CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM MULHERES ADULTO JOVEM

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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM MULHERES ADULTO JOVEM E SEUS
FATORES DETERMINANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Milena Andrade Oliveira Durães1
Siralda Tais Ferreira dos Santos2
RESUMO: As mulheres jovens adultas apresentam condições peculiares que condicionam os
riscos para câncer do colo uterino, tendo como fatores determinantes para esta realidade o
HPV (Papilomavirus humano), a idade, comportamento sexual, tabagismo, contracepção, com
destaque para os socioeconômicos. O presente estudo teve como objetivo produzir um
consolidado sobre os fatores determinantes para o cancer do colo do utero em mulheres adulto
jovens, com base em estudos nacionais publicados nos últimos dez anos (1999-2011). Foram
selecionados 26 artigos nas bases de dados BIREME, LILACS, SciELO e no site de busca
Google Acadêmico, sendo que deste foram utilizados 15 artigos que atendiam ao critério de
pesquisa. Foram excluídos os artigos que apresentaram duplicidades e os sem resumos. Nos
resultados foram identificadas características de faixa etária, escolaridade, frequência à
consulta médica e intervalo de realização do exame preventivo. Os achados mostram que as
mulheres ainda apresentam dificuldade em considerar a importância do pré-câncer para
detecção precoce e prevenção do câncer de colo uterino. No grupo etário de 31 – 49 anos, a
idade na menopausa e tabagismo atual foram fatores de risco independentes. Este estudo é
apenas um recorte, com o intuito de contribuir para a reflexão da realidade do grande numero
de mulheres comprometidas pelo câncer de colo uterino. Trata-se de um tema de interesse da
saúde pública, das várias áreas do conhecimento e da sociedade em geral.
Palavras-chave: Neoplasia do colo do útero, mulheres jovens, câncer, fatores determinantes.
ABSTRACT: The young adult women have unique conditions that affect the risk for cervical
cancer, with the determining factors for this reality HPV (human papillomavirus), age, sexual
behavior, smoking, contraception, especially the socioeconomic. The present study aimed to
produce a consolidated report on the determining factors for cancer of the cervix of the uterus
in young adult women, based on national studies published over the last ten years (19991
Graduada em enfermagem pela Universidade Catolica do Salvador. Trabalho de Conclusão de Curso da pós
graduação pela Atualiza, no primeiro semestre de 2012.
2
Graduada em enfermagem pela Faculdade São Salvador. Trabalho de Conclusão de Curso da pós graduação
pela Atualiza, no primeiro semestre de 2012.
2
2011). A total of 26 articles in the databases of BIREME, LILACS, SciELO and search
engine Google Scholar, and this was used 15 articles that met the search criteria. We excluded
studies that showed no duplications and abstracts. The results have been identified
characteristics of age, education, medical attendance and completion of the interval of
screening. The findings show that women still find it difficult to consider the importance of
pre-cancer early detection and prevention of cervical cancer. In the age group 31-49 years,
age at menopause and current smoking were independent risk factors. This study is just a cut,
in order to contribute to the reflection of the reality of large numbers of women committed by
cervical cancer. This is a topic of interest of public health, the various areas of knowledge and
society in general.
Keywords: Cervical Neoplastic, young women, cancer, factors.
1 INTRODUÇÃO
A evolução do câncer do colo do útero, na maioria dos casos, se dá de forma lenta,
passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Dentre todos os tipos de câncer, é o que
apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura. Seu pico de incidência situa-se
entre mulheres de 40 a 60 anos de idade, e apenas uma pequena porcentagem, naquelas com
menos de 30 anos (NASCIMENTO et al,2005).
No Brasil estima-se 17.540 novos casos para este tipo de câncer no ano de 2012, que são
válidos também para 2013, com um risco estimado de 17 casos para cada 100 mil mulheres.
Sendo que a distribuição de novos casos, de acordo com a localização primária revela-se
heterogênea entre os estados e capitais brasileiras. De maneira geral o câncer do colo do útero
é mais incidente na região Norte, nas regiões Centro-Oeste e Nordeste ocupa o segundo lugar
mais frequente, na região Sudeste a terceira e na região Sul na quarta (INCA 2012).
Estudos revelam que as taxas de mortalidade do câncer uterino, ainda que baixas
continuam em lugar de destaque como causa de óbitos.Percebeu-se que sua incidência é duas
vezes maior em países menos desenvolvidos quando comparada aos desenvolvidos,assim
como a taxa de mortalidade é maior em países em desenvolvimento.Verificou-se também que
as taxas de incidência manifestam-se a partir da faixa etária de 20 a 29 anos aumentando seu
risco até atingir seu pico etário entre 50 e 60 anos (INCA,2012).
3
Em outro estudo observou-se que cerca de 30 a 71% dos carcinomas in situ não tratados
evoluem para a invasão em 10 anos, assim o diagnóstico das neoplasias pré-invasivas se faz
em torno dos 20 aos 30 anos sendo seu pico de incidência entre 25 e 40 anos, já o carcinoma
invasor entre 48 e 55 anos (INCA 2012; MURTA, 1999; SOARES, et al 2010).
Estas mulheres, uma vez doentes, ocupam leitos hospitalares, o que compromete seus
papéis no mercado de trabalho e as priva do convívio familiar, acarretando um prejuízo social
considerável, evidenciando dessa maneira falhas do sistema de saúde em prover uma
assistência de qualidade (BRENA et al,2001)
As células displásicas são caracterizadas por lesões precoces localizadas na superfície do
epitélio cervical. Já as lesões pré-invasivas recebem o nome de Neoplasias Intraepiteliais
Cervicais (NIC) e são classificadas em nível I,II e III.A NIC I é definida como lesão de baixo
grau e o NIC II e III como lesões de alto grau (SILVA,2008 apud Kurman;Solomon,1994).
Os programas de detecção e prevenção do câncer do colo uterino são considerados de
baixo custo, tendo em vista que a relação entre o benefício e o custo é nitidamente vantajosa,
pois a doença, quando detectada precocemente, apresenta alto índice de cura. Ainda
sim,verificou-se que esses programas não estão sendo suficientes para minimizar o aumento
de casos novos dessa neoplasia especifica,atribuindo a isso a baixa adesão da população
feminina (HACKENHAR; CESAR; DOMINGUES, 2006).
O diagnóstico do câncer do colo de útero traz consigo inúmeras repercussões na vida da
mulher e de seus familiares, com conseqüências nas dimensões biopsico-espirituais da
mulher, em que todos eles vivenciam diferentes formas para enfrentar a situação e
respondendo negativamente a questões como o temor da morte. Além disso, há um
comprometimento do bem-estar e da qualidade de vida causado pelas alterações físicas
(OLIVEIRA; FERNANDES; GALVÃO, 2005).
Percebendo ultimamente o aumento no número de casos de câncer no colo do útero em
adultos jovens, visto nas estatísticas apresentadas, ainda nesse grupo supracitado, o câncer
está associado a fatores de risco que contribuem para a baixa auto-estima e discriminação
social, oportunizando, assim, complicações emocionais.
Considerando a dificuldade da detecção precoce deste câncer e do inicio do tratamento
deste, que tem altos índices de insucessos, torna-se fundamental a identificação de estratégias
efetivas, como também a sua prevenção. Nesse sentido, a identificação dos fatores
4
determinantes que levam ao câncer em mulheres jovens muitas vezes é prevenido por uma
proposta de caráter simples e sem efeitos colaterais (SIQUEIRA; MONTEIRO, 2007).
Esta pesquisa poderá contribuir com informações para a assistência de enfermagem em
saúde da mulher, contribuindo com a detecção precoce, aplicando a promoção e prevenção em
jovens que buscam serviços de saúde da mulher, de modo a ampliar orientações sobre a
importância do acompanhamento semestral ou anual na periodicidade do exame ginecológico,
ratificando o papel da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e sexo desprotegido,
bem como seus demais riscos.
2 MÉTODO
Foi realizada uma pesquisa qualitativa, através de revisão sistemática da literatura, com o
objetivo de produzir um consolidado sobre os fatores determinantes para o cancer do colo do
utero em mulheres jovens adultas.
O levantamento bibliográfico foi realizado mediante a identificação e seleção dos artigos
sobre o tema proposto, publicados em língua nacional, nos últimos dez anos (1999-2011), nas
bases de dados eletrônicos LILACS (Literatura Latinoamericana em Crônicas de Saúde),
SciELO (Scientific Electronic Library Online), através da BIREME (Centro Latino
Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) e do site de busca Google
Acadêmico. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: neoplasia do colo do útero,
mulheres jovens, câncer, fatores determinantes.
A partir do levantamento bibliográfico
referido, foram selecionados 16 artigos que contemplaram a pergunta de investigação.
Buscou-se analisar os conteúdos respeitando o ponto de vista de cada autor, sem aferir
interpretações pessoais ou preconcebidas, identificando pontos de consonância e discordância
entre os estudos, a fim de amadurecer a compreensão e complexidade do tema abordado.
Os resultados foram apresentados utilizando-se de quadro representativo, confeccionado
no programa Microsoft Office, e da descrição dos achados dos estudos relacionados aos
objetivos propostos. Foram feitas as considerações finais.
Os aspectos éticos estão contemplados no Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem no que se refere ao ensino, pesquisa e produção técnico-científica. Com respeito
às responsabilidades e deveres, “respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem
como os direitos autorais no processo de pesquisa, especialmente na divulgação dos seus
resultados” (Art. 91), “disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade científica e
5
sociedade em geral” (Art. 92) e “promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais
da profissão no ensino, na pesquisa e produção técnico-científica” (Art. 93).
3 RESULTADOS
PAPANICOLAU
A prevenção do câncer do colo do útero acontece por meio de planejamento de ações
técnicas, principalmente pela realização de exames nos quais permitem o diagnóstico precoce
da doença, entre eles destaca-se o papanicolau (SOARES et al,2010).
O exame papanicolau é um procedimento técnico implantado através de um estudo
realizado em 1943 por Papanicolau e Traut que demonstrou ser possível detectar células
neoplásicas através do esfregaço vaginal. No Brasil essa técnica foi introduzida na década de
70, e até os dias atuais é considerado um dos métodos de rastreamento do câncer cervico –
uterino mais efetivo, por ser rápido e de baixo custo, e que detecta lesões pré- neoplásicas e
neoplásicas (BRENNA et al,2001;MARTINS;THULER;VALENTE,2005).
Estudos revelaram que mulheres que não realizam ou nunca realizaram esse exame
desenvolvem a doença com maior freqüência e que em diferentes países tem ocorrido a
redução da incidência e mortalidade por essa neoplasia após a introdução de programas de
rastreamento (ALBUQUERQUE et al,2009).
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) declara que o Brasil foi um dos primeiros países a
introduzir o exame de papanicolau como método de detecção precoce da neoplasia cervico –
uterina. Obedecendo as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que propõe a
realização do papanicolau a cada três anos, após dois exames anuais negativos
consecutivamente em mulheres com a faixa etária de 25 -59 anos ou que iniciaram sua
atividade sexual, o país vem adotando estratégias para minimizar as taxas de morbimortalidade do câncer uterino através de campanhas nacionais, como o programa Viva a
Mulher. No entanto, apesar dos esforços para minimizar o número de casos de neoplasia do
colo do útero, eles não estão sendo suficientes, sinalizando possíveis deficiências na oferta,
acesso e qualidade da assistência (OLIVEIRA et al,2005;ALBUQUERQUE et al,2009).
6
Estudos realizados em vários estados do Brasil para determinar a cobertura do
Papanicolau revelaram que mulheres pertencentes a faixas etárias mais jovens e as de mais
idade foram as que menos realizaram o exame de Papanicolau, assim verificou-se que
mulheres que mais poderiam se beneficiar com exame são as que menos o realizam, o que em
parte, pode explicar o diagnóstico tardio e a manutenção da morbi-mortalidade
(ALBUQUERQUE et al,2009).
HPV (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)
A infecção por papilomavirus humano (HPV) é considerado um dos principais fatores de
risco para o desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero. A
relação entre o HPV e o câncer do colo do útero é cerca de 10 a 20 vezes maior que o
tabagismo e o câncer de pulmão (ROSA et al,2009).
O HPV contém um DNA de dupla fita circular composto por aproximadamente 8 mil
pares de bases.Foram identificados mais de 90 tipos diferentes de HPV e mais de 20 deles tem
tropismo pelo trato genital e inferior. Dentre esses os tipos 16,18,31 e 45 são apontados como
os principais responsáveis pela freqüência do câncer cérvico uterino.O tipo 16 é apontado
em diversos estudos como o responsável pela metade dos casos de câncer cervical mundial
(ROSA et al,2009;SILVA,2008).
Ao entrar em contato com o tecido epitelial cervical normal decorrente de uma lesão na
zona de transformação do epitélio escamoso ele induz uma resposta local e sistêmica,
introduzindo na célula hospedeira o seu DNA ocasionando diversas mutações que se
acumulam e que podem progredir para a malignidade. A resposta celular local vai refletir a
capacidade de produção de anticorpos pelas células de Langerhans, como primeira linha de
defesa (RAMA et al,2006;SILVA,2008).
IDADE
Em um estudo realizado no acre revelou uma freqüência elevada de lesões préneoplásicas em mulheres com idade inferior aos 40 anos, principalmente em adolescentes que
aparentam ser mais predispostas aos riscos associados à carcinogênese uterina (DUARTE et
al,2011).
7
A adolescência é um período de descobertas no âmbito sexual, implicando assim na
exposição a fatores de risco, acabando por estender a vida adulta problemas e complicações
da esfera sexual, considerados co-fator etiológico do câncer cervical (NASCIMENTO et
al,2005).
A precocidade da atividade sexual, ou seja, aquela realizada antes dos 18 anos está
diretamente ligada ao aumento do risco do câncer uterino, época em que os hormônios não se
estabilizaram e a cérvice não está completamente formada, isso porque a zona de
transformação do epitélio cervical é mais proliferativa durante a puberdade e a
adolescência,sendo assim mais susceptíveis a fatores de risco associados a neoplasia
(DUARTE et al,2011;NASCIMENTO et al,2005).
O sucesso do rastreamento de lesões pré-invasivas é algo imprescindível nesta fase da
vida, o que possibilita a redução da morbi-mortalidade por câncer uterino.
Comportamento sexual
Estudos revelaram que a multiplicidade de parceiros aumenta a probabilidade de câncer
cervical, isso porque a parceria sexual múltipla aumentaria a exposição a agentes transmitidos
sexualmente. Em números observou-se que o risco seria de 1,55 para mulheres com apenas
um parceiro sexual e de 7,53 se as mesmas tivessem 6 ou mais (NETO,1991;MURTA et
al,1999).
A idade precoce da primeira relação sexual pode significar um epitélio cervical mais
susceptível a agressão oncogênica, assim esta mulher teria um risco relativo de 2,27 vezes
maior
que
aquela
que
iniciou
sua
atividade
sexual
um
pouco
mais
velha
(NETO,1991;MURTA et al 1999;LEAL et al,2003).
Tabagismo
Observou-se em extensas revisões que o tabagismo aumenta o risco de câncer cervical e
esses autores sugerem assim duas principais hipóteses para possíveis mecanismos biológicos
que estariam relacionados ao fumo e o câncer uterino: um seria o efeito carcinogênico de
substâncias que compõem o cigarro e que são excretadas no muco cervical e o outro seria
possíveis efeitos imunosupressivos (NETO, 1991).
8
Os níveis de nicotina no plasma ao serem comparadas com o muco cervical de pacientes
com neoplasia intraepitelial cervical apresentaram níveis muito maiores que aqueles
encontrados no plasma sanguíneo (NETO, 1991).
Outros autores concluiram que havia uma diminuição da vigilância imunitária local e
relataram que o tabagismo está associado ao decréscimo significativo de células de Langerhan
tanto no epitélio normal quanto em lesões intraepiteliais cervicais, que de outra maneira
necessitaria de um tempo mais longo para ter impacto sobre o risco de câncer uterino. Além
disso, encontram uma relação dose-resposta entre o número de cigarros consumidos
diariamente e a quantidades de células de Langerhan encontradas (LEAL et al,2003).
Contracepção
A contracepção hormonal por tempo prolongado oferece um risco aumentado para o
câncer uterino, o que em números representa um risco relativo de 1,84 (NETO, 1991).
A explicação encontrada pelos estudiosos do tema para esse risco considerável é que o
efeito progestional da pílula poderia suprimir o processo de maturação normal do epitélio
cervical o qual poderia tornar-se mais susceptíveis a agentes sexualmente transmissíveis,
havendo assim uma maior freqüência de lesões celulares percussoras do câncer uterino,
(NETO,1991;LEAL et al,2003).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os resultados encontrados neste estudo, por meio de revisões de
pesquisas anteriores pode-se verificar que os fatores mais prevalentes quando associados ao
acometimento de mulheres adulto - jovens pelo câncer do colo do útero são: baixa adesão a
realização do exame Papanicolau, idade, hpv, comportamento sexual, contracepção e
tabagismo. Estes fatores associados entre si evidenciam o potencial de risco que estas
mulheres estão expostas e que se faz necessário iniciativas que promovam a prevenção,
promoção e recuperação da saúde.
Essas mulheres uma vez diagnosticadas com o câncer cervical vivenciam o adoecer com
o temor da morte, sendo muito difícil remover dessas pessoas o medo do câncer. É preciso
que além da prevenção, o diagnostico seja o mais cedo possível, assegurando assim as pessoas
que o diagnóstico precoce permite tratamentos mais simples e ainda sim eficazes.
9
É preciso enfatizar a prática de programas e campanhas educativas no dia-a-dia dos
profissionais que cuidam da saúde da mulher, procurando divulgar os fatores determinantes
para o desenvolvimento do câncer do colo do útero e a importância da realização periódica do
exame do Papanicolau. Dessa maneira concomitante a estas iniciativas seria possível reduzir
as taxas de incidência para este tipo de neoplasia.
Assim educar, ensinar e informar as mulheres quanto às medidas de prevenção do câncer
do colo uterino é também uma maneira de conscientizá-las do seu papel de sujeitos
responsáveis por sua saúde e bem-estar.
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12
APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE PESQUISA
Autores
Título
Font
e
Ano
de
Pub.
Metodologia
Resultados Encontrados
Conclusão
dos
Autores
Conhecimento,atitude e Scielo
pratica do exame de
Papanicolau em mulheres
com cancer de colo
BRENNA, HARDY e uterino.
ZEFERINA
2001
Corte transversal associado ainquérito
CAP (Conhecimento, Atitude e Prática),
realizado com mulheres atendidas no
Serviço de Oncologia Ginecológica do
Hospital - Maternidade Leonor Mendes
de Barros
Independente do diagnóstico, mais de 80%
delas re f e r i ram desmot i va ç ã o / ve r g o
n h a , 60% re l a t a ram que os médicos não
ex a m i n a vam e, c e rca de 50% apontaram
o tempo de espera para a consul ta e a
demora no agendamento como dificuldades
para ser a t e n d i d a s
Tendencia da mortalidade Scielo
por cancer do utero no
municipio de São Paulo
entre 1980 e 1999
2004
Dados brutos corespondentes ao obitos
de mulheres residentes no municipio
de São Paulo, cuja causa basica
declarada fosse cancer do colo do
utero,do corpo do utero ou de partes
não especificadas do utero
Os resultados mostraram discreta redução A queda da mortalidade por câncer do útero não especificado sinaliza
da mortalidade por câncer do colo do útero, uma melhora na precisão do diagnóstico clínico e na qualidade do
queda da mortalidade por câncer de útero preenchimento do atestado de óbito, e indica aumento de cobertura
não especificado e aumento da mortalidade do teste de Papanicolaou.
por câncer do corpo do útero.
Exame citopatologico de Scielo
colo uterino em mulheres
com idade entre 20 e 59
anos
em
Pelotas,
RS:Prevalencia, foco e
fatores associados à sua
não realização.
2006
estudo
transversal
populacional.
FONSECA,RAMACCIO
TTI e NETO
HACKENHAAR,CESAR
e DOMINGUES
de
base Dentre as 1404 mulheres que constituem a
população-alvo dos programas de prevenção
do câncer do colo uterino, 83,0% realizaram
Através
de
amostragem
por o exame citopatológico do colo uterino nos
conglomerados foram sorteados 144 três anos antecedentes a este estudo.
setores censitários em múltiplos
estágios.
A maior idade e a menor escolaridade podem estar associados a não
adesão das mulheres ao ex a m e , porém as dificuldades sociais e
econômicas para conseguir atendimento em saúde precisam ser
consideradas para aumentar a prática do exame
Apesar de este estudo mostrar alta cobertura na realização de
citopatológico do colo uterino nos três anos antecedentes a entrevista,
as mulheres com maior número de fatores de risco do câncer de colo
uterino apresentaram menor índice de realização deste exame.
13
MURTA et al
LEAL et al
Cancer
do
colo Scielo
uterino:correlação com o
inicio da atidade sexual e
paridade
1999
foram estudados retrospectivamente
362 casos de câncer de colo uterino
tratados no Ambulatório de Oncologia
Ginecológica da Faculdade de Medicina
do Triângulo Mineiro de 1978 a 1995.
Foram analisadas a idade do início da
atividade sexual e a paridade, em
períodos, de acordo com a data do
diagnóstico, de 1978 a 1983 (65 casos),
de 1984 a 1989 (127 casos) e de 1990 a
1995 (170 casos).
A multiparidade diminuiu do primeiro
período para o último (82, 67,3 e 63,8% das
pacientes,respectivamente) (p<0,02; teste
do c2). O início da atividade sexual antes dos
18 anos de idade ocorreu, respectivamente,
em 59,2, 54,5 e 55,5% das pacientes (p, não
significante).
a multiparidade parece estar relacionada com o câncer invasivo do
colo uterino, apesar de, atualmente, a paridade estar dimuindo. A
maioria das mulheres com câncer do colo do útero tem o início da
atividade sexual antes dos 18 anos, independente do período
estudado.
Lesões precussoras do Scielo
cancer de colo em
mulheres adolescentes e
adultas
jovens
do
municipio de Rio Branco Acre
2003
estudo transversal com a pesquisa de
lesões precursoras do câncer de colo
uterino, pelo exame de Papanicolaou,
em mulheres de 15 a 29 anos com vida
sexual ativa, residentes no município de
Rio Branco, no período de janeiro a
setembro de 2001. Como instrumento
de investigação, foi aplicada ficha
clínico-ginecológica,
constando
dadosepidemiológicos, fatores de risco
e resultados do exame físicoginecológico, incluindo teste de Schiller
e coleta de espécime para exame
citopatológico.
2.397 mulheres estudadas, 155 (6,4%)
apresentaram algum tipo de alteração
epitelial cervical, sendo 146 (94,2%) lesões
escamosas e 9 (5,8%) lesões glandulares. Nas
A freqüência elevada de lesões precursoras em faixa etária abaixo do
esperado, com o padrão epidemiológico observado em outras fases da
vida da mulher, evidencia a exposição precoce aos fatores risco, o que
antecipa o desenvolvimento do câncer de colo uterino.
mulheres com faixa etária de 15 a 19 anos a
freqüência de alteração celular epitelial foi
de
6,9%, semelhante a 6,3% observada
naquelas de 20 a 29 anos (p>0,65). Este tipo
de alteração foi associada ao baixo grau de
escolaridade (p<0,003), ao número maior de
parceiros (p<0,04),
à história de doença sexualmente
transmissível (p<0,001) e ao tabagismo
(p<0,01).
ALBUQUERQUE et al
Cobertura do teste de Scielo
Papa nicolau e fatores
associados a sua não
realização:Um
olhar
sobre o programa de
prevenção do cancer do
colo do utero em
Pernambuco, Brasil
2009
estudo
transversal,
de
base
populacional, utilizando-se dados de
inquérito realizado no período 20052006 com 640 indivíduos, selecionados
por amostragem por conglomerados
em três estágios de seleção. Foram
analisadas informações sobre 258
mulheres.
A cobertura do Papanicolaou entre mulheres
de 18-69 anos foi de 58,7% e de 25-59 anos
de 66,2%. Viver sem companheiro, não ter
dado à luz e não ter realizado consulta
médica no último ano mostraram associação
com a não-realização do teste. Na análise
multivariada, o baixo grau de escolaridade
mostrou também efeito significativo.
A cobertura do Papani-colaou em Pernambuco foi satisfatória, porém
insuficiente para impactar no perfil epidemiológico do câncer do colo
uterino. É preciso fortalecer e qualificar as ações de promoção da
saúde, visando reduzir as desigualdades e estimular o protagonismo
das mulheres nas ações de prevenção do câncer do colo uterino.
14
MARTINS et al
MELO et al
NASCIMENTO et al
Cobertura do exame de Scielo
Papa nicolau no Brasil e
seus
fatores
determinantes:Uma
revisão sistematica da
literatura
2005
Estudo transversal, ter sido realizado
no Brasil, conter informações sobre a
cobertura do exame Papanicolaou
(alguma vez na vida ou nos últimos três
anos) ou sobre seus fatores
determinantes. Foram excluídas as
duplicidades e os artigos sem resumo.
Um total de 13 artigos foram
selecionados atendendo a esses
critérios.
os dois únicos estudos realizados nos anos
80 mostram coberturas de 55,0 e 68,9% na
vida, ao passo que um inquérito domiciliar
realizado em 15 capitais e no Distrito Federal
entre 2002 e 2003 apresenta valores que
variam de 73,4 a 92,9%; porém, dois estudos
de abrangência nacional realizados em 2003
apresentaram coberturas abaixo de 70,0%
nos últimos três anos. Por outro lado,
algumas
variáveis
foram
mais
freqüentemente observadas nas mulheres
não submetidas ao exame de Papanicolaou:
ter baixo nível socioeconômico, ter baixa
escolaridade, ter baixa renda familiar e
pertencer às faixas etárias mais jovens.
Alterações
Scielo
citopatologicas e fatores
de risco para ocorrencia
do cancer de colo uterino
2009
A coleta de dados consistiu de três
etapas: obtenção dos resultados dos
exames nos livros de registro,
verificação
dos
prontuários
e
entrevistas.
Foram realizados 6.356 exames e 1,02% (65) As equipes de saúde precisam desenvolver ações educativas mais
das mulheres apresentaram alterações, efetivas, visto que o conhecimento é uma das estratégias para a
sendo 38,5% referentes a NIC I. A maioria promoção à saúde.
delas (70,8%) tinha idade entre 25 a 59 anos,
não eram tabagistas (52%), faziam uso de
anticoncepcional (76%) e haviam iniciado a
vida sexual antes dos 19 anos (80%).
Estudo transversal, retrospectivo de
revisão de 366 prontuários de mulheres
encaminhadas para esclarecimento
diagnóstico com suspeita de neoplasia
cervical.
As
pacientes
foram
classificadas em dois grupos definidos
por idade. O grupo Adolescente foi
composto por 129 mulheres de 13 a 19
anos e o grupo Adulta foi composto por
237 mulheres de 20 a 24 anos. Foram
calculados razão de prevalência (RP),
respectivos intervalos de confiança (IC)
a sexarca ocorreu em média aos 15,0 anos
no grupo Adolescente e 16,6 anos no grupo
Adulta. A chance de diagnóstico de
alterações citológicas no primeiro exame
realizado (RP=2,61; IC 95%: 2,0-3,4), a
condição neoplasia intra-epitelial cervical
(NIC) a esclarecer (RP=1,78; IC 95%: 1,262,52) e a colposcopia de baixo grau
(RP=1,42; IC 95%: 1,08-1,86) foram
estatisticamente significantes no grupo
Adolescente. A análise histopatológica não
mostrou diferenças para qualquer grau de
Caracteristica de um
grupo de adolescentes
com
suspeita
de
neoplasia
intraepitelial
cervical
os dados aqui apresentados apontam para desigualdades regionais na
cobertura do exame de Papanicolaou na população feminina brasileira
e para a necessidade de intervenção junto àqueles fatores a ela
associados.
O estudo sugere que o câncer de colo uterino é raro na adolescência,
mas verificamos que alterações a ele associadas aconteceram em
mulheres muito jovens. A investigação da neoplasia intra-epitelial
cervical com a aplicação criteriosa dos mesmos métodos utilizados
para a mulher adulta foi apropriada também na adolescência.
15
a 95% para cada variável, teste c2 ou NIC. Entretanto, foram identificados dois
teste exato de Fisher quando aplicável casos de carcinoma microinvasor, sendo um
para comparação das proporções.
em cada grupo, e três casos de carcinoma
invasor no grupo Adulta.
OLIVEIRA,
FERNANDES
GALVÃO
RAMA et al
RAMA et al
Mulheres vivenciando o Scielo
E adoecer em face do
câncer cervico – uterino.
2005
Estudo descritivo exploratório realizado
durante o primeiro trimestre de 2002
em serviço de referência ao
atendimento
de
neoplasias
de
Fortaleza-CE
a maioria era proveniente do interior do
Estado, com idade entre 30 e 50 anos; 75%
possuíam ensino médio; 85% viviam com um
a dois salários mínimos e 45% não haviam
realizado o Papanicolaou. Diante da doença,
indicaram sentimentos como ansiedade,
medo e pânico. Também referiram
desinformação e disseram recorrer à religião
como estratégia para enfrentar o câncer.
Alguns fatores de risco foram mencionados,
sobressaindo: ausência e não adesão ao
exame preventivo, convívio com escassos
recursos socioeconômicos e dificuldades de
acesso aos serviços de saúde.
Sugere-se o desenvolvimento de campanhas educativas contínuas para
estimular as mulheres na prática da prevenção precoce do câncer
cérvico-uterino, concomitante à sens bilização dos gestores de
saúde para facilitar o acesso das mulheres a estes serviços.
Detecção sorológica de Scielo
anti – Hpv 16 e 18 e sua
associação
com
os
achados do Papanicolau
em
adolescentes
e
mulheres jovens.
2006
estudo transversal, 541 mulheres de
15 a 25 anos de idade, saudáveis,
sexualmente ativas, que apresentaram
exame ginecológico normal, no período
de setembro a novembro de 2000. Foi
obtida uma amostra cervical para
citologia em meio líquido e uma
amostra de sangue para identificação
dos anticorpos anti-HPV 16 e/ou 18,
por meio do método ELISA. As amostras
foram
encaminhadas
para
um
laboratório de referência na Bélgica.
Para
análise
estatística,
foram
estimadas a prevalência e a razão de
prevalência (RP), com intervalo de
confiança de 95%.
A prevalência de citologias anormais quando O resultado deste estudo indica uma alta prevalência de sorologia
a sorologia foi positiva foi apenas 1,75 vez a positiva para o HPV 16 e 18 em mulheres jovens sadias sem relação
prevalência
de
citologias
positivas com os achados anormais da colpocitologia.
observadas com sorologia negativa. Nesta
amostra não houve evidência de associação
entre os resultados anormais da citologia e a
positividade da sorologia.
Rastreamento
anterior Scielo
para o câncer de colo
uterino em mulheres com
2006
Estudo transversal com 5.485 mulheres A realização de citologia anterior em período Entre as mulheres que apresentaram confi rmação histológica de
(15-65 anos) que se submeteram a inferior a três anos foi referida, neoplasia intra-epitelial cervical grau 3 ou carcinoma e aquelas que
rastreamento para o câncer cervical respectivamente, por 86,5% e 92,8% dessas não apresentaram alterações histológicas não houve diferença
16
alterações citológicas ou
histológicas.
RAMA et al
Prevalência do HPV em Scielo
mulheres rastreadas para
o câncer cervical.
entre fevereiro de 2002 a março de participantes com alterações citológicas e estatisticamente signifi cante do número de exames citológicos
2003, em São Paulo e Campinas, SP. histológicas.
realizados, bem como o tempo do último exame citológico anterior.
Aplicou-se
questionário
comportamental e foi feita a coleta da
citologia oncológica convencional ou
em base líquida. Para as participantes
com alterações citológicas indicou-se
colposcopia e, nos casos anormais,
procedeu-se à biópsia cervical.
2008
: Estudo transversal com amostra de
2.300 mulheres (15–65 anos) que
buscaram rastreamento para o câncer
cervical entre fevereiro de 2002 e
março de 2003 em São Paulo e
Campinas, estado de São Paulo.
Aplicouse questionário epidemiológico
e realizou-se coleta cervical para
citologia oncológica e teste de captura
híbrida II. As análises estatísticas
empregadas
Relacionamento stável, idade de 35 a 44
anos e ex-fumantes foram associados à
proteção da infecção. A infecção genital por
HPV de alto risco ocorreu em 14,3% das
citologias normais, em 77,8% das lesões
escamosas de alto grau e nos dois (100%)
casos
A prevalência da infecção genital por HPV de alto risco na amostra
estudada foi alta. Houve predomínio de casos abaixo dos 25 anos e
tendência a um novo aumento após os 55 anos, com maior freqüência
naqueles com maior número de parceiros sexuais durante a vida.
de carcinoma.
foram teste de qui-quadrado de
Pearson e análise multivariada pelo
método
forward likelihood ratio
ROSA et al
Papilomavírus e neoplasia Scielo
cervical
2009
Revisão de literatura
O câncer cervical é responsável por 6% de
todas as neoplasias entre mulheres, com
cerca de 500 mil novos casos diagnosticados
a cada ano. Aproximadamente 231 mil
mulheres morrem anualmente por câncer
cervical invasivo, sendo que 80% dessas
mortes ocorrem em países subdesenvolvidos
A eficácia das vacinas contra o HPV16 e 18 já foi demonstrada em
ensaios clínicos e metanálises, e essas são recomendadas para
mulheres de 13 a 26 anos. São necessários estudos de
acompanhamento da imunogenicidade e de custos-efetividade para a
incorporação em programas de saúde
Contribuição dos fatores Fiocru
clínicos, epidemiológicos z
e genéticos na evolução
das lesões precursoras do
2008
estudo observacional transversal em No grupo etário de 31 – 49 anos, a idade na
mulheres com lesões cervicais com
indicação de colposcopia, atendidas menopausa e tabagismo atual foram fatores
num hospital de referência para câncer de risco independentes para HSIL/Câncer
Os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento do câncer cervical
podem variar de acordo com o grupo etário estudado. Fatores
genéticos ligados ao hospedeiro (ex. Polimorfismos do gene TP53)
podem interagir com esses fatores ambientais modulando o risco de
17
SILVIA
SOARES et al
câncer do colo do útero..
Câncer
do
colo Scielo
uterino:caracterização
das mulheres em um
município do sul do Brasil
2010
ginecológico entre outubro de 2004 a
Maio de 2006; e um estudo
observacional analítico prospectivo de
uma coorte de mulheres com lesões
precursoras do câncer de colo de útero
submetido ao tratamento conservador,
seguidas por 2 anos após o tratamento.
(RP:1.21 e 1.37, respectivamente). A forma
heterozigota foi um fator de risco
independente para o desenvolvimento de
HSIL/Câncer (ORaj=1.92, 95%CI:1.03-3.59).
Polimorfismos
da
p53
interagiram
significativamente com uso de contraceptivo
oral (OR interação= 3.59,95%CI:1.09-11.84).
HSIL/Câncer. As margens cirúrgicas e os fatores ambientais (tabagismo,
sexarca precoce, multiplicidade de parceiros e uso de contraceptivos
orais) atuam conjuntamente no risco de falha no tratamento
conservador das lesões precursoras do câncer cervical
estudo qualitativo com vinte mulheres
com diagnóstico de câncer de colo
uterino. A pesquisa teve como suporte
teórico a integralidade da atenção à
saúde. Para coleta dos dados,
utilizamos as informações do Sistema
de Informações do Câncer do Colo do
Útero e entrevista semiestruturada.
Foram identificadas características de faixa O desafio para o alcance da integralidade está na necessidade de
etária, escolaridade, frequência à consulta repensar saberes e práticas profissionais no cuidado às mulheres,
médica e intervalo de realização do exame independente do motivo que as levou ao serviço de saúde.
preventivo. Os achados mostram que as
mulheres ainda apresentam dificuldade em
considerar a importância do pré-câncer para
detecção precoce e prevenção do câncer de
colo uterino.
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