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O CONFORTO TÉRMICO NO MUNICÍPIO DE ROSANA/SP: CARACTERÍSTICAS DA ÁREA
URBANA E RURAL
LEONE ROEL PACOBAHYBA PESSANHA1, CÉSAR SANFINS CASCIOLI2, MARGARETE
CRISTIANE DE COSTA TRINDADE AMORIM3
¹ Graduando em Geografia e bolsista PIBIC / CNPq de Iniciação Científica – Faculdade de Ciência e Tecnologia – Campus
Presidente Prudente. e-mail: [email protected]
² Graduando em Geografia – Faculdade de Ciência e Tecnologia – Campus Presidente Prudente. e-mail:[email protected]
3 Professora Doutora do Departamento de Geografia - Faculdade de Ciência e Tecnologia – Campus Presidente Prudente. e-mail:
[email protected]
INTRODUÇÃO
No início do século XX o Brasil passou por um processo de mecanização do campo e instalação de
indústrias nas cidades, causando assim o êxodo rural. Esse movimento fez com que milhares de pessoas
começassem a migrar para as cidades em buscas de melhores empregos e melhores condições de vida. O êxodo
rural teve como consequencia a ocupação rápida e desorganizada das cidades, onde a falta de planejamento ou o
planejamento inadequado fez com que milhares de pessoas ocupassem áreas impróprias e de caráter precário.
O processo de ocupação do extremo oeste paulista, onde está localizada a área de estudo desta
pesquisa, até o início do século XIX ocorreu de forma irregular e desordenada. Esse avanço sobre esta porção
do território decorreu da cafeicultura que procurava mais terras férteis para seu cultivo.
A região foi suscetível à atuação de grileiros e posseiros que se intitulavam donos das terras e, sem a
fiscalização necessária, esse tipo de ocupação era muito comum na região.
De maneira geral, as cidades alteram a paisagem natural, modificando as características ambientais e
climáticas na escala local. Estudos que buscam compreender a dinâmica entre a natureza e a sociedade nos
ambientes urbanos são importantes porque podem contribuir com a proposição de medidas para a melhoria da
qualidade do ambiente e também da qualidade de vida das pessoas.
Esta pesquisa está inserida em um projeto temático aprovado pela FAPESP, intitulado “Dinâmicas
socioambientais, desenvolvimento local e sustentabilidade na raia divisória São Paulo – Paraná – Mato Grosso
do Sul”, que propõe uma análise integrada da paisagem.
O objetivo deste trabalho foi analisar o conforto térmico na área urbana de Rosana comparando-o com o
ambiente rural do oeste do estado de São Paulo, em um mês representativo do inverno.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para a realização desta pesquisa primeiramente foi necessário um amplo levantamento bibliográfico para
a compreensão das características físicas (vegetação, fauna e flora local, relevo entre outras) além de
características econômicas e culturais da região estudada.
A metodologia para a coleta de temperatura, umidade relativa do ar, direção e velocidade do vento,
consistiu na instalação de estações meteorológicas automáticas do tipo “Vantage PRO 2” da marca “Davis
Instruments”, na área rural da porção oeste do estado de São Paulo (Sede do Parque Estadual do Morro do
Diabo) e na área urbana de Rosana.
Foram utilizados dados das duas estações fixas (urbano e rural) registrados a cada duas horas, durante os meses
de agosto a dezembro de 2007. Os horários de coleta foram 1h, 3h, 5h, 7h, 9h, 11h, 13h, 15h, 17h, 19h, 21h e
23 h. Após a coleta dos dados, foram realizados cálculos de temperatura efetiva, segundo a proposta de Thom
(1959), a cada duas horas durante todos os meses de estudo. Para este artigo serão apresentados os resultados
obtidos no mês de agosto de 2007. Foram elaborados gráficos e tabelas no Excel permitindo-se a comparação
do conforto térmico entre o campo e a cidade.
Foram realizadas análises de tabelas buscando comparar o conforto térmico entre a cidade e o campo,
além de analisar os sistemas atmosféricos atuantes na região do oeste paulista durante o mês de coleta de dados.
Estas análises e comparações foram realizadas através do auxílio de imagens do satélite GOES, disponibilizadas
no site do INPE, e das cartas sinóticas de superfície, disponibilizadas diariamente no site da marinha do Brasil.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
CARACTERÍSTICAS DE ROSANA
O município localiza-se no extremo oeste do estado de São Paulo e encontra-se inserido no Pontal do
Paranapanema. Rosana foi criada no início da década de 1990, emancipando-se de Teodoro Sampaio e faz
parte da 10ª região administrativa do estado, tendo Presidente Prudente como a capital regional.
Está distante a aproximadamente 800 km da capital paulista (São Paulo). As coordenadas geográficas
municipais são 22º 34’ 47’’ de latitude sul e 53º 03’ 33’’ de longitude a oeste. A sede municipal localiza-se a
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236 metros de altitude e aproximadamente a 10 km da confluência dos rios Paraná e Paranapanema, a 7km da
margem do Paranapanema e a 1km do rio Paraná. O rio Paraná é o limite territorial com o estado do Mato
Grosso do Sul a oeste, e o rio Paranapanema é o limite com o território do estado do Paraná ao sul.
Segundo a estimativa populacional de 2009, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), a população de Rosana é de 18.918 habitantes, sendo que apenas 26% da população vivem na área
urbana e o restante, os outros 74% vivem em áreas rurais.
O motivo pelo qual a população rural é maior que a urbana, deve-se à fundação de um distrito para
receber a população que migrou e serviu como mão-de-obra na construção da hidrelétrica de Primavera,
chamado Distrito de Primavera e onde vive a maior parte da população do município. Este distrito localiza-se
aproximadamente a 15 km da sede municipal, fora do núcleo urbano de Rosana.
O município ocupa uma área de aproximadamente 741 km² e apresenta área urbana heterogênea,
alternando terrenos vazios e áreas densamente construídas, porém sem a existência de edificações acima de dois
pavimentos. A circulação de pessoas e veículos é pequena e não apresenta pavimentação em todas as ruas,
principalmente nos bairros periféricos. O entorno da cidade apresenta áreas tipicamente rurais com a presença de
pastagens, áreas agricultáveis com pouca vegetação original e os rios Paraná e Paranapanema.
PARQUE ESTADUAL DO MORRO DO DIABO
O Parque Estadual do Morro do Diabo localiza-se no extremo oeste paulista e pertence à cidade de
Teodoro Sampaio. Fica a 680 km de São Paulo, Capital, a 120 km de Presidente Prudente e a 11 km de
Teodoro Sampaio.
Com uma superfície de 33.845,33 ha o parque guarda a última grande área de floresta tropical, uma
vegetação que um dia já cobriu grande parte do território paulista.
As características do solo, da fauna e da flora representam os ecossistemas originais da região antes da
ocupação desordenada e o desmatamento causado pelo homem. A Sede do Parque está localizada a 255m de
altitude. Nesse ponto foi instalada a estação meteorológica automática onde foram obtidos os dados referentes à
área rural do oeste do estado.
O CLIMA URBANO E O CONFORTO TÉRMICO
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Quando as atividades humanas passaram a se concentrar cada vez mais nos centros urbanos,
percebeu-se que as paisagens naturais foram sendo transformadas por ações antrópicas ao longo do tempo
modificando o ambiente e também as características da atmosfera.
O aumento do número de veículos, de indústrias, de construções, a pavimentação utilizada (como asfalto
e concreto) e a diminuição das áreas verdes modificam o clima local, e esse passa a ser chamado de clima
urbano.
O clima urbano é um sistema que inter-relaciona o clima de um local juntamente com o processo de
urbanização ocorrido nesta mesma área. Segundo Conti (1998, p. 43) “o mecanismo do clima urbano pode ser
entendido se a cidade for considerada um sistema aberto por onde circulam fluxos de energia, sofrendo
processos de absorção, difusão e reflexão”.
Os estudos pioneiros sobre clima urbano foram realizados na cidade de Londres, na Inglaterra, em 1661.
Nesse estudo foi constatado que a poluição produzida pela queima de carvão provocava alterações na
temperatura da cidade. Após a Primeira Revolução Industrial foram constatadas modificações no clima da
cidade, devido à urbanização e à concentração de poluentes na atmosfera. Segundo Monteiro (1976, p.100)
“Poluição do ar, ilha de calor, inundações no espaço urbano, dentre outras formas, assumem destaque nos climas
urbanos, refletindo, com isso, peculiaridades do clima da cidade”.
Após a 2ª Guerra Mundial, ocorreu um crescimento das áreas metropolitanas e o aumento da
industrialização. A partir daí, intensificaram-se os estudos sobre clima urbano, tornando evidente a contaminação
da atmosfera das cidades.
A urbanização provoca modificações no clima local e segundo Ayoade (1986, p.300) “O maior impacto
do homem sobre o clima acontece nas áreas urbanas. O homem tem exercido um impacto tão grande nessas
áreas que o clima urbano é bastante distinto, por suas características, do clima das áreas rurais circundantes”.
Monteiro (1976) propôs o sistema clima urbano para o estudo do clima da cidade, devendo-se
considerá-la como um sistema aberto, complexo e possivelmente auto-regulável. Neste trabalho sugeriu a
abordagem sistêmica do clima urbano, mediante os canais da percepção humana, sendo eles: o canal do conforto
térmico (subsistema termodinâmico), o canal da qualidade do ar (subsistema físico-químico) e o canal dos
impactos meteóricos (subsistema hidrometeórico).
No presente estudo foi priorizado o estudo do conforto térmico em cidade de pequeno porte. Com o
crescimento das cidades, a intervenção humana acaba alterando as condições climáticas locais, desta forma é
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observado o clima urbano, mas quando se faz referência à qualidade de vida dos habitantes desses centros
urbanos, verifica-se o conforto térmico.
Os primeiros estudos sobre a influência do conforto térmico no rendimento do trabalho ocorreram em
1916, em Winslow, desenvolvida pela A.S.H.R.A.E. (American Society of Heating Refrigeration and Air
condicitioning), com o intuito de diagnosticar qual o rendimento do trabalhador operário e dos soldados, em
condições adversas de clima. (FROTA & SCHIFFER, 2003).
Anteriormente Herrington havia encontrado resultados sobre o conforto térmico, para o trabalhador
físico, quando a temperatura sofre um aumento de 20ºC para 24ºC o seu rendimento é reduzido em 15%, e se a
temperatura for de 30ºC e a umidade relativa de 80%, o rendimento do trabalhador pode reduzir 28%. (FROTA
& SCHIFFER, 2003).
Na Inglaterra, Bedford & Vernon em 1922, realizaram estudos demonstrando que os trabalhadores das
minas de carvão perdiam até 41% do seu rendimento habitual de trabalho quando a temperatura efetiva do local
chegava a 27ºC, em comparação com a temperatura efetiva de 19ºC.
Segundo Vicente (2005), no final do século XIX, ocorreram as primeiras aplicações do conforto no
Brasil, através da determinação de códigos de obras e diretrizes construtivas da cidade.
Quando Monteiro (1976) propôs o Sistema Clima Urbano (S.C.U.), e mediante a isso articulou os canais
de percepção, sendo um deles o conforto térmico, instituiu que esse subsistema é de grande importância quando
pensamos em urbanização, pois esse canal “é transformado na cidade e pressupõe uma produção fundamental no
balanço de energia líquida atuante no sistema” (MONTEIRO, 1976, p. 126).
A inexistência de um planejamento urbano voltado ao meio ambiente e visando apenas os interesses
econômicos, os centros urbanos estão cada vez mais suscetíveis ao desconforto térmico. “Antes de degradar o
ambiente natural, muitas sociedades humanas, em suas relações econômicas e mesmo sociais, degradam o
próprio homem, o que se reflete, sobretudo na cidade” (MONTEIRO, 1976, p.119).
O conforto térmico é obtido mediante a interação de um complexo conjunto de fatores objetivos, como
os elementos do clima (temperatura do ar, umidade relativa, direção e velocidade do vento e radiação), a
vestimenta, a idade do indivíduo, e outros fatores de caráter subjetivo como a aclimatação, a forma e o volume
do corpo, a cor, o metabolismo etc.. A interação destes parâmetros quando produz sensações térmicas
agradáveis, é denominada a zona de conforto, e quando essas sensações são desagradáveis é denominada a zona
de desconforto térmico.
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Para se obter a zona de conforto térmico são utilizados alguns índices de conforto, e estes por sua vez
podem ser classificados da seguinte forma: índices biofísicos, índices fisiológicos e índices subjetivos.
Existem muitos índices de conforto térmico, mas para este artigo foi utilizados o Índice de Temperatura
Efetiva de Thom (1959).
A Temperatura Efetiva de Thom é um índice subjetivo, e é definido através da fórmula TE = 0,4 (Td +
Tw) + 4,8. Quando esta fórmula é utilizada e o resultado obtido for igual ou menor que 18,9 ºC, este índice é
considerado como desconfortável, havendo assim um stress ao frio, e quando o resultado for igual ou maior que
25,6 ºC, este índice também será considerado como desconfortável, mas, agora havendo um stress ao calor. O
intervalo entre 18,9 ºC e 25,6 ºC é considerado como uma zona de conforto térmico. Nesta pesquisa os valores
encontrados a partir da fórmula proposta por Thom (1959) foram agrupados em forma de tabela tanto para a
área urbana quanto para a área rural (figura 1) que representam as sensações térmicas. Foram utilizadas cores
para se identificar com maior facilidade as zonas de conforto ou desconforto térmico. A cor azul foi definida para
representar o stress ao frio, a cor vermelha para definir o stress ao calor e a cor verde para demonstrar a zona
de conforto térmico.
Figura 1 – Temperatura Efetiva de THOM na áreas urbana de Rosana e na Sede do Parque Estadual do Morro
do Diabo (respectivamente), no mês de agosto de 2007.
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Organização: Cascioli e Pessanha, 2010.
CONCLUSÕES
Com o crescimento dos centros urbanos nos últimos séculos as paisagens naturais foram sendo
modificadas devido às ações antrópicas. Dentro das mudanças percebidas no meio ambiente, observa-se que as
características climáticas estão se alterando, tanto no meio rural como no meio urbano. Vários estudos mostraram
que esse crescimento desordenado está trazendo mudança para a qualidade de vida e ambiental de diversas
regiões do planeta.
De acordo com Sant’Ana Neto (2002, p. 10-12) “as condições climáticas existentes nas grandes áreas
densamente urbanizadas são totalmente diferentes das áreas rurais circunvizinhas” [...] “não são apenas as
grandes metrópoles que tem sofrido modificações em seus climas locais. Estudos recentes demonstram que
mesmo em cidades de pequeno porte, já há índicos de alterações no comportamento da temperatura, da
umidade relativa e de outros elementos que caracterizam os climas urbanos”.
Mesmo Rosana sendo uma cidade de pequeno porte apresenta especificidades climáticas com zonas de
desconforto térmico em relação ao ambiente rural estudado, especialmente nos horários de maior incidência dos
raios solares e de maior aquecimento diurno.
A metodologia utilizada nesta pesquisa, Temperatura Efetiva de Thom (1959), mostrou que os horários
diurnos, compreendidos por 13h, 15h e 17h, apresentaram mais zonas de desconforto térmico para o calor em
relação aos demais horários de coleta de dados, sendo que essa faixa onde se verifica o desconforto também se
ampliou para às 11h e às 19h. Outro aspecto também observado diz respeito às temperaturas nos períodos da
madrugada, matutino e noturno, quando foram registradas as menores temperaturas na Sede do Parque Estadual
do Morro do Diabo, por possuir no seu entorno, significativa quantidade de vegetação arbórea.
Desta forma, podemos verificar que a área rural apresentou suas zonas de conforto e desconforto térmico
mais associado à ação dos diferentes sistemas atmosféricos que atuaram na região. Por se tratar de um mês
representativo do inverno (agosto de 2007), em muitos horários, especialmente a partir das 21h até as 7h, foram
registrados, na maioria dos dias, situações de desconforto térmico para o frio no ambiente rural, enquanto na área
urbana, a situação foi de conforto. Assim, verificou-se que a área urbana mostrou-se menos dependente dos
sistemas atmosféricos regionais, gerando seu clima urbano. Tal fato decorre das práticas adotadas nos centros
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urbanos que acabam por alterar as condições naturais encontradas anteriormente no local. Este fato resultados
materiais construtivos utilizados nas edificações e de algumas práticas adotas na cidade, como o tipo de
pavimentação de vias públicas, tamanho dos lotes e o corte de árvores.
Os estudos prosseguirão para se analisar como os dois ambientes se apresentaram em outras situações
sinóticas, especialmente àquelas decorrentes de sistemas que resultam em temperaturas elevadas na região e que
naturalmente geram desconforto térmico para o calor tanto no ambiente rural, mas especialmente nos ambientes
urbanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, Margarete Cristiane de Costa Trindade. O Clima urbano de Presidente Prudente/SP. Tese
(doutorado) FFLCH-USP, 2000.
AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. Anais XII Simpósio brasileiro de geografia física
aplicada. UFRN, Natal. 2007
BARRIOS, Neide Aparecida Zamuner. SANT’ANNA NETO, João Lima. Boletim climatológico nº 1 –
Estação Meteorológica da FCT/UNESP – Presidente Prudente, SP – Brasil, 1996.
CONTI, José Bueno. Clima e Meio Ambiente. São Paulo: Atual, 1998, 87p.
FROTA, A.B. SCHIFFER, S. R. Manual do conforto térmico. São Paulo: Studio Nobel, 2003.
MONTEIRO, Carlos A. F.. Teoria e Clima Urbano. (Tese de Livre Docência apresentada ao Departamento
de Geografia/FFLCH-USP). São Paulo, 1976.
MONTEIRO, Carlos A.F. MENDONÇA, Francisco. Clima urbano, São Paulo: Contexto, 2003.
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