo 10- Lamparina de Álcool 11- Dois copos graduados de 250 mililitros 12Químicos para extinção de fogo – Areia e pós secos ABC e dois misturadores (de líquidos). 13Mapa de resumo do Combustible Hazard Trainer model e uma mola em forma de seta 14Recipientes com a capacidade de um quarto de galão (Vermelho para gasolina, Verde para querosene e amarelo para desperdícios). 15- Quatro onças (28,35 Gramas) de álcool metílico 16- Uma Onça de Cristais de permanganato de potássio 17- Duas lâmpadas eléctricas de 100 Watts. 18- Borrifador de água em nevoeiro CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 6 Fenomenologia da Combustão 19- Pulverizador (vaporização mecânica do querosene) 20- Uma onça de glicerina 21- Tampa larga 22- Dispositivo de fricção para fazer faísca 23- Tampa pequena 24- Seringa para injecção hipodérmica 25- Conta Gotas 26- Almofariz e pilão 27Quadrado de seis polegadas (15 cm) de protecção contra o fogo refrescante 28- Quadrado de seis polegadas (15 cm) de cartolina 29- Corrente com quatro polegadas (10 cm) de comprimento 30- Cadinho e tampa de aço inox 31- Quadrado de seis polegadas (15 cm) de madeira dura 32- Conjunto de cabo de voltagem (110 ou 220 Volts) 33- Bloco de papel para câmara de electricidade estática 34- Caçarola de seis polegadas (15 cm) 35Elemento e cabo de aquecimento de baixa voltagem, (fornecem-se elementos separados) 36Um par de condutores de alta voltagem, com 36 polegadas de comprimento 37- Dispositivo para fazer faísca de alta voltagem 38Tubo de vidro de sílica (resistente ao fogo) com 1,5 polegadas de diâmetro e vinte polegadas de comprimento com calço de borracha. 39- Lâmpada eléctrica (arrombador) 40- Cilindro de explosão de alta voltagem (Vela de ignição) 41- Instrumento para demonstração dos vapores de gasolina CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 7 Fenomenologia da Combustão 1.2. Demonstração 1 Título – A química do fogo (A) Objectivos: Demonstrar que só os vapores ardem. Equipamento: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) O triângulo do fogo Quadrado de madeira Quadrado de cartolina Copo graduado (2) Querosene Gasolina Lamparina de álcool Fósforos Copo graduado com tampa O que é que causa o fogo? – Ou uma explosão, que é definida como uma ocorrência de combustão num espaço confinado? A maioria das pessoas pensa no fogo em termos de combustível ou material que está a arder. Através do uso do “triângulo do fogo”, esta demonstração vai mostrar que três factores, vapor de combustível, oxigénio e uma causa ou ignição têm de estar presentes antes que aconteça um fogo ou uma explosão. Embora a combustão seja mais complexa do que indica o triângulo do fogo, este será suficiente pata transmitir um conceito básico sobre o fogo ou explosão. Na realidade, todos os combustíveis, sejam líquidos ou sólidos, têm de ser vaporizados e misturados com ar ou oxigénio antes que ardam. Além disso, conforme o combustível utilizado, a fonte de ignição deve produzir calor suficiente para que a porção considerável da mistura de combustível chegue à temperatura de ignição. Procedimento 1. Monte o “triângulo de fogo” e explique que todas as pernas são necessárias para que o triângulo fique completo, e provoque um fogo. 2. Acenda a lamparina de álcool, segure no quadrado de madeira na horizontal e passe a chama pela parte posterior e por baixo da aresta. Note que a madeira não arde. 3. Repita o passo nº 2, mas use o quadrado de cartolina em vez do quadrado de madeira. Note que este também não arde, mas simplesmente acumula fuligem provocada pela chama. 4. Explique que demonstrou que a madeira e a cartolina, por si só, não ardem. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 8 Fenomenologia da Combustão 5. Deitar 12 mm de querosene num dos copos graduados. Depois deite um fósforo aceso no querosene. Explique que, embora o querosene seja um material combustível, o fósforo é apagado da mesma forma que se tivesse sido posto na água. Para mostrar que não é por causa do fósforo ter caído no líquido que se faz com que ele se apaga, segure um fósforo acesso mesmo por cima do querosene. Note que continua a não arder. 6. Continue, colocando uma quantidade de gasolina equivalente no segundo copo graduado e deite o fósforo na gasolina. Os vapores da gasolina inflamam-se imediatamente. Extinga imediatamente a chama cobrindo o copo com a tampa plana. 7. Pergunte à audiência se alguém sabe porque é que a madeira, a cartolina e o querosene (todos conhecidos como combustíveis comuns) não arderam enquanto a gasolina sim. 8. Explique que na verdade não era a gasolina que estava a arder, mas sim os vapores que ele expele. 9. Sublinhe que “vapores de combustível” formam a base do “triângulo do fogo”, e que para produzir o fogo são necessários vapores de combustível de uma ou de outra categoria. 10. Pergunte se não há dúvidas ou perguntas e encoraje a discussão sobre a demonstração. 11. Logo que seja oportuno, faça com que pelo menos um ou dois alunos, façam a demonstração. As pessoas que são sépticas são muitas vezes convencidas com esta técnica. 1.3. Demonstração 2 Título – A química do fogo (A) Objectivos: Demonstrar que só os vapores ardem. Equipamento: 1) O triângulo do fogo 2) Copo graduado com 6 mm de querosene no fundo. (pode-se usar o querosene e o copo de 1ª demonstração, mas parte do querosene pode deitar-se fora, pois para esta demonstração é necessário só um pouco. 3) Suporte 4) Quadrado de 6 polegadas “guarda-fogo refrescante” 5) Lamparina de álcool 6) Fósforos CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 9 Fenomenologia da Combustão Não esquecer que os “vapores de combustível”são um dos três factores que pode causar o fogo. Nesta demonstração vai ser aquecida uma pequena quantidade de querosene, mais para mostrar que só os vapores de um combustível é que ardem, e que estes vapores constituem um perigo sério. Note que um barril ou tanque exposto ao sol é um risco potencial. Procedimento 1) Ponha o guarda-fogo no suporte, e coloque o copo que contem o querosene em cima do guarda-fogo e ponha a lamparina por baixo do guarda-fogo, a uma distância apropriada para o aquecimento. 2) Acenda a lamparina e sublinhe que, ao mesmo tempo que a temperatura sobe, são emitidos vapores do querosene. (isto acontece por volta dos 120 0F (480C), dependendo do grau do querosene. 3) Quando o querosene estiver aquecido, Deite um fósforo aceso no copo. Os vapores de querosene inflamam-se da mesma maneira que os vapores de gasolina se inflamaram na experiência nº 1. 4) Discuta os assuntos, “ Ponto de Inflamação” e “Ponto de fogo” (Veja definições no apêndice B nas ultimas folhas deste manual). Compare ponto de inflamação e o ponto de fogo nos líquidos inflamáveis típicos. Discuta-os em relação á temperatura de inflamação de outros materiais combustíveis. 5) Note que o aquecimento necessário para vaporizar líquidos não é o mesmo que é necessário para inflamar os vapores, sendo o ultimo a “Energia do Calor” suporte do “triângulo do fogo”. 1.4. Demonstração nº 3 Título – A química do fogo Objectivos: Demonstrar que combustíveis líquidos podem ser mecanicamente vaporizados sem serem elevados à temperatura do combustível até ao seu ponto de Inflamação. Equipamento: 1. Atomizador contendo uma pequena quantidade de querosene. 2. Lamparina com álcool Introdução: No manuseamento e utilização de combustíveis líquidos, a exposição ao ar de grandes camadas de líquido deve ser evitada. Lembre-se, que não são os próprios líquidos que ardem ou explodem, mas sim a mistura que se forma da exposição dos vapores com ar quando estes evaporam. Por conseguinte, estes líquidos devem ser manuseados e CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 10 Fenomenologia da Combustão armazenados em contentores fechados para evitar a exposição a baixos pontos de inflamação. Procedimento: 1. Remova todo o equipamento excepto a lamparina de álcool para mais ou menos metade da base de amianto. 2. Ponha a lamparina de álcool no centro da área livre e acenda-a. 3. Agarre o atomizador como mostra, e vaporize o querosene directamente para a chama da lamparina de álcool. O querosene vaporizado irá inflamar à medida que passa por cima da chama. 1.5. Demonstração nº 4 Título – A química do fogo (D) Objectivos: 1. Demonstrar a necessidade de ar ou de oxigénio para que haja combustão. 2. Para demonstrar que a “Energia térmica” tem de estar presente se queremos que o fogo resulte. Equipamento: 1. 2. 3. 4. O “Triângulo do Fogo” Cabo de alta voltagem e uma provisão de energia Copo graduado com ½ polegadas de gasolina Tampa do copo Introdução: O ar, ou oxigénio no ar, é essencial para a criação do fogo. Consequentemente, sempre que o ar esteja presente, juntamente com líquidos inflamáveis ou materiais combustíveis, existe um potencial perigo de fogo. Bidões de gasolina quase vazios, desperdícios, montes de jornais velhos, pó e lixo acumulado fazem parte desta categoria. O que é importante é que se lembrem que os vapores do combustível e o calor, por si só, não causam um fogo, mas que o ar ou oxigénio tem de estar misturados com o vapor dos combustíveis para formar uma mistura inflamável. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 11 Fenomenologia da Combustão Procedimento 1. Ligar o cabo de alta voltagem à provisão de energia por meio de cabos condutores de alta voltagem. Nota: O interruptor eléctrico do lado direito da provisão de energia deve ser ligado de maneira a que o equipamento de alta voltagem possa funcionar a partir do interruptor coberto do lado esquerdo da unidade. 2. Segure os eléctrodos dos cabos de alta voltagem mesmo por cima de (cerca de 3 mm) da superfície da gasolina que está no copo. 3. Ligue o interruptor de alta voltagem. O dispositivo do cabo deve arquear, mas não ocorrerá combustão. 4. Desligue o cabo de alta voltagem Nota. Não retire os eléctrodos antes de desligar a corrente. 5. Pergunte aos alunos se sabem porque é que não ocorreu inflamação. Sublinhe que havia vapores de gasolina, porque a gasolina tem uma temperatura de vapor de – 450 F (-70 C). A energia térmica estava utilizável aos 5 000 Volts, no entanto não houve fogo por causa da falta de ar ou oxigénio suficiente. 6. Repita a demonstração, mas desta vez segure os eléctrodos dos cabos de alta voltagem mesmo por cima da boca do copo e não dentro do copo. A Inflamação acontecerá por causa da mistura suficiente do ar com o vapor do combustível. Extinga o fogo imediatamente colocando a tampa em cima do copo. 7. Ponha o “ar – oxigénio” ao lado do “triângulo do fogo”, sublinhe que mostramos agora como “vapor de combustível” e o “ar – oxigénio”são necessários para causar o fogo, e que agora só é necessário a “energia térmica” estar ao lado do “triângulo do fogo” para causar inflamação. 8. Agora sublinhe que o que resta do “triângulo do fogo”é a “energia térmica”. Explique que este elemento foi presente em todas as demonstrações feitas até agora, tanto com chama exposta, ou com um arco eléctrico. 9. Coloque o que resta do lado do “triângulo do fogo”em posição 1.6. Demonstração nº 5 Título – Limite de Explosão e Combustibilidade Objectivos: 1. Demonstrar que a explosão é uma combustão num espaço confinado 2. Demonstrar que a proporção vapor – ar para um dado combustível tem de estar dentro do seu limite de combustibilidade antes que ocorra a explosão. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 12 Fenomenologia da Combustão Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. O “Triângulo do Fogo” Fonte de alimentação Cabos eléctricos de alta voltagem Cilindro de explosão de alta voltagem Tampa de borracha Corrente Conta gotas Tampa de plástico larga Introdução O termo “de limite de combustibilidade” está relacionado com a mistura combustível – ar ou vapor – ar que é necessária para a combustão. A demonstração nº 4, por meio do arco voltaico de alta voltagem perto da superfície da gasolina, provou que os vapores da gasolina não farão combustão a não ser que haja ar suficiente. No caso da gasolina, os vapores da gasolina concentrados no ar tem de ser entre 1,4% e 7,6% para produzir uma explosão de fogo. O termo “explosão” não significa mais do que combustão que ocorre num espaço limitado. Procedimento Nota: Antes de começar esta demonstração, tenha a certeza que o interruptor de alta voltagem na fonte de alimentação está na posição OFF (desligado). 1. Deite duas ou três gotas (mais não) de gasolina no cilindro de explosão juntamente com a corrente. 2. Rolhe o tubo com a tampa de borracha e abane tudo rapidamente para assegurar a vaporização da gasolina. 3. Segure a tampa larga de plástico 8 e 10 polegadas acima da tampa de borracha e ligue o interruptor (ON). Ocorrerá uma grande explosão. 4. Sugira que, como esta explosão resultou somente com duas ou três gotas de gasolina – Porque não obter uma grande explosão triplicando o número de gotas usadas. 5. Limpe os resíduos da1ª combustão do tubo e repita a demonstração usando 6 gotas de gasolina. Em circunstâncias normais, não ocorrerá nenhuma explosão. (accione o interruptor de alta voltagem várias vezes para provar que a corrente está ligada ao cilindro de explosão). 6. Desligue a alta voltagem e retire os cabos condutores. Depois retire a rolha do tubo e inverta-o por alguns segundos. Torne a por a rolha, volte a montar o equipamento, e mais uma vez ligue o interruptor de alta voltagem. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 13 Fenomenologia da Combustão 7. Normalmente, uma quantidade razoável de vapores de gasolina teria caído do tubo quando foi invertido para ajustar a mistura de ar – vapor para o limite de combustibilidade da gasolina. Se a explosão não ocorreu, esvazie mais vapor do tubo e tente outra vez. 8. É, naturalmente, possível despejar demasiado vapor de gasolina do tubo e reduzir a mistura ar – vapor abaixo do limite de combustibilidade. No entanto, um pouco de prática, não terá dificuldades em executar esta demonstração. 1.7. Demonstração nº 6 Título – Explosão e limite de combustibilidade Objectivos: Proporcionar uma demonstração visual de uma explosão Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Triângulo do fogo Tubo de plástico limpo Duas rolhas de borracha Corrente Gerador de faísca Conta gotas Gasolina Introdução Observe que, tendo acabado de ouvir uma explosão, poderá ser interessante ver uma. Muitas pessoas não sabem que uma explosão pode ser vista. Procedimento 1. Usando o conta-gotas, deite 4 a 6 gotas de gasolina no tubo, juntamente com a corrente. 2. Tape, com a tampa de borracha que sobra o outro extremo do tubo e sacuda a corrente vigorosamente através do tubo todo para que haja distribuição igual dos vapores da gasolina. 3. Mantenha o tubo na posição horizontal, tire uma das rolhas e ligue o gerador de faísca por fricção no extremo aberto do tubo. 4. A explosão consequente pode ser vista prontamente pelos alunos enquanto a chama queima rapidamente através do tubo. Pode ser observado que o grau de velocidade do fogo é aproximadamente de 60 Mil/h (96 Km/h CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 14 Fenomenologia da Combustão 1.8. Demonstração nº 7 Título – Explosão e limite de combustibilidade Objectivos: Demonstrar Perigos adicionais que podem ocorrer no manuseamento de combustíveis de “Vapor pesado”. Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Triângulo do fogo. Recipiente especial de metal para gasolina Tubo acrílico transparente Suporte do depósito Copo graduado Lamparina de álcool Gasolina Peça de pano com aproximadamente 1 ft2 (30X30 cm) Introdução Na demonstração nº 6, os vapores de gasolina eram “vertidos” do tubo explosão. Isso foi possível porque os vapores de gasolina são 3 vezes e meia mais pesados que o ar. O reconhecimento desta característica particular da gasolina, ou de qualquer outro combustível com uma característica semelhante, é muito importante no manuseamento seguro do produto. Outros líquidos inflamáveis com vapores mais pesados do que o ar são o álcool, a naftalina, a benzina, o querosene, acetato de amido e bissulfato de carbono. Os gases industriais como o acetileno, o monóxido de carbono, hidrogénio e o gás natural são mais leves que o ar. Embora estes gases não procurem o nível mais baixo possível, eles constituem um perigo de explosão, particularmente numa área limitada. Dois passos importantes a tomar na prevenção de explosões são: 1. Impedir a formação de misturas explosivas de vapor de combustível e ar. 2. Eliminar todas as fontes de combustão O equipamento para manusear e armazenar gases combustíveis deve estar de acordo com as normas existentes e deve ser inspeccionado regularmente por indivíduos qualificados. Muitas vezes uma ventilação adequada ajuda a impedir a acumulação excessiva de gases e vapores perigosos. O método de ventilação deveria ser determinado, tendo em consideração o peso do vapor a ser disperso. Por exemplo, As janelas e as portas devem estar localizadas onde é mais provável que ocorra a concentração de gases. Motores e equipamentos à prova de explosão devem ser instalados se necessário. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 15 Fenomenologia da Combustão E extensão para a qual poderá expandir esta demonstração depende do ambiente para o qual os alunos estão a ser preparados. Um comentário apropriado é que as características realçadas nesta demonstração causou, e continua a causar numerosos acidentes trágicos. Um exemplo clássico é quando a gasolina, ou produto similar, tendo o vapor pesado é espalhado numa área, e os vapores pesados flutuam de valas drenadas, sistemas de ventiladores, ou fossas, para uma área de ignição que se encontra a uma distância considerável (às vezes milhas) da área onde foi espalhado e causa um fogo ou explosão nessa mesma área. Esta demonstração não só mostra as características do vapor de combustível pesado, mas mostra também um gráfico da propagação da chama e explosão parcial – as quais os alunos vêm. Esta demonstração visual consolida a aprendizagem dos alunos e aumenta a atenção no que diz respeito ao material apresentado. Outras características dos combustíveis são anotadas no quadro/tabela. Estes incluem cor, odor, gravidade específica e no caso dos combustíveis líquidos a miscibilidade e imiscibilidade (capacidade de se misturarem). Devem ser feitos comentários sobre estas características de acordo com os combustíveis e ambiente no qual os alunos estarão envolvidos. Será talvez apropriado mencionar que muitos combustíveis ou por outro lado materiais perigosos, que na sua forma pura não têm cor, ou odor, neste caso são-lhes atribuídos cor, ou cheiro para avisar as pessoas que eles estão presentes. Procedimento 1. Monte o dispositivo, posicionando a lamparina de álcool aproximadamente 25 a 50 mm do canal de plástico. 2. Acenda a lamparina de álcool 3. Deite uma pequena quantidade de gasolina, cerca de 6 mm ou menos no copo graduado (proveta); depois absorva esta gasolina com um pedaço de pano com cerca de 1 ft2 (30X30 cm). 4. Coloque o pano saturado na panela de metal, tomando cuidado para não bloquear a saída, tapar a panela imediatamente. Nota: Coloque-se atrás do equipamento e virado par a aula. Não se coloque entre o equipamento e a aula. 5. No espaço de alguns segundos os vapores de gasolina, que normalmente são invisíveis, mas que neste caso podem tornar-se visíveis ao passarem de um extremo a outro de panela, projectam-se para a chama da lamparina de álcool e farão combustão. A chama, ou fica ou recuará para a panela, dependendo das correntes de ar na sala. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 16 Fenomenologia da Combustão 6. É natural que ocorra uma pequena explosão dentro da panela, que mesmo com tampa só fica parcialmente fechada. Esta explosão pode destapar a panela e um flash de chama pode ser expelido. Embora o fogo não continue é aconselhado precaução, pois o ar dentro da panela é limitado. No entanto os vapores descerão novamente pelo tubo aberto e serão postos em combustão pela lamparina de álcool. Esta sequência continuará até que a maior parte da gasolina seja queimada. Ao subir a tampa da panela e deixar que o pano por alguns momentos e depois fechá-la, gerará o fogo e vapor de gasolina carregado de fumo que sairá da tampa da panela através do tubo para a chama, por isso os alunos ao observarem o fumo serão capazes de antecipar o ponto no qual os vapores entrarão em combustão e irão para cima e para baixo do tubo. 1.9. Demonstração nº 8 Título – Gravidade específica da combustão Objectivos: Demonstrar que diferenças na gravidade específica podem afectar a combustão Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. Triângulo do fogo Copo com água Gerador de faísca por fricção Tampa de plástico do copo Conta gotas Introdução Gravidade específica neste livro é definida como: “A relação entre o peso de qualquer volume de uma substância e o peso de um volume igual de qualquer substância designada como Standard ou unidade, tal como, água para sólidos e líquidos e ar e hidrogénio para gases” As diferenças na gravidade específica afecta a miscibilidade (capacidade de se misturarem) dos líquidos. Por exemplo: a gravidade específica óleo ou da gasolina faz com que estes líquidos flutuem na água, assim sendo, é mais um risco que temos de ter em consideração quando trabalhamos com estes líquidos. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 17 Fenomenologia da Combustão Procedimento 1. Encha um dos copos com água. 2. Coloque algumas gotas de gasolina na água e acenda os vapores emitido pela gasolina. 3. Observe que, por causa da sua pequena gravidade específica, a gasolina permanece na superfície da água onde vaporiza e se torna um risco. 1.10. Demonstração nº 9 Título – Miscibilidade e combustão Objectivos: Demonstrar que a miscibilidade afecta as características de combustão dos líquidos. Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. Triângulo do fogo 2 Copos Gerador de faísca por fricção Tampa de plástico do copo Conta gotas Introdução A miscibilidade, tal como a gravidade específica, afectam as características de combustão dos líquidos envolvidos. Consequentemente uma compreensão da miscibilidade potencial dos diferentes combustíveis líquidos e as características das misturas resultantes, é importante para assegurar o seu manuseamento seguro. Um bom exemplo é a mistura de gasolina e querosene. Já foi demonstrado (demonstração nº 1) que o querosene não entra em combustão às temperaturas normais de uma sala e que a gasolina, porque está constantemente a emitir vapores, inflama-se rapidamente quando exposta a uma fonte de energia, e a mistura ar vapor está no limite de combustibilidade. Procedimento 1. Coloque uma pequena porção de querosene num copo e uma porção equivalente de gasolina no 2º copo. 2. Usando o gerador de faísca por fricção, gera-se faíscas em várias partes perto da boca do copo, para demonstrar que não há vapores presentes acima do querosene, e por isso não há combustão quando se utiliza o gerador de faísca por fricção. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 18 Fenomenologia da Combustão 3. Usando novamente o gerador de faísca por fricção gera-se uma faísca na boca do copo de gasolina para mostrar que os vapores combustíveis estão presentes. Extinga a chama cobrindo o copo com uma tampa de plástico. 4. Coloque uma pequena porção de gasolina no querosene e agite completamente para estabelecer a miscibilidade dos líquidos. Nota: Muitos alunos pensam que a nova mistura terá características diferentes dos dois materiais originais, mas que estão provavelmente entre as características de ambos. Isto é verdade, no que diz respeito a items como a gravidade específica, contudo características mais críticas, como o ponto de inflamação não estão necessariamente combinadas. De facto, embora uma pequena quantidade de gasolina tenha sido acrescentada ao querosene, há vapores de combustível a serem emitidos da nova mistura. Estes são vapores de gasolina (ponto de inflamação (-70C) e farão combustão da mesma maneira como se fossem aqueles vapores da gasolina pura que fazem combustão. (demonstração nº 1). 5. Friccione com o gerador de faísca por fricção sobre o copo que contem a mistura, para demonstrar a presença dos vapores de combustível descritos acima. Dependendo da configuração do recipiente e de outras condições, como o movimento do ar, etc., o calor que se desenvolve dos vários vapores de gasolina que arde pode fazer com que o querosene se evapore rapidamente (temperatura do vapor 1000F (380C) e a chama resultante terá uma nova característica no que diz respeito à cor, devido à combustão da gasolina e do querosene. 1.11. Demonstração nº 10 Título – Fontes de calor Objectivos: Demonstrar que uma lâmpada Incandescente eléctrica vulgar e leve constitui uma boa fonte de combustão. Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. Triângulo do fogo Fonte de alimentação Frigideira com seis polegadas Esmagador de lâmpada Tampa de plástico grande CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 19 Fenomenologia da Combustão Introdução A corrente eléctrica não tem de ser em forma de arco voltaico para provocar um fogo. O objectivo desta demonstração é demonstrar que uma lâmpada incandescente eléctrica vulgar, quando partida, torna-se uma potente fonte de ignição. Muitos fogos desastrosos começaram como resultado de uma quebra acidental de lâmpadas eléctricas incandescentes. Apesar de uma lâmpada incandescente inquebrável, mesmo de 100 Watts ter uma superfície relativamente quente, a temperatura não atinge, normalmente, 4950F (2570C) e por isso não pode por em ignição os vapores da gasolina, como tal vai ser posta na frigideira durante a demonstração. Nota Sob certas condições, uma lâmpada leve intacta, especialmente de alta voltagem, pode constituir perigo de incêndio. As lâmpadas incandescentes nunca devem estar em contacto com papel, tecidos, teias de aranha, desperdícios ou outro tipo de material inflamável. O filamento da lâmpada, através do qual passa a corrente eléctrica desenvolve uma temperatura demasiado alta e se a lâmpada se parte, os vapores da gasolina explodem rapidamente. Procedimento 1. Ligar o interruptor na fonte de alimentação para a posição ON. Nota: Quando estiver a fazer a demonstração esmague a lâmpada longe dos alunos e de si para evitar a remota possibilidade que um fragmento de vidro possa passar através do quebra lâmpadas e causar ferimentos. 2. Coloque umas gotas de gasolina (apenas o bastante para formar uma película fina) na frigideira. 3. Com uma mão segure o quebra lâmpadas pela parte de cima e coloque-o com firmeza na frigideira. 4. Com a mão livre puxe e liberte o martelo que tem uma mola elástica. Ao libertar o martelo parte-se a lâmpada e o vapor da gasolina entra em ignição imediatamente 5. Extinga o fogo imediatamente colocando a tampa larga sobre a frigideira. Aviso Assegure-se que a fonte de alimentação está em OFF antes de tocar a extremidade aberta da lâmpada ou tentar remover os restos da cavidade. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 20 Fenomenologia da Combustão Nota: Ao colocar a lâmpada nova nesta unidade não de esqueça de colocar a barreira do lado oposto ao martelo para garantir que a lâmpada seja quebrada, pois muitas lâmpadas de alta qualidade resistem a serem partidas. 1.12. Demonstração nº 11 Título – Fontes de calor Objectivos: Verificar que a electricidade de baixa voltagem, não produtora de faísca ou de arco voltaico é mesmo assim uma potencial fonte de ignição Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. Triângulo do fogo Fonte de alimentação Elemento de aquecimento de baixa voltagem Copo Tampa do copo Introdução O tipo de fonte de calor usado nesta demonstração, excepto quando ajustado a uma baixa voltagem, é equivalente a uma chapa quente vulgar, a um aquecimento radiante ou um equipamento similar, muitas vezes usado na industria e particularmente comum nos utensílios domésticos. Ferro de soldar sobrecarregados são potenciais fontes de ignição deste tipo. Procedimento 1. Com a fonte de alimentação em OFF, ligue-a â linha de voltagem doméstica de 110 Volts. 2. Ligue o elemento de aquecimento de baixa voltagem ao receptáculo respectivo na fonte de alimentação. 3. Coloque cerca de 1 polegada de gasolina no copo. 4. Coloque a fonte de alimentação no ON e ligue o reóstato controlado para a posição em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio à esquerda. 5. Segure o elemento de aquecimento sobre a boca do copo e aumente a potência até que o elemento aquecedor atinja a temperatura suficiente para por em combustão os vapores de gasolina. Nota 1 - Quando o reóstato volta à posição dos ponteiros do relógio o elemento aquecedor fica incandescente com um laranja vermelho muito brilhante em poucos segundos, mesmo que só 6 volts tenham sido aplicados ao elemento aquecedor. Ao CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 21 Fenomenologia da Combustão rodar o controlo do reóstato no sentido contrário aos ponteiros do relógio, pode demonstrar que uma voltagem reduzida, abaixo dos 6 volts afectará directamente a temperatura da superfície do fio eléctrico e consequentemente a sua cor. Com uma incandescência vermelha mal vidente no elemento, a temperatura da superfície excederá 4950F (2570C), necessários para por em combustão os vapores de gasolina que estão na boca do copo. Nota 2 – Se só for colocada uma pequena porção de gasolina no copo não segure o elemento imediatamente acima da superfície do líquido, pois a falta de oxigénio nessa altura impedirá a combustão como foi demonstrado na experiência nº 4. 1.13. Demonstração nº 12 Título – Fontes de calor Objectivos: Demonstrar que a combustão espontânea é uma fonte de auto inflamação Equipamento: 1. 2. 3. 4. Triângulo do fogo Almofariz de pilão Cadinho de aço inox com tampa Permanganato de Potássio (KMnO4) e glicerina Introdução Uma fonte frequentemente mencionada de energia de auto inflamação que muitas vezes não é compreendida e é negligenciada, é a combustão espontânea, ou mais correctamente, o fogo ou explosão causado pelo calor produzido por reacção química, que ocorre na presença da mistura vapor – ar e combustível. A reacção química pode causar calor e combustão. A proporção da reacção, ou o período de tempo requerido pelos diferentes materiais pode produzir calor suficiente para a auto inflamação sempre que o combustível que está disponível varia consideravelmente. A demonstração fornecida com o Kit requer poucos segundos. Talvez as mais perigosas formas de combustão espontânea sejam aquelas que requerem dias ou mesmo semanas para se auto inflamarem, dependendo das condições ambientais. Se os químicos, que são uma fonte potencial de combustão espontânea, são produzidos ou usados na sua sala, é importante que os alunos conheçam este perigo. Os produtos de petróleo e muitos outros usados na indústria não se inflamarão através da combustão espontânea, contudo vários materiais usados na produção e manutenção são fontes potenciais deste tipo de combustão. CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 22 Fenomenologia da Combustão Notas de precaução 1. Para esta experiência use apenas a tampa do cadinho de aço inoxidável. 2. Usar a quantidade de materiais especificados e da maneira estabelecida adiante. 3. Depois de ocorrer a combustão não tente extinguir o fogo. Se tiver usado a quantidade de material prescrito, a chama apenas durará alguns segundos. 4. Tenha muito cuidado ao dispor do resíduo. A tampa do cadinho permanecerá quente até que lhe seja dado alguns minutos para arrefecer. 5. Armazene sempre o permanganato de potássio e a glicerina nos recipientes fornecidos e quando não estiverem em uso guarde estes recipientes nos compartimentos de armazenamento ao dispor. Embora ambos os materiais se possam obter em quase todas as farmácias, há restrições em várias áreas no que diz respeito ao transporte ou ao carregamento do permanganato de potássio por correio ou por avião. Estas restrições variam de acordo com as quantidades do material em questão, a forma como se apresenta o material (cristalino, pó, etc.) e o recipiente no qual é transportado. Nota: O permanganato de potássio fornecido ao professor é um cristalino de forma relativamente comum e por isso não reagirá prontamente à glicerina. Recomenda-se que pulverize uma pequena quantidade, não mais que ¼ de colher de chá antes da demonstração para não prejudicar a apresentação pois moendo os cristais na presença da audiência reduz o impacto da demonstração. Procedimento 1. Coloque a tampa do cadinho de aço inoxidável, com a área achatada ajustada e inclinada para o cadinho, no como do cadinho. 2. Coloque o permanganato de potássio em pó no centro do cadinho. Disponha este material em círculo aproximadamente a metade de ¾ de uma polegada de diâmetro com uma pequena depressão no centro. 3. Encha a depressão formada no nº 2 com glicerina do conta gotas. Precauções Depois de ter acrescentado a glicerina afaste as suas mãos do cadinho. Dependendo da maneira fina que o permanganato de potássio tiver sido colocado (o material mais finamente colocado reagirá mais rapidamente), a mistura começará rapidamente a fumegar e como a reacção é cada vez mais violenta dará lugar a um fogo bastante grande. O resíduo deve ser examinado para ter a certeza que ocorreu a combustão CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 23 Fenomenologia da Combustão completa. Se alguma porção de permanganato de potássio parecer não ter sido afectada, è aconselhável colocar uma ou duas gotas de glicerina para assegurar uma completa reacção e combustão. 1.14. Demonstração nº 13 Título – Extinção do Fogo Por remoção do calor Objectivos: Mostrar que a remoção do calor extingue um fogo Equipamento: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Triângulo do fogo Copo Ecrã de arrefecimento Isqueiro de fricção Tampa de Plástico Gasolina Introdução Nesta demonstração um fogo será extinto pela remoção de um dos três elementos do Triângulo do Fogo, o calor. Esta demonstração e as seguintes não se destinam a ensinar técnicos de combate ao fogo, mas sim a apresentar os princípios nos quais se baseiam as técnicas de combate ao fogo e o equipamento Se o calor de um fogo, que causa a sua propagação quando os outros dois elementos para a combustão estão presente, for reduzido abaixo da temperatura de auto inflamação o fogo extinguir-se-á. Nota de precaução É aconselhável que não deixe desenvolver uma chama muito grande, lembre-se que uma quantidade considerável de gasolina está disponível no copo e o calor vai aumentando cada vez mais, o que causará que cada vez mais vapores de gasolina sejam emitidos e estes vapores sustentarão a chama cada vez maior. À medida que a chama aumenta em magnitude a relativa capacidade de absorção do calor do ecrã é reduzida. Procedimento 1. Encha o copo de gasolina até cerca de 6 mm da borda superior. Nota: Se lhe perguntarem porque é que o copo está cheio quase até à borda (aumentando assim a quantidade de combustível e consequentemente o perigo CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 24 Fenomenologia da Combustão relativo em fazer esta demonstração). Se o copo estivesse apenas meio cheio ou ainda menos não seria possível arrefecer a chama perto da superfície de gasolina, como é necessário para extinguir completamente o fogo. Se fosse usado um recipiente mais pequeno, cadinho de aço inoxidável, esta demonstração não seria tão impressionante. 2. Acenda os vapores de gasolina com o isqueiro de fricção 3. Coloque o quadrado de rede metálica sobre a chama, removendo simultaneamente a perda de calor do triângulo do fogo. Observe que a chama não passa pelo ecrã, e como o ecrã está colocado em cima do copo, o fogo extingue-se. 2. Conclusões A utilização do Carmody Combustible Hazards Trainer permitiu a aquisição de um conhecimento mais profundo sobre a temática da fenomenologia da combustão. Percebeu-se ainda os perigos que representam as fontes de calor e os materiais perigosos sobretudo pelas suas características . Este trabalho alerta também para a necessidade de incrementação de medidas preventivas contra o risco de Incêndio. Lisboa, 28 de Abril de 2009 CGSPC <> Heliodoro Neves <> António Geraldes <> José Carlos da Costa Velho Abril de 2009 Página 25