ATUALIDADES AULA Nº 13 – PROF. GIBA OCDE APONTA

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ATUALIDADES AULA Nº 13 – PROF. GIBA
OCDE APONTA AUMENTO DE ABISMO ENTRE POBRES E RICOS NA EUROPA
Estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico constata que crise
econômica intensificou desigualdade social. Medidas de austeridade podem acirrar o problema
por Deutsche Welle — publicado 16/05/2013 16:24
Angelo González/Flickr
Estudo constata que crise econômica intensificou a desigualdade social
O abismo entre pobres e ricos não cresce somente desde a crise econômica e financeira global.
Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no entanto, a
crise econômica e financeira intensificou essa tendência. Segundo o estudo divulgado nesta
semana em Berlim, a desigualdade da renda bruta nos países da OCDE aumentou mais
intensamente entre 2008 e 2010 do que nos 12 anos anteriores – ao menos na maioria dos
países, afirmou o especialista da OCDE Michael Förster, em entrevista à Deutsche Welle.
A Alemanha está entre as exceções. No país, não só as diferenças de renda são menores do que
a média da OCDE: segundo Förster, nos três primeiros anos da crise, a renda bruta também
cresceu, tanto entre os altos assalariados, como entre os de média e baixa renda – ainda que
apenas marginalmente.
Uma razão para isso seria a moderação dos sindicatos nas negociações coletivas. "Nos anos
anteriores à crise, de 2000 a 2005, houve na Alemanha um aumento extremo da desigualdade
salarial, com um número cada vez maior de empregos precários. Porém o ápice foi atingido em
2005/2006. Os empregos criados desde então são, em grande parte, regulares, sujeitos às
normas de seguridade social."
Além disso, como nação exportadora, a Alemanha se beneficiou da fraqueza do euro, prossegue
Förster. Ela permite, por exemplo, que muitas empresas ofereçam seus produtos mais barato do
que a concorrência.
Mas nem por isso a Alemanha está livre da pobreza. Segundo o estudo da OCDE, em 2010 ela
atingia 9% dos alemães. Isso coloca o país num campo intermediário, abaixo da média da OCDE
de cerca de 11%.
Pobreza relativa ou absoluta
Mas: o que é exatamente pobreza? Nos estudos, isso é geralmente definido por uma determinada
renda. Quem estiver abaixo desse rendimento, é considerado pobre. A OCDE tomou como padrão
o salário médio de cada um dos diferentes países. Como esse valor está em mudança constante,
e, portanto, também o limite de pobreza, fala-se então de "pobreza relativa".
Seguindo essa definição, nos anos da crise econômico-financeira houve somente um leve
aumento na porcentagem de pobres nos Estados da OCDE. Por isso, o especialista Förster
considera mais significativos os dados da pobreza absoluta.
Para tal, considera-se como limite de pobreza a renda média de um país a partir de um
determinado ano – no presente caso, 2005 – e se observa que porcentagem da população desceu
abaixo desse limite nos anos de crise. Particularmente afetados foram a Itália, a Espanha e a
Grécia. Ou seja, países altamente endividados, cuja política de austeridade econômica também
afetou duramente a população.
Jovens têm preocupações financeiras
Nos países em crise, mas não apenas neles, prossegue Förster, são sobretudo os mais jovens a
reclamar de falta de dinheiro. Também neste ponto a Alemanha é uma exceção, por garantir
postos de trabalho a grande parte de sua população jovem.
"Mas na maior parte dos países europeus, jovens e famílias jovens com crianças perderam uma
boa parcela de renda", diz o especialista da OCDE. Em comparação, os cidadãos acima de 60
anos registraram menos perdas.
Para Förster, as fórmulas para uma solução se encontram sobretudo na política educacional, uma
vez que está constatado que um nível educacional alto da população garante que o abismo entre
os de alta e baixa renda não se torne tão pronunciado.
Christoph Schröder, do Instituto da Economia Alemã (IW) em Colônia, tem opinião semelhante, e
acredita, além disso, que deveria haver mais ofertas de cuidado em tempo integral para as
crianças, a fim de que, justamente, os pais e mães solteiros possam combinar melhor trabalho e
família.
"Mais benefícios não é solução"
Nem Förster nem Schröder acreditam que um acréscimo dos benefícios sociais possa tirar as
pessoas da miséria e cerrar o abismo entre pobres e ricos. "Não procede que haja menos pobreza
nos países com maior redistribuição de renda", comentou Schröder à Deutsche Welle.
No início da crise, os sistemas de seguridade social poderiam ter absorvido alguns encargos,
complementa Förster. Mas agora é hora de os políticos entrarem em ação. E, entre outras coisas,
eles devem lançar um olhar crítico sobre a própria política de austeridade econômica, caso
contrário o abismo entre ricos e pobres se tornará ainda mais extremo. Porém, acima de tudo, as
medidas de economia não devem ser empreendidas em detrimento dos mais pobres.
TESTES DE VESTIBULARES
01) Marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
A crise econômica que atinge a União Europeia (UE), rescaldo da crise mundial de 2008,
provocou a desvalorização do euro no mercado internacional e ameaça a sobrevivência da
moeda.
Entre as consequências do quadro apresentado, pode-se destacar
(___) o aumento do valor dos imóveis na Irlanda, criando o que os economistas chamam de
“bolha”.
(___) a redução forçada da importação de minérios pela Espanha, país que não dispõe de
recursos minerais, comprometendo sua economia.
(___) a impossibilidade de a Grécia lidar com os gastos públicos elevados e com o endividamento
do Estado.
(___) a reformulação do sistema previdenciário francês, que provocou protestos violentos da
população.
(___) a eliminação de numerosos postos de trabalho pelo governo português, que também proibiu
a contratação de mão de obra estrangeira e a imigração de pessoas oriundas do Cone Sul.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
A) F F V V F
B) V V F V V
C) V V V F F
D) F V F V F
E) V F V F F
02) A analisada sobre várias perspectivas. A estrutura supranacional criada no pós-guerra, que
reuniu a gênese da Comunidade Europeia para ampliar o espaço geoeconômico do mercado
comum, parece arruinada, apesar da União Europeia (UE) constituir hoje um bloco comunitário de
relevância no cenário internacional. Considerando seus conhecimentos sobre a gênese da
Comunidade Europeia que se transformou na atual União Europeia (UE), associado ao atual
processo de crise que atinge a zona do euro, são feitas as seguintes observações:
I) A integração econômica surgiu no pós-guerra como elemento chave para a reconstrução da
Europa Ocidental, envolvendo França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Holanda e
Luxemburgo, com a criação da Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA) em 1952.
II) Em 1957, o Tratado de Roma estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a
Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom).
III) Posteriormente, em 1967, CECA, CEE e Euratom se fundem, constituindo a Comunidade
Europeia e iniciando a trajetória que eliminaria as restrições relacionadas à circulação de pessoas,
capitais, mercadorias e serviços como prioridades à oficialização do mercado comum
supranacional.
IV) O Tratado de Maastricht, assinado em 1992, oficializou a criação da União Europeia (UE),
sucessora da Comunidade Econômica Europeia e determinou a restrição à entrada de novos
países membros, iniciando o processo de retração do bloco quanto a futuras adesões.
V) A crise europeia envolve, entre outras razões, a baixa sincronia existente entre os elementos
político-institucional e econômico-financeiro na estrutura do bloco, associadas ao descontrole das
contas públicas de algumas nações da zona do euro.
VI) Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - que formam o chamado grupo dos PIIGS - são
países que se encontram em posição delicada dentro da zona do euro, pois atuaram de forma
mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente.
Das afirmações acima, estão corretas
A) Todas
B) I, II e III, apenas.
C) II, III, IV e V, apenas.
D) I, II, III, V e VI, apenas.
E) I, III, IV e VI, apenas.
03) Leia o texto a seguir.
OCDE: EMERGENTES TERÃO 60% DO PIB MUNDIAL ATÉ 2030
Relatório da organização mostra uma transformação da riqueza global que vem acontecendo nos
últimos 20 anos.
Paris - Em 2030, quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo estará concentrado nos
países em desenvolvimento, como resultado de uma "transformação estrutural de importância
histórica" na economia mundial, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE) em um relatório divulgado nesta quarta-feira.
Em 2000, os países que não integram a OCDE (atualmente formada por 34 países)
representavam 40% da produção mundial, mas em 2030 concentrarão 57%, segundo o estudo,
intitulado "Perspectivas sobre o desenvolvimento mundial 2010: riqueza em transformação".
O informe assinala que "o rápido crescimento das economias emergentes levou a uma
recomendação do poder econômico" e deu lugar a uma "nova geografia do crescimento mundial"
e indica que "a crise financeira e econômica acelerou esta transformação estrutura da economia".
"As previsões sugerem que os países em desenvolvimento e os emergentes representarão quase
60% do PIB mundial em 2030", afirma a primeira edição deste informe anual.
Exemplo dessa "transformação estrutural" que foi acontecendo nos últimos 20 anos é o caso da
China, enfatiza a OCDE, país que, em 2009, se converteu no principal sócio comercial do Brasil,
Índia e África do Sul.
"O centro de gravidade econômico do planeta se deslocou para o Oriente e o Sul; de membros da
OCDE a economias emergentes", afirma o documento, que classifica o fenômeno de "riqueza em
transformação".
Disponível em <http://portalexame.abril.com.br/economia>. Acesso em 16 Nov. 2010 [Texto
adaptado]
Considerando as informações trazidas pelo texto e as transformações ocorridas nos últimos anos
no quadro da economia mundial, assinale a alternativa correta.
A) Os dados dos últimos 20 anos mostram que há uma tendência à manutenção da hegemonia do
poder econômico nos países centrais que comandam a OCDE.
B) A economia mundial está passando por um conjunto de transformações que não alterarão a
composição do cenário mundial, que continuará sob a hegemonia dos países centrais.
C) O conjunto de mudanças ocorridas na economia mundial aponta transformações em relação ao
papel e à importância dos países em desenvolvimento e emergentes neste cenário para os
próximos anos.
D) O poder econômico mundial está centralizado nos países do norte, e isso tem impedido a
ascensão dos países em desenvolvimento e emergentes no quadro da economia mundial.
E) As previsões da OCDE mostram que a ascensão dos países emergentes na economia mundial
propiciará a eliminação das desigualdades sociais nos países do Oriente e Sul do globo terrestre.
04) O continente europeu vem passando por uma crise econômica que afeta vários países, entre
eles, Portugal, Grécia e Espanha, gerando conflitos internos e instabilidades políticas. Embora
essa crise seja problemática para o continente, há ainda países com economias diversificadas que
apresentam Produto Interno Bruto (PIB) entre os maiores do mundo.
Considerando o país europeu de maior PIB e a relação desse índice com o seu desenvolvimento
econômico, é correto afirmar:
A) A Alemanha possui uma economia fortemente industrializada, sendo um grande exportador de
produtos manufaturados.
B) A Suíça possui uma economia baseada na tecnologia de precisão, sendo também um grande
exportador de produtos agrícolas.
C) A Noruega possui uma economia diversificada, baseada na construção de navios e na
exportação de produtos de origem marinha.
D) A Dinamarca possui uma economia fortemente centrada em produtos agroindustriais, sendo
também exportadora de produtos manufaturados.
E) A Hungria possui a economia mais diversificada do leste europeu, sendo produtora e
exportadora de manufaturados e agroindustriais.
GABARITO AULA Nº 12
01) B
02) C
03) C
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