educação ambiental: o rio jaguaribe nas escolas de aracati – ceará

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O RIO JAGUARIBE NAS ESCOLAS DE ARACATI
– CEARÁ
Filipe Cavalcante Porto – Graduando em Geografia pela Universidade Federal do
Ceará-UFC/ Fortaleza-CE – [email protected]
Tiago Rodrigues da Rocha – Graduando em Geografia pela Universidade Federal do
Ceará-UFC/ Fortaleza-CE – [email protected]
Maria Edivani Silva Barbosa – Profª Ms. do
Departamento de Geografia da Unversidade Federal do
Ceará – Orientadora – [email protected]
INTRODUÇÃO
A degradação ambiental é, sem dúvida, um dos temas de grande evidência hoje. Fato
observado pelo grande espaço que possui nos meios de comunicação e nos debates políticos
e científicos. O desgaste que sofre o meio ambiente é um problema bastante comum, e está
presente em nossa realidade.
A Educação Ambiental surge com o propósito de mudança desse comportamento
que leva à degradação do meio natural através da conscientização partindo do espaço
escolar. Através dos preceitos da Educação Ambiental, que tem o intuito de instigar a
conscientização da comunidade a respeito da conservação dos recursos naturais e de seus
benefícios. Dessa forma, busca fomentar o interesse pelas questões ambientais, com o
propósito de fazer com que cada vez mais se tenha um envolvimento maior da população com
as problemáticas conservacionistas, para que dessa forma possamos ter no futuro uma
melhoria na qualidade de vida, a partir do respeito pelo equilíbrio natural.
Nesse sentido optamos por realizar um estudo sobre a Educação Ambiental nas
escolas públicas e particulares da cidade de Aracati-CE. Como objeto principal desse
estudo, analisamos os projetos educacionais desenvolvidos nas escolas, procurando entender
de que forma a valorização e a preservação do rio Jaguaribe, bem como a questão da sua
degradação perpassam pelos espaços escolares.
Por razões culturais e por motivos de descumprimento de legislação ambiental é que
se nota hoje um estado de degradação gerado pelo descuido da população com o rio
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Jaguaribe. Pretende-se através deste trabalho investigar os problemas de ordem ambiental
existentes na realidade aracatiense e conhecer como o rio é visto nas escolas da cidade.
1. MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1..1HISTÓRICO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Os debates que continham a temática ambiental como principal assunto começaram a
ganhar maior notoriedade a partir de meados do século XX em que houve uma crescente
preocupação com a qualidade de vida da população, que se mostrava cada vez mais
ameaçada, devido às formas como a industrialização estava se apropriando dos recursos
naturais sem, no entanto, se preocupar com medidas conservacionistas. Cada vez mais, o
processo industrial desrespeitava as dinâmicas naturais, acarretando uma grande degradação
da natureza. Na década de 1970, nos países mais desenvolvidos, impulsionados pelos
avanços tecnológicos da época, as atividades industriais ganharam grandes proporções,
produzindo grandes alterações no meio natural. Nos grandes centros urbanos é que essas
formas de degradação podiam (e podem ainda hoje) ser mais notadas, não somente pelo
maior contingente populacional que esses centros apresentam, mas também pela maior
concentração de atividades e serviços.
A partir da metade do século XX os debates acerca dos problemas ambientais
ganharam maiores proporções, fazendo com que os preceitos conservacionistas cada vez
mais ganhassem notoriedade.
As discussões no sentido das questões ambientais se iniciaram no começo da década de
1970, através da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em
1972, na cidade de Estocolmo, na Suécia. Nessa conferência foi sugerido pioneiramente um
programa internacional de Educação Ambiental (EA), na intenção de fomentar o interesse
pelas questões ligadas à natureza, fazendo que os cidadãos formados fossem responsáveis
pela preservação e pela melhoria do ambiente humano, prezando pelo equilíbrio natural. Esse
artifício seria fundamental para o combate à crise ambiental.
Até a década de 1980 pouco era feito no Brasil no sentido das discussões sobre
sustentabilidade. O que não quer dizer que é uma preocupação recente. A questão da
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Educação Ambiental no Brasil se iniciou um pouco mais tarde. O Brasil, ainda figurando
como país periférico, pouco acompanhava dessas discussões. Um dos principais motivos
para que as idéias ambientalistas não tivessem espaço nas terras brasileiras era o fato de o
país passar nesse período por uma ditadura militar, pois nesses regimes autoritários, é comum
que críticas a respeito dos padrões estabelecidos, característica das idéias ambientalistas, não
sejam bem aceitas. Na década de 1980, juntamente com a abertura política, as idéias
ambientalistas passaram a ganhar mais importância, e pode-se notar o surgimento de
produção acadêmica nesse sentido. Concomitantemente houve também maior envolvimento
da sociedade.
1.2 O QUE É A EDUCAÇÃO AMBIENTAL?
A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se
propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo
permanente que procura despertar na sociedade uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a origem e a evolução de
problemas ambientais. Consiste num processo de conscientização a respeito dos problemas
que causam a degradação e aponta caminhos que possibilitam fazer com que os alunos
possam enxergar de forma crítica os valores da sociedade.
Nesse sentido, deve-se prezar por um respeito com os elementos naturais. E para que
ocorra esse respeito com o meio natural, é preciso que aja a conscientização de que o homem
também é natureza, também constitui o meio natural. Assim, através desse sentimento de
pertencimento à natureza, a idéia de dominação, característica da lógica capitalista, a qual se
deve extrair o máximo possível da natureza para a manutenção das necessidades impostas
pelo sistema, perde sua força. A consciência de equilíbrio natural vem com a incorporação,
da compreensão das idéias de igualdade para com o meio natural.
A Educação Ambiental como objeto de estudo na escola é um instrumento de
conscientização que procura despertar nas crianças e nos jovens uma consciência ambiental
voltada à conservação dos recursos naturais.
Então, para que a Educação Ambiental seja efetivamente vivida pelas pessoas é que
se deve iniciar a sua prática a partir do espaço escolar, onde a criança começa a assimilar a
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importância dos cuidados com o meio ambiente desde pequena. Dessa forma, o cidadão que
está sendo formado crescerá com o sentimento de pertencimento à natureza, o que faz com
que ela seja preservada.
Segundo Guimarães (1995), quando se refere à atuação da Educação Ambiental
como ferramenta conscientizadora da questão preservacionista afirma que “no trabalho de
conscientização é preciso estar claro que conscientizar não é simplesmente transmitir valores
‘verdes’ do educador para o educando; essa é lógica da educação tradicional”.
Deve-se questionar os valores da sociedade consumista, responsáveis pela cada vez
maior produção de lixo, decorrente do consumismo exacerbado. Nesse sentido, o autor ainda
afirma que:
“As causas da degradação ambiental e da crise na relação
sociedade/natureza não emergem apenas de fatores conjunturais ou
do instinto perverso da humanidade, e as consequências de tal
degradação não são conseqüência apenas do uso indevido de
recursos naturais; são sim, de um conjunto de variáveis interconexas,
derivadas das categorias: capitalismo/ modernidade/ industrialismo/
urbanização/ tecnocracia. Logo, a desejada sociedade sustentável
supõe a crítica às relações sociais e de produção, tanto quanto ao
valor conferido à dimensão da natureza.” (GUIMARÃES apud
LOUREIRO;2009;p.83)
2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO
O município de Aracati localiza-se a 125 km de Fortaleza, situa-se à Leste do estado
do Ceará. Aracati se destaca pelo patrimônio natural, pois apresenta belas paisagens
litorâneas, motivo pelo qual o turismo é uma das principais atividades econômicas do
município. Mas também se torna importante pelo fato de a cidade ter se erguido às margens
do rio Jaguaribe, um dos principais rios do estado.
Faz limite ao norte, com o oceano Atlântico; ao sul, com os municípios de Itaiçaba,
Palhano e Jaguaruana; a leste, com o Estado do Rio Grande do Norte e o município de
Icapuí; e a oeste com os municípios de Beberibe e Fortim. Seus principais acessos são a BR
304, que interliga a capital do estado do Ceará ao município de Mossoró, no Rio Grande do
Norte, através da BR 116; e a CE 040 que propicia o acesso aos municípios de Itaiçaba e
Fortim, bem como aos demais municípios da costa leste, no sentido de Fortaleza.
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O patrimônio arquitetural que ainda hoje pode ser observado na cidade conta a
história do município que já foi um dos mais importantes do estado no quesito economia.
Aracati, com sua atividade das charqueadas, ocupou lugar de grande importância, juntamente
com Icó, Sobral e Acaraú. Todo o conjunto arquitetônico contido no espaço aracatiense é
uma evidência da sua importância no período colonial, através de seus casarões de dois
andares, igrejas, Casa de Câmara e Cadeia Pública.
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DE ARACATI: AS CHARQUEADAS E A
IMPORTÂNCIA DA CIDADE NO CONTEXTO DO CEARÁ NO SÉCULO XVIII
Dentro do contexto histórico do Ceará, podemos observar o crescimento de Aracati,
ainda como Vila, na economia cearense, durante o apogeu do ciclo do charque, vivenciado
no século XVIII.
Diante da impossibilidade de concorrência com os rebanhos do sertão da Capitania,
os fazendeiros do litoral passaram a abater e produzir propriamente o charque e o couro a
partir dos seus próprios rebanhos. Dessa forma, surgem as primeiras oficinas de charque,
atividade que conferiu à Aracati status de grande importância econômica. Outro fator que fez
com que pusesse Aracati em evidência foi a questão de dispor de um porto acessível,
relativamente mais próximo de Recife e Salvador, por onde fluía a riqueza. Assim, com todos
esses fatores favoráveis, Aracati ganhou grande notoriedade, se tornando, como afirma Girão
(1989; p.63) “o pulmão da economia colonial da capitania”.
Ainda segundo Girão (1989; p 74),
“a produção e comercialização da Carne-do-Ceará, introduziam um
elemento novo ma organização produtiva da colônia e punham em
destaque os núcleos produtores do charque, principalmente as vilas
de Aracati e Sobral, a ponto de essas concorrerem com Fortaleza, o
centro administrativo da Capitania, desde 1726”.
Com as riquezas que a atividade das charqueadas movimentava, as rendas cresciam
cada vez mais. O comércio do couro e da carne atraía para a vila a riqueza proveniente de
abastados senhores de diversos locais. Cada vez mais a atividade crescia, aumentando as
negociações com diversas praças do País. A importância da Vila estava direcionada à
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produção e comercialização desses produtos. Portanto, a atenção era dirigida ás fábricas de
charque, o principal produto.
Na atualidade, desenvolvem-se em Aracati atividades agro-industriais e industriais; da
influência comercial que exerce na região do litoral leste e no Vale do Jaguaribe; e da
atratividade turística de seu território favorecido pelo meio ambiente natural, formado por
belas paisagens naturais que lhe faz um dor roteiros turísticos mais procurados do estado.
Outra atividade econômica praticada na cidade a ser destacada tem sido o setor da
carcinicultura, que teve seu apogeu no início da década de 2000, mas que hoje, pelas
demandas mercadológicas, enfrentou um declínio nos últimos anos. Portanto, atividades que
dependem direta ou indiretamente do rio.
2.2 IMPORTÂNCIA DO RIO JAGUARIBE NA FORMAÇÃO DO ESPAÇO
ARACATIENSE
O rio Jaguaribe nasce na Serra da Joaninha, no município de Tauá e percorre cerca
de 610 km, até sua foz no Oceano Atlântico. A bacia do Jaguaribe ocupa aproximadamente
50% do estado do Ceará, abastece cerca de 80 municípios. Divide-se em cinco sub-bacias:
Alto, Médio e Baixo Jaguaribe, sub-bacia do rio Banabuiú e sub-bacia do Rio Salgado.
Aracati situa-se nas margens do rio em sua porção encontrada na sub-bacia do Baixo
Jaguaribe, onde se encontra a foz.
O rio apresenta o maior volume de água do estado e é o que tem maior alcance,
implicando no abastecimento de muitos municípios, o que possibilita o desenvolvimento de
diversas atividades econômicas ao longo de sua extensão.
A sub-bacia do Baixo Jaguaribe é a menor área hidrográfica do rio, entretanto, é a
mais importante economicamente. Nela se desenvolvem importantes atividades como
irrigação, turismo e carcinicultura. Atividades essas que conferem importância às cidades da
Região, entre elas Aracati, objeto de estudo desse trabalho.
A importância do rio Jaguaribe para o estado do Ceará vai além da questão natural,
de ser o principal do estado, abastecendo vários outros rios menores e açudes, alcançando
um numero grande de cidades. Além disso, o Jaguaribe carrega consigo a importância
histórica, de ter viabilizado a ocupação dos forasteiros que buscavam terras de pastos onde
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pudessem alimentar o gado. Seguindo o curso dos rios Acaraú e Jaguaribe, essa ocupação foi
acontecendo.
Hoje, esse recurso natural exerce grande influência no espaço aracatiense. Diversas
das atividades econômicas desenvolvidas na cidade dependem do rio. Grande parte da
população ribeirinha que vive nas margens do rio tem nesse recurso natural a sua fonte de
sustento, através da pesca.
Diante desse contexto, faz-se necessário haver uma maior preocupação com a
preservação do rio Jaguaribe, não apenas pela importância desse recurso para o equilíbrio
natural e pelo valor paisagístico que apresenta, mas também pelo significado histórico que ele
apresenta para a cidade e para todo o Estado do Ceará.
É notável o descaso da população e do poder público com relação a esse elemento
natural. Fato observável pelas atividades econômicas e de lazer praticadas em suas
proximidades. A população simplesmente se mostra despreocupada com o rio Jaguaribe, o
que se nota pelas ocupações irregulares nas margens do rio e pelas atividades poluidoras tais
como criação de animais, despejo dos esgotos, depósito de lixo etc.
Sem dúvida, a água é um dos elementos naturais mais importantes à vida do homem
por ser indispensável à sua saúde. Portanto, pelo seu caráter indispensável, é que se deve
haver uma preocupação com o aproveitamento que se faz desse recurso natural. Entre as
principais fontes de poluição podemos citar: as de origem natural, os esgotos domésticos,
indústria, escoamento superficial, resíduos provenientes da pecuária, lixo e etc.
3. ANÁLISE DO ESTUDO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS DA
CIDADE
No intuito de conhecer de maneira efetiva as formas de como o Rio Jaguaribe está
sendo trabalhado nas escolas da cidade de Aracati é que foram planejadas e desenvolvidas
atividades diretamente em escolas e Secretarias da cidade. Essa etapa consistiu num
levantamento de como a temática ambiental vem sendo tratada nas escolas, mais
precisamente sobre como os assuntos referentes ao rio Jaguaribe são trabalhados nas salas de
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aula das escolas da rede pública e particular da cidade de Aracati, bem como conhecer os
projetos municipais voltados para a educação nesse sentido.
A investigação se deu diretamente através de visitas às escolas, com entrevistas
com os agentes que fazem a realidade escolar: professores, coordenadores e alunos. Também
foram feitas nessa etapa visitas direcionadas ao Rio para reconhecimento in loco de todos os
problemas existentes.
Essa etapa aconteceu com a visita a quatro escolas da cidade: Instituto São José,
E.E.F.M. Beni de Carvalho, Instituto Waldemar Falcão e E.E.F.M Barão de Aracati.
Portanto, foram analisadas duas escolas da rede pública de ensino e duas escolas da rede
particular, visando um conhecimento da realidade do ensino na cidade de Aracati, para que, a
partir daí se pudesse começar a análise dos objetivos traçados no trabalho.
O que foi constatado nas visitas às escolas da cidade foi que, apesar de serem
formadas por diferentes profissionais, de apresentarem diferenciadas estruturas e clientela,
nota-se que a Educação Ambiental anda é trabalhada de forma isolada, não tendo um
planejamento concreto sendo feito nessa questão. Portanto, apesar dos professores e alunos
terem vontade de trabalhar com a temática, isso é prejudicado por esse assunto não permear
o planejamento dos conteúdos trabalhados em sala de aula durante todo o ano letivo. Mesmo
assim, os temas são trabalhados em sala sempre que possível, sendo relacionados com os
assuntos previstos no conteúdo programático.
Existem bastantes dificuldades que impedem que esse tema seja trabalhado com mais
frequência. Um dos principais motivos é a falta de tempo, pois há uma preocupação com o
cumprimento do conteúdo planejado. Nesse sentido, também atrapalha a questão da carga
horária cumprida. Muitos professores trabalham em mais escolas, não são exclusivos. Assim,
sobra pouco tempo para que aconteça um planejamento mais engajado. Outro fator que
dificulta a execução de aulas com essa temática, segundo os professores entrevistados, é a
questão também do deslocamento. Há dificuldades em conseguir transporte para os alunos. A
falta de recursos para isso figura como outro empecilho, no caso das escolas da rede pública,
segundo constatado em entrevistas com professores e coordenadores das escolas.
Foi feita uma visita à Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo de conhecer
um pouco de como a Educação Ambiental é trabalhada nas escolas municipais, entendendo
um pouco mais dos projetos destinados à essa temática, das formas de como o governo
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municipal, através da secretaria, se preocupa com o desenvolvimento da EA nas escolas
aracatienses.
Dos poucos projetos relacionados à EA postos em prática desde o primeiro mandato
da atual administração (2005) até o dia pesquisado, dez no total, nenhum tratava diretamente
o tema do Rio Jaguaribe. O rio somente era citado de forma bem tímida nos projetos.
Portanto, nota-se que existem poucos projetos sobre o tema na cidade de Aracati.
Dos projetos existentes que foram analisados, nenhum tratava diretamente da degradação do
rio Jaguaribe. O rio só é citado nos projetos que abordam a temática da carcinicultura e sobre
a água. Ainda assim, não existe nenhum projeto permanente nos planejamentos escolares da
rede municipal. Os trabalhos sobre essa temática só são realizados de forma isolada.
Esse trabalho serviu para atentar no sentido de se trabalhar mais com o rio Jaguaribe
nas salas de aula, visto que muito pouco é feito nesse sentido. Foi destacado aqui o descaso
da população e do poder público com relação a esse elemento natural. Também foi
evidenciado o fato de que a população e o poder público gestor simplesmente se mostram
despreocupados com o rio Jaguaribe. Na tentativa de reverter esse quadro de descaso da
população é que se pode apostar na mudança de comportamento através de uma
conscientização que se inicie nas escolas, ganhando maiores proporções, chegando a toda a
comunidade. Entretanto, para que isso ocorra, é preciso um maior envolvimento das escolas
com o tema para que vire um assunto comum, pertencente cada vez mais ao cotidiano dos
alunos.
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