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FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE - FVJ
Rodovia CE 040 km 138, S/N Aeroporto – CEP: 62.8000-000 • Aracati / CE
Fone: (88) 3421-9750 • Fax: (88) 3421-9760
Site: www.fvj.br
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Direção Geral
Eduardo Neto Moreira de Souza
Superintendência
José Deroci Aguiar e Silva
Secretária Acadêmica
Fernanda Maria Paula
Coordenação de Graduação
Francisco Jose Sampaio
Coordenadora do curso de Serviço Social
Ângela Tavares Madeiro
Monitoria Acadêmica
Angélica Rodrigues de Souza
Coordenação do Núcleo de Comunicação e Marketing
Rosemary Nogueira Ribeiro
Biblioteca Dr. Salomão Mussolini Pinheiro Maia
Bibliotecária
Jeovania Maria de Sousa
Supervisora - Biblioteca
Helenice da Silva Viana Barbosa
FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE – FVJ
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PROJETO TÉCNICO DA CASA DE INICIAÇÃO À PESQUISA DO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DA FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE
1. APRESENTAÇÃO
A Casa de Iniciação à Pesquisa do Curso de Serviço Social da Faculdade do
Vale do Jaguaribe constitui-se como um espaço de estímulo à produção do
conhecimento, de disseminação do viés investigativo da formação profissional e do
compromisso extensivo da faculdade à sociedade. Imbuídos pelo compromisso em
fortalecer a interlocução do ensino, da pesquisa e da extensão e de oferecer melhores
condições de possibilidades aos nossos alunos e professores no cumprimento dos
preceitos estabelecidos no Projeto Pedagógico do Curso de Serviço Social, no dia 15 de
maio de 2014 inauguramos a Casa de Iniciação à Pesquisa. O referido equipamento se
constituirá em mais um importante passo para a formação de Assistentes Sociais
propositivos, pesquisadores, capazes de produzir conhecimentos acerca da Região do
Vale do Jaguaribe, apresentando propostas de planejamento e implementação de
propostas no âmbito da gestão e financiamento das políticas públicas, inserção nas
empresas privadas e organizações não-governamentais.
Nesse objetivo, se fez necessário a construção de um espaço que abrigasse não
só as discussões teóricas empreendidas por grupos de estudos, mas também que
organizasse as ações de intervenção nesses segmentos.
O Projeto da Casa de Iniciação à Pesquisa do Curso de Serviço Social articula-se
com os pressupostos da formação profissional que devem estar baseados em três
núcleos fundantes: a) Núcleo de Fundamentos Téorico-Metodológico na vida social:
Objetiva a compreensão do ser social, historicamente situado no processo de
constituição e desenvolvimento da sociedade burguesa; b) Núcleo de Fundamentos da
Formação Sócio-Histórica da Sociedade Brasileira que fornece os aportes teóricos para
o conhecimento da constituição econômica, social, política e cultural da sociedade
brasileira em suas dimensões urbano-agrária; c) Núcleo de Fundamentos do Trabalho
Profissional: que consiste na análise do Serviço Social historicamente onde a base da
análise é a discussão das estratégias e técnicas de intervenção profissional (ABEPSS,
1999).
De acordo com as Diretrizes Gerais para Graduação em Serviço Social da
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, que têm
como referências as Diretrizes Curriculares Nacionais/MEC os conteúdos da proposta
pedagógica do Curso de Serviço Social deve resguardar a indissociabilidade do ensino,
da pesquisa e da extensão e a permanente integração entre faculdade e sociedade.
De acordo com as linhas de pesquisa do curso e ações desenvolvidas por
docentes e discentes, estruturou-se dois núcleos de pesquisa e extensão que irão
estruturar as atividades desenvolvidas na casa, quais sejam: 1) NACSS – Núcleo de
Assessoria e Consultoria em Serviço Social; 2) NUGEVISS – Núcleo em gênero,
violência contra a mulher e Serviço Social.
2. OBJETIVOS
2.1 Geral: Propiciar aos estudantes e docentes do Curso de Serviço Social da FVJ
condições de possibilidade para incentivas a implantação de grupos de estudo,
intensificar o caráter investigativo da formação profissional e à extensão
acadêmica junto à comunidade da Região do Vale do Jaguaribe.
2.2 Específicos:
• Contribuir para a formação de líderes capazes de pensar criticamente e propor
políticas de enfrentamento às expressões da questão social junto aos setores
governamentais, empresariais, organizações não-governamentais e movimentos
sociais;
• Realizar estudos e pesquisas que possam subsidiar à gestão, controle social das
políticas públicas, bem como, à gestão empresarial e não-governamental;
• Prestar assessoria e consultoria em serviço social aos órgãos da administração
pública, privada,
organizações não-governamentais, conselhos de políticas
públicas e sociedade de uma forma geral
3. METODOLOGIA
A Casa de Iniciação à Pesquisa desenvolverá suas ações tendo como referência uma
metodologia participativa fundada na teoria social crítica utilizando-se de pesquisas
bibliográficas, documental e de campo. A pesquisa enquanto indagação, aproximação e
descoberta permanente da realidade, vincula ao movimento do pensamento mediatizado
e alimentado pelo movimento do real. Dessa forma, segundo Minayo (1996) nada pode
ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da
vida prática. O questionamento da realidade permite ultrapassar a mera descrição do
real. Permite-nos a produção de um conhecimento sobre esse real.
A abordagem teórico-metodológica fundada na tradição marxista é dessa forma
a mais compatível para viabilizar à efetivação dos objetivos da Casa de Iniciação à
Pesquisa do Curso de Serviço Social e dos seus desafios postos diante da Região do
Vale do Jaguaribe.
Fazendo uso de suas das categorias partiremos da realidade
concreta num devir que possibilitará refletir criticamente o movimento de constituição
do atual contexto em que se configura a vida social e as expressões das desigualdades
sociais.
Nesse sentido, teremos 02 linhas de pesquisa mediatizadas por 02 núcleos:
1) NACSS – Núcleo de Assessoria e Consultoria em Serviço Social
O NACSS está vinculado ao cumprimento da missão da Faculdade do Vale do
Jaguaribe em formar líderes com visão estratégica e capacidade de decisão para o
desenvolvimento regional, onde estes profissionais sejam empreendedores diante das
profundas transformações em nossa sociedade. Compromete-se também à efetivação
dos valores institucionais, quais sejam: ética e transparência; respeito à diversidade;
busca pela excelência; criatividade e inovação; responsabilidade sócio-ambiental;
valorização e promoção do desenvolvimento das pessoas e da cultura regional e
comprometimento. Dessa forma, sintonizadas às diretrizes curriculares do Curso de
Serviço Social, aos objetivos do curso e ao perfil dos formandos, pretendemos ampliar
os campos de atuação profissional do Assistente Social na Região do Vale do Jaguaribe
junto às organização governamentais, privadas e não-governamentais, bem como, junto
aos movimentos sociais a partir do núcleo de assessoria e consultoria em Serviço Social.
Na assessoria e consultoria junto às políticas públicas a primeira frente de trabalho
está vinculada a duas vertentes: a) apoio técnico à gestão da política sobre drogas e
suporte técnico às comunidades terapêuticas. Com a operacionalização do Assistente
Social e Profº Jonas freitas e da Psicóloga e Profª Maria Helena sob a Coordenação do
Curso de Serviço Social e a presença de estudantes do Curso de Serviço Social como
estagiários. As atividades ocorrem na coordenadoria de políticas sobre drogas nas
comunidades terapêuticas do município de Aracati, desenvolvendo palestras educativas,
apoio na formulação de projetos técnicos às comunidades terapêuticas, assessoria
quanto ao planejamento orçamentário, constituição de plano plurianual, fundo
municipal, cadastro sócio-econômicos dos residentes das comunidades terapêuticas,
sistematização dos projetos terapêuticos individuais, rodas de conversas, atendimento
individual e em grupo e capacitação em termos de regulamentações da política sobre
drogas para gestores, monitores e técnicos; b) serviço social de empresa – núcleo de
recursos humanos. O grupo de estudo está concentrado em levantar as potencialidades
do serviço social no interior da equipe de recursos humanos na empresa, formulando
uma proposta de intervenção institucional. Considerando o processo de mudanças
advindas com a reestruturação produtiva o que vem alterando significativamente as
estruturas produtivas e, conseqüentemente o mercado de trabalho, trazem uma
redefinição nas formas de estratégias empresariais em termos de conceber a
produtividade e competitividade. Insere-se uma discussão sobre as novas tecnologias
gerenciais e novas políticas de gestão dos recursos humanos. Por ser o Assistente Social
um profissional com uma formação generalista mas fundamentalmente vinculada às
novas transformações societárias e dos impactos desses processos na vida social e nas
relações de produção e reprodução da sociedade, detectamos sua contribuição na
inserção dos desafios postos atualmente junto à força de trabalho,à produtividade e à
gestão de recursos humanos.
A Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993, que regulamenta a profissão de assistente
social, com relação a assessoria e consultoria, nos artigos 4º e 5º, refere-se às
competências e atribuições do profissional: Art. 4º Constituem competências do
assistente social: VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração
pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias
relacionadas no inciso II deste artigo; IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos
sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos
civis, políticos e sociais da coletividade; Art. 5º Constituem atribuições privativas do
assistente social: III - assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública direta
e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social. (CFESS,
2011, p. 44-46)
A respeito do tema consultoria, na bibliografia do Serviço Social, além de registrar
referência recente, nota-se que mais de um autor conjuga o termo consultoria ao de
assessoria. Para Matos (2010), a distinção entre ambos é considerada mínima, por isso
ele se refere aos dois processos de forma indistinta. O autor define assessoria e
consultoria como "aquela ação que é desenvolvida por um profissional com
conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém uma
intenção de alteração da realidade" (p. 31). Portanto, o assessor/consultor deve ser
alguém permanentemente atualizado e com capacidades técnica e teórica de apresentar
suas proposições. Para Matos (2009), a assessoria e a consultoria, são atribuições dos
assistentes sociais no conjunto das atividades que desenvolvem em seus locais de
trabalho, embora seja na universidade que o profissional encontra seu espaço
privilegiado.
2) NUGEVISS – Núcleo de Pesquisa e Extensão em gênero, violência contra a
mulher e Serviço Social
O NUGEVISS tem por finalidade fomentar a pesquisa e extensão sobre gênero, com
foco na questão da violência contra a mulher. Está inserido na linha de pesquisa Gênero,
geração e família. O projeto de extensão desenvolvido pelo núcleo é o Pro-mulher, que
desenvolve ações relativas ao fomento e defesa da cidadania da mulher, tendo no
combate à violência contra a mulher seu foco principal de ações. O projeto de extensão
está melhor especificado nos anexos. Com relação à pesquisa o núcleo visa construir um
banco de dados sobre as ocorrências de violência psicológica, física e patrimonial contra
as mulheres da cidade de Aracati e, futuramente, todo o Vale do Jaguaribe. Essa ação é
de fundamental importância para a construção de políticas de enfrentamento à violência
contra a mulher, visto que dará embasamento a futuras propostas de ação do poder
público e ações políticas voltas a essa questão. O banco de dados a ser constituído será
alimentado através do levantamento dos boletins de ocorrência registrados na delegacia
da região, bem como o atendimento prestado no hospital, em relação à violência
doméstica. Os dados serão devidamente mensurados e dará base para a elaboração de
relatórios semestrais que irão traçar o panorama da violência contra a mulher na região.
Outra ação do núcleo é o debate acadêmico sobre a questão de gênero, com o intuito de
consolidar uma metodologia interdisciplinar em suas ações foi pensado a realização do
Café com Gênero. A cada última sexta do mês será levado à todos os estudantes que
queiram participar, um tema relevante sobre a questão de gênero que será debatido por
convidados que tenham pesquisa/trabalho reconhecido na área. Além disso, será
estruturado um grupo de estudo bimestral, aberto à comunidade acadêmica e demais
interessados, sobre a política de mulheres. A cada dois meses será estudado um tema
que, findado o bimestre, serão abertas novas vagas para um novo ciclo de estudos.
4. CRONOGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA CASA DE INICIAÇÃO À
PESQUISA
Horários de Segundaatendimento feira
/atividades
Manhã
NACSS
Planejamento
de
ações
sobre serviço
social
em
empresas
Tarde
NACSS
Grupo
de
estudo sobre
serviço social
de empresas
–
recursos
humanos
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
NACSS
Planejamento
de ações para
estágio
–
políticas
sobre drogas
e
coordenadori
a
de
juventude
NACSS
Visita técnica
à
coordenadori
a de políticas
sobre drogas
e
comunidades
terapêuticas e
coordenadori
a
de
juventude
Pro-mulher/
NUGEVISS
Planejamento de
ações estagiários
de serviço social
Pro-mulher/
NUGEVISS
Atividades
na
comunidade
/atendiment
o jurídico
Pro-mulher/
NUGEVISS
Atividade
na
comunidade
/atendiment
o psicologia
NUGEVISS
NUGEVISS
Reuniões
do Grupo
de
grupo
de estudo
pesquisa
NUGEVISS
Ações
abertas
à
comunidade
acadêmica e
demais
interessados
5. RECURSOS
5.1. Recursos Humanos
01 Coordenação; 02 Assistentes Sociais; 02 Psicólogas; 01 Advogado; 07 alunos
estagiarias e extensionistas
5.2 Recursos Físicos
01 Casa com 01 sala de reuniões, 03 salas; 03 banheiros.
5.3 Recursos Materiais
01 Computador; 02 quadros brancos grandes; 02 ar-condicionados; 04 birôs; 04 cadeiras
secretária; 20 cadeiras brancas de plástico; 01 armário de 02 portas
PROJETO DO NÚCLEO DE ASSESSORIA E CONSULTORIA EM SERVIÇO
SOCIAL
INTRODUÇÃO
O NACSS (Núcleo de Assessoria e Consultoria em Serviço Social) está vinculado
ao cumprimento da missão da Faculdade do Vale do Jaguaribe em formar líderes com
visão estratégica e capacidade de decisão para o desenvolvimento regional, onde estes
profissionais sejam empreendedores diante das profundas transformações em nossa
sociedade. Compromete-se também à efetivação dos valores institucionais, quais sejam:
ética e transparência; respeito à diversidade; busca pela excelência; criatividade e
inovação;
responsabilidade
sócio-ambiental;
valorização
e
promoção
do
desenvolvimento das pessoas e da cultura regional e comprometimento. Contudo,
trazendo para a especificidade das diretrizes curriculares do Curso de Serviço Social, o
NACSS está sintonizado aos objetivos do curso e ao perfil dos formandos, a intenção
maior é ampliar os campos de atuação profissional do Assistente Social na Região do
Vale do Jaguaribe junto às organização governamentais, privadas e nãogovernamentais, bem como, junto aos movimentos sociais, bem como, propiciar um
processo de capacitação e desenvolvimento de potencialidades de nossos alunos.
OBJETIVOS
• Cumprir com a missão da FVJ em formar líderes capazes de influenciar de
forma propositiva no desenvolvimento da Região do Vale do Jaguaribe em
termos de políticas públicas, inserção organizacional de iniciativa privada e
apoio técnico às organizações de terceiro setor;
• Ampliar campos de estágio, pesquisa e extensão para o curso de Serviço Social
da FVJ;
• Inserir-se de forma crítica e propositiva no enfrentamento às diversas expressões
das questões sociais da Região do Vale do Jaguaribe e a partir daí contribuir para
um projeto de desenvolvimento social para a referida Região.
LINHAS DE ATUAÇÃO
• Assessoria em Planejamento e Gestão de Políticas Públicas;
• Serviço Social de Empresas;
• Assessoria Tecnica à organizaçãoes não-governamentais, conselhos de controle
social e movimentos sociais.
METODOLOGIA DE AÇÃO
• Grupos de Estudo;
• Atividades de Estágio, pesquisa e extensão;
• Visitas Institucionais;
• Diagnóstico Institucionl;
• Elaboração de Projetos de Intervenção Técnica;
• Assessoria e Consultoria em Serviço Social
INSTRUMENTAIS TÉCNICOS JÁ DESENVOLVIDOS:
1. Política Sobre Drogas : Ação do NACSS em nível de assessoria Governamental
e Não-Governamental
ANEXOS NACSS
Nome
Composição familiar
Nome:
1. Modelo de Projeto Terapêutico Singular / Avaliação
Inicial
Idade:
Cidade de Origem:
Encaminhado por:
Profissional que acolheu
Idade:
( ) CAPS
Outros
Grau de Escolaridade:
(
) CREAS
Profissão
( ) Data:
_______________________________
____
Nome:
Função:
Assinatura:
Queixa Principal
Veio Acompanhado?
(
)
Sim
Por
quem?
__________________________________________
(
) Não
Sintomas Apresentados
Diagnósticos Anteriores
Responsável:
Diagnóstico Situacional
Plano de Atendimento
Etapas
Responsáveis:
Plano 1:
Plano 2:
Responsável:
Reavaliação
Alta
Coordenação Técnica:
Assinatura:
Data:
OBS:
Responsável:
Data:
Modelo de Plano de Atendimento
Etapas:
Responsáveis:
Plano 1:
Data Início:
Plano 2:
Data de Início:
Reavaliação:
Data:
Responsável:
Alta
Data:
Responsável:
Coordenação Técnica:
OBS:
Data:
Assinatura:
2. Modelo de Cronograma de Atividades
Atividades
Oficinas de auto-cuidado, motivação
e auto-estima,
Oficinas sócio-educativas
Grupo Operativo
Educação Jovens e Adultos
Atividades físicas e de lazer
Rodas de conversa de apoio
espiritual
Periodicidade
Semanal
Responsável
Psicóloga/
Psicopedagoga
Semanal
Assistente Social/
Coordenação
Administrativa/
Monitores
Diária
Diária
Diária
Diária
Monitores
Pedagogo
Educador Físico
Coordenação
Administrativa/
Monitores
Advogada/
Assistente Social
Instrutores
Advogada/
Assistente Social
Instrutores
Grupo de Familiares
Quinzenal
Oficina de Arte e Cultura
Oficina de Exercício da Cidadania
Quinzenal
Semanal
Oficina de Geração de Renda
Mensal
3. Proposta de Fluxo de Encaminhamento – Comunidades Terapeuticas
Família
Indivíduo
Comunidade
CRAS/
CREAS
Comunidade
Terapêutica
CAPS
Educação/
Profissionalização
Reinserção Social
A.A
N.A
Considerações Preliminares sobre o Fluxo de Encaminhamento
• A política sobre drogas, constitui-se uma política púbica de responsabilidade do
Estado e direito do cidadão.
• Como parte de uma política de Estado e não de governo, é para ser executada
prioritariamente por meio do aparelho do Estado, através de seus equipamentos
públicos. Contudo no que tange ao tratamento há que se reconhecer que
atualmente o movimento das comunidades terapêuticas vem contribuindo
efetivamente na construção dessa poítica pública. Inclusive desenvolvendo ações
que até a presente conjuntura não foram efetivamente implementadas pelo poder
público.
• Compreendemos de acordo com os parâmetros da Política Nacional e demais
instrumentos normativos a necessidade de melhoria contínua nos serviços
oferecidos aos usuários. No que tange ao tratamento muitos são os desafios mas
apenas um determinado ítem da política de atenção integral voltadas para
pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas.
Logo nosso papel é contribuir no interior de uma rede institucional que compõe
a política sobre drogas para a recuperação do residente. Especificamente no
interior da comunidade terapêutica, acolher, apoiar e estimular o residente e sua
família no processo de recuperação.
• Dessa forma, compreendendo o serviço enquanto rede de proteção social em
nível da política de assistência social e atenção básica em nível da política de
saúde, pretendemos articular institucionalmente da seguinte forma:
• Rede SUAS – Articulação com o nível de atenção de proteção básica CRAS
(Centro de Referência da Assistência Social) do território e proteção especial –
CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) para
atendimento as famílias na garantia do acesso aos direitos sócio-assistenciais.
Articulação com a SEMAS (Secretaria Municipal de assistência Social) para
encaminhamento de acesso ao PBF (Programa Bolsa família), benefícios
eventuais, demais projetos e programas fornecidos no território de abrangência
da família do usuário do serviço. Articulação e encaminhamento ao INSS para
garantia de acesso aos direitos previdenciário do usuário e de sua família, bem
como, o BCP (Benefício da prestação continuada).
• Rede SUS – Articulação com CAPS (Centro de Apoio Psico-Social) para apoio
e acompanhamento necessário ao bom atendimento as necessidades dos
usuários, principalmente em casos de comprometimento moderado e grave.
Encaminhamento com acompanhamento individual ao PSF (Posto de Saúde da
Família) do território conforme solicitação e demanda do usuário, bem como, ao
hospital de atenção terciária no território em casos de urgência ou emergência.
• Política de Educação – Educação de Jovens e Adultos (EJA); Profissionalização.
• Dessa forma acima descrita que prevemos os mecanismos de encaminhamento à
rede de saúde dos residentes que apresentarem decorrências clínicas ou demais
agravos. Vale ressaltar que a Comunidade Terapêutica o Martelo de Deus
somente
acolhe
indivíduos
do
sexo
masculino,
jovens
e
adultos
comprometimento leve e moderado, oriundos de encaminhamentos pelos CAPS.
4. Proposta de Fluxo de Admissão e Atendimento – Comunidade Terapeutica
CAPS
Triagem
Avaliação Técnica
Institucional
Inclusão
Projeto Terapêutico Singular
Plano 1
Alta
Programa de
Reinserção Social
Reavaliação
Plano 2
Alta
1) Plano I
Respeitando o arcabouço técnico e o conjunto de normativas que integram a atenção
integral e atendimento ao residente de comunidades terapêuticas, partimos da
elaboração de um projeto terapêutico que visa considerar as especificidades da pessoa
humana, composto de 02 fases. A primeira fase (Plano 1) é constituído das seguintes
atividades a serem aplicadas conforme a especificidade do tratamento, do histórico do
residente e do nível de comprometimento da doença, tendo em vista o encaminhamento
do CAPS: 1) Oficinas de auto-cuidado, motivação e auto-estima, realizada pela
psicóloga e/ou psicopedagoga, consistindo em reuniões sistemáticas grupais e
atendimentos individuais; 2) Oficinas sócio-educativas sobre uso, abuso e dependência
de drogas, realizada pela assistente social, coordenação administrativa ou monitor que
tem como objetivo socializar informações sobre a doença, efeitos e consequências, bem
como, atendimento grupal; 3) Grupo Operativo: é um grupo coordenado pelos
monitores que consiste em motivar os residentes a se responsabilizam por apoio na
realização de tarefas diárias de organização (cozinha, banheiro, camas, sala) têm como
objetivo também a organização, o resgate da auto-estima, estimular a integração e e
interação social. 4) Educação Jovens e Adultos, atividade desenvolvida pelos
professores do voluntariado, todos os dias à tarde. O programa visa resgatar
conhecimentos teórico-práticos adequando-se em nível de escolaridade individual; 5)
Atividades físicas e de lazer, realizada pelo professor de Educação Física voluntariado
que permite o bem-estar físico e mental dos residentes; 6) Rodas de conversa de apoio
espiritual, reuniões realizadas todos os dias sob a supervisão do coordenador
administrativo e monitores que consiste essencialmente em leitura de passagens
bíblicas, louvores, e estímulo ao residente ao fortalecimento espiritual, auto-confiança e
motivação; 7) Grupo de Familiares: Dois grupos quinzenais de familiares, sob a
supervisão da advogada e assistente social ; 8) Oficina de Arte e Cultura, realizada por
voluntários. Consiste numa atividade de expressão artística que procura auxiliar no
processo de auto-reconhecimento, oferecendo a possibilidade de expressão de
sentimentos de forma não-verbal. 9) Oficina de Exercício da Cidadania e Leitura de
Notícias de Jornais, coordenada pela advogada, com auxílio da assistente social,
consiste em levar orientações sobre direitos, cidadania e atendimento individual jurídico
ao residente e famílias.
2. Plano II
1) Oficina de Geração de Renda: esta atividade proporciona geração de renda, além
de
trabalhar
aspectos
como
lidar
com
diferentes
materiais,
organização,
responsabilidade, dificuldades, aprendizagem e, se possível, profissionalização. A renda
poderá ser usada para compra de materiais.
• Confecção de Produtos de higiene e limpeza;
• Pintura em azulejos, cerâmicas;
• Reciclando papéis.
2) Preparando
para
a
Reinserção
Social
–
Acompanhamento
Familiar,
encaminhamentos, contatos institucionais, acompanhamento grupo
tratamento.
pós-
PROJETO DE EXTENSÃO ACADÊMICA
PRÓ-MULHER – PROMOVENDO O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER
1. Apresentação
A violência contra a mulher constitui-se como uma problemática cultural que
historicamente desafia as instância acadêmicas, jurídicas, políticas e sociais. Funda-se
nas relações desiguais de poder que estruturam nossa sociedade, que longe de serem
naturais, são construídos culturalmente, adquirindo “um sentido instrumental, tornandose uma categoria política cunhada pela abordagem feminista para denunciar as
desigualdades na relação homem/mulher” (PORTO, 2006, p. 428)1.
Os elementos constituintes de tal violência são inscritos e configurados
socialmente pelo patriarcado e suas ideologias nos modelos culturais do que é ser
mulher e ser homem. Bem como por outros modelos de dominação que marcam as
condições de vida das mulheres, a exemplo do racismo, classicismo, preconceitos de
origens, etc, como pondera Mayorga (2006).
Essa violência aparece como resultado do conflito de gênero por alimentar-se em
um ciclo de dominação-vitimização-reprodução que explora, oprime, silencia, não
sendo fruto da natureza, mas sim do processo de socialização das pessoas (SANTOS;
IZULMINO, 2005). Ainda segundo esses autores, a condição de gênero motiva a
existência desse tipo de violência, ocorrendo majoritariamente nos espaços sociais ditos
para mulheres: espaço privado e/ou doméstico, na família, em casa.
A violência não pode assim ser reduzida a aspectos biológicos, exigindo assim
uma análise que contemple os modos, os valores e a configuração com que a mesma é
construída e vivida. Ela não é abstrata, sendo concreta e materializada no cotidiano,
ainda que os seus aspectos simbólicos deem sentido a compreensão, sobretudo para
quem a vive (PERES, RUOTTI, VICENTIN, 2010).
O Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, revela que
mulheres com idade entre 15 e 24 anos foram as principais vítimas de homicídio na
última década. O estudo, realizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, com o apoio
da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e do Centro Brasileiro
1
É importante pontuar que a violência de gênero está para além da relação homem e mulher, também
ocorrendo entre homem/ homem e mulher/mulher. Também existem diferenças entre a violência de
gênero, a violência contra a mulher, violência doméstica e violência intrafamiliar – Para maior
aprofundamento destas diferenças, pesquisar Saffioti (2004).
de Estudos Latino-Americanos (CEBELA), aponta que, de 2001 a 2011, o índice de
homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras
nesse período. Só em 2011 mais de 4,5 mil mulheres foram assassinadas no país. Desse
total, a taxa de mortes entre as mulheres jovens foi de 7,1 por grupo de 100 mil,
enquanto na população não jovem, com idades abaixo de 15 e acima dos 24 anos, o
índice foi de 4,1.
O estudo também aponta que 96.612 mulheres foram assassinadas no Brasil de
1980 a 2011, quase a metade delas na última década. Embora represente 8% do total dos
homicídios cometidos no país no período, a mortalidade feminina apresenta
características diferenciadas. De acordo com o registro de atendimento por violências do
Sistema Único de Saúde, em 2011 foram atendidas mais de 70 mil mulheres vítimas de
violência física. Desse total, 71,8% das agressões foi cometido em casa, e em 43,4% dos
casos o agressor era o parceiro ou ex-parceiro da vítima, número que chega a 70,6%
quando observada apenas a faixa de 30 a 39 anos de idade. Os parceiros íntimos são os
principais assassinos de mulheres. Aproximadamente 40% de todos os homicídios de
mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo.
Porto (2006) nos lembra que desde 1991, a violência contra a mulher é
reconhecida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) como causa de
adoecimento das mulheres, sendo considerada uma questão de saúde pública diante dos
agravos de ordem psicossociais ocasionados. Tais agravos variam de empurrões leves
chegando à situação de morte. Por também ter natureza crônica ultrapassa traumas
visíveis, associando-se a questões psicológicas (depressão, insônia, distúrbios
alimentares e de aprendizagem), queixas ginecológicas (abortos e gravidez indesejada,
DSTs, infecções), abuso de álcool e outras drogas, hipertensão, doenças cardíacas,
dentre outros. Assim, Alemany (2009) analisa que ao ferir diretamente a mulher, “essa
violência a priva da liberdade de ir e vir, do sentimento de segurança, autoconfiança, da
capacidade de construir relacionamentos, do gosto pela vida” (ALEMANY, 2009, p.
273).
Em nossa sociedade a violência é tratada como um fato banal diante da
generalização de seus casos na esfera pública: as disputas no tráfico de drogas, as
mortes de moradores de ruas nos centros das grandes cidades, a falta de acessibilidade
para pessoas com deficiência, o extermínio de jovens negros, casos de homofobia,
intolerância religiosa, e muitos outros exemplos desses. Ao ultrapassar a esfera privada
de nossas vidas cai na lógica individualizada de um problema do outro, sendo
necessário assim ampliar sua compreensão para uma resposta criada e gestada na nossa
sociedade, sendo por conta disso uma questão nossa, e nesse caso social, estrutural e
cultural (COSTA e PIMENTA, 2006).
Ditados como “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, “ele pode
não saber por que bate, mas ela sabe por que apanha” e “ mulher gosta de apanhar”,
fazem parte da crença da sociedade, que acaba atribuindo a responsabilidade da
violência à própria vítima (DIAS, 2007). Assim, o agressor não é o único responsável
pela violência sofrida pela mulher, sendo que a sociedade cultiva valores que
incentivam a violência. De acordo com Cortez & Padovani (2005) muitos autores
acreditam que a violência pode ser passada de geração em geração. É a construção
cultural de gênero permite o status de subalternidade à mulher.
Na busca por respostas e por justiça no dia 22 de setembro de 2006, depois de
uma punição na corte internacional, no Brasil entrou em vigor uma legislação especial
para tratar da violência contra mulher. A Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, tem por
objetivo “criar mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar
contra a mulher” (artigo 1º), e é um marco histórico por reconhecer a violência contra
mulher como um problema social no nosso país.
Esse dispositivo jurídico legitima o movimento feminista que desde os anos de
1970 intensificou no Brasil a organização e a luta pelos direitos das mulheres.
Apresenta-se como uma abordagem integral no enfrentamento à violência, articulando
três dimensões: combate, proteção e prevenção. Os eixos se organizam assim: 1º)
Medidas criminais, envolvendo inquérito policial, prisão e a possibilidade da queixa
também ser prestada por testemunhas indiretas, não necessariamente pela mulher
agredida; 2º) Medidas de proteção da integridade física e dos direitos da mulher, que
envolve conjunto de medidas com caráter de urgência e que se voltam ao agressor, e
ficam disponíveis assistência psicológica, jurídica e social; 3º) Medidas de prevenção e
educação, desenvolvendo-se a partir da reprodução da violência e de inúmeras formas
de discriminação de gênero (PASINATO, 2010).
A articulação destes três eixos e a efetivação da Lei é ainda um desafio quase 7
anos após ter entrado em vigor. A aplicabilidade da lei envolve, em certa medida, a
articulação entre as Delegacias especializadas no atendimento à mulher (DEAM), os
Juizados de Violência Doméstica e Familiar, os Centros de Referência especializada da
Assistência Social (CREAS), as Secretárias Municipais, Estaduais e Nacional das
Mulheres, bem como os diversos movimentos sociais do segmento. Destacamos como
uma das muitas tentativas de fiscalização, articulação e implementação o Observatório
da Lei Maria da Penha2 que acompanha a realidade das capitais do país e os desafios da
aplicação da lei.
Assim, o Projeto de Extensão PRÓ-MULHER é uma iniciativa do Curso de
Serviço Social da Faculdade do Vale do Jaguaribe em parceria com a Secretaria de
Assistência Social Trabalho e Renda no sentido de empreender ações sócio-educativas
preventivas com temáticas de defesa e direitos da mulher, bem como, intervenções
comunitárias de atendimento às mulheres vítima de violência. Configura-se também
como espaço de pesquisa sobre indicadores de violência de gênero na cidade de Aracati,
bem como, campo de estágio para alunos do Curso de Serviço Social.
2. Justificativa
O Serviço Social é uma profissão de nível superior, cuja regulamentação foi
atualizada pela Lei 8.662/1993 e só pode ser exercida por um Assistente Social, tendo
um caráter interventivo e sua atuação na realidade social, embasada em parâmetros
normativos da profissão. A missão do Curso de Serviço Social da FVJ é preparar
profissional competente, empreendedor, ético, consciente do seu papel social e de sua
contribuição para o avanço científico e tecnológico do País. Para tanto, objetiva uma
capacitação de profissionais em suas dimensões ético-política, teórico-metodológica e
técnico-operativa para o enfrentamento da questão social no contexto de atuação
profissional.
Dessa forma, a formação profissional deve estar baseada em três núcleos
fundantes: a) Núcleo de Fundamentos Téorico-Metodológico na vida social: Objetiva a
compreensão do ser social, historicamente situado no processo de constituição e
desenvolvimento da sociedade burguesa; b) Núcleo de Fundamentos da Formação
Sócio-Histórica da Sociedade Brasileira que fornece os aportes teóricos para o
conhecimento da constituição econômica, social, política e cultural da sociedade
brasileira em suas dimensões urbano-agrária; c) Núcleo de Fundamentos do Trabalho
Profissional: que consiste na análise do Serviço Social historicamente onde a base da
análise é a discussão das estratégias e técnicas de intervenção profissional(ABEPSS,
1999)
2
Informações sobre o Observe – Observatório Lei Maria da Penha, podem ser obtidas na página da web
<www.observe.ufba.br>.
De acordo com as Diretrizes Gerais para Graduação em Serviço Social da
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, que têm
como referências as Diretrizes Curriculares Nacionais/MEC os conteúdos da proposta
pedagógica do Curso de Serviço Social deve resguardar a indissociabilidade do ensino,
da pesquisa e da extensão e a permanente integração entre faculdade e sociedade.
Tendo como referência esses pressupostos e compromissos é que o Projeto PRÓMULHER vem se constituir numa proposta de extensão direcionada à formação e
pesquisa acadêmica, bem como a contribuição referente ao foco da extensão (violência
contra a mulher) no que concerne a discussão e provocação para construção de uma
política pública voltada para a mulher na cidade de Aracati. Ele encontra-se vinculado
ao Núcleo de Pesquisa e Extensão em gênero, violência contra a mulher e Serviço
Social, buscando, assim, garantir que o curso de Serviço Social da FVJ ultrapasse suas
fronteiras internas, cumprindo com a Responsabilidade Social assumida por essa
Instituição de Ensino Superior, expandindo o potencial de desenvolver pesquisas e
extensão na contribuição para a discussão e construção de políticas públicas voltadas
para a garantia dos direitos da mulher.
Inquieta-nos a ausência de uma sistematização e visibilidade de dados sobre a
realidade local, bem como de uma articulação em rede das atrizes e atores locais que
atuam na área em destaque. Enfatizamos que tal atividade de extensão não pretende
substituir as responsabilidades postas ao poder público, em suas diversas esferas. Ao
contrário, as atividades propostas surgem com o intuito de possibilitar uma ampliação
do diálogo e parcerias com instituições locais, contribuindo para o fortalecimento e
efetivação de ações governamentais e não-governamentais na área.
3. Objetivos
3.1 Geral:
• Contribuir através da extensão e da pesquisa do Curso de Serviço Social da
Faculdade Vale do Jaguaribe para a construção da política de enfrentamento a
violência contra a mulher na cidade de Aracati, bem como proporcionar um
campo de formação teórico-prática e técnica-operativa para o estudante de
serviço social.
3.2. Específicos:
• Realizar ações de cunho preventivo, promovendo o debate e a reflexão sobre a
condição da mulher a partir da perspectiva de gênero;
•
Desenvolver oficinas sócio-educativas voltadas para a difusão dos direitos da
mulher e do enfrentamento a violência contra a mulher nas comunidades;
• Disponibilizar atendimento na área jurídica, social, psicológico e de enfermagem
para mulheres vítima de violência;
• Dialogar com os serviços da rede de atendimento, em especial nas áreas da
saúde, educação, assistência social, segurança pública e justiça no sentido de
fortalecer o debate na cidade sobre as políticas de direito para a mulher;
• Desenvolver projetos de pesquisas na área da violência contra a mulher;
• Oferecer aos estudantes do Curso de Serviço Social mais uma campo de estágio
e de atuação profissional.
4.Público-Alvo:
• Mulheres Vítima de Violência;
• Comunidade do Pedregal;
• Estudantes da Faculdade do Vale do Jaguaribe.
5.Metodologia
A metodologia pensada para desenvolver o trabalho deste projeto de extensão
estrutura-se em três eixos que se apresentam interligados, dada a proposta formativa e
interventiva de um projeto desta natureza. Os eixos são:
• Formação política;
• Formação teórica;
• Formação profissional/ação.
O eixo formação política será pautado na discussão e construção - junto aos
alunos participantes do projeto e comunidades nas quais serão realizadas as ações da
extensão universitária – de uma cultura de igualdade de gênero, combate à violência e
discriminação. Ao falarmos de gênero nos referimos a tudo que é atribuído social,
comportamental e culturalmente, além das expectativas e normas associadas aos papéis
de homens e mulheres na sociedade. Desta forma, a igualdade de gênero refere-se a
como esses aspectos do cotidiano determinam a forma como mulheres e homens
relacionam-se entre si e com as diferenças que resultam das relações de poder entre
ambos.
O eixo formação teórica vem complementar e embasar as discussões políticas
sobre a questão de gênero, com especial destaque à questão da violência contra a
mulher. Este eixo está estruturado dentro de uma das linhas de pesquisa do curso de
Serviço Social da FVJ, qual seja: Família, gênero e geração. Através da formação
teórica serão estruturados grupos de estudos que serão formados por professores,
estudantes de graduação e profissionais que atuem na área dos direitos da mulher e/ou
que tenham empatia com o tema.
Já o eixo formação profissional/ação diz respeito à parte prática-operativa da
extensão. Além do levantamento de dados sobre violência e o estudos sobre a questão,
será ofertado serviços à comunidade (mulheres com direitos violados) com profissionais
da área do Serviço Social, Direito e Psicologia, além de atividades realizadas por alunos
dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia. O projeto também se constituirá como um
campo de estágio curricular para os alunos do curso de Serviço Social, além de inserir
outros alunos na iniciação científica.
As atividades realizadas pelos profissionais terá um caráter interdisciplinar e
acolherá a demanda advinda dos encaminhamentos realizados pela delegacia, hospital e
rede socioassistencial. O projeto não substituirá a ação do Centro de Referência da
Assistência Social (CREAS), mas complementará a rede de apoio à garantia dos direitos
das mulheres aracatienses. Além disso, a comunidade do Pedregal, comunidade que fica
no entorno da faculdade e concentra altos índices de violência na cidade, será local de
intervenções de professores e alunos do projeto, caracterizando também ações de
responsabilidade social da Faculdade do Vale do Jaguaribe.
ANEXOS NUGEVIS
1. Fluxograma Interno
Entrada=Acolhimento
Acompanhamento
na Projeto
Acompanhamento no Projeto /
Rede de Serviço
Atendimento Individual
Rede de Serviço
Atendimento Grupal
Assistente Social
Enfermagem
Pedagogia
Psicologia
Direito
Grupo de Reflexão
Oficinas Educativas
Grupo Terapêutico
2. Cronograma de atividades
Cronograma de atividades semanais – 2º semestre 2014 (incluindo meses de maio a
julho)
Horários de
Quarta-feira
atendimento/atividades
Manhã
Encontro
estagiários
de
Serviço
Social/atendimento
Tarde
Quinta-feira
Atendimento
Direito/Atividade
de extensão na
comunidade
Pedregal
Reunião do grupo Grupo de estudo
de pesquisa sobre interno
gênero
Sexta-feira
Atendimento
Psicologia
Atividades
abertas ao
público
3. Descrição das atividades
Horários de
atendimento/atividades
Manhã
Maio/Junho/Julho
Tarde
Maio/Junho/Julho
Manhã
Agosto a dezembro
Tarde
Agosto a dezembro
Quarta-feira
Quinta-feira
Serviço Social:
fazer o
levantamento da
rede
socioassistencial
do município e
realizar visitas
técnicas para
apresentar o
projeto e firmar
parecerias para
iniciar a
alimentação do
fluxo e contra
fluxo da casa.*
Reunião do grupo
de pesquisa sobre
gênero:
será
trabalhado com os
alunos as noções
sobre o que é
pesquisa e qual o
objetivo dela no
projeto
de
extensão.
Início
dos
atendimentos via
encaminhamento
da
rede
e
planejamento das
atividades
na
comunidade
do
Pedregal.
Início da coleta de
dados sobre a
situação
da
violência contra a
mulher
em
Aracati. Para o
mês de agosto ou
setembro
se
tentará
firmar
parceria com o
OBSERVEM para
que
seja
ministrada
uma
Atendimento
Direito
Sexta-feira
Psicologia:
realizar
o
levantamento
sobre
as
características do
território (bairro
Pedregal)
e
realizar
visitas
técnicas
às
instituições
existentes
na
comunidade para
apresentar
o
projeto e firmar
parcerias.*
Grupo de estudo Atividades abertas
interno:
ao público: irá se
fundamentação
estruturar melhor a
teórica inicial sobre partir de agosto.
gênero e a política
de enfrentamento à
violência contra a
mulher
Atividades
comunidade
Pedregal.
na Início
dos
do atendimentos via
encaminhamento
da
rede
e
atividades
na
comunidade
do
Pedregal.
Grupo de estudo
interno:
fundamentação
teórica inicial sobre
gênero e a política
de enfrentamento à
violência contra a
mulher
Início do projeto
Café com Gênero:
na última sextafeira do mês será
levado à todos os
estudantes
que
queiram participar,
um tema relevante
sobre a questão de
gênero que será
debatido
por
convidados
que
tenham
capacitação sobre
criação
e
alimentação
de
banco de dados.
pesquisa/trabalho
reconhecido
na
área.
Início do grupo de
estudo bimestral,
aberto
à
comunidade
acadêmica
e
demais
interessados, sobre
a
política
de
mulheres. A cada
dois meses será
estudado um tema,
findado
o
bimestre,
serão
abertas
novas
vagas para um
novo ciclo.
*Atividade conjunta do Serviço Social e Psicologia
4. Recursos
Recursos Humanos
1. Coordenação – Conduzirá as atividades técnicas e administrativas; Estimulará a
participação do corpo discente e docente na promoção de atividades; Organizará
e socializará as atividades do Projeto.
2. Grupo de Discentes – Participar de capacitações sobre o Projeto; Elaborar
projetos de intervenção para as atividades indicadas de cunho preventivo;
Participar e apoiar eventos direcionados para o Curso de Serviço Social referente
ao Projeto; Desenvolver atividades propostas de cunho investigativo: campo
teórico e empírico: levantamento, sistematização e aferição de dados, análise e
interpretação dos mesmos; Utilizar o referido Projeto como campo de pesquisa
para Estágio, Projeto de TCC e TCC;
3. Grupo de Docentes – Acompanhamento dos atendimentos periódicos; Condução
de projetos de pesquisa; Acompanhamento/ Supervisão de Estágios.
5.Instrumentais
5.1Ficha de entrada
Data de acolhida: ______/______/______
Nome:__________________________________________________________________________
End:____________________________________________________________________________
Fone: _____________________
Encaminhada da rede socioassistencial: ( ) Sim (
)Não
Demanda espontânea: ( ) Sim ( ) Não
Assunto:_______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Perfil da mulher
Nome:
_________________________________________________________________DN:
__________
Idade: _________________
Endereço: ______________________________________________Bairro:
________________________
Ponto de Referência ________________________
RG: ________________________CPF: _________________________
Naturalidade:__________________________
Estado Civil: ( )solteiro ( )casado ( ) união estável ( )viúvo (a)
( ) separado (a) ( )Divorciado
Escolaridade: ( ) não alfab. ( ) alfab. ( ) ensino fund. completo ( ) ensino fund.
incompleto ( ) Ens. Médio completo (
) ens. Médio incompleto ( ) superior (
) não soube informar
Habitação
Imóvel: ( ) próprio ( ) cedido ( ) ocupado ( ) alugado Número de Cômodos: _____
Banheiro: ( ) sim ( ) não Tipo: ( ) alvenaria ( ) taipa ( ) madeira ( ) material
reciclado ( ) outros __________
Água: ( ) cagece ( ) cacimba ( ) chafariz ( ) outros Energia: ( ) coelce (
)gambiarra ( )não tem Tratamento d´água: ( ) filtrada ( ) fervura ( ) cloração ( )
sem tratamento ( )outros _________
Documentação Completa
( ) sim ( ) não
Em caso negativo especificar: ____________________________________________
Saúde - Indicadores de Saúde daMulher
Doenças
Gravidez Uso
drogas
de
Tratamento / Local
ENCAMINHAMENTOS PARA REDE SOCIOASSISTENCIAL
( ) CRAS
( ) CREAS
( ) REDE SÓCIO-JURÍDICA
Medicação
Referências Bibliográficas
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2001.
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________ Política Nacional de enfrentamento a Violência contra a Mulher. Secretaria
Nacional de Enfrentamento à Violência contra as mulheres/Secretaria de Políticas para
Mulheres. Brasília, 2011.
________ Plano Nacional de Políticas para Mulheres 2013-2015. Secretaria Nacional de
Enfrentamento à Violência contra as mulheres/Secretaria de Políticas para Mulheres.
Brasília, 2013.
________ Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – Relatório Final. Coordenação das
Comissões Especiais, Temporárias e Parlamentares de Inquérito/Senado Federal.
Brasília, 2013.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA PREVENIR, PUNIR E ERRADICAR A
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CORTEZ, M. B; PADOVANI, R. C. e WILLIAMS, L. C. A. Terapia de grupo
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DIAS, Berenice Maria. A Lei Maria da Penha na Justiça. A efetividade da Lei
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GIORDANI, Annecy Tojeiro. Violências contra a mulher. São Caetano do sul: Yendis
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MAYORGA, C. A. B. Identidade, Migração e Gênero: O Caso de Mulheres Brasileiras
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Fazendo Gênero 7: Gênero e Preconceitos. Florianópolis, 2006.
NOGUEIRA, Conceição. Novo olhar sobre as relações sociais de gênero. Lisboa:
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PISCITELLI, A. “Apresentação: gênero no mercado do sexo”. Cadernos Pagu (25).
Campinas: 7-23, 2005.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu
Abramo, 2004.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Recife: SOS Corpo,
1995.
WAISELFISZ, Julio Jacobo, Mapa da Violência 2013. Brasília, 2013.
Anexos
Atividades do Núcleo de Pesquisa e
Extensão em gênero, violência contra a
mulher e Serviço Social - NUGEVISS
Primeira reunião de articulação com a associação
de moradores do Pedregal.
Primeira reunião de articulação com o CRAS N.
Sra. de Lourdes.
Primeira intervenção do projeto de extensão
com o grupo de mulheres da Comunidade da
Volta.
Intervenção do no grupo de mulheres do
CRAS Lourdes, Majorlândia - Aracati.
Divulgação do projeto de extensão na
comunidade do Pedregal.
Mapeamento psicossocial da comunidade do Pedregal.
Outros olhares sobre gênero-cine debate na
ação solidária da FVJ em Fortim.
Cine debate sobre gênero com
adolescentes da comunidade do Pedregal.
Primeiro Café com gênero com o tema
Gênero e Corpo: Construções e Imagens na Modernidade.
Primeira reunião do Grupo de Estudo
sobre Gênero.
Atividades do Núcleo de Assessoria
e Consultoria em Serviço Social - NACSS
Reunião para firmar convênio entre o curso de Serviço Social da FVJ e a
Coordenadoria de Políticas Sobre Drogas do Município de Aracati.
Reunião para firmar convênio com a
Comunidade Terapêutica.
Atividades de Estágio Supervisionado na Comunidade Terapêutica.
Visita da Coordenação do curso de Serviço Social e da psicóloga do Núcleo de
Assessoria e Consultoria em Serviço Social.
Ação de Prevenção sobre Drogas junto aos estudantes do curso de Serviço Social.
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